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A inserção de novos instrumentos ao kit de divulgação

3. PROPOSIÇÕES PARA A POLÍTICA DE DISSEMINAÇÃO DOS RESULTADOS

3.3. Alterações no material de divulgação

3.3.2. A inserção de novos instrumentos ao kit de divulgação

Embora o kit tenha sido avaliado positivamente pelos gestores, todos consideram como necessário o acréscimo de pelo menos mais um instrumento ao material de divulgação. Dentre os mais citados, estão um vídeo e uma revista, elementos que, na opinião dos gestores, contribuirão para a melhoria do processo de divulgação.

Considere-se o entendimento de Oliveira (2011, p. 179), ao argumentar que “os materiais são fontes de informações importantes, pois por meio deles os

professores podem conhecer os conteúdos que balizam a construção dos testes, além de terem acesso a exemplos de itens que são utilizados nos testes aplicados”.

Apesar disso, destaque-se que, mesmo com a incorporação de novos materiais e o acréscimo de informações aos já existentes, há que se buscar sempre o envolvimento de professores e equipes pedagógicas no tratamento das informações disponibilizadas.

3.3.2.1. A criação de uma revista

Em todos os estados participantes da pesquisa em que há sistema próprio de avaliação, os gestores mencionaram a produção de uma revista pedagógica para disseminar os resultados. Ao mesmo tempo, ficou evidenciado o desejo de vários gestores de contar com uma revista no kit de divulgação da Prova Brasil.

Uma questão que permeou grande parte dos comentários dos gestores foi a dificuldade de professores e demais profissionais em entenderem os dados produzidos pela avaliação e converterem-nos em mudança de atitude que venha a contribuir para que a prática docente se transforme em um ensino mais eficiente, o que ocasionará melhores resultados em edições futuras.

Nesse sentido, a proposta é que seja publicada, juntamente com o livreto e os cartazes, uma revista pedagógica que auxilie os professores em suas reflexões e discussões sobre como ler e entender os resultados e como usá-los de maneira satisfatória. Essa revista, que será bianual, contará com artigos de estudiosos e pesquisadores da área, trazendo reflexões e pesquisas acerca das áreas do conhecimento avaliadas e de práticas bem-sucedidas de emprego dos resultados.

Cumpre ressaltar que a “Prova Brasil em Revista”, nome sugerido para a publicação, não concorrerá com o livreto nem com ele se confundirá: enquanto este tem uma função eminentemente explicativa, aquela terá um cunho mais pedagógico e acadêmico, instigando o pensamento e o debate dos profissionais envolvidos com a avaliação.

A linha editorial será bem diversa e contará com artigos de diferentes autores, coletados por meio do processo de captação ou do de submissão espontânea. Se a opção for pela submissão espontânea, o processo acontecerá mediante edital de chamada pública aberto à participação de interessados que atendam a pré- requisitos determinados pela coordenação responsável pela disseminação dos

dados. Nesse caso, a equipe de disseminação, ou parte dela, ficará responsável por avaliar e selecionar os artigos, reunindo os mais adequados no número a ser publicado.

O processo editorial pode ser feito com a colaboração da equipe de editoração e publicações do Inep, a qual já é responsável por gerenciar a linha editorial do instituto e possui expertise nas atividades afetas à edição de publicações: revisão, normalização bibliográfica, diagramação e criação de arte. Ressalte-se que esse setor já atua na editoração de duas publicações na área educacional – a Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos13 e o Em Aberto14 –, e tem condições de subsidiar a coordenação de disseminação na tomada de decisões. A “Prova Brasil em Revista” contará com uma apresentação, escrita por um profissional do Inep responsável diretamente pela avaliação, e três seções: uma com artigos sobre as áreas do conhecimento avaliadas, outra com práticas de sucesso do uso de resultados em prol de um ensino mais qualificado e a última com resenhas de trabalhos que estão sendo publicados na área. O projeto gráfico poderá seguir a mesma identidade visual definida para os cartazes e a cartilha, com predomínio das cores verde, amarela e branca e com o uso do logotipo da Prova Brasil na capa. Como também será direcionada aos profissionais, o miolo pode ser em preto e branco, sem ilustrações, a não ser as usadas pelos autores em seus textos.

