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Os anjos fazem adoração diante do Trono

Incontestavelmente os anjos tributam honra e glória ao Cordeiro de Deus. Mas os anjos não passam todo o seu tempo no céu. Não

são onipresentes (presentes em toda parte ao mesmo tempo), por- tanto só podem estar num lugar em determinado tempo. Entretan- to, como mensageiros de Deus acham-se ocupados pelo mundo, cumprindo as ordens de Deus. Não é, pois, óbvio que, q u a n d o es- tão empenhados no seu serviço aqui, não se podem encontrar dian- te do trono de Deus? Mas, q u a n d o os anjos se encontram diante do trono de Deus, de fato cultuam e adoram o seu criador.

Podemos conjeturar sobre o futuro, q u a n d o os anjos tiverem ter- minado sua ajuda terrena. Então se reunirão a todos os redimidos diante do trono de Deus no céu. Lá oferecerão seu louvor e en- toarão seus cânticos. Nesse dia, os anjos que velaram os seus rostos e se quedaram mudos q u a n d o Jesus pendia da cruz, renderão glória ao Cordeiro, cuja obra estará terminada e cujo reino terá chegado. Os anjos poderão t a m b é m p a r a r para ouvir os redimidos filhos de Deus expressarem seus agradecimentos pela salvação. Bem poderá ser como diz o verso 3 do hino "Santo, santo é o que os anjos c a n t a m " :

Então os anjos se detêm a ouvir,

Pois eles não podem juntar-se a esse canto, Como o som de muitas águas,

Junto àquela multidão feliz e lavada pelo sangue.

Mas os filhos de Deus t a m b é m se deterão para ouvir os anjos. Estes têm seus próprios motivos para cantar, diferentes dos nossos. Eles se puseram a serviço do Deus Todo-Poderoso. Contribuíram para que fosse trazido o reino de Deus. A j u d a r a m os filhos de Deus em circunstâncias difíceis. Portanto, deles será o brado e a canção da vitória. A causa que representam foi vitoriosa. O combate que travaram está acabado, o inimigo com que se defrontaram foi ven- cido, seus perversos anjos companheiros que caíram não mais os molestarão. Os anjos cantam u m a canção diferente. C a n t a m , no entanto, e como! E creio que os anjos e aqueles de nós que foram redimidos competirão uns com os outros d u r a n t e as intermináveis eras da eternidade, a fim de ver quem melhor há de render glória e louvor ao nosso maravilhoso Deus!

Capítulo 5

A ORGANIZAÇÃO ANGÉLICA

Não podemos estudar o assunto dos anjos na Bíblia sem conhecer a hierarquia angélica. A evidência revela que eles estão organizados em termos de autoridade e glória.

Embora alguns considerem essa hierarquia celestial como mera conjetura, ela parece obedecer a esta classificação: arcanjos, anjos, serafins, querubins, principados, autoridades, potestades, tronos, virtudes e dominações (Colossenses 1:16; Romanos 8:3?).

Os teólogos medievais dividiam os seres angélicos em nove graus. Algumas pessoas, entretanto, têm dúvida sobre se alguns desses graus — principados, autoridades, potestades, tronos, virtudes e dominações — não se referem antes a instituições humanas e seres humanos. Para responder, precisamos compreender Colossenses 1:16. Paulo fala sobre a criação de coisas visíveis e invisíveis. Mat- thew Henry diz que Cristo "fez todas as coisas do nada, tanto o mais elevado anjo do céu como os homens da terra. Ele fez do mundo, o mundo superior e o inferior, com todos os seus habitan- tes... (Paulo) fala aqui como se houvesse vários coros de anjos. Tronos, dominações, principados ou potestades devem designar ou diferentes g:aus de excelência ou serviços e ofícios diferentes." Talvez uma lista ou outra de seres angélicos possam estar erradas, porém podemos ter a certeza de que eles diferem em poder, alguns tendo uma autoridade que outros não possuem. Não quero ser dogmático, mas acho que existem diferentes categorias de anjos e que a lista dada em Colossenses se refere a essas personalidades celestes.

1. Arcanjos

Embora as Escrituras designem .apenas Miguel como arcanjo (Judas Tadeu 9), dispomos de bases bíblicas para acreditar que an- tes de sua queda Lúcifer era também um arcanjo, igual ou talvez superior a Miguel. O prefixo " a r c a " sugere um anjo-chefe, prin- cipal ou poderoso. Assim, Miguel é agora o anjo acima de todos os anjos, reconhecido como sendo o primeiro príncipe do céu. É como o primeiro-ministro da administração divina do universo, sendo o "administrador angélico" de Deus para o juízo. Ele se destaca isolado, de vez que a Bíblia nunca sc refere a arcanjos, apenas ao "arcanjo". Seu nome significa "o que é semelhante a Deus".

No Velho Testamento, Miguel parece primordialmente iden- tificado com Israel como nação. Deste modo, Deus fala de Miguel como o príncipe de Seu povo escolhido, "o grande príncipe que defende os filhos do vosso povo" (Daniel 12:1). Ele protege e defende em caráter especial o povo de Deus, seja lá qual for este.

Além disso, em Daniel, ele é mencionado como "Miguel, nosso príncipe" (Daniel 10:21). Eleé o mensageiro da lei e do julgamento de Deus. Nesta função, ele aparece no Apocalipse 12:7-12, coman- dando os exércitos que combatem Satanás o grande dragão, e todos os seus demônios. Miguel com os seus anjos estarão em- penhados na luta titânica do universo, no último conflito do tem- po, que marcará a derrota de Satanás e todas as forças das trevas. As Escrituras nos dizem de antemão que Miguel finalmente sairá vitorioso da batalha. O inferno tremerá e o céu se rejubilará, ce- lebrando a vitória!

Os estudiosos da Bíblia têm especulado que Miguel lançou Lúcifer e seus anjos decaídos para fora do céu, e que Miguel entra em conflito agora com Satanás e os anjos maus para destruir-lhes o poder e dar ao povo de Deus a perspectiva da vitória final.

Miguel, o arcanjo, virá aos brados, acompanhando Jesus na Sua Segunda Vinda. Não apenas proclamará a nova incomparável e emocionante de que Jesus retorna, como também pronunciará a palavra de vida para todos os que se encontram mortos em Cristo e aguardam a ressurreição, "Pois o próprio Deus descerá do céu com um brado, com a voz do arcanjo... e os que morreram em Cristo ressurgirão primeiro" (I Tessalonicenses 4:16).

2. Gabriel, o mensageiro de Deus

"Gabriel", em hebraico, significa "o herói de Deus", "o po- deroso", ou ainda "Deus é grande". As Escrituras se referem freqüentemente a ele como "o mensageiro de Jeová" ou "o men- sageiro do Senhor". Entretanto, contrariamente à opinião popular e ao poeta John Milton, jamais o chamam de arcanjo. Todavia, elas se referem à sua ação com mais freqüência do que à de Miguel.

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