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A Concepção do Currículo do Curso

2 ORGANIZAÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA

2.1 A Concepção do Currículo do Curso

2.1 A Concepção do Currículo do Curso

Para a Universidade, a concepção de currículo deve permitir o transcender das aprendizagens acadêmico-pedagógicas, possibilitando a ampliação do conhecimento construído pelos estudantes, protagonistas dos próprios processos de desenvolvimento. De modo geral a organização didático-pedagógica dos cursos, conforme estabelece o PPI, que integra o PDI (2019-2025) deve responder aos seguintes objetivos:

● Proporcionar oportunidades de assimilação crítica do conhecimento para promover o desenvolvimento das competências requeridas do profissional com formação superior.

● Incentivar a aplicação de metodologias formativas inovadoras, capazes de desenvolver a cultura investigativa e o empreendedorismo.

● Oferecer componentes curriculares com vistas à integração planejada e sistemática entre o ensino, a pesquisa e a extensão, de modo a demonstrar a indissociabilidade entre essas três finalidades.

● Promover iniciativas que expressem o compromisso social da Instituição, em consonância com as políticas ligadas às diretrizes para a educação ambiental, educação étnico-racial, direitos humanos e educação indígena.

● Assegurar a interdisciplinaridade, a flexibilização curricular e a articulação entre teoria e prática.

De acordo com o PPI, o currículo e as relações pedagógicas emergentes a partir do campo pedagógico curricular são fundamentais para que se alcance o perfil de egresso projetado. Desse modo, a organização curricular do curso de História tomou como ponto de partida o desenvolvimento do perfil definido para os egressos da Universidade La Salle, bem como o perfil estabelecido aos egressos da área de Educação e Cultura e, por fim, o perfil específico do curso, observadas as Diretrizes Curriculares Nacionais.

Ainda, considerando o exposto no PPI, a organização curricular, para além do perfil definido para o egresso, tomou como premissa o desenvolvimento das competências requeridas do profissional com formação superior. Ao primar pelo desenvolvimento de competências, o currículo do curso buscou uma maior aproximação às ênfases requeridas na educação contemporânea – aprender a conhecer, a fazer, a ser e a conviver, estabelecendo um diálogo profícuo com as dimensões presentes na concepção do ensinar a bem viver, central na proposta educativa lassalista. Considerou-se, ainda, o fato de que:

Os currículos por competências são mais efetivos, pois são flexíveis, adaptáveis, desenvolvem conceitos, procedimentos, atitudes pensamento crítico e criatividade, tão necessários no mundo no qual as ocupações físicas, repetitivas e preditivas estão sendo realizadas por automação, robotização e máquinas mundiais de inteligência artificial. (FAVA, 2018, p. 166)

Desse modo, a formação deixa de concentrar-se apenas no conhecimento e passa a assumir o desafio de aliar conhecimentos, habilidades, atitudes e valores visando à formação integral de profissionais cidadãos. Partindo desses elementos, o currículo ora proposto buscou oportunizar um percurso formativo flexível, alicerçado em uma base teórica consistente e articulada com a prática, que privilegia a relação dialógica entre diferentes saberes, conhecimentos, práticas e linguagens, por meio da integração entre ensino, pesquisa e extensão e de metodologias que oportunizam o protagonismo dos estudantes, desenvolvendo sua autonomia intelectual.

Considerando o exposto até então e, ainda, a previsão expressa no PPI (PDI 2019-2015) de que a organização do currículo deve considerar conhecimentos de formação básica e de formação profissional, nas perspectivas teóricas e práticas, de modo a possibilitar a integração entre o ensino, a pesquisa e a extensão, optou-se por organizar o currículo a partir de eixos de formação.

2.2 Módulos

A partir dos eixos de formação o currículo passa a se organizar em uma estrutura menor denominada módulo. Cada módulo com duração de um semestre é constituído a partir de um conjunto de competências específicas a serem desenvolvidas, sendo, por sua vez, composto pelos seguintes componentes curriculares: disciplinas, projetos integradores, atividades práticas, dentre outros, que abordarão os conhecimentos teórico-práticos, as habilidades, as atitudes e os valores necessários ao desenvolvimento das competências previstas.

Dessa forma, os módulos serão perpassados pelos diferentes eixos de formação, ao contemplarem componentes curriculares com origem nos mesmos. Apresentam-se a seguir os módulos e as competências a serem desenvolvidas em cada um deles.

Módulo Temas e Experiências para o Ensino de História

Esse módulo busca apresentar e caracterizar os traços específicos que marcam as sociedades contemporâneas, em diferentes abordagens teóricas, metodológicas e regionais.

Competências a serem desenvolvidas:

● Utilizar tecnologias de informação e comunicação como ferramentas de trabalho, de forma funcional e criativa.

● Atuar na ação pedagógica para a consolidação do fazer docente, qualificando a profissão professor no que tange aos saberes da área do conhecimento, da área pedagógica e do campo pessoal.

● Articular soluções inovadoras aos desafios que a realidade apresenta, buscando a vanguarda na ação educativa ou comunitária a partir de um repertório cultural diversificado e coerente com sua formação.

Módulo Fundamentos do Mundo Moderno

Este módulo apresenta as discussões centrais relativas ao ensino da História em ambientes formais e não formais de ensino e busca desenvolver nos alunos as competências fundamentais para atuarem como educadores nesses espaços.

Competências a serem desenvolvidas:

● Problematizar, nas múltiplas dimensões das experiências dos sujeitos históricos, a constituição das relações no tempo e no espaço.

● Identificar informações básicas referentes às diferentes épocas históricas nas várias tradições civilizatórias, assim como sua interrelação.

● Desnaturalizar e historicizar conceitos-chave que sustentaram a construção de diferentes narrativas históricas no mundo moderno (tradição, progresso, evolução, desenvolvimento, tempo, espaço, oralidade, memória, patrimônio, identidade, etc.

● Reconhecer diferentes fontes e ferramentas disponíveis ao historiador e suas possibilidades para fins didáticos.

● Avaliar, em perspectiva comparada, as especificidades nacionais e regionais de fenômenos como a colonização e a escravidão.

● Problematizar a construção dos imaginários e da ideia do “outro” nos encontros e embates entre Oriente e Ocidente, especialmente entre as tradições europeias e aquelas dos povos asiáticos, africanos e ameríndios.

● Utilizar diferentes tecnologias digitais como recurso pedagógico para potencializar os processos de ensino-aprendizagem, além de possibilitar a comunicação, interação e cooperação entre docente e estudantes em diferentes tempos e espaços.