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A espécie Aloe vera (L.) Burm. f., nome científico desta espécie e Aloe barbadensis Miller sua sinonímia, é considerada como planta medicinal, pertence à família Asphodelaceae (Liliaceae), é perene, xerofítica e suculenta, podendo variar de pequenos arbustos a grandes formas semelhantes a árvores. Por ser uma planta de clima tropical e resistente a baixa disponibilidade de água, adaptou-se muito bem a essa condição, fechando os estômatos durante o dia e abrindo durante a noite. Nesta condição realiza Metabolismo do Ácido das Crassuláceas (CAM) sendo classificada como uma planta CAM (NI et al., 2004).

Esta espécie é conhecida e utilizada desde a antiguidade por conter propriedades que promovem a saúde e beleza. Os egípcios a denominavam como planta da imortalidade. Seu nome tem origem árabe e latim, deriva da palavra Alloeh que quer dizer “solução amarga brilhante”, e “vera” que tem o significado de “verdadeiro”.

Em relação ao aspecto morfológico da planta, devido as folhas longas saírem do caule dispostas em forma de roseta são classificadas como da família Aloaceae, por mais que tenha aparência de cacto. Podem reunir até 20 folhas por planta, medindo em média de 50 a 60 cm de comprimento, 6 a 9 cm de largura e 3 cm de espessura em sua base, sua massa pode chegar a 1500 g (CHOW et al., 2005; WHO, 1999; SILVA et al., 2010).

Figura 2 – Planta de Aloe vera L. com folhas em roseta (Franziska Ingold, 2017).

O A. vera trata-se de uma monocotiledônea, dioica, com folhas triangulares ou lanceoladas, côncavas em sua face superior e convexas na face inferior, carnosas com bordas serrilhadas, possuem uma epiderme espessa, recoberta por cutículas que envolvem o mesofilo, que se divide em células do clorênquima e parênquima. A variação da cor vai do verde com manchas brancas quando estas são jovens, até glauco - esverdeadas quando se apresentam adultas. Apresenta porte que varia de 50 a 120 cm de comprimento na parte aérea (SILVA, 2010; SERRANO, 2015).

A polpa, que é utilizada para formulação dos extratos medicinais, é um filete intacto do interior da folha, com estruturas como parede celular, organelas e líquido interior. O gel portanto, ocorre no parênquima tissular, apresenta pH entre 4,0 e 5,0, possui sabor adstringente e amargo, porém refrescante e forte, sua composição é rica em componentes ativos, sendo que 98,5% é de água e 1,5% de extrato propriamente dito. A seiva que circula nos canais condutores subepidérmicos é denominado de látex, que é produzido e secretado por células do mesófilo, apresenta cor amarela, aroma rançoso, sabor amargo e consistência leitosa. As flores são amarelas em formato tubular e os frutos contêm numerosa quantidade se sementes (GRINDLAY; REYNOLDS, 1986; CAMPESTRINI, 2007).

Figura 3 – Corte transversal da folha de Aloe vera L. apresentando a polpa. (Franziska Ingold, 2017)

O extrato do A. vera é composto principalmente por vitaminas como vitamina A, C e E, antioxidantes, vitamina B12, ácido fólico e colina, enzimas como fosfatase alcalina, amilase, bradicinase, carboxipeptidase, catalase, celulase, lipase e peroxidase, fornece minerais como cálcio, cromo, cobre, selênio, magnésio, manganês, potássio, sódio e zinco, contém açúcares como manose-6-fosfato, e os polissacarídeos mais comuns denominados glucomananos, lignina, saponinas, ácidos salicílicos, antraquinonas, estilbenos e aminoácidos (LIU, 2007;

BOUDREAU, 2006; HAMMAN, 2008; VALVERDE, 2005; AHLAWAT, 2011).

O A. vera é uma importante alternativa aos tratamentos pós-colheita convencionais, por apresentar em sua composição compostos antibacterianos e antifúngicos e que podem realizar o controle de microrganismos responsáveis por doenças desenvolvidas nesse período (SERRANO, 2015).

Chrysargyris et al., (2016) verificaram o efeito da cobertura de A. vera, nas concentrações 0%, 5%, 10%, 15% e 20% em tomates cv. Dafni e observaram a redução na produção de etileno, aumento da concentração de ácido ascórbico e de compostos fenólicos.

Ortega-toro et al., (2017) testaram o gel de A. vera in vitro no controle de vários fungos, tais como: Fusarium oxysporum, Alternaria alternata, Colletrotrichum gloesporoides, Bipolaris spicifera, Curvularia hawaiiensis e Botryotinia fuckeliana, onde o extrato controlou a evolução dos patógenos. Além disso, revestiram tomates cereja com solução de A. vera 1:1, e o resultado observado foi o controle do fungo Fusarium oxysporium.

Além disso, o gel de A. vera possui compostos bioativos (acemanana, emodina-aloe, polissacarídeos, aloína, alantoína, antraquinonas) que lhe conferem a capacidade de conservação de frutos na pós-colheita, o que foi observado por Martinez-Romero et al., (2017) com a aplicação de gel de A. vera adicionado ou não de óleo essencial de Rosa mosqueta (Rosa

rubiginosa), planta com propriedades medicinais, em ameixas cv. President. Os frutos apresentaram menor taxa de respiração e de produção de etileno, além de retardar a mudança de coloração e a maturação dos mesmos.

