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AÇÃO EDUCATIVA EM SAÚDE: Análise das causas das doenças (Estudo de Casos em Saúde)

AUTOR: Setuka Tereza Nose Araujo E-MAIL: setuka.araujo@etec.sp.gov.br Etec Elias Nechar

Tempo estimado: 04 aulas.

Objetivos:

 Aprender a encarar a doença e os problemas relacionados como resultados de diversas causa: médicas, físicas e humanas;

 Entender melhor a corrente de causas que levam a doença e a morte;

 Conscientizar das diversas causas dos problemas de saúde e o modo como elas estão inter-relacionadas.

Introdução

Um dos pontos fracos da medicina moderna é que leva as pessoas a encarar a doença como resultado de uma única causa. No atestado de óbito o médico escreve, como causa de morte, “tifo”, paralisia infantil”, “tuberculose” ou “sarampo”. Ele considera a causa da morte em termos de um “agente” específi co- no caso, uma bactéria ou um vírus.

No entanto, nem todas as pessoas contaminadas por um “agente”, fi cam doentes. Muitas pessoas, contaminadas pela bactéria do tifo, não apresentam os sintomas da doença. De cada 400 crianças contaminadas com o vírus da pólio, apenas uma fi ca paralítica. Relativa-mente poucas pessoas, contaminadas pelo bacilo da tuberculose, desenvolvem a doença.

Problematização inicial

É essencial que os alunos aprendam a encarar a doença e os problemas relacionados como resultado de diversas causas: médicas, físicas e humanas.

A HISTÓRIA DE LUÍS (estudo de caso que está aqui na proposta da atividade), foi usada no México e também na América Central, na África e nas Filipinas para ajudar os alunos a analisar a complexa cadeia de causas que levou à morte de um menino. Conte a história para seus alunos, ou peça para algum aluno ler em voz alta, um parágrafo de cada vez.

Peça que ouçam som atenção e tentem descobrir todos os fatores que contribuíram para a morte do menino, ou faça uma dramatização.

Observação-Aproveite uma história que aconteceu na sua região. Os alunos podem anali-sar os fatos que levaram à morte de uma pessoa conhecida.

Para analisar as causas da doença e como elas estão relacionadas, podemos classifi cá-las da seguinte maneira:

 Biológicas: causada por um organismo vivo, como um vírus, uma bactéria, um pa-rasita ou um fungo.

 Físicas: causadas por certas condições do ambiente físico, como um espinho, a falta de água limpa ou lugares com muita gente.

 Sociais: causadas por fatores humanos- o modo como as pessoas se relacionam e se tratam. As causas sociais podem ser subdivididas em 3 grupos:

 Cultural: relativo às atitudes, aos costumes, às crenças e à escolaridade (ou à falta de escolaridade) das pessoas.

 Econômico: relativo ao dinheiro, à terra e aos recursos- quem tem e quem não tem.

 Político- relativo ao poder- quem mantém o controle sobre quem e de que jeito.

Como organizar a Atividade Prática

Peça para o grupo para fazer, em colunas, uma lista de várias causas de uma determinada doença, usando os títulos: biológicos, físicos e sociais.

Ao fazer esta lista, os alunos logo percebem que geralmente as causas sociais estão sub-jacentes e são mais numerosas do que outras. É muito importante que o grupo identifi que e discuta as causas sociais, porque: Jogo dos porquê?

 As causas sociais são frequentemente ignoradas ou subestimadas pelos es-pecialistas e autoridades.

 Só depois que as causas sociais da doença são resolvidas é que pode haver uma melhora duradoura na saúde da população.

Apresentação dos Resultados

O objetivo é que os alunos concluam as atividades – portanto a avaliação será formativa com atribuição de MB para cada uma das etapas concluídas.

Pesquisa e seleção de fontes de informação, em diferentes formas e suportes BRANDÃO, C. R. O ardil da ordem, editora Papirus, 1983.

CVE. Disponível em: www.saude.sp.gov.br/cve-centro-de-vigilancia-epidemiologica.../imunizacao/

Acesso em: 08 de maio de 2020.

Descrição da Atividade Objetivos:

 Aprender a encarar a doença e os problemas relacionados como resultado s de diversas causa: médicas, físicas e humanas; entender melhor a corrente de causas que levam a doença e a morte e conscientizar das diversas causas dos problemas de saúde e o modo como elas estão inter-relacionadas.

