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A G LÓRIA V INDOURA

No documento O Temor Do Senhor - John Bevere (páginas 82-94)

A glória desta última casa será maior do que a da primeira, diz o Senhor dos Exércitos (Ag 2:9).

Frequentemente, eu ouço ministros e crentes declarando que estamos na última chuva. Eles falam como se a Igreja já estivesse experimentando hoje o grande derramamento do Espírito de Deus previsto pelos profetas; como se Jesus pudesse vir a qualquer dia e nos arrebatar. Eu ouço isto inúmeras vezes e respondo: "A visão de vocês é pequena demais! Vocês se conformaram com bem menos do que Deus realmente deseja fazer".

Muitas vezes, isto é falado por ignorância e tende a acontecer durante um movimento genuíno de Deus. Por mais maravilhoso que seja um mover do Espírito de Deus nessas reuniões, ainda não significa que estamos experimentando a glória da última chuva. Confundimos um movimento renovador do Espírito de Deus que, muitas vezes, é acompanhado pelo seu poder, unção e dons, com a glória de Deus que ainda está por vir. Falhamos em ver a glória de Deus disponível com os olhos do nosso coração.

Como outras, tais declarações são resultantes da preguiça espiritual. Essas pessoas ficaram cansadas de insistir no alto chamado de Deus e acamparam num local distante, bem abaixo do lugar para onde Ele as chamou. Alguns não acamparam, mas estão vagando sem rumo por caminhos alternativos e mais cômodos. Essas estradas têm nomes como compromissos, mundanismo, religião e falsa unidade. Em qualquer caso, os indivíduos que viajam por esses caminhos se conformaram com a glória do homem e, se dormirem assim, vão acabar resistindo à glória de Deus quando ela for finalmente revelada.

Outros têm proclamado o derramamento da glória de Deus por puro exagero, o que é mais perigoso, porque é muito irreverente. Deus falou ao meu coração: "Esses que se conformam com o falso, nunca verão o real". Se a sua irreverência continuar, essas pessoas experimentarão julgamento na revelação da glória de Deus - glória que deve trazer grande refrigério e alegria.

de Deus, de cura e de milagres hoje". Isto pode ser verdade, mas não indica automaticamente que se trata da última chuva. Devemos nos lembrar de que os dons do Espírito podem estar operando naqueles que ainda não estão agradando ao Senhor. Quando a unção de Deus vem, não significa necessariamente que ela é acompanhada pela aprovação de Deus. Jesus nos advertiu que muitos virão a Ele no dia do julgamento e dirão que eles expulsaram demônios, profetizaram e fizeram muitas maravilhas em seu nome; porém, Ele lhes dirá: "Afastem-se de mim, vocês que praticam iniquidades!"

Temos de nos lembrar do propósito de Deus para a criação. Ele não colocou Adão no jardim para ter um pregador mundial, curador ou ministro de libertação. Não; Adão foi colocado no jardim para que Deus pudesse caminhar com ele. Deus desejava ter um relacionamento com Adão, mas o relacionamento foi cortado devido à desobediência.

Nós fomos criados para Deus, para coexistir com a glória dele. Mas a desobediência não pode existir dentro de nós se queremos agradar a Deus. A medida exata da nossa verdadeira condição espiritual é demonstrada pela nossa obediência real à sua vontade. Pode haver uma unção em nossas vidas, mas nós ainda podemos estar longe do coração de Deus. Considere os exemplos de Judas, Balaão e do rei Saul: cada um deles agiu sob unção, mas fracassaram em seu andar na glória de Deus por causa dos seus motivos egoístas.

Deus não levanta seus filhos com o propósito de realizar milagres. Deus falou através da mula de Balaão no Velho Testamento, mas isso não fez daquela besta de carga uma habitação da glória de Deus! Passados seis milênios, Deus tem trabalhado pacientemente em um templo para si mesmo, formado por seus filhos obedientes que o amam e o temem. Pedro escreveu: Também vós mesmos, como pedras que vivem, sois edificados casa espiritual... (IPe 2:5) E Paulo afirmou: No qual também vós juntamente estais sendo edificados para habitação de Deus no Espírito (Ef 2:22).

