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Amélia e o Fora da Lei

No documento Lorraine Heath Amélia e o Fora da Lei (páginas 21-103)

- Mas se nós não iniciarmos o vestido logo, Colleen poderá não ser capaz de terminar a tempo, - Amélia disse.

Robert encolheu os ombros.

- Eu podia dispor de algum tempo hoje para levar Amélia e Colleen a cidade.

Amélia sorriu interiormente. Ela suspeitava a algum tempo que Robert estava interessado na Colleen. Ela sabia que ele estaria mais disposto a levá-la, se ela convidasse a Colleen para a acompanhar.

Seu pai acenou com a cabeça.

- Tudo bem então.

Erguendo sua maleta, ele se preparou para sair.

- Eu estava pensando se nós poderíamos levar o Jesse conosco - Amélia disse depressa.

Seu pai se imobilizou no meio da passada, com uma cara de quem foi pego de surpresa e não conseguisse acreditar tê-la ouvido corretamente

- O que é que você disse? - Ele perguntou rispidamente.

Ela deu um passo na direção dele, com as mãos apertadas na frente, e tentou não fraquejar.

Ele tinha um olhar bastante ameaçador quando queria, exatamente como agora.

- Eu percebi que ele não tinha bolsa. E as roupas dele são horrorosas, - ela explicou. - Eu pensei que talvez nós devêssemos comprar algo um pouco mais decente para ele.

- Ele é um criminoso, Amélia, - David disse.

- Eu tenho consciência isto, mas eu não entendo por que nós temos que fazer com que ele se sinta como algo a ser raspado de nossas botas. Você quis dar a ele uma chance de se reafirmar. A mim, me parece que melhorar sua auto-estima, poderia ajudar - ela explicou.

Robert riu.

- Você pensa que roupas novas são a resposta? Mude a camisa e você mudará o homem?

- Não completamente. Mas eu sei que eu me sinto sempre melhor quando eu visto um vestido novo, - ela falou, recusando-se a desistir da sua idéia.

- Ele é da altura aproximada do Robert - Tanner disse. - Talvez seu irmão tenha algumas roupas que ele não se importaria de doar.

Ela chegou mais perto de seu pai e encarou o seu olhar.

- Você acredita que Jesse alguma vez teve roupas novas?

Seu pai apertou mais fortemente a alça da sua maleta antes de dar um curto aceno com a cabeça.

- Certo. Eu vou mandar um dos rapazes levá-lo a …

- Que bobagem - ela interrompeu. - Para que mandar outra pessoa o levar, se nós estamos indo. Se Jesse causar qualquer dificuldade, eu estou certa que o Robert pode pôlo em seu lugar. -Olhando seu irmão, ela arregalou os olhos com uma falsa inocência. - Não é, Robert?

- Claro, eu posso lidar com ele se for preciso, - ele disse com autoridade.

Os homens e seu orgulho. Ela havia aprendido há muito tempo como tirar vantagem disso.

Exatamente a mesma coisa tinha acontecido na noite anterior. Ela sabia que dizer ao Jesse que se estivesse com medo, devia ir embora, ele não iria. Os homens e seu orgulho, ela pensou novamente.

- Ela tem lógica, Juiz, - Tanner disse. - Eu tenho tarefas que precisam ser executadas. Robert ir com elas é uma coisa. Dispensar um segundo homem de seus afazeres é outra diferente.

Seu pai estendeu a mão e tocou o rosto de Amélia.

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- Você tem bom coração, Amélia. Eu aprovarei esta viagem, mas só esta viagem, porque você está com razão. Pode ser bom para ele, se arrumar um pouquinho mais. Mas você tem que obedecer Robert em tudo.

- Eu vou obedecer, - ela prometeu. - Obrigado, Papai.

- Eu verei vocês todos a noite. - Ele saiu a passos largos.

Amélia virou para Robert.

- Eu acho que a gente pode usar a charrete de duas rodas, já que nós não estaremos nos abastecendo de provisões.

Robert negou com a cabeça.

- Eu não quero que Colleen sentada no banco de trás da charrete, ao lado do bandido. A carroça seria melhor. Nós três nos sentaremos no banco e o Jesse poderia viajar atrás.

