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Análise dos resultados relativos à identificação dos principais fatores que impedem a

5. Análise dos Resultados

5.3. Análise dos resultados relativos à identificação dos principais fatores que impedem a

Os impedimentos da descentralização e flexibilidade ao nível dos recursos humanos, percecionados pelos inquiridos, foram mensurados através de várias afirmações.

Tendo em vista a averiguação da consistência interna destas afirmações, procedeu-se ao cálculo do Alpha de Cronbach, para o qual foi obtido o valor de 0,88. Deste modo, sendo este um valor muito próximo de 1, pode-se constatar que a consistência interna das afirmações é boa.

Por conseguinte, analisando a tabela 17, verifica-se que todas as afirmações obtiveram um valor médio acima do valor médio esperado (3), sendo que o mais baixo é de 3,93, que diz respeito ao receio da competição interna entre os colaboradores e entre as diferentes unidades organizacionais, e o mais alto o valor de 4,12, relativamente ao receio da perda de controlo por parte dos órgãos superiores da organização.

Além disso, destaca-se igualmente que também a média agregada das afirmações é de 4,02, sendo tal valor superior ao ponto médio da escala de Likert (3).

Assim, os participantes em média acreditam que as políticas de controlo interno e da gestão organizacional constituem os principais fatores que impedem a descentralização e a flexibilidade dos recursos humanos.

Tabela 17 - Opinião dos participantes sobre os principais fatores que impedem a descentralização e a flexibilidade organizacional

Média Média agregada Desvio- padrão N Alpha de Cronbach

Receio da perda de controlo por parte dos

orgãos superiores da organização 4,12

4,02

0,664 216

0,88 Políticas de controlo e gestão restritas 4,00 0,668 216

Rigidez das culturas de gestão tradicionais 4,01 0,692 216 Segregação de funções presente em inúmeros

locais de trabalho 4,01 0,661 216

Receio da autonomia e participação dos colaboradores nos processos de tomada de decisão

4,04 0,639 216

Receio da competição interna entre os colaboradores e entre as diferentes unidades organizacionais

3,93 0,647 216

Face à afirmação “Um dos fatores que dificulta a descentralização e flexibilidade é o receio da perda de controlo por parte dos órgãos superiores da organização”, verifica-se que a maioria dos inquiridos (89,4%) acredita (parcialmente - 63,9% e totalmente - 25,5%) que tal aconteça.

O valor médio da escala de Likert obtido para esta afirmação foi de 4,12, o que vem corroborar as opiniões que se referiram anteriormente.

Tabela 18 - Opinião dos participantes em relação à afirmação: “Um dos fatores que dificulta a descentralização e a flexibilidade é o receio da perda de controlo por parte dos órgãos superiores da organização”

Frequência (n) Percentagem (%)

Discordo Totalmente 1