Se formos honestos, vamos admitir que nós - seu templo - ainda não estamos preparados para a sua glória. O templo ainda está em construção. A ordem divina está sendo restabelecida dentro do coração do homem.

NOSSA CONDIÇÃO ATUAL

Há outro período de tempo na história de Israel que se compara à condição atual da igreja. Lembre-se de que os eventos e as lições de Israel são tipos e figuras de coisas que sucederão à igreja. Depois de setenta anos de cativeiro babilônico, um grupo

de judeus retornou à sua amada Terra Prometida. O julgamento havia terminado e a restauração estava começando. Era tempo de reconstruir os muros e o templo.

Inicialmente, essa fase da reconstrução foi encarada com muito entusiasmo, dedicação e trabalho duro. Porém, à medida que a empolgação inicial foi diminuindo, o povo perdeu a motivação e seis anos mais tarde eles ainda não haviam concluído a restauração do templo. Seus compromissos pessoais tinham prioridade sobre a restauração da casa de Deus. Sua reverência havia desaparecido no embaraço dos seus próprios afazeres. O que Deus considerava importante e santo havia sido colocado em último plano.

Para despertar o povo, Deus levantou o profeta Ageu. Ele confrontou o povo com esta pergunta: Acaso, é tempo de habitardes vós em casas apaineladas, enquanto esta casa permanece em ruínas? (Ag 1:4) Os israelitas tinham perdido a perspectiva porque sua atenção havia se desviado de Deus para eles mesmos. Sempre que isso acontece, o amor e o desejo por Deus começa a diminuir.

Por meio desse profeta, Deus explicou a razão para tal descontentamento: Esperastes o muito, e eis que veio a ser pouco, e esse pouco, quando o trouxestes para casa, eu com um assopro o dissipei. Por quê? - diz. o Senhor dos Exércitos; por causa da minha casa, que permanece em ruínas, ao passo que cada um de vocês corre por causa de sua própria casa. Por isso, os céus sobre vós retêm o seu orvalho, e a terra, os seus frutos (Ag 1:9,10). A chuva de que necessitavam para suas colheitas havia sido retida. Sempre que buscarmos as "bênçãos" em vez de buscar o Senhor, Ele removerá ou reterá a bênção, a fim de que nós clamemos novamente por Ele.

Nosso dilema é muito diferente hoje? Nós também vivemos em uma era de restauração, pois a Bíblia nos diz que Jesus não voltará até a restauração de todas as coisas (At 3:20,21). As Escrituras prometem que tudo aquilo que estava perdido será restaurado antes da sua vinda. Deus restaurou o templo natural de Israel; entretanto, nosso templo não é um templo natural, e sim o altar constituído por nossos corações. Este templo santo será reparado e restaurado para Sua ordem divina e para habitação da glória de Deus novamente.

Lamentavelmente, em nossa época de restauração, nós temos nos comportado como Israel. Temos perseguido as bênçãos e buscado conforto e comodidade, porque a maioria de nós tem empregado o nosso melhor para construir nossas próprias "casas apaineladas". Dedicamos a maior parte do nosso tempo a alcançar sucesso pessoal, de forma que possamos desfrutar conforto e

segurança.

ONDE ESTÁ A MINHA HONRA?

Mais tarde, Deus questionou Israel novamente através de Malaquias, o último profeta do Velho Testamento. Ele viveu no mesmo século de Ageu, durante o mesmo período de restauração e clamou:

O filho honra o pai, e o servo, ao seu senhor. Se eu sou o pai, onde está a minha honra? E, se eu sou Senhor, onde está o respeito para comigo? - diz o Senhor dos Exércitos a vós outros, ó sacerdotes, que desprezais o meu nome. Vós dizeis: Em que desprezamos nós o teu nome? Ofereceis sobre o meu altar pão imundo, e ainda perguntais: Em que te havemos profanado? Nisto, que pensais: A mesa do Senhor é desprezível. Quando me trazeis animal cego para o sacrificardes, não é isso mal? E quando trazeis o coxo ou o enfermo, não é isso mal? Ora, apresenta-o ao teu gover- nador; acaso terá ele agrado de ti, e te será favorável? -diz o Senhor dos Exércitos (Ml 1:6-8).

