)]
(
[
rf a m rf aR
R
R
R
IJ
=
−
+
β
−
Onde: IJ = Índice de Jensen; Ra = retorno da ação;Rrf = retorno do ativo livre de risco;
Rm = retorno do mercado; e
βa = beta da ação.
Portanto, o IJ indica qual parcela da rentabilidade da ação que se deve às características da própria ação, ou seja, quanto do retorno excedeu à taxa livre de risco do mercado mais a parcela de rentabilidade relacionada à própria oscilação do mercado.
Inicialmente, é fundamental esclarecer que no presente trabalho o conceito de empresa multinacional se refere apenas àquelas empresas com subsidiárias integrais no exterior, não foram consideradas, portanto, as operações externas decorrentes de acordos de licença ou de alianças estratégicas como critério de multinacionalidade, muito menos o grau de exportação das empresas.
De maneira geral, nos estudos sobre a internacionalização das empresas há quatro dimensões do grau de internacionalização: o primeiro é o desempenho operacional, por exemplo, o percentual de vendas externas em relação às vendas totais; o segundo é a estrutura operacional, como é o caso do percentual de ativos externos em relação aos ativos totais; o terceiro é o comprometimento institucional, como a orientação internacional da alta administração; o quarto é a participação acionária, do qual um exemplo é o percentual de ações em posse de companhias estrangeiras (LI, 2007).
Uma das limitações da análise da internacionalização de empresas brasileiras é a disponibilidade de dados sobre suas operações internacionais. Ao contrário de outros países, as regras contábeis brasileiras não exigem a discriminação das informações das subsidiárias externas nos balanços, nem mesmo para as empresas de capital aberto, o que dificulta sobremaneira a disponibilidade destas informações pelos sistemas de dados do mercado (Economática®, Bloomberg®, etc). Dessa maneira, a tarefa de avaliar o grau de internacionalização de um grupo de empresas num período mais longo torna-se quase impossível, pois os dados destas operações, quando são informados, aparecem nos comentários dos balanços e sem um padrão de informações comum a todos os balanços.
Entre as medidas de internacionalização usadas na literatura sobre o tema, a dispersão geográfica, medida pelo número de subsidiárias internacionais e também pelo número de países ou regiões onde estão as subsidiárias, foi adotada em alguns estudos, tratando-se de uma medida do grau de comprometimento institucional com a internacionalização. Por exemplo, Lu e Beamish (2001 e 2004) usaram o número de subsidiárias internacionais e o número de países em que a empresa tinha subsidiárias
como medidas do índice de internacionalização em suas pesquisas sobre multinacionais japonesas. Já Morck e Yeung (1991), em seu estudo sobre o valor da internacionalização para os investidores, usaram o número de subsidiárias externas e o de países como um dos indicadores de internacionalização das empresas. Por sua vez, Pantzalis (2001) realizou sua pesquisa sobre a internacionalização e o valor de mercado de multinacionais americanas usando como uma das medidas de internacionalização das empresas a dispersão geográfica das empresas, representada pelas subsidiárias externas e regiões de atuação das empresas.
Barcellos e Cyrino (2007) desenvolveram um interessante índice multidimensional para medir o grau de internacionalização de empresas brasileiras composto por sete fatores: mercados, ativos, recursos humanos, dispersão geográfica dos mercados, cadeia de valor, estrutura de governança e tempo de experiência internacional. Para fazer frente ao problema da disponibilidade de dados, dificuldade agravada pelo fato do índice também englobar dados não contábeis, os autores optaram por obter as informações diretamente das próprias empresas. O objetivo da pesquisa, além de propor o índice do grau de internacionalização, também era avaliar o grau de internacionalização de 24 empresas brasileiras no ano de 2005. Diferentemente da presente pesquisa, naquela os autores consideram a exportação como um fator de internacionalização, de tal maneira que diversas empresas eminentemente exportadoras apresentaram alto grau de internacionalização, como foi o caso da Cia. Vale do Rio Doce. A despeito das diferenças de critério, considerando as empresas analisadas pelos autores, constata-se a presença de quatro (Gerdau, Petrobrás, Marcopolo e WEG) das cinco multinacionais brasileiras (a exceção foi o Banco Itaú) consideradas na presente pesquisa entre as 8 mais internacionalizadas.
