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After the collapse of the Union of Soviet Socialist Republics (USSR), there was a change of the old world order to the new order. As a result of this, some States such as Latvia, Estonia and Lithuania that became independent with the dissolution of USSR made the choice to turn its foreign politics to the Western, in other words, they became part of the European Union (EU) and of international organizations such as North Atlantic Treaty Organization. Others, however, made the option of let its foreign police to the Eastern. This is the case of countries such as Russia that became part of agreements as Shangai Cooperation Organization and became closer with other States, China, for instance. Therefore, this project studied how choices made by Baltic countries and Russia in the end of the 20th century impacted in their recovery after the 2008 crisis. Thereafter, it was studied how the Baltic and Russian economies were affected by the 2008 crisis, how the States fared in the economic recovery, how the relationship with the EU interfered in the extension and reaction to the crisis, which measures were taken by the countries in order to revert the crisis and what was the European Union role in those measures.

Key words: Economy, Crisis, 2008, Baltic 3. LISTA DE SIGLAS

 ABE: Autoridade Bancária Europeia

 BRICS: Acrônimo pra Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul

 EIOPA: Autoridade Europeia de Seguros e Pensões Complementares

 ESPA: Autoridade Europeia dos Valores Mobiliários e Mercados

 EUA: Estados Unidos da América

 FMI: Fundo Monetário Internacional

 MEE: Mecanismo Europeu de Estabilidade

 OECD: Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico

 OMC: Organização Mundial do Comércio

 OTAN: Organização do Tratado do Atlântico Norte

 PCUS: Partido Comunista da União Soviética

 PIB: Produto Interno Bruto

 PIIGS: Acrônimo para Portugal, Irlanda, Itália, Grécia e Espanha

 PIT: Imposto de Renda Pessoal

 RTS: Sistema de Comércio Russo

 TIC: tecnologia da informação e comunicação (TIC)

 UE: União Europeia

 URSS: União das Repúblicas Socialistas Soviéticas

4. INTRODUÇÃO

A Revolução Russa, em 1917, gerou grandes implicações no século XX.

Dentre elas, a maior foi o surgimento da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), em 1922, a qual foi inspirada no Socialismo científico1 de Marx e Engels. Essa teoria foi criada a partir do socialismo utópico2, com a visão de que poderia se construir uma sociedade mais igualitária pela vontade comum tanto da burguesia quanto dos operários. Contudo, o socialismo científico acreditava que só seria possível atingir esta sociedade utópica, o comunismo, por meio da luta do proletariado e que seria necessário passar pelo socialismo, uma sociedade que estaria entre o capitalismo e o comunismo.

A economia dessa sociedade recém-surgida baseava-se na eliminação da propriedade privada, nacionalização dos meios de produção e planejamento econômico centralizado. A continuidade da exploração do trabalho assalariado e da divisão social do trabalho geraram, no entanto, desigualdade social, à medida que a sociedade estava dividida em duas classes: a burocracia, que cuidava do planejamento, da administração e do controle, e a massa de trabalhadores (produtores), desprovidos do poder de decisão.

A partir do surgimento das sociedades socialistas no início do século XX, o mundo pós-Segunda Guerra Mundial sofreu uma bipolarização. De um lado,

1 O Socialismo científico foi a corrente do socialismo que, a partir de análises científicas, chegou ao

resultado de que uma sociedade mais igualitária poderia sim existir, mas a partir de uma revolução feita pelos operários com a finalidade de colocar os mesmos no poder.

2 O Socialismo utópico foi uma corrente do socialismo que possuía ideias extremamente positivistas quanto ao surgimento das sociedades comunistas. Essa teoria acreditava que as sociedades comunistas surgiriam da boa vontade da burguesia de tornar o mundo mais igualitário e menos injusto.

estavam os países capitalistas, que sofriam influência dos Estados Unidos da América (EUA) e, do outro, os socialistas influenciados pela URSS.

Na década de 1980, a URSS enfrentou uma crise em seu sistema político-econômico. Diante desta situação, Gorbachev propôs a Perestroika3 e a Glasnost4, que consistiam, respectivamente, em reformas econômicas e políticas. Ainda que a Glasnost e a Perestroika tenham sido implementadas, a União Soviética só durou mais alguns anos, já que a mesma teve sua desintegração em 1991, em razão das contradições no sistema político.