Deus perguntou ao seu povo: "Vocês me chamam Senhor, mas onde está minha honra e reverência?" Como Ele era desrespeitado? O povo retinha o que havia de melhor para si e lhe dava o que era de segunda categoria.

Deus chamou as ações do povo de desrespeito e irreverência. Para ajudar os israelitas a verem seu erro mais claramente, Deus os desafiou a "oferecer o que vocês me deram ao seu governador", isto é, chefe, ou qualquer líder, bem abaixo do nível de Rei do Universo! Se a maioria de nós trabalhasse para nosso patrão do modo como trabalha para Deus, seria despedida na primeira semana.

Vamos olhar o grau de honra que frequentemente damos a Deus. Nós chegamos à igreja com dez minutos de atraso. Sentamos e assistimos ao culto, nunca levantamos um dedo para servir, criticando o tempo todo a liderança e aqueles que servem na igreja. Mantemos uma vigilância constante e desconfiada sobre como o dinheiro está sendo gasto, embora raramente demos nosso próprio dízimo integralmente. Na pressa de comer, saímos antes do final do culto. Assistimos somente aos cultos regulares e ficamos frustrados quando somos convocados para reuniões especiais. Se o clima está ruim, ficamos em casa para evitar mais atritos. Se o clima está muito agradável, ficamos em casa para desfrutá-lo. Se o nosso programa favorito passar na televisão, perderemos o culto para assisti-lo. Quanto tempo esse nível de

desempenho duraria em um local de trabalho?

A maioria daqueles que trabalham nas igrejas ou ministérios está sobrecarregada de trabalho porque somente alguns estão dispostos a dar seu tempo para levar a tremenda carga de trabalho envolvida no ministério. A maioria vem apenas para receber ou ser espectador, mas nunca para dar ou servir. Assim, o pobre e o necessitado na congregação são negligenciados porque aqueles que possuem mais recursos estão ocupados demais com suas próprias vidas. Mas quando analisamos os verdadeiros motivos, todos estão ocupados em busca do seu próprio sucesso e são muito críticos em relação ao pastor, quando as necessidades do pobre não são supridas.

Este tipo de comportamento nada mais é do que irreverência diante do Senhor. A maioria de nós hoje trabalha duro por muitos horas para manter um padrão de vida. Mas ficamos aflitos se o culto no domingo passa meia hora além do tempo que achamos que deveria terminar. É preciso muito esforço para frequentarmos as reuniões de oração e reclamamos que não temos tempo para alimentar e vestir os pobres.

A verdade é que tudo é estressante. Muitos pais nem mesmo passam tempo com suas próprias famílias, por quem eles trabalham arduamente para prover o sustento. Colocam suas famílias de lado e dizem defensivamente: "E claro que eu amo vocês; vocês não podem ver que eu estou ocupado trabalhando para supri-los? Agora, deixem-me sozinho. Eu estou cansado e não tenho tempo para vocês no momento!"

Deus explica a perturbação deles: "Vocês esperaram muito, mas na verdade tiveram pouco; e quando levaram para casa esse pouco, eu o assoprei. Por quê?"- diz o Senhor dos Exércitos. "Por causa da minha casa que está em ruínas, enquanto cada um de vocês corre por causa da sua própria casa. Por isso a última chuva foi retida de sobre vocês e os frutos da colheita não vieram". (Tradução livre de Ageu 1:9,10).

ONDE ESTÃO OS VERDADEIROS PREGADORES?

Malaquias e Ageu eram verdadeiros profetas. Suas fortes palavras proféticas provocaram mudança nos corações do povo de Israel, que ouviu estas palavras: e...atenderam à voz do Senhor, seu Deus, e às palavras do profeta Ageu, as quais o Senhor, seu Deus tinha mandado dizer; e o povo temeu diante do Senhor (Ag 1:12).

A reverência foi restabelecida. Agora o enfoque estava nova- mente no templo; seus interesses pessoais tornaram-se secundários. Quando tememos a Deus, sempre colocaremos os interesses e os desejos dele acima dos nossos próprios interesses.