Todavia, considerando que o objetivo da presente pesquisa não é medir o grau de internacionalização das empresas, mas, usando dados de mercado, avaliar o impacto desta estratégia no valor de mercado das multinacionais brasileiras no longo prazo, era essencial criar um critério mínimo de multinacionalidade para o início e o final do prazo estabelecido com vistas a evidenciar o aumento da internacionalização da empresa ao longo do período. Desse modo, adotou-se dois critérios de
internacionalização: um primeiro relativo ao tempo de experiência internacional com um período mínimo de internacionalização de 12 anos (de 1996 a 2007); e, um segundo critério relativo à dispersão internacional com um número mínimo de subsidiárias integrais em diferentes países no início (pelo menos uma subsidiária externa) e no final do período (pelo menos cinco subsidiárias em diferentes países).
3 – Metodologia de Pesquisa
3.1 – Critérios de Definição da Amostra
Como as análises realizadas pela pesquisa dependem diretamente da evolução do valor das ações das empresas multinacionais brasileiras e das empresas brasileiras com atuação apenas doméstica, a boa formação de preço das ações escolhidas foi um requisito fundamental para a qualidade da amostra. Portanto, o primeiro passo na determinação da amostra foi definir a liquidez da ação como critério de seleção das empresas para garantir a qualidade do universo amostral.
3.1.1 – Origem da Amostra
No final de 2007, a Bovespa – Bolsa de Valores de São Paulo tinha 434 empresas autorizadas a negociar em seu pregão (BOVESPA I), mas apesar do grande número de ações, apenas uma parcela reduzida delas tem liquidez suficiente para garantir uma boa formação de preço. Assim sendo, para atender ao critério de liquidez, e garantir a qualidade da amostra de ações, restringiu-se o universo de empresas a serem consideradas usando critérios do próprio mercado, ou seja, optou-se por tomar apenas as ações da carteira teórica de um dos índices adotados pelo mercado (IBX- 100), de modo que a amostra final refletisse da melhor maneira possível a realidade do mercado acionário brasileiro.
O segundo passo para montar a amostra de empresas deste estudo foi escolher um dos índices de ações utilizados pelo mercado financeiro como universo inicial de dados. A Bovespa tem dez índices de ações (BOVESPA I), entretanto os dois mais abrangentes e com histórico mais longo são o Ibovespa e o IBrX-Índice Brasil (também conhecido como IBX-100).
O Ibovespa é o mais tradicional índice do mercado brasileiro de ações, foi criado em 1968. As regras de composição do Ibovespa dão grande peso à liquidez de cada
ação, ou seja, ao volume transacionado nos 12 meses anteriores à divulgação de sua composição quadrimestral. Segundo relatório da Bovespa (BOVESPA II) os critérios de composição da carteira teórica do Ibovespa são:
a) estar incluída em uma relação de ações cujos índices de negociabilidade somados representem 80% do valor acumulado de todos os índices
individuais;
b) apresentar participação, em termos de volume, superior a 0,1% do total; c) ter sido negociada em mais de 80% do total de pregões do período.
Durante o ano de 2007, segundo relatório da Bovespa (BOVESPA I), a ação mais negociada naquela Bolsa representou 13,88% de todo o volume negociado, as 10 ações mais negociadas representaram 45,79% do total negociado e as 100 ações mais negociadas totalizaram 90,37%. Tamanha concentração de liquidez, sobretudo se se considerar os mercados dos países desenvolvidos, faz com que a primeira regra de composição do Ibovespa o torne um índice altamente concentrado, pois são necessárias menos de 15% das empresas listadas naquela Bolsa, 63 ações de 57 empresas na carteira teórica do terceiro quadrimestre de 2007 (BOVESPA I), para completar o nível de 80% do total de negociabilidade da Bovespa. Como conseqüência, o índice tem uma representatividade reduzida não só em relação ao total de ações listadas, mas também em relação à própria diversidade de segmentos da economia brasileira. Considerando a composição do Ibovespa do quarto trimestre de 2007, vê-se que estão representados apenas 24 segmentos econômicos dos 85 segmentos definidos pela Bovespa (BOVESPA IV).
Como se pode constatar, ainda que o Ibovespa seja o mais tradicional índice da Bovespa, usá-lo como referência limitaria muito o universo de dados. Por isso, optou-se por usar o IBX-100 como referência inicial para escolher as empresas a serem analisadas. Segundo relatório da Bovespa (BOVESPA III), os critérios de composição da carteira teórica do IBX-100 são os seguintes:
a) estarem entre as 100 melhores classificadas quanto ao seu índice de negociabilidade, apurados nos doze meses anteriores à reavaliação;
b) terem sido negociadas em pelo menos 70% dos pregões ocorridos nos doze meses anteriores à formação da carteira.
