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121A cobertura vacinal por

No documento SAÚDEdaFAMÍLIAnoBRASIL (páginas 122-126)

tetrava-lente11 é medida pela proporção de crianças menores de um ano de ida-de que receberam a terceira dose da vacina entre o total de crianças dessa faixa etária, em determina-do local e períodetermina-do. O Ministério da Saúde preconiza como parâmetro de cobertura, para municípios e es-tados, a meta de 95% ou mais das crianças menores de um ano de idade vacinadas. E também consi-dera que valores médios elevados podem encobrir bolsões de baixa cobertura em determinados grupos populacionais, comprometendo o controle das doenças e, por isso, propõe para os Estados, o indica-dor de homogeneidade de cobertu-ra vacinal (BRASIL, 2003a).

Em um agregado específico (Bra-sil, regiões, estados) a homogenei-dade de cobertura vacinal por tetra-valente em menores de um ano de idade indica a proporção de muni-cípios com cobertura vacinal

des-se imunizante, igual ou maior que 95%, em relação ao total de muni-cípios. Neste estudo, o indicador é utilizado para refletir a proporção de municípios que em cada estrato de cobertura da SF atingiu a meta de 95% de cobertura para tetravalente no período de 1998 a 2006.

No Quadro 22 e nos Gráficos 64 e 65, observa-se que, tanto para o Brasil como para cada um dos estratos de cobertura da SF, a pro-porção de municípios que atingiu a meta de 95% ou mais de suas crianças menores de um ano imu-nizadas por tetravalente cresceu significativamente entre 1998 e 2006. Esse crescimento ocorreu com mais intensidade nos estratos de coberturas mais altas da SF.

A comparação dos valores des-se indicador para os dois estratos extremos de cobertura (<20%, >=70%) mostra que o grupo de cobertura mais baixa apresentou para o ano de 1998 proporção

Evolução da homogeneidade de cobertura vacinal por tetravalente em menores de um ano de idade segundo os estratos de cobertura da SF

para o Brasil, 1998-2005/2006.

11 Considerando que a tetravalente (DPT + Hib) passou a ser aplicada na rotina a partir do ano 2001, para o cálculo desse indicador considerou-se de 1998 a 2000 a cobertura vacinal por trí-plice bacteriana (DPT) e para os anos de 2001, 2002, 2003, 2004, 2005 e 2006 somou-se a cobertura de DPT e tetravalente para que fosse obtido o valor real.

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de 50,75% de municípios com a meta alcançada. Para esse mes-mo período, o estrato de cobertu-ra mais alta apresentou proporção de 37,79%, ou seja, mais baixa. No ano de 2006 a situação se in-verte, com o estrato de cobertura mais alta (>=70%) apresentando 74,39% de municípios com a meta alcançada e o estrato de cobertura mais baixa (<20%) com 72,52% (Quadro 22, Gráfico 64).

O gráfico 65 apresenta a pro-porção média anual de aumento na homogeneidade de cobertura va-cinal por tetravalente em menores de um ano de idade e revela que quanto mais elevada a cobertura da SF maior foi o aumento do

indi-cador entre 1998 e 2006. O valor do indicador aumentou 4,97% para o estrato de <20% de cobertura, 6,64% para o de 20–50%, 8,31% para o de 50–70% e 9,46% para o de 70% ou mais de cobertura. O gráfico 64 reflete que esse aumen-to diferenciado reduz a distância entre os grupos no final do perío-do com vantagem para o estrato de 70% ou mais de cobertura.

Esses resultados evidenciam que a homogeneidade de cober-tura vacinal por tetravalente é um bom indicador para refletir a me-lhoria de acesso às ações de saúde na população dos municípios com melhores coberturas da estratégia Saúde da Família. ANO 98 99 2000 2001 2002 2003 2004 Brasil Percentual de cobertura da SF <20% 20-50% 50-70% >=70% 2005 50,75 45,41 44,39 37,79 40,95 49,10 44,17 37,56 40,21 41,44 59,31 52,41 52,36 47,33 49,91 67,72 62,36 59,19 63,23 63,22 65,47 62,05 62,76 65,92 65,07 59,76 57,08 58,21 61,17 60,20 63,81 57,39 55,77 61,74 60,83 65,92 57,54 55,61 63,64 62,32 72,52 72,47 75,12 74,39 74,03 2006

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1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 10,00 30,00 50,00 70,00 90,00 <20% 20–50% 50–70% >=70% Brasil anos 4,97 6,64 8,31 9,46 0,00 5,00 10,00 % <20% 20–50% 50–70% >=70%

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Observa-se no grupo com IDH baixo que, ao se comparar a pro-porção de municípios com a meta de vacinação por tetravalente al-cançada para os estratos de menos de 20% e de 70% ou mais de co-bertura, é nesse último que a pro-porção é maior em todo o período. Em 1998, o estrato de <20% tem 18,12% dos seus municípios com a meta alcançada e o estrato de 70% ou mais tem 28,97%. Em 2002, as proporções foram de 37,68% (estrato: <20%) e de 61,12% (trato: >=70%). Em 2006, o es-trato de 70% ou mais de cobertura (78,18%) continua com a propor-ção mais elevada para esse indica-dor (Quadro 23, Gráfico 66).

No grupo de municípios com IDH intermediário é o estrato de <20% de cobertura que apresenta pro-porções mais altas desse indicador em praticamente todo o período. A exceção ocorreu no último ano do período com o estrato de 50–70% apresentando a maior proporção. Já no agrupamento com IDH alto, o estrato de <20% inicia o período com a maior proporção de municí-pios que atingiu a meta. No entan-to, no meio do período é o estrato

de 70% ou mais de cobertura e no último ano é o estrato de cobertura entre 50 e 70% (Quadros 24 e 25, Gráficos 67 e 68).

O comportamento evolutivo de aumento na homogeneidade de co-bertura vacinal por tetravalente em menores de um ano de idade para o Brasil também foi em geral iden-tificado nos três agrupamentos de municípios por faixa de IDH. Os grá-ficos 69, 70 e 71 revelam que um maior crescimento nas proporções desse indicador foi identificado na faixa de IDH baixo. Nesse grupo, os estratos de <20% e de 20– 50% de cobertura da SF, com au-mentos médios anuais de 22,35% e 19,33%, respectivamente, apre-sentaram variações mais positivas na homogeneidade da cobertura vacinal no período. Na faixa de IDH intermediário, observa-se que a variação média anual favoreceu os estratos com coberturas mais altas da SF. Os aumentos médios anuais do indicador nessa faixa fo-ram de 3,58% (estrato: <20%), 4,33% (estrato: 20–50%), 6,13% (50–70%) e 5,80% (>=70%). É na faixa de IDH alto que se obser-va a maior distância na obser-variação

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