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ANA MONTEIRO (*)

SOFIA VON HUMBOLDT (*)

ISABEL LEAL (*)

A sexualidade é um termo amplo que inclui componentes sociais, emocionais e físicas (Southard & Keller, 2008). Este constructo constitui um aspeto central da vida e abrange o sexo, a identidade e papéis de género, a orientação sexual, o erotismo, e o bem-estar social (Organização Mundial da Saúde, 2006). Os atos sexuais são uma componente importante para uma relação emocional íntima na vida tardia (Gott & Hinchliff, 2003) e uma parte importante da vida (Lindau et al., 2007; Kontula & Haavio Kontula-Mannila, 2009).

O bem-estar sexual (BES) tem sido uma dimensão ignorada. No entanto, este conceito compreende componentes, tais como, o interesse sexual, funcionamento, satisfação, relações íntimas saudáveis, auto-estima sexual e variáveis psicossexuais (Mona et al., 2011; Rosen & Bachman, 2008).

Estudos anteriores mostraram que a prevalência da atividade sexual diminui com a idade, contudo um número considerável de idosos envolve-se em relações sexuais vaginais, sexo oral, masturbação, mesmo na oitava e nona décadas de vida (Lindau et al., 2007). De facto, existem diversas razões que têm sido discutidas para este declínio na atividade. De acordo com Lindau et al. (2007), indivíduos idosos que se identificam como tendo uma média ou má saúde eram mais propensos a relatar problemas sexuais e menos inclinados a ser sexualmente ativos do que os indivíduos que mostravam uma boa saúde. Além disso, os problemas físicos relacionados com a idade avançada podem contribuir para uma baixa auto-estima, pobre auto-imagem, e diminuição da capacidade da resposta sexual e do desejo sexual (Bachmann & Lieblum, 2004). Contudo, existem diferenças entre os sexos. As mudanças mais notáveis em mulheres estão relacionadas com o declínio do funcionamento dos ovários. Nas mulheres podem ocorrer secura vaginal e atrofia, devido ao declínio gradual dos níveis de estrogénio no organismo (DeLamater, 2012). Já os homens experimentam, com frequência, um declínio lento na produção de testosterona. O período refratário é especialmente afetado, ou seja, os homens precisam de mais tempo até que possam atingir outro orgasmo. Além disso, a mais notável mudança na função sexual masculina com a idade é a disfunção eréctil (Kenny, 2013).

(*)William James Center for Research, ISPA – Instituto Universitário, Lisboa, Portugal. Actas do 11º Congresso Nacional de Psicologia da Saúde

Organizado por Isabel Leal, Cristina Godinho, Sibila Marques, Paulo Vitória e José Luís Pais Ribeiro 2016, Lisboa: Sociedade Portuguesa de Psicologia da Saúde

11º CONGRESSO NACIONAL DE PSICOLOGIA DA SAÚDE

Uma vez que pessoas de diferentes culturas revelam diferentes significados para as suas experiências e dado que o fenómeno em estudo (BES) é auto-percebido, a investigação qualitativa faz com que se tenha acesso às diferentes experiências dos idosos (e.g., Karraker, DeLamater & Schwartz, 2011; Schwartz et al., 2014). Além disso, face ao envelhecimento populacional os profissionais de saúde precisam incluir na sua prática uma abordagem multidimensional e multi-cultural. Um estudo de comparação internacional é pertinente com vista a precisar as experiências dos idosos num contexto transcultural (Löckenhoff et al, 2009; Torres, 2003, von Humboldt, Leal, & Pimenta, 2012). Neste contexto, o presente estudo tem como objetivo investigar os possíveis mecanismos explicativos de um modelo global de BES numa amostra transnacional de idosos.