A carteira teórica do IBX-100 também é composta segundo a negociabilidade das ações, entretanto, ao estabelecer um número de ações da carteira teórica como limite e não um percentual do total negociado, as regras tornam o índice mais abrangente tanto em relação ao universo de ações listadas quanto em relação aos segmentos da economia. Como conseqüência, a carteira teórica do IBX-100 para o terceiro quadrimestre de 2007 (daqui por diante a expressão IBX-100 se refere à Carteira Teórica do IBX-100 válida para o terceiro quadrimestre de 2007), que será a base da amostra deste estudo, contava com 101 ações de 91 empresas, que representavam 38 segmentos da economia brasileira (BOVESPA IV e Tabela 3.1).
Além do mais, fazem parte do IBX-100 as ações de duas das mais notórias multinacionais brasileiras, Marcopolo e WEG, cujas ações não estão presentes na carteira teórica do Ibovespa mencionada.
TABELA 3.1 – IBX-100: Carteira Teórica Set-Dez/07
TABELA 3.1 IBrX 100 - Índice Brasil 100 Carteira Teórica Set-Dez/07* Código da
Ação Empresa Tipo da Ação Segmento Econômico
ACES4 ACESITA S.A.¹ PN Siderurgia
GETI4 AES TIETE S.A. PN Energia Elétrica
ALLL11 ALL S.A. UNT Transporte Ferroviário
AMBV4 AMBEV S.A. PN Bebidas
AMBV3 AMBEV S.A. ON Bebidas
ARCZ6 ARACRUZ CELULOSE S.A. PNB Papel & Celulose
BTOW3 B2W - CIA. GLOBAL DO VAREJO ON Consumo
BEES3 BANESTES S.A. ON Bancos
BBDC4 BANCO BRADESCO S.A. PN Bancos
BBDC3 BANCO BRADESCO S.A. ON Bancos
BRAP4 BRADESPAR S.A. PN Holding
BISA3 BRASCAN RES. PROPERTIES S.A. ON Construção Civil
BBAS3 BANCO BRASIL S.A. ON Bancos
BRTP4 BRASIL TELECOM PART. S.A. PN Telecomunicações BRTP3 BRASIL TELECOM PART. S.A. ON Telecomunicações
BRTO4 BRASIL TELECOM S.A. PN Telecomunicações
BRKM5 BRASKEM S.A. PNA Petroquímico
CCRO3 CCR S.A. ON Exploração de Rodovias
CLSC6 CELESC S.A. PNB Energia Elétrica
CMIG4 CEMIG S.A. PN Energia Elétrica
CESP6 CESP S.A. PNB Energia Elétrica
CGAS5 COMGAS S.A. PNA Gás
CNFB4 CONFAB INDUSTRIAL S.A. PN Metalurgia
CTAX4 CONTAX PARTICIPACOES S.A. PN Serviços Empresariais
CPLE6 COPEL S.A. PNB Energia Elétrica
CSAN3 COSAN S.A. ON Alimentos Diversos
CPFE3 CPFL ENERGIA S.A. ON Energia Elétrica
CARD3 CSU CARDSYSTEM S.A. ON Serviços Empresariais
CCPR3 CYRELA COM. PROPERTIES S.A. ON Exploração de Imóveis CYRE3 CYRELA BRAZIL REALTY S.A. ON Construção Civil DASA3 DIAGNÓSTICOS DA AMERICA S.A. ON Serviços Médicos
DURA4 DURATEX S.A. PN Madeira
ECOD3 BRASIL ECODIESEL S.A. ON Biocombustíveis
ELET3 ELETROBRAS S.A. ON Energia Elétrica
ELET6 ELETROBRAS S.A. PNB Energia Elétrica
ELPL6 ELETROPAULO S.A. PNB Energia Elétrica
EMBR3 EMBRAER S.A. ON Aeronáutico
ENBR3 EDP - ENERGIAS DO BRASIL S.A. ON Energia Elétrica
ETER3 ETERNIT S.A. ON Material de Construção
GFSA3 GAFISA S.A. ON Construção Civil
TABELA 3.1 – IBX-100: Carteira Teórica Set-Dez/07 (continuação)
GGBR3 GERDAU S.A. ON Siderurgia
GOAU4 METALURGICA GERDAU S.A. PN Metalurgia