Essa desintegração gerou o fim do mundo bipolar e o início do mundo unipolar com hegemonia dos Estados Unidos da América para alguns teóricos como, por exemplo, Charles Krauthammer5 . Para outros, como Waltz e Layne6, esse foi o início do mundo multipolar, ou seja, cada país ou países possuem influências específicas em determinados países ou zonas globais. Alguns exemplos seriam os Estados Unidos, como potência militar e econômica, Japão, como potência tecnológica, países da Europa, como potências econômicas, etc.

Diante disso, o trabalho estuda os efeitos da globalização na economia da Estônia, Letônia, Lituânia e Rússia após a crise de 2008. Essa globalização, segundo Joseph E. Stiglitz em seu livro “Globalização- a grande desilusão”, de 2004, consiste na abertura dos mercados e na integração econômica, social e cultural de todos os países do mundo.

Como ponto de partida, utiliza-se a declaração de Rawi Abdelal, professor da Harvard Business School que, em seu livro “National Purpose in the World Economy:

Post-Soviet States in Comparative Perspective”, afirmou:

Até o fim da década de 90, dez anos após o término da URSS, os Estados pós-Soviéticos se organizaram em três grupos definidos pelo seu comportamento em relação à Rússia e ao que eles consideravam

3 Perestroika ou reestruturação consistia em acabar com a centralização econômica instaurada após

a Revolução Russa em 1917.

4 Glasnost ou transparência buscava aproximar a população das decisões políticas da União Soviética e combater a corrupção no Partido Comunista.

5Em seu livro “O momento Unipolar”, disse que os EUA emergiram da Guerra Fria como o país mais poderoso do planeta, com ampla vantagem sobre os demais. Por esta razão, segundo Krauthamer, o mundo pós-Guerra Fria era unipolar.

6Segundo Waltz e Layne, o imediato momento após a URSS era um período de transição e que, em questão de anos, o mundo se transformaria em multipolar. Isso porque segundo os teóricos acreditavam que a unipolaridade é insustentável pois ela implica a ocorrência da sobre-extensão que por sua vez implica na potência estar presa em retorno que a longo prazo faz com que outras potências se fortaleçam.

ser “Oeste”. Alguns optaram por reintegrar suas economias com a da Rússia. Outros escolheram reorientar suas economias para que elas se integrassem com a economia da União Europeia (EU) e reduzissem a dependência russa. Ainda o terceiro grupo foi ambivalente;

rejeitaram uma reintegração com a Rússia, mas falharam em ter uma política de reorientação coerente.” (ABDELAL, Rawi, 2001, p. vii)7

A priori, a relevância dos países Bálticos deve-se à aproximação deles com o Ocidente, que se deu primeiramente através das reformas econômicas pós-independência, em que foram usados recursos do Fundo Monetário Internacional (FMI), entre os anos de 1995 e 2001. Esses fundos, que foram feitos por stand-by credit8, no caso da Letônia, por facilidade de transformação sistemática9, no caso da Estônia, e por duas linhas de crédito, no caso da Lituânia, possibilitaram a transformação econômica dos países Bálticos, com altas taxas de crescimento, apesar das muitas crises econômicas que os mesmos sofreram.

As medidas tomadas a partir da disponibilização de créditos do Fundo Monetário Internacional (FMI) possibilitaram que a Letônia, a Estônia e a Lituânia pudessem direcionar, cada vez mais, seu comércio para o mercado do bloco europeu e, consequentemente, se distanciar da Rússia, já que a mesma voltou seu comércio para a Ásia Central. O ano de 2004 foi considerado definitivo para a ocidentalização dos países Bálticos já que, em março daquele ano, passaram a integrar a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), tendo sido incluídos no alcance do escudo aéreo da aliança Atlântica e, em maio de 2004, finalmente entraram na União Europeia.