- Colleen pode se sentar na frente com você. Eu me sentarei ao lado de Jesse - ela se prontificou. - A charrete tornaria a jornada muito mais agradável.

Robert franziu os olhos.

- Amélia, por que eu me sinto como se estivesse sendo manipulado?

Ela sorriu francamente e rebolando foi em direção à porta, falando por cima do ombro, - Porque você está, Robert.

Jesse prestava atenção no trajeto pela zona rural —embora não fosse tão agradável de olhar quanto a jovem sentado ao lado dele.

Amélia estava vestida da mesma forma que estava na estação de trem. Um chapéu pequeno assentava alegremente em cima de seu cabelo preso. Seu vestido amarelo combinava com as flores silvestres que pontilhando a paisagem.

Era difícil para ele compreender que ela se encontrava realmente sentada ao lado dele, perto o bastante para que a brisa suave, constantemente, trouxesse o odor de madressilvas dela, para o provocar.

Robert guiava a charrete pela mesma estrada de terra que eles haviam viajado no dia anterior. Colleen O 'Fallon se sentava ao lado dele.

Jesse não teria percebido que Colleen era uma empregada se Amélia não dissesse. Ninguém a tratava como tal. Eles agiam como ela fosse mais uma amiga, que alguém contratada para trabalhar para eles.

Não fazia sentido para ele. E ele também não conseguia compreender por que eles o estavam levando para Forte Worth para comprar roupas. Ele não gostava de ficar devendo favores a ninguém. Ele teria que manter um registro das despesas de hoje e tentar determinar quantos dias teria que acrescentar a sua sentença, para que assim, ele pudesse reembolsar o juiz. Ele não queria ficar mais tempo do que o que sua sentença determinava, mas ele não via qualquer outra forma de pagar ao juiz.

- Você sabia que Forte Worth é chamada -A Rainha das Cidades da Pradaria ? - Amélia perguntou.

Jesse voltou sua atenção para ela. Ela certamente estava bonita. E falante.

- Não, Madame.

A via férrea chegou em Forte Worth mais ou menos na mesma época em que Jesse tinha sido enviado para a prisão. Ele havia reparado no dia anterior que a cidade tinha mudado consideravelmente desde que ele tinha visto pela última vez .

- Eu acho excitante que esteja se tornando tão importante para a indústria de gado, - ela disse.

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- Amélia, você não podia se importar menos com o gado, - seu irmão falou por sobre o ombro. - O que você acha excitantes são todos os donos de gado jovens que vêm para cidade.

Ela estreitou seus olhos verdes escuros e franziu os lábios.

- Robert, eu não me recordo de ter convidado você para esta conversa.

- Eu não me recordo de ouvir uma conversa acontecendo. Tudo o que eu ouvi foi você tagarelando, - ele disse.

Jesse teve a impressão de realmente ver os cabelos da nuca de Amélia se eriçando.

- Eu não sou tagarela, - ela disse séria. - Além disso, se você tomasse conta da sua própria vida, talvez Sr. Lawton e eu pudéssemos manter uma conversa.

Robert riu.

- Eu tenho aulas para aprender como cuidar da minha própria vida, de você, Amélia.

- Oh, você! - Ela se debruçou para frente na charrete e bateu com seu bolsinha no ombro de seu irmão.

Jesse esperava que Robert ficasse bravo. Ao invés disso ele simplesmente sorriu.

Revirando os olhos, Amélia voltou a sentar em seu lugar.

- Irmãos podem ser tão irritantes, - ela resmungou. Ela arrancou um fiapinho em sua bolsinha. - Você tem algum irmão ou irmã, Sr. Lawton?

- Eu preferia que você não me chamasse assim, - ele disse. Ele não se sentia confortável com a formalidade ou o respeito que o título de senhor denotava.

Ela o perscrutou entre suas pestanas.

- Certo…Jesse.

Suas tripas se contorceram ao ouvir o som de seu nome dito por ela, como o mel fresco morno tirado de uma colmeia em uma tarde quente.

- Você não respondeu a minha pergunta, - ela o lembrou.

- Nenhum irmão ou irmã, pelo menos nenhum que eu tenha conhecimento, - ele disse.

- Você é órfão então? - Ela perguntou.

- Eu não tenho nenhuma família.

Ela pareceu ponderar sua resposta, e achando inadequado, perguntou, - Você conheceu seus pais?