GOLL4 GOL S.A. PN Transporte Aéreo
GUAR3 GUARARAPES S.A. ON Comércio Tecidos, Vest e Calçados MYPK4 IOCHPE MAXION S.A. PN Material Transporte Rodoviário
PTIP4 PETRÓLEO IPIRANGA S.A. PN Petróleo
ITAU4 BANCO ITAÚ S.A. PN Bancos
ITSA4 ITAÚSA S.A. PN Holding
KLBN4 KLABIN S.A. PN Papel & Celulose
KSSA3 KLABIN SEGALL S.A. ON Construção Civil
LIGT3 LIGHT S.A. ON Energia Elétrica
RENT3 LOCALIZA S.A. ON Aluguel de Carros
LAME4 LOJAS AMERICANAS S.A. PN Consumo
LREN3 LOJAS RENNER S.A. ON Com.Tecidos, Vest e Calçados
LUPA3 LUPATECH S.A. ON Motores & Compressores
POMO4 MARCOPOLO S.A. PN Material Transporte Rodoviário
MEDI3 MEDIAL SAÚDE S.A. ON Serviços Médicos
NATU3 NATURA COSMÉTICOS S.A. ON Produtos Uso Pessoal
NETC4 NET S.A. PN TV por Assinatura
BNCA3 BANCO NOSSA CAIXA S.A. ON Bancos
ODPV3 ODONTOPREV S.A. ON Serviços Médicos
OHLB3 OHL BRASIL S.A. ON Administração de Rodovias
PCAR4 PÃO DE AÇUCAR - CBD S.A. PN Consumo
PMAM3 PARANAPANEMA S.A. ON Metalurgia
PRGA3 PERDIGÃO S.A. ON Alimentos
PETR4 PETROBRÁS S.A. PN Petróleo
PETR3 PETROBRÁS S.A. ON Petróleo
PSSA3 PORTO SEGURO S.A. ON Seguros
POSI3 POSITIVO INFORMÁTICA S.A. ON Computadores e Equipamentos
RAPT4 RANDON S.A. PN Material Transporte Rodoviário
RSID3 ROSSI RESIDENCIAL S.A. ON Construção Civil
SBSP3 SABESP S.A. ON Saneamento
SDIA4 SADIA S.A. PN Alimentos
STBR11 SANTOS BRAS UNT Serviços Portuários
CSNA3 CSN S.A. ON Siderurgia
CRUZ3 SOUZA CRUZ S.A. ON Fumo
SUZB5 SUZANO PAPEL E CELULOSE S.A. PNA Papel & Celulose
SZPQ4 SUZANO PETROQUÍMICA S.A. PN Petroquímico
TAMM4 TAM S.A. PN Transporte Aéreo
TNLP4 TELEMAR PARTICIPAÇÕES S.A. PN Telecomunicações TNLP3 TELEMAR PARTICIPAÇÕES S.A. ON Energia Elétrica TMAR5 TELEMAR NORTE LESTE S.A. PNA Telecomunicações
TMCP4 TELEMIG CELULAR S.A. PN Telecomunicações
TLPP4 TELESP S.A. PN Telecomunicações
TABELA 3.1 – IBX-100: Carteira Teórica Set-Dez/07 (conclusão)
TCSL4 TIM S.A. PN Telecomunicações
TCSL3 TIM S.A. ON Telecomunicações
TBLE3 TRACTEBEL S.A. ON Eletricidade
TRPL4 CTEEP S.A. PN Eletricidade
UGPA4 ULTRAPAR S.A. PN Holding
UBBR11 UNIBANCO S.A. UNT Bancos
UNIP6 UNIPAR S.A. PNB Petroquímico
UOLL4 UNIVERSO ONLINE S.A. PN Tec. da Informação - Serviços
USIM5 USIMINAS S.A. PNA Siderurgia
USIM3 USIMINAS S.A. ON Siderurgia
VCPA4 VOTORANTIM CEL. PAPEL S.A. PN Papel & Celulose
VALE5 VALE S.A. PNA Mineração
VALE3 VALE S.A. ON Mineração
VIVO4 VIVO S.A. PN Telecomunicações
WEGE3 WEG S.A. ON Motores & Compressores
Fonte: Bovespa
3.1.2 – Critérios da Seleção de Empresas do IBX-100
Os critérios adotados para definir a amostra de empresas e suas respectivas ações dentro do universo de empresas da carteira teórica do IBX-100, foram os seguintes:
a) Período de Análise – para a análise do desempenho de mercado da empresa foi escolhido o período de janeiro de 1996 a dezembro de 2007. A escolha deste período de 12 anos permite uma análise de longo prazo, mais apropriada à avaliação de empresas.