Já a relevância da Rússia que, entre os anos de 1991 e 1998, não teve orientação ideológica e/ou estratégia geopolítica definida, tornando este período da história deste Estado conhecido como “vácuo geopolítico”10, deve-se, principalmente, a sua influência nos países ex-soviéticos da Ásia Central, e às relações estabelecidas com Estados ,como o Irã e a Índia, tendo ingressado para a Organização para a Cooperação de Xangai, uma organização política, econômica e

7 Tradução livre por Chiara Malavolta Magalhães.

8 Sistema de crédito que fornece assistência financeira para países de baixa renda visando o

equilíbrio de curto prazo no balanço de pagamentos.

9 A facilidade de transformação sistemática é um mecanismo de financiamento temporário para prestar assistência aos países-membros do Fundo Monetário Internacional (FMI) que enfrentam dificuldades na balança de pagamentos decorrentes de graves interrupções de seus acordos tradicionais de comércio e pagamentos, devido a uma mudança da dependência da negociação a preços não mercantis para um sistema multilateral de comércio com base no mercado.

10Vácuo Geopolítico é o termo utilizado para designar o período em que a Rússia não possuía orientação ideológica e/ou estratégia geopolítica definida.

militar da Eurásia, assim, reforçando cada vez mais a aliança política entre a China e a Rússia.

Apesar do vácuo geopolítico, o país compensou sua economia entre os anos de 2000 e 2008, quando “a economia Russa teve um imenso crescimento [...] o PIB cresceu 83% e a produtividade cresceu 70%” (KUDRIN, Alexey e GURVICH, Evsey 2015 p.30).

“Enquanto no período pré-crise de 2000 a 2008, a média anual do crescimento do PIB [Russo] era de 6.9%, depois da crise (2009-2013) esse crescimento caiu para 1.0%.” (KUDRIN, Alexey e GURVICH, Evsey 2015 p.30). Essa desaceleração intensa, e maior do que a de qualquer Estado, no crescimento, ainda segundo o artigo de Kudrin e Gurvich, foi inesperada tanto para o governo Russo quanto para os analistas.

Além disso, o crescimento, tanto econômico quanto político da Rússia, se mostra intensamente ligado e relacionado com aspectos das relações internacionais do país, tendo em vista que o seu crescimento econômico acontece, principalmente, havia suspendido todo o fornecimento de gás para a Ucrânia. Ao utilizar seu poder de barganha, a Rússia se mostra um país mais importante na geopolítica mundial, aproximando-se da figura da antiga URSS, assim, com isso, Estados como a Ucrânia passam a temer mais o Estado Russo e ceder em determinados assuntos.

Por fim, a Rússia, como parte dos BRICS11, é cotada para assumir o papel de líder mundial junto com a China, Brasil, Índia e África do Sul no século XXI em diversas frentes e, consequentemente, mudar a vigente ordem da governança global12. Portanto, tanto a Rússia quanto os outros países dos BRICS estão tendo cada vez mais importância na economia mundial.

11 BRICS é um acrônimo criado por Jim O’Neill, economista-chefe da Goldman Sachs, em 2001 para Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul (em inglês South Africa). Esses países são cotados para assumir o papel de líderes mundiais no século XXI em diversas frentes e, consequentemente mudar a ordem da governança global.

12 O termo governança glo al foi utili ado pelo Banco Mundial durante a década de 1 0 para avaliar não apenas os resultados das políticas de governo, mas tam ém como o governo exerce sua liderança no m ito internacional (GON ALVE , 200 ).

Para realizar esta pesquisa foram utilizados relatórios econômicos disponibilizados tanto pelo Banco Mundial quanto pela Organização para cooperação e desenvolvimento econômico (OECD), que permitem um panorama da economia dos países pós-Soviéticos. Além disso, recorreu-se também à construção e utilização de gráficos que facilitem a compreensão de dados, da comparação entre as políticas adotadas por Estado com o objetivo de identificar as mais eficazes e de outras referências bibliográficas que tratem dessas políticas.

Para isso, o projeto visa analisar como as economias Russa e Báltica foram afetadas pela crise de 2008. A partir disso, concluir qual dos Estados saiu-se melhor na recuperação econômica; como o relacionamento com a UE interferiu na reação à crise, bem como analisar quais foram as medidas utilizadas para a reversão da situação e qual foi o papel do relacionamento com a UE nessas medidas.