Precisamos de pregadores como Ageu ou Malaquias, pessoas que evitam a popularidade para agradar a Deus. Precisamos de pregadores que falem palavras fiéis, palavras que as pessoas precisam ouvir, ao invés de palavras que elas querem ouvir. Hoje, se uma pessoa escreve um livro sobre como melhorar o estilo de vida ou alcançar sucesso, venderá bem. Nós escrevemos e pregamos sobre assuntos que são atrativos às pessoas. Mas onde estão aqueles que não levam em consideração a aceitação da sua mensagem na Terra, mas apenas com a aceitação no céu?

Quando viajo, meu tempo para falar é frequentemente limitado por certas restrições, normalmente cerca de uma hora e meia. Há duas razões por trás disso: primeiro, há o temor de que se os cultos forem longos demais, a igreja perderá a frequência nos cultos à noite, como também os seus membros. É interessante que os mesmos membros temperamentais podem sentar-se por duas horas ou mais para assistir a um filme ou por duas horas para assistir a grandes eventos esportivos, mas ficam frustrados se o sermão prossegue por mais de sessenta minutos.

Segundo, há a pressão que tais cultos impõem sobre as pessoas que trabalham com crianças. Se esses obreiros ministrassem às crianças ao invés de entretê-las, elas experimentariam um genuíno mover de Deus! Eu participei de vários cultos que duraram três horas ou mais, e as crianças não tiveram nenhuma dificuldade de permanecer sentadas. A razão é que as crianças não estavam sendo entretidas, mas, ministradas. Isso não quer dizer que um culto deve ser longo para ser eficaz. Essas atitudes são simplesmente um reflexo do que nós con- sideramos digno da nossa atenção.

Percebo isso em igrejas muito grandes. Muitas vezes, a razão pela qual uma igreja é grande é que ela atende aos convertidos desinteressados, que podem entrar e sair rapidamente, sem jamais fazer com que sintam desconforto.

Sim, se o Espírito Santo não estiver presente em um culto não há nenhuma razão para prosseguir por mais de uma hora e meia. Na verdade, até será muito tempo sem a presença do Espírito Santo, eu concordo. Porém, o Espírito Santo será encontrado em cultos onde a liderança lhe permite fazer e dizer tudo o que Ele deseja!

Recentemente, estava com o pastor de uma grande igreja que me pediu para limitar o culto a uma hora e meia. Eu olhei para ele, e com respeito à sua posição, respondi-lhe: "É isto que você quer? Você quer impor restrições ao tempo do Espírito Santo? Se é isto que você quer, sua igreja pode crescer, mas esqueça a possibilidade de ter um verdadeiro mover de Deus na igreja".

Ele concordou:' Tudo bem, mas por favor, termine em duas horas''.

Nosso último culto foi numa noite de segunda-feira, e eu preguei uma mensagem muito forte. Cerca de 80% das pessoas vieram à frente quando fiz o apelo ao arrependimento. Notei que meu tempo havia acabado e então, eu terminei o culto. Eu tenho aprendido que Deus se agrada quando respeito a autoridade que Ele estabeleceu sobre um corpo de crentes.

Eu tomei um avião para casa na manhã seguinte. No outro dia, o pastor me telefonou: "John, eu senti que você deveria ter orado pela minha equipe pastoral".

Eu concordei e respondi:' Eu também senti, mas eu não tive tempo''.

Ele continuou: "John, quando eu cheguei em casa, minha esposa estava no meio do sala de estar, no chão, chorando. Ela olhou para mim e disse: 'Nós falhamos com Deus. As reuniões deveriam ter continuado. Nós temos recebido telefonemas o dia todo, testemunhando de vidas que foram transformadas'. Os crentes de toda a região estão ligando para dizer: 'Nós ouvimos falar que Deus está fazendo algo em sua igreja. Há um culto hoje à noite?' Eu não posso acreditar que limitei seu tempo. Deus tem tratado comigo a respeito disto".

Eu respondi: "Pastor, eu estou cheio de alegria, porque vejo que você tem um coração aberto".