A escolha deste período está diretamente ligada a um dos fatores importantes para o desempenho das subsidiárias externas de uma multinacional, a taxa de câmbio. Neste sentido, o ideal talvez fosse começar a análise logo depois do início do Plano Real, mas a escolha do mês de janeiro de 1996 deveu-se ao fato do IBX-100 ter sido lançado em 28/12/1995. Nos doze anos da análise, conforme se pode constatar no Gráfico 3.1, o Brasil passou por dois regimes cambiais distintos: o câmbio controlado entre 1996 e 1998, período em que há uma razoável estabilidade da taxa real de
câmbio (tomou-se o IPC-A como deflator da taxa de câmbio), e o câmbio flutuante entre 1999 e 2007; ademais, os anos de câmbio flutuante apresentaram duas tendências de médio prazo bem distintas quanto à taxa real de câmbio, o período de 1999 a 2002 teve uma taxa real de câmbio em ascensão com forte desvalorização do Real frente às moedas estrangeiras, enquanto que a taxa real de câmbio esteve em declínio no intervalo entre os anos de 2003 a 2007 com forte valorização do Real.
Dessa maneira, além da análise do desempenho de mercado das empresas no período de 1996 a 2007, também se realizou a mesma análise para dois subperíodos: o primeiro considerou o intervalo entre janeiro de 1999 (mês da mudança do câmbio controlado para o regime flutuante) até dezembro de 2007 com a intenção de analisar o desempenho de mercado das empresas apenas sob o regime de câmbio flutuante, cuja volatilidade pode afetar não só os resultados da empresa como também o seu risco.
O segundo subperíodo de análise foi de janeiro de 2003 a dezembro de 2007, para se analisar o desempenho de mercado das empresas multinacionais brasileiras com a taxa real de câmbio em declínio, ou seja, valorização do Real.
Gráfico 3.1 – Evolução do Câmbio no Brasil
b) Base Temporal - a base temporal de todos os cálculos feitos, tanto do desempenho das ações das empresas, como das medidas de risco e da relação risco e retorno foi mensal, utilizou-se a cotação mensal de fechamento das ações.
c) Fonte dos Dados – todos as cotações das ações foram extraídas da Economática®.
d) Tipo de Cotação – a cotação mensal utilizada na análise foi o preço de fechamento da ação no último dia útil do mês ou do último dia com cotação no mês, a escolha pelo preço de fechamento se explica pelo fato da Bovespa só ter iniciado a divulgação do IBX-100 pela cotação média em abril de 1997.
e) Empresas sob Controle estrangeiro - toda empresa que tenha estado sob controle estrangeiro por todo o período de análise ou apenas em parte dele, foi excluída da amostra, já que o objetivo da pesquisa é analisar a performance de mercado das empresas multinacionais brasileiras frente às empresas brasileiras de atuação apenas
Evolução do Câmbio - Brasil (US$/R$)
Jan-99 Jan-96 Jan-03 - 1,0 2,0 3,0 4,0 dez/ 94 dez/95 dez/96 dez/ 97 dez /98 dez/99 dez/ 00 dez/ 01 dez /02 dez/03 dez/ 04 dez/ 05 dez /06 dez/ 07 US$ Ptax
US$ Ptax - IPCA
Fonte: Economática. Dados compilados pelo autor.
R$ Evolução do Câmbio - Brasil (US$/R$)
Jan-99 Jan-96 Jan-03 - 1,0 2,0 3,0 4,0 dez/ 94 dez/95 dez/96 dez/ 97 dez /98 dez/99 dez/ 00 dez/ 01 dez /02 dez/03 dez/ 04 dez/ 05 dez /06 dez/ 07 US$ Ptax
US$ Ptax - IPCA
Fonte: Economática. Dados compilados pelo autor. R$
nacional, denominadas de empresas brasileiras domésticas neste trabalho. As empresas excluídas da amostra por este critério estão relacionadas na Tabela 3.2 abaixo.