- Não.

- Eu sinto muito.

Ele olhou fixamente para ela.

- Não é sua culpa.

- Eu não queria dizer que eu achava que fosse minha culpa. Eu estava simplesmente expressando meu sentimento porque eu tenho pena, que seja órfão, eu quero dizer.

- Eu me viro. - Ele não queria nem seu sentimento nem sua piedade.

- Não muito bem. se você acabou indo para a prisão, - Robert disse.

Jesse lançou um olhar assassino as costas do homem antes de voltar a sua atenção para a paisagem.

- Não foi muito simpático de sua parte falar isso, Robert Harper, - Colleen disse.

- É a verdade. Eu não vejo por que eu deva ter tantos dedos com relação a verdade.

- Você poderia ser um pouco mais educado. Nós estamos tentando fazer que hoje seja um dia agradável para o Jesse, - Amélia disse.

Aquele comentário o pegou de surpresa. Ele rapidamente virou sua cabeça para olhar para ela. Ela estava arrancando um outro fiapo de sua bolsinha.

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Ninguém parecia saber o que dizer mais. E o silêncio desceu sobre eles. Jesse observava as árvores e as terras que se estendiam na sua frente. Um pouco mais tarde eles se juntaram a uma multidão de charretes, carroças, e cavalos se dirigindo a Forte Worth.

Robert, eu pensei que nós poderíamos ir a Loja do Hanson Amélia anunciou de repente. -Nos economizaria tempo, uma vez que nós poderíamos comprar roupas para o Jesse lá, e eles normalmente têm uma boa seleção de tecidos.

- Eu sou totalmente a favor de economia de tempo - Robert disse. - E nada de comprar chapéus. Eu não quero ficar aqui até o pôr-do-sol.

Amélia lançou um olhar tímido a Jesse.

- Ele não quer dizer isto. Se eu quisesse realmente comprar um chapéu novo, ele me deixaria.

- Não conte com isto, Amélia, - Robert resmungou.

Ela franziu o nariz e sussurrou:

- Ele deixaria.

Ele acreditava que o irmão deixaria ela fazer praticamente qualquer coisa que ela quisesse, uma vez que ele parecia não ter se importado por ela o ter atingido no ombro.

- Eu acho que Forte Worth mudou consideravelmente desde da última vez que você esteve aqui, - Amélia falou em voz baixa.

Ele quase respondeu que ele tinha estado ali no dia anterior, mas ele percebeu que o dia anterior não contava. Ele estava constrangido demais com toda a situação para notar alguma coisa. Agora ele parecia estar vendo tudo.

Ele se virou para a Amélia e acenou a cabeça.

- Sim, Madame.

- Nós temos duas vias férreas agora, e a terceira deve estar terminada até o final do ano.

Talvez ele usasse uma daquelas vias férreas ao sair da cidade quando ele terminasse de cumprir a sua sentença.

Ela sorriu francamente.

- Alguns dos negócios, a redação do jornal e alguns dos hotéis, têm até telefones.

Ele olhou para ela de forma inexpressiva.

Pelo tempo que esteve na prisão, ele não provavelmente não sabe o que é um telefone, -Colleen falou, interpretando seu silêncio com precisão.

Ainda assim, tinham que continuar falando dele ter estado em uma prisão, ainda que ela estivesse certa? Ainda que ele nunca tivesse ouvido falar de um telefone?

- Não me passou pela cabeça que você não soubesse o que é um telefone, - Amélia disse. - É uma máquina que permite que você converse com alguém que você não pode nem ver. Alguém que esteja em um outro aposento ou num outro edifício.

Ele não fazia a mínima idéia como isso pudesse funcionar. Ou por que alguém quereria falar com alguém que não podia ver. Já que não poderia olhar nos olhos da pessoa e saber o que ela estava pensando. Ele achou que se sentiria mais desconfortável do que conversar com alguém que ele pudesse ver.

- Você pode não ter notado isto ontem, mas a cidade tem um bonde puxado a burro que faz o trajeto de uma milha entre a estação de trem e o tribunal de justiça, - Amélia disse.

Ele sacudiu a cabeça. Ele não tinha notado. Ele não tinha visto muito coisa exceto ela.