Ele pediu, então, que eu retornasse o mais breve possível para realizar uma semana de reuniões. Eu gostaria de poder dizer que todos os pastores que encontrei, que limitaram o Espírito de Deus em suas igrejas, tiveram os mesmos corações abertos. Deus lamentou esta irreverência por meio de Jeremias:

Coisa espantosa e horrenda se anda fazendo na terra: os profetas profetizam falsamente, e os sacerdotes dominam de mãos dadas com eles; e é o que deseja o meu povo. Porém, que fareis quando estas cousas chegarem ao seu fim?(Jr 5:30,31)

E assustador, mas esta passagem descreve muito do que ve- mos hoje. Frequentemente, as palavras dos assim chamados "profetas" na igreja, não dão nenhuma edificação verdadeira ao coração do povo de Deus. Eles dão alívio temporário com a promessa de bênçãos. Mas, mais tarde, as pessoas ficam desencorajadas quando ficam desapontadas com Deus, porque a palavra não se torna realidade. As mensagens de Ageu e Malaquias orientaram as pessoas a se voltarem novamente para o coração de Deus. Suas palavras proféticas trouxeram um saudável temor do Senhor de volta ao povo, que os conduziu à obediência.

É lamentável que a maioria das pregações e palavras proféti- cas pessoais alimenta atitudes erradas e conceitos que se têm infiltrado no coração dos filhos de Deus. "Deus quer que você seja feliz, Deus quer que você seja abençoado! Há um estilo de vida próspero esperando por você!" Faça um estudo para você mesmo das profecias pessoais encontradas no Novo Testamento. Você encontrará somente algumas e a maioria diz respeito a cadeias, tribulações e morte que aguardavam aqueles que glorificarão a Deus (Jo 21:18,19; Atos 20:22, 23 e At 21:10,11). Bem diferentes das profecias pessoais de hoje!

O Senhor descreve um sacerdote como alguém que rege com mão de ferro. Isso acontece quando os pastores regem para controlar, em vez reger pela obediência à direção do Espírito. É ofensivo para o Espírito Santo dizer que Ele tem apenas uma hora e meia, do começo ao fim, para completar a sua obra. Desagrada-o quando os líderes seguem um padrão rígido e tomam decisões sem o conselho de Deus. Mas o que Deus acha mais alarmante é que o seu povo gosta das coisas dessa maneira! Para muitos, tais limitações protegem sua própria irreverência e estilos de vida egocêntricos.

Com a primeira chuva, veio grande bênção, mas ela também trouxe julgamento rápido. Deus pergunta: "Mas o que fareis quando estas cousas chegarem ao seu fim?" Eu creio que Ele está advertindo: "Se você não mudar, no dia da minha glória você será julgado, em vez de ser abençoado".

CONSIDERE O PRIMEIRO TEMPLO

Vamos voltar a Ageu. Quando o temor do Senhor foi restaurado nos corações dos filhos de Israel, sua atenção se voltou para Deus. Ageu então chamou a atenção para a presente condição do templo: Quem há entre vós, que tenha sobrevivido, viu esta casa na sua primeira glória ? E como a vedes agora ? Não é ela como cousa de nada aos vossos olhos? (Ag 2:3)

Eu creio que Deus está fazendo a mesma pergunta para nós hoje: "Quantos de vocês se lembram da igreja em sua primeira glória? Com qual ela pode ser comparada agora? Como nós - o templo de Deus - a comparamos?"

Para responder, para efeito de comparação, vamos examinar a glória da Igreja no livro de Atos. O Pentecostes, o primeiro dia da primeira chuva, veio com tal força que captou a atenção das multidões em Jerusalém. Não houve notícia no rádio, na televisão ou no jornal. Nenhum panfleto foi distribuído. De fato, nem mesmo a reunião havia sido programada. Contudo, Deus se manifestou tão poderosamente que as multidões ouviram as palavras ungidas de Pedro e milhares foram salvos. Essa reunião

não foi celebrada em uma igreja, nem em auditório ou estádio, mas ao ar livre, nas ruas.

Pouco tempo depois, Pedro e João estavam a caminho do templo, quando viram um homem aleijado, que era coxo desde o nascimento. Diariamente, ele era posto ali na rua para pedir esmolas. Pedro o levantou sobre seus pés, e o homem aleijado foi curado em nome de Jesus. Dentro de poucos minutos, uma

No documento O Temor Do Senhor - John Bevere (páginas 82-94)