TABELA 3.2 – IBX-100:Ações de Empresas sob Controle Estrangeiro
TABELA 3.2 IBrX 100 - Índice Brasil 100
Ações de Empresas sob Controle Estrangeiro Código da
Ação Empresa Tipo da Ação Segmento Econômico
ACES4 ACESITA S.A.* PN Siderurgia GETI4 AES TIETE S.A. PN Energia Elétrica AMBV4 AMBEV S.A. PN Bebidas AMBV3 AMBEV S.A. ON Bebidas
BISA3 BRASCAN RES. PROPERTIES S.A. ON Construção Civil BRTP4 BRASIL TELECOM PART. S.A. PN Telecomunicações BRTP3 BRASIL TELECOM PART. S.A. ON Telecomunicações BRTO4 BRASIL TELECOM S.A. PN Telecomunicações CGAS5 COMGAS S.A. PNA Gás
ELPL6 ELETROPAULO S.A. PNB Energia Elétrica ENBR3 EDP - ENERGIAS DO BRASIL S.A. ON Energia Elétrica LIGT3 LIGHT S.A. ON Energia Elétrica NETC4 NET S.A. PN TV por Assinatura OHLB3 OHL BRASIL S.A. ON Exploração de Rodovias CRUZ3 SOUZA CRUZ S.A. ON Fumo
TLPP4 TELESP S.A. PN Telecomunicações TRNA11 TERNA S.A. UNT Energia Elétrica
TCSL4 TIM S.A. PN Telecomunicações TCSL3 TIM S.A. ON Telecomunicações TBLE3 TRACTEBEL S.A. ON Eletricidade TRPL4 CTEEP S.A. PN Eletricidade VIVO4 VIVO S.A. PN Telecomunicações Fonte: Bovespa (*) Acesita S.A. mudou sua razão social para ArcelorMittal Inox Brasil S.A.
f) Empresas com Abertura de Capital Recente - toda empresa cuja abertura de capital aconteceu durante o período da análise (1996 a 2007) foi excluída da amostra. Por se tratar de um período relativamente longo de análise, há no IBX-100 muitas ações de empresas que abriram o capital recentemente e que não atendem ao critério de tempo da amostra, estas empresas estão listadas na Tabela 3.3 abaixo.
TABELA 3.3 – IBX-100: Ações de Empresas com Abertura de Capital Recente
TABELA 3.3 IBrX 100 - Índice Brasil 100
Ações de Empresas com Abertura de Capital Recente Código
da Ação Empresa
Tipo da
Ação Segmento Econômico
ALLL11 ALL S.A. UNT Transporte Ferroviário BTOW3 B2W - CIA. GLOBAL DO VAREJO ON Consumo
BRAP4 BRADESPAR S.A. PN Holding CCRO3 CCR S.A. ON Exploração de Rodovias CTAX4 CONTAX PARTICIPACOES S.A. PN Serviços Empresariais CSAN3 COSAN S.A. ON Alimentos Diversos CPFE3 CPFL ENERGIA S.A. ON Energia Elétrica CARD3 CSU CARDSYSTEM S.A. ON Serviços Empresariais CCPR3 CYRELA COM. PROPERTIES S.A. ON Exploração de Imóveis CYRE3 CYRELA BRAZIL REALTY S.A. ON Construção Civil DASA3 DIAGNÓSTICOS DA AMERICA S.A. ON Serviços Médicos ECOD3 BRASIL ECODIESEL S.A. ON Biocombustíveis GFSA3 GAFISA S.A. ON Construção Civil GOLL4 GOL S.A. PN Transporte Aéreo KSSA3 KLABIN SEGALL S.A. ON Construção Civil RENT3 LOCALIZA S.A. ON Aluguel de Carros LREN3 LOJAS RENNER S.A. ON Comércio Tecidos, Vest. e Calç. LUPA3 LUPATECH S.A. ON Motores & Compressores MEDI3 MEDIAL SAÚDE S.A. ON Serviços Médicos NATU3 NATURA COSMÉTICOS S.A. ON Produtos Uso Pessoal BNCA3 BANCO NOSSA CAIXA S.A. ON Bancos ODPV3 ODONTOPREV S.A. ON Serviços Médicos PSSA3 PORTO SEGURO S.A. ON Seguros