MéTODO Participantes

A amostra total foi composta por 163 indivíduos não institucionalizados, 57,4% do sexo feminino, 50,0% alemães e 67,6% casados ou num relacionamento. Tinham idades entre 65 ou mais anos (M=74,2; DP=4,743; entre os 65-97). Estes participantes frequentavam universidades seniores e centros comunitários e de arte, em Lisboa e no Algarve. Foi tida em conta a disponibilidade dos participantes e após o consentimento informado ter sido recebido, os participantes foram submetidos a uma avaliação cognitiva. Para participar neste estudo, os participantes tiveram de apresentar as seguintes condições: (1) 75 ou mais anos de idade e (2) pontuação satisfatória no Exame do Estado Mini-Mental (>26) (Folstein, Folstein, & McHugh, 1975). Não houve qualquer histórico de doença neurológica ou psiquiátrica, nem de abuso de drogas ou álcool, que possa comprometer a função cognitiva. As normas da American Psychological Association acerca do tratamento ético dos participantes foram cumpridas.

Material e Procedimento

Recolha de dados. As entrevistas semiestruturadas foram realizadas individualmente no domicílio dos participantes e baseadas num guião de entrevista. As entrevistas foram iniciadas com várias simples questões gerais, com vista a conhecer o estilo de vida dos participantes, a sua saúde, a sua nacionalidade, a sua idade, a sua família, a sua educação e o seu trabalho. Após estas questões, foi feita uma pergunta aberta, com o objetivo de possibilitar qualquer tipo de exposição sobre cada tema. Também teve como objetivo facilitar a fluidez das narrativas sobre as perspetivas dos participantes: “Eu gostaria de entender o que, no seu ponto de vista, contribui para o seu bem-estar sexual nessa fase da sua vida”. Todas as entrevistas foram guiadas e gravadas pelo mesmo investigador (SVH),

que não teve qualquer relação anterior com os entrevistados. As entrevistas tiveram a duração média de 30 minutos (a mais curta foi de 20 min e a mais longa foi de 45 minutos) e após sua conclusão, foi solicitado aos participantes que avaliassem o tempo e o processo de entrevista. Também lhes foi solicitado que identificassem as perguntas que considerassem difíceis de responder.

Quadro 1

Caracterização dos participantes tendo em conta variáveis sociodemográficas e de saúde

Alemães Portugueses Total

n % n % n % N 68 68 136 Idade (M; SD) 73,1 (4,104) 75,2 (5,381) 74,2 (4,743) Género Feminino 38 55,9 40 58,8 78 57,4 Masculino 30 44,1 28 41,2 58 42,6 Educação <Secundário 41 60,3 42 61,8 83 61,0 ≥Secundário 27 39,7 26 38,2 53 39,0 Estado civil

Casado ou numa relação 47 66,2 47 69,1 92 67,6 Não casado nem numa relação 23 33,8 21 30,9 44 32,4 Estado profissional

Inactivo 47 69,1 46 67,6 93 68,4

Activo 21 30,9 22 32,4 43 31,6

Rendimento familiar anual

≤10,000 € 30 44,1 36 52,9 66 48,5

≥10,001 € 38 55,9 32 47,1 70 51,5

Saúde percebida

Boa 39 57,4 45 66,2 84 61.8

Má 29 42,6 23 33,8 52 38.2

Nota. Amostra total: n=163; SD=standard deviation.

Análise de dados. As representações das associações entre as categorias emergentes, bem como os constructos que podem funcionar como os principais determinantes do BES, foram avaliados por uma Análise de Correspondência Múltipla (ACM). Os critérios estatísticos incluíram: (a) mínimo de 5,0% da variância total explicada por cada fator e (b) eigenvalue mínimo de 1 para cada fator. Os dados foram analisados com auxílio do SPSS para Windows (versão 19.0; SPSS Inc., Chicago, IL). Este estudo foi autorizado pelo Centro de Investigação William James do ISPA – Instituto Universitário.

BEM-ESTAR SEXUAL DOS IDOSOS: UMA ANÁLISE DE CORRESPONDÊNCIA MÚLTIPLA

11º CONGRESSO NACIONAL DE PSICOLOGIA DA SAÚDE

RESULTADOS

Análise de Correspondência Múltipla das Categorias Emergentes

A análise de correspondência múltipla avaliou a estrutura de correlação do tema em estudo: o BES. Assim, os resultados indicam um modelo de BES para cada nacionalidade, com diversos fatores e cargas fatoriais.