Os custos ficarão concentrados na impressão e envio dos exemplares da revista às escolas. Como já informado anteriormente, no item 3.1., há dotação orçamentária específica para essas proposições.

3.3.2.2. A criação de um vídeo

A produção de um vídeo também foi indicada pela maioria dos gestores. É inegável que um material audiovisual poderá colaborar muito na disseminação dos resultados. Aliás, vídeos são comumente utilizados como estratégias de divulgação

13 A Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos é um periódico pluritemático, quadrimestral, criado

em 1944. Publica artigos na área educacional que subsidiam novos estudos. Possui versões impressa e on-line. Para obter maiores informações e consultar os números da revista, acessar: <http://www.publicacoes.inep.gov.br/resultados.asp?cat=5&subcat=1>.

14 A revista Em Aberto é um periódico monotemático, de periodicidade irregular, que traz artigos

resultantes de pesquisas e diferentes opiniões, servindo como subsídio principalmente a estudantes de graduação. Para obter maiores informações e consultar os números da revista, acessar: <http://www.publicacoes.inep.gov.br/resultados.asp?cat=5&subcat=2>.

de produtos e serviços. Além disso, muitos materiais didáticos produzidos atualmente contam com recursos de multimídia, caso do vídeo sugerido.

A proposta é a elaboração de um vídeo que traga informações importantes para os professores e explicações que contemplem desde a concepção da Prova Brasil, com as finalidades a que se destina, até a responsabilidade de toda a comunidade educacional para com a transformação de seus resultados em práticas eficientes nas instituições, pois “é preciso estimular e preparar as instituições escolares para a avaliação, de forma que compreendam o seu ‘para que’ e saibam ‘como’ utilizar os resultados produzidos no seu dia-a-dia pedagógico, atribuindo-lhe sentido” (NEVO, 1997 apud OLIVEIRA, 2011, p. 175).

Esse vídeo, com duração de aproximadamente 40 minutos, se configurará tanto como material quanto como estratégia de divulgação, e pode se converter, ainda que de forma insipiente, até mesmo em instrumento inicial de formação em serviço dos professores sobre o tema, contribuindo para diminuir a distância existente entre o órgão que produz a avaliação e as escolas que a ela se submetem. O vídeo congrega várias possibilidades. Nesse caso, especificamente, deverá ser estruturado na forma de uma videoaula, com um ou mais profissionais trazendo as explicações mais relevantes e necessárias, juntamente com elementos interativos e recursos visuais.

A recomendação é que o vídeo seja produzido dividido em tópicos – com apresentação interativa, de modo que os profissionais localizem com facilidade aquilo que mais lhe interessa – com conteúdos nos quais os professores encontrem as maiores dificuldades de entendimento, como as matrizes de referência e as escalas de proficiência. Esses temas podem aparecer destacados na tela, enquanto o apresentador explana sobre como se faz a interpretação.

Outro ponto a ser abordado diz respeito à compreensão dos resultados, mencionando em linhas mais gerais como deve ser o entendimento. Complementarmente, tópicos do vídeo podem trazer intervalos das escalas de Língua Portuguesa e Matemática, expondo aos professores destas disciplinas como entender o desempenho de seus estudantes mediante os resultados observados.

A intenção é que o vídeo seja exibido no “Dia D” e fique à disposição para a consulta de profissionais sempre que for necessário. Este será um dos elementos que comporá o kit de divulgação, sendo enviado gravado em DVD juntamente com o

livreto, os cartazes e a revista e ficando acessível também na página da internet que trata da divulgação dos resultados.

A seleção dos conteúdos e a elaboração das explicações ficarão a cargo da coordenação de disseminação. Entretanto, conforme já descrito, será necessária a contratação de uma empresa prestadora de serviços para a produção do vídeo. Os gastos com essa contratação, bem como os relativos à aquisição e gravação dos DVDs, serão pagos com os recursos destinados a esse fim, previstos na ação 4022, da qual sairá, também, o provimento da publicação da revista, conforme mencionado no item anterior. A criação do leiaute da capa pode ser feita pela equipe de editoração do Inep, mantendo a mesma identidade visual da revista e dos demais elementos.