O Aloe vera também é composto por alcalóides, flavonóides, esteróides, triterpenos, taninos e compostos fenólicos, conferindo propriedades antioxidantes e antimicrobianas.

Portanto, pode ser usado contra agentes fitopatogênicos. Além disso, possui em sua composição indutores de resistência, como os ácidos linolênico e salicílico Por exemplo, reduz o crescimento micelial de Colletrotrichum musa, que causa a antracnose da banana (KHALIQ, RAMZAN E BOLOCH, 2019).

Atualmente, o mercado têm apresentado um nicho de alimentos que facilitam a vida do consumidor, é o caso dos frutos minimamente processados e esses requerem cuidados especiais, por estarem mais expostos a perdas. Nesse sentido, Benitez et al., (2013) aplicaram gel de A.

vera em kiwi cv. Hayward fatiados, nas concentrações 1%, 5%, e 15% e observaram que este produto minimamente processado, quando revestido, apresentou melhora das qualidades de cor, textura, acidez e sólidos solúveis, redução da despolimerização da pectina, redução da incidência de doenças, redução da taxa de respiração. Além disso, verificaram que em análise sensorial, os kiwis revestidos na concentração de 5% foram os preferidos.

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CAPÍTULO 1

Aloe vera inibe Monilinia fructicola em pêssegos cv. Della Nona RESUMO

Apesar de sua importância econômica, os pêssegos são frutos muito perecíveis e podem apresentar significante perdas pós-colheita, principalmente aquelas ocasionadas pela podridão parda (Monilinia fructicola). Assim, o objetivo deste trabalho foi verificar o efeito antifúngico e indutor de resistência de Aloe vera em pêssegos cv. Della Nona. Para o experimento in vitro.

os tratamentos foram compostos pelas doses de 0, 50, 100, 150, 200, 250 e 300 mL L-1 de gel de A. vera. Foram analisados o efeito dos tratamentos sobre o crescimento micelial, esporulação e germinação de M. fruticola. No experimento in vivo o delineamento experimental foi realizado em esquema fatorial 2 x 5 (formulações de A. vera x concentrações). Realizou-se teste de média e regressão das doses de A. vera e após avaliados o índice de infecção de podridão parda, atividade específica da enzima peroxidase de guaiacol (POD) e a peroxidação lipídica (PL). Verificou-se que nos experimentos in vitro as doses do gel de A. vera apresentaram efeito fungitóxico sobre o patógeno de acordo com o aumento da concentração dos tratamentos. Para o controle da podridão parda observou-se que a dose de 200 mL L-1 reduziu em 70,3% e 56,4%

a incidência da doença, para as formulações em gel e extrato, respectivamente. As doses de 200 e 100 mL L-1 de gel e extrato induziram a atividade da POD, respectivamente. Assim, destaca-se que o A. vera possui atividade direta sobre M. fruticola e induz mecanismos de resistência de pêssegos ‘Della Nona’ contra à podridão parda.

Palavras-chave: pós-colheita, peroxidase, elicitor.

INTRODUÇÃO

A produção de pêssegos possui ampla abrangência no mundo, incluindo áreas de clima temperado e subtropical. Em 2016, a produção mundial foi de 20 milhões de toneladas, ocupando o 8º lugar na produção mundial de frutas (USDA, 2017). De acordo com os dados do IBGE (2019) o Brasil apresentou área colhida de 15.995 ha com produção de 183,132 toneladas de pêssego.

Dentre as cultivares de pêssego produzidas no Brasil, destaca-se a ‘Della Nona’

destinada ao consumo ‘in natura’. Apresenta como principais características vigor médio, com boa produtividade, ciclo tardio e necessita de, aproximadamente, 400 horas de frio (≤7,2 ºC). Os frutos são de formato ovalado, tamanho médio, com massa de cerca de 100 g, epiderme de cor creme com percentual que varia de 30 à 80% avermelhada, polpa com coloração branca e em torno do caroço avermelhada (Embrapa, 2003, Almeida et al. 2015).

Essa cultivar pode apresentar elevadas perdas pós-colheita devido à podridão parda (Monilinia fructicola (Wint) Honey). No período de pré-colheita, os frutos contaminados apresentam lesões escuras que evoluem para manchas marrons, podendo permanecer o fungo quiescente em frutos verdes e manifestar somente na pós-colheita (Embrapa, 2003).

Para o controle dessa doença, são necessários produtos químicos que, apesar de eficazes, deixam resíduos nos frutos, afetando negativamente a saúde humana e o meio ambiente (Friedrich et al., 2021). Dessa forma, alternativas tecnológicas têm sido buscadas, como a aplicação de coberturas comestíveis, a fim de minimizar os problemas mencionados e reduzir a perda pós-colheita dos frutos de pêssego (Spadoni et al., 2015; Sapelli, Faria e Botelho, 2020).

Um dos produtos que podem ser utilizados como revestimento comestível é o Aloe vera, pois é composto por alcalóides, flavonóides, esteróides, triterpenos, taninos e

Um dos produtos que podem ser utilizados como revestimento comestível é o Aloe vera, pois é composto por alcalóides, flavonóides, esteróides, triterpenos, taninos e

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