- O vagão tem bancos para as pessoas se sentarem e janelas para evitar que toda a poeira da rua entre. Torna o trajeto agradável, - ela falou para ele.

- A menos que o bonde saia dos trilhos, - Robert disse por cima de seu ombro. - Quando acontece os passageiros têm que erguer o vagão e pôr de volta nos trilhos. Eu prefiro caminhar.

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- Eu concordo com o Robert, - Colleen disse. - Eu prefiro gastar meu níquel em outra coisa qualquer e usar minhas pernas para me levar onde eu quiser ir.

- Mas o bonde, o telefone e as iluminações de rua a gás são símbolos, que a cidade está se tornando uma grande cidade. - Amélia olhou para Jesse. - Você não pensa que tudo isso é excitante e importante?

Ela olhava para ele como se verdadeiramente quisesse saber o que ele pensava.

- Eu calculo que sim, - ele disse, não querendo desaponta-la.

- Você nunca diz mais de duas palavras?

Ele se mexeu no lugar.

- Eu disse mais do que duas palavras para você.

- Mas isso quando estávamos milhas atrás, - ela disse a ele. - Para manter uma conversação você tem que falar um pouco mais. Eu tenho falado para você coisas que você não sabe. Me fale coisas que eu não saiba. Me fale o quanto Forte Worth está diferente agora do que era quando você esteve aqui pela última vez isto.

Isso era suficientemente fácil de fazer. Ele sustentou o olhar esperançoso dela e disse:

- É maior.

Ela riu, realmente riu, um som delicioso musical que o fez lembrar de sinos.

- Você pode se estender um pouco mais? - Ela perguntou.

- Muita mais lojas.

Lojas de roupas, lojas de artigos de couro, hotéis, bancos, funerárias, padarias, mercearias, escritórios de advogados, imobiliárias. Tudo que ela tinha que fazer era olhar a seu redor e encontraria negociantes de madeira, prata, arame farpado, e roupas sob medida.

- Eu estava com esperanças de ouvir um pouco mais, - ela disse, ainda sorridente.

Mas ele não tinha nada mais para ela. Ele tirou os olhos dela e olhou para os edifícios que passavam. Ele não queria ver Amélia com o brilho de prazer em seus olhos e o sorriso iluminado.

Amélia bonita.

Amélia doce.

Amélia mantenha-se-afastado-dela.

CAPÍTULO CINCO

Amélia não conseguia entender por que os homens não gostavam de fazer compras.

Ela esperava que Jesse ficasse ansioso com o possibilidade de comprar roupas novas. Ao invés disso, ele estava de cara feia e olhava em volta, como se não pudesse esperar para sair da loja.

E, ao invés de ajudar, Robert parecia igualmente impaciente.

Amélia ergueu uma camisa de sarja de uma pilha, a desdobrou e ergueu. Ela estava ligeiramente desapontada que sua tentativa de conversar com ele, não tinha sido tão bem sucedida, quanto ela esperava. Mas ela não teve tanto trabalho, para desistir facilmente de sua tentativa de saber mais sobre ele. Ainda bem, que ela havia levado em consideração que poderia demorar um pouco mais, para ele se abrir completamente. O tempo que eles teriam juntos estava só começando.

- Vira de costas, Jesse, - ela mandou.

- Por que?

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Ela revirou os olhos com impaciência ao perceber a desconfiança na voz dele. Se havia alguém que não merecia nenhuma confiança, era ele.

- Assim eu posso ter uma noção: se vai servir ou não em você , - ela explicou.

- Parece que serve, - ele disse.

- E eu tenho certeza, que quem deu aquelas roupas a você, pensava exatamente a mesma coisa. Vamos só confirmar, certo?

Ele se virou, dando as costas para ela, mas sua postura rígida deixava bem claro que não queria concordar com seu pedido.

- Descruza os braços, - ela disse.

Ele fez como ela mandou, mas ela podia sentir que não estava nada satisfeito com isso. Ela achou reconfortante perceber que o fora da lei reagia do mesmo modo que seus irmãos, quando ela queria medir uma camisa neles.

Ela segurou a camisa sobre seus ombros. Apesar de certamente nunca ter comido uma refeição decente em toda a sua vida, ele tinha os ombros largos e as costas amplas.

- Colleen, o que você acha? - Amélia perguntou.