Como consequência dessa análise, supõe-se que a crise de 2008 tenha afetado mais o desenvolvimento da Rússia do que o dos países Bálticos. Imagina-se que isso aconteceu, pois Lituânia, Estônia e Letônia fazem parte da União Europeia, que propõe uma estabilidade econômica para os Estados maior do que eles seriam capazes de oferecer a si próprios. Além disso, supõe-se que os países entraram em uma recessão econômica após a crise que durou um período entre 3 e 5 anos, aproximadamente.

Ademais, pensa-se que a recuperação econômica dos Estados Bálticos deve ter sido mais rápida e mais eficiente do que a recuperação Russa. Isso possivelmente se deve ao fato de que ser parte de um bloco econômico tão grande como a União Europeia faz com que haja um apoio maior de outros Estados, tanto durante momentos de ascensão, quanto durante momentos de recessão econômica.

Por fim, em relação às medidas tomadas, presume-se que elas tenham sido uma política fiscal de expansão, ou seja, aumento de gastos públicos, incluindo subsídios governamentais ao setor produtivo. Entretanto, medidas como essas podem ampliar o déficit público, levando a crises subsequentes. Além disso, os Estados podem ter utilizado também ferramentas de política monetária de expansão que podem ser, basicamente, diminuir as taxas de juros ou emitir moeda. Acredita-se que a estabilidade econômica e política tenha influenciado também na recuperação do PIB de cada país.

5. DESENVOLVIMENTO 5.1 O fim da URSS

O colapso da União Soviética é um fato que ainda hoje, quase três décadas após a separação, impõe muitas dúvidas. A URSS deve o seu final às contradições dos sistemas políticos e econômicos, porém, ainda há divergências no porquê desta dissolução.

Segundo Richard Sakwa, da Universidade de Kent, quando se trata da economia, existem três versões mais aceitas. A primeira se dá com base no PIB que, a partir do fim dos anos 80, apresentava um sinal de estagnação e possível declínio a longo termo. Nesta teoria, ainda havia a variável do mercado de óleo, que aponta a entrada da Arábia Saudita como principal responsável pela queda nos preços, de US$66,00 para US$20,00, por barril.

Outra teoria é a apoiada por Immanuel Wallerstein que discute o colapso da URSS como fruto de uma maior participação dos países do Leste Europeu no sistema econômico internacional. A última teoria, de caráter econômico, discorda das duas teorias citadas anteriormente e diz que o colapso deste Estado Socialista aconteceu pela ineficiência na tentativa de mudar o modo de produção, o que era existem duas principais teorias para o colapso da URSS.

A primeira delas é uma mudança na perspectiva ideológica, segundo o Journal of Eurasian Studies, somada ao fato de que Gorbachev falhou na tentativa de mover recursos para fazer o Estado mais autoconfiante, poderoso, respeitado e próspero. Essa teoria adota a Perestroika e a Glasnost como os principais fatores para o colapso.

A outra teoria, de caráter político, discute a exaustão da ideologia comunista como principal fator. Afinal, segundo essa teoria, as pessoas simplesmente não acreditavam mais no ideal do comunismo e não estavam mais dispostas a fazer sacrifícios para apoiar as ambições internacionais da URSS. Essa possível exaustão

já podia ser prevista no início dos anos 70, tendo em vista que, em 1974, Alexander Solzhenítsin, famoso dissidente russo, disse que a retenção de poder do Estado socialista se dava por esses sacrifícios feitos pela ideologia, mas que a URSS deveria desistir disso, ou seja, fazer reformas para continuar existindo.

Outra teoria associada ao fim da União Soviética são os problemas étnicos e as opressões que aconteceram durante toda a existência desse país. Um exemplo é o que ocorreu em uma votação, já no fim da URSS, que previa a continuação da mesma, mas com reformas na desigualdade entre as províncias. Nesse plebiscito, seis repúblicas decidiram não votar como ato de protesto (As repúblicas Bálticas, Armênia, Geórgia e Moldávia) e, dessas, cinco implantaram seu próprio referendo em que a população votou maciçamente a favor da independência.