Como organizar a Atividade Prática

É essencial que os alunos aprendam a encarar a doença e os problemas relacionados como resultado de diversas causas: médicas, físicas e humanas.

A HISTÓRIA DE LUÍS, que contamos a seguir, foi usada no México e também na América Central, na África e nas Filipinas para ajudar os alunos a analisar a complexa cadeia de causas que levou à morte de um menino. Conte a história para seus alunos, ou peça para algum aluno ler em voz alta, um parágrafo de cada vez. Peça que ouçam som atenção e tentem descobrir todos os fatores que contribuíram para a morte do menino. Ou faça uma dramatização. Observação-Aproveite uma história que aconteceu na sua região. Os alunos podem analisar os fatos que levaram à morte de uma pessoa conhecida.

A HISTÓRIA DE LUÍS

Vamos ver a história de Luís, um menino de 7 anos, que morreu de tétano. Luís morava com a família no lugarejo de Capelinha, a 15 km de Santo Inácio por estradas de terra.

Em santo Inácio há um posto de saúde em que trabalham um médico e várias enfermeira.

O posto de saúde coordena um programa de vacinação e tem um jipe. Mas o programa de vacinação só raramente atinge os povoados vizinhos. Houve um ano em que a equipe de saúde começou a aplicar vacinas em Capelinha, mas depois da primeira dose nunca mais voltaram. Talvez tenham desanimado porque vários pais e crianças se recusaram a cooperar. Além disso, a estrada para Capelinha é muito estreita e esburacada. Quando o pessoal do posto de saúde desistiu de voltar a Capelinha, uma parteira do lugar foi a san-to Inácio e se ofereceu para levar as vacinas a capelinha e terminar a série. Explicou que sabia aplicar injeções, mas o médico não deixou. Disse que a vacina só podia ser aplicada por pessoas qualifi cadas, caso contrário haveria risco de vida para as crianças. Um dia, três anos depois, Luís foi levar um balde com restos de comida para os porcos no chiqueiro.

No caminho, pisou descalço num espinho. Luís costumava usar uma sandália, mas tinha arrebentado há 3 dias e era muito velha para consertar. Seu pai era lavrador e tinha que entregar a metade da colheita do milho para o dono da terra. Não tinha dinheiro para com-prar uma sandália nova para o fi lho. Por isso, Luís estava andando descalço. Ele tirou o es-pinho do pé e voltou mancando para casa. Nove dias depois, os músculos da perna de Luís endureceram e ele começou a ter difi culdades para abrir a boca. No dia seguinte, começou a ter espasmos, todos os músculos do corpo endureciam de repente. Ele fi cava com a nuca rija e o corpo todo arqueado para trás. No início a parteira chamou a doença de congestão e recomendou m chá de ervas. Mas quando as convulsões pioraram, ela achou melhor que os pais levassem Luís para o posto de saúde de Santo Inácio. A família pagou para que um motorista de Capelinha os levasse de caminhão para Santo Inácio. Conseguiram 500 cru-zeiros emprestados, mas o homem cobrou 300 pela viagem. Isso era bem mais que o preço comum. Lá em Santo Inácio aguardaram 2 horas na sala de espera do posto de saúde.

Quando, fi nalmente, chegou a vez de Luís, o médico imediatamente viu que a doença era tétano. Explicou que o caso de Luís era muito grave e que ele precisava de soro antitetânico.

Explicou que era muito caro e ele não dispunha do soro. Era preciso que Luís fosse levado até a cidade Fernandópolis a 100 km. Os pais fi caram desesperados. Não tinham dinheiro para ir de ônibus até Fernandópolis. Se o fi lho morresse, como iriam trazer o corpo para o cemitério em capelinha? Então agradeceram ao médico, pagaram a consulta e tomaram o ônibus de volta para Capelinha. Dois dias depois, após muito sofrimento, Luís morreu.

Peça para o grupo para fazer, em colunas, uma lista de várias causas de uma determinada doença, usando os títulos: biológicos, físicos e sociais.

Ao fazer esta lista, os alunos logo percebem que geralmente as causas sociais estão sub-jacentes e são mais numerosas do que outras. É muito importante que o grupo identifi que e discuta as causas sociais, porque: Jogo dos porquê?

 As causas sociais são frequentemente ignoradas ou subestimadas pelos es-pecialistas e autoridades.

 Só depois que as causas sociais da doença são resolvidas é que pode haver uma melhora duradoura na saúde da população.

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