Colleen parou de procurar no meio das calças de brim.

- Poderia servir para ir a igreja, mas eu acho que ele precisa de uma mais folgada para trabalhar o rancho.

- Você está certa. Vamos tentar achar uma, um pouco maior.

Examinou minuciosamente a pilha até que achou uma que era um pouco maior.

Pegou as calças que a Colleen entregou e passou para o Jesse.

- Coloque estas na frente da sua cintura.

Relutantemente ele fez como ela mandou.

- Robert, essas devem servir nele, não acha? - Ela perguntou.

- Calculo que sim.

- Você ao menos olhou? - Ela perguntou.

- São calças compridas. Longas o suficiente. Largas o suficiente. Eles servirão para trabalhar no rancho, - Robert disse.

- Você absolutamente não ajuda nada, - ela falou para ele.

- Você não me avisou que eu tinha que ajudar. Você só falou que eu tinha que trazer vocês a cidade.

Às vezes seus irmãos criavam ainda mais problemas ao invés da ajuda necessária.

- Está bem, - ela disse, pronta para o próximo passo de seu projeto para arrumar o Jesse.

- Nós compraremos duas calças, três camisas do trabalho, e uma camisa branca para ocasiões especiais, - ela disse.

- Eu não preciso de nada para ocasiões especiais, - Jesse disse.

Ignorando o que ele disse, ela escolheu as roupas que compraria, inclusive uma camisa branca.

- Colleen e eu vamos olhar para moldes e tecidos agora, - ela disse a Robert. - Eu acho que você podia levar Jesse ao barbeiro.

Jesse tinha barba cobrindo o rosto, e o cabelo caia em ondas desordenadas ao redor seu rosto.

Ela se perguntou se alguém se tinha dado o trabalho de avisar a Jesse, que o alojamento tinha um banheiro nos fundos. Se perguntou se confiariam nele com uma navalha afiada na mão. Ela teria que falar com Tanner sobre isso.

- Pensei que você só queria comprar roupas para ele, - Robert disse.

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- Você pensou errado, - ela disse toda satisfeita.

Robert suspirou.

- Você tem algumas outras surpresas guardadas para mim?

- Claro, mas se eu contar então não serão surpresas. Quando nós tivermos acabado aqui, encontraremos vocês na Peers House, - ela informou. Ela gostava do hotel porque eles tinham garçonetes. Ela podia lembrar do tumulto que a idéia ousada causou.

- Está bem. - Robert girou nos calcanhares. - Vamos, Jesse.

Ela ficou olhando o Jesse seguir seu irmão para fora da loja. Ela quase não podia esperar para vê-lo arrumado. Seguramente, ele não pareceria tão perigoso, quando o cabelo estivesse aparado e rosto barbeado.

Ainda bem, as compras com Colleen a manteriam distraída, assim ela não ficaria impaciente enquanto esperava para ver os resultados de seu projeto.

Ela se voltou para Colleen.

- Agora que nós livramos dos homens, vamos nos divertir fazendo compras.

Colleen riu.

- E eu achando que você tinha se divertido durante toda a manhã manipulando todos os homens de sua vida, começando com seu pai.

Amélia tinha que admitir que ela estava se deleitando. Ela só desejava ser capaz de fazer o Jesse se abrir um pouco mais. Quanto menos ele falasse, mais ela ia querer.

Uma hora mais tarde, sentada em uma mesa coberta com uma toalha de pano no restaurante do hotel, Amélia não podia estar mais feliz. Ela tinha gostado da visita a Forte Worth. A cidade tinha tantas coisas a oferecer.

Ela gostaria de ter mais tempo para comprar um chapéu novo, mas ela tinha planos para a tarde, e ela não queria arriscar não ter tempo suficiente para levá-los a cabo.

Talvez ela se casasse com um rapaz da cidade. Seu pai certamente conhecia muitos advogados e homens de negócios, e ele os deveria convidar para a celebração do aniversário dela.

Seus irmãos conheciam pecuaristas. E eles também seria convidados.

Logo sua vida estaria mudada de uma forma que ela nunca ousara imaginar.

Ela tomou um gole pequeno do chá quente da xícara de porcelana, antes de dizer para

Ela tomou um gole pequeno do chá quente da xícara de porcelana, antes de dizer para

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