Os resultados mostraram um modelo tridimensional (representando 73,1% da variância total), composto por: ‘intimidade e bem-estar’, ‘atenção, erotismo e desejo’, e ‘atividade sexual e saúde’, para os participantes alemães. Para os participantes portugueses verificou- se um modelo tridimensional (representando 90,5% da variância total), composto por: ‘intimidade, saúde e desejo’, ‘afeto e bem-estar’ e ‘atividade sexual’.

Quadro 2

Categorias emergentes resultantes da análise de conteúdo da pré-categoria ‘bem- estar sexual’.

Alemães Portugueses Total Frequên- Percenta- Frequên- Percenta- Frequên- Percenta-

cia da gem da cia da gem da cia da gem da Categoria Categoria Categoria Categoria Categoria Categoria Carinho e atenção 053 011,8 049 010,3 102 011,0 Intimidade com o parceiro 048 010,7 045 009,5 093 010,1 Contacto sexual 030 006,7 031 006,5 061 006,6 Abertura sexual e comunicação 057 012,7 038 008,0 095 010,3 Erotismo e sensualidade 048 010,7 049 010,3 097 010,5 Saúde sexual 051 011,4 049 010,3 100 010,8 Saúde física 057 012,7 041 008,6 098 010,6 Sentir-se atraente 039 008,7 041 008,6 080 008,7 Relação sexual 016 003,6 029 006,1 045 004,9 Desejo sexual por outros 016 003,6 029 006,1 045 004,9 Bem-estar emocional 015 003,3 037 007,8 052 005,6 Saúde mental 019 004,2 037 007,8 056 006,1 Score da pré-categoria

‘bem-estar sexual’ 449 100,0 475 100,0 924 100,0

DISCUSSãO

Este estudo teve como objetivo investigar os possíveis mecanismos explicativos de um modelo global de BES numa amostra transnacional de idosos. Os nossos resultados mostram dois modelos de correlação de BES para idosos alemães e portugueses.

A ACM considerou a estrutura de correlação do BES e sugere que esta é em grande parte explicada por um modelo de três fatores, para cada nacionalidade. Assim, para os participantes alemães, ‘intimidade com um parceiro’, ‘saúde sexual’, e ‘bem-estar emocional’ constituiu o primeiro fator (‘intimidade e bem-estar’). A literatura sugere que a intimidade está relacionada com a vivência da sexualidade na adultícia avançada (Robinson & Molzahn, 2007). Além disso, a felicidade dos adultos mais velhos foi positivamente associada à boa função sexual (Laumann, Paik, & Rosen, 1999).

O segundo fator (‘atenção, erotismo e desejo’) compreendeu ‘carinho e atenção’, ‘abertura sexual e comunicação’, ‘erotismo e sensualidade’, ‘desejo sexual por outros’ e ‘saúde mental’. Estes resultados corroboram dados de um estudo com idosos, em que, 86% dos entrevistados estavam envolvidos em atividades sexuais, tais como, beijos, abraços, carinhos, toque sexual, caricias, expressão de afeto, relação sexual, autoestimulação, e sexo oral (American Association of Retired Persons, 2005). De facto, relacionamentos promovem a proximidade entre indivíduos, o compromisso interpessoal e interesses comuns que definem o companheirismo, o cuidado, a sensualidade e a intimidade (Stroebe, Abakoumkin, & Schut, 1996). Contudo, a investigação tem dado menos atenção à influência de pessoas significativas no BES, uma vez que estudos não relacionam o BES e as relações sociais (Hirayama & Walker, 2010). Além disso, a ausência de saúde mental, por exemplo, na depressão, pode afetar negativamente o comportamento sexual e bem-estar na adultícia avançada (Carpenter, Nathanson, & Kim, 2009).

O terceiro fator (‘atividade sexual e saúde’) abrangeu ‘toque sexual’, ‘saúde física’, ‘sentir-se atraente’ e ‘relação sexual’; assim, estes idosos valorizam tanto as atividades sexuais como a saúde física. No entanto, ‘sentir-se atraente’ (0,216) e ‘relações sexuais’ (0,213) têm uma carga baixa neste fator, o que indica que estas categorias não são muito significativas. O funcionamento sexual, a atividade, o interesse e a satisfação têm sido associados a benefícios físicos, como a saúde cardiovascular, maior relaxamento e diminuição da sensibilidade à dor (Brody, 2010; Chen, Zhan, & Tan, 2009; Jannini, Fischer, Bitzer, & McMahon, 2009). Além disso, os problemas de saúde dos idosos podem interferir com o desejo ou capacidade de o sujeito se envolver em atividades sexuais, como o toque e as relações sexuais (Karraker et al., 2011). Uma dada condição de saúde pode ter um efeito diferente sobre a função sexual em homens e mulheres idosos. Por exemplo, nos homens idosos, a hipertensão arterial pode comprometer o ato sexual através de disfunção erétil, mas a mesma condição numa mulher idosa pode não interferir com a sua capacidade para o coito vaginal (Dennerstein, Alexander, & Kotz, 2003).

Para os participantes portugueses, o primeiro fator (‘intimidade, saúde e desejo’) reuniu ‘carinho e atenção’, ‘intimidade com o parceiro’, ‘saúde sexual’, ‘saúde física’, e ‘desejo sexual por outros’. A investigação até à data parece ter subestimado os idosos quanto ao seu potencial em lidar com as suas preocupações sobre o funcionamento sexual, através das suas relações sociais (Hirayama & Walker, 2010). A relação íntima com o parceiro pode fazer com que um pobre funcionamento sexual seja menos problemático e assim, proteger o bem-estar psicológico das preocupações sexuais (Hirayama & Walker, 2010). Além disso, as condições de saúde física podem ser relevantes para as relações sexuais e saúde sexual

BEM-ESTAR SEXUAL DOS IDOSOS: UMA ANÁLISE DE CORRESPONDÊNCIA MÚLTIPLA

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(Lindau et al., 2007). Condições específicas, como a diabetes e a hipertensão estão associadas a uma diminuição da função sexual (Lindau et al., 2007).

‘Abertura Sexual e comunicação’, ‘erotismo e sensualidade’, ‘sentir-se atraente’, ‘bem- estar emocional’ e ‘saúde mental’ compuseram o segundo fator (‘afeto e bem-estar’). No entanto, ‘erotismo e sensualidade’ (0,411), ‘sentir-se atraente’ (0,411) e ‘relações sexuais’ (0,434) tinham uma carga baixa neste fator, o que indica que estas categorias não são muito significativas. Hurd (2000) demonstrou que há uma mudança de prioridades à medida que as pessoas envelhecem e que sentir-se atraente e sensual afeta a sua autoestima (Hurd, 2000). O bem-estar emocional e psicológico de ambos os parceiros pode influenciar a expressão e atividade sexual (Laumann, Das, & Waite, 2008). A depressão está associada a uma diminuição da função sexual e bem-estar, comparativamente com pessoas com condições crónicas de saúde (Wells & Burman, 1991). Além disso, o uso de medicação antidepressiva está relacionado com o declínio do desejo sexual (DeLamater & Sill, 2005). O terceiro fator (‘atividade sexual’) foi composta por ‘toque sexual’ e ‘relação sexual’. Estes resultados são consistentes com a literatura, sugerindo que os idosos continuam a usufruir, valorizar e a se envolver em atividades sexuais (Lindau et al., 2007). Com o aumento da idade prevê-se uma diminuição da atividade sexual, relacionada com o declínio da saúde e a falta de parceiro (American Association of Retired Persons, 2005).

Os resultados apresentados trouxeram informação pertinente sobre a forma como os idosos demarcam o seu BES, bem como demonstraram a necessidade de explorar o potencial ainda pouco aprofundado de um modelo de BES global para a população idosa.

REFERÊNCIAS

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Bem-estar sexual numa amostra transnacional

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