Além dessas teorias, existem várias outras que discutem temas como liderança, mobilidade social, entre outros. Porém, de acordo com Sakwa, a teoria mais provável é que o colapso não tenha acontecido apenas por um fator, mas sim por uma combinação de fatores que gerou insatisfação da população.

5.2 As relações diplomáticas

5.2.1 Entre os Estados Bálticos e a Rússia

Os Estados Bálticos localizam-se em uma região muito estratégica, tanto política quanto geograficamente. Por esse motivo, os Estados que hoje correspondem a Lituânia, Estônia e Letônia estiveram, por muito tempo, lutando para conseguir a independência de vários Estados e Impérios. Dentre eles, os povos mais notáveis são os germânicos, os eslavos e os russos.

Mapa 1- A URSS antes da dissolução:

Fonte: Foreign police center

Mapa 2- A URSS após a dissolução:

Fonte: Maps of the world

Segundo o professor de Sociologia da Universidade de Bridgeport, Joseph S.

Roucek, o domínio do Mar Báltico foi a chave do sucesso de diversos impérios da região. Assim, o professor reforça a importância desses territórios, que possibilitam um acesso tão fácil ao mar.

De acordo com Larissa Rosevics, doutoranda em Economia Política Internacional pela UFRJ, durante o período em que os Países Bálticos estiveram sob domínio soviético, apesar de muito investimento nesses territórios, principalmente nas áreas portuárias, instalação de indústrias e em novas técnicas agrícolas, houve também grandes desavenças entre essas regiões. Isso se deu, pois a maioria dos cargos de burocracia estatal eram ocupados por russos, causando, assim, um grande envio de russos para essas províncias, o que pode ser observado até os dias atuais. Além disso, o domínio soviético fez com que, segundo o Instituto de Estudos

Políticos de Paris, aproximadamente 95.000 estonianos, letos e lituanos fossem levados para a Sibéria ou para o exílio.

Segundo Rosevics, com a Glasnost, emergiu o debate sobre as condições do regime soviético e, com ela, o aumento da insatisfação dos habitantes das regiões anexadas. Assim, formaram-se grupos pró-nacionalistas e, a partir da década de 1980, a ocupação soviética nos Países Bálticos passou a ser considerada ilegal e exigia-se a emancipação do território, o que aconteceu apenas em 1991.

5.2.2 A Rússia e a União Europeia no século XXI

As relações internacionais, segundo Tsygankov, advogam a existência de um referencial específico na formulação externa de um país, ou seja, o “Outro Importante”. Esse pode ser representado por um Estado ou um grupo que exerceria algum tipo de influência moral decisiva sobre o comportamento do Estado em questão. No caso da Rússia, o “Outro Importante” seria dado pelo Ocidente, ou seja, pela Europa Ocidental, através da UE, e dos Estados Unidos.

Apesar de nem sempre terem uma relação muito amistosa, a partir da segunda metade do século XX, a Rússia e a UE desenvolveram uma relação econômica muito profunda e dependente nas bases do gás natural, do petróleo e de maquinários. Segundo a Organização Mundial do Comércio (OMC), em 2012, a Rússia era o segundo maior parceiro econômico do bloco, enquanto 47% das exportações da Rússia tinham como destino a UE.

Um exemplo claro dessa dependência é a Alemanha que, no período de 1998 a 2005, assinou importantes acordos, principalmente na área energética e, consequentemente, buscou evitar alguns temas um tanto quanto sensíveis para a Rússia como, por exemplo, a guerra da Chechênia.

Já o Reino Unido, por não ter nenhuma conexão energética importante com o país, fez da capital, Londres, um centro mundial de oposição ao regime russo, além de conceder asilo político ao líder separatista checheno Akmed Zakaev.

5.3 As bases econômicas 5.3.1 As economias bálticas

A Estônia, que possui um dos maiores Produto Interno Bruto (PIB) per capita na Europa Central e na região Báltica, possui uma economia altamente dependente das relações econômicas com outros países, ficando, assim, mais vulnerável a

A Estônia, que possui um dos maiores Produto Interno Bruto (PIB) per capita na Europa Central e na região Báltica, possui uma economia altamente dependente das relações econômicas com outros países, ficando, assim, mais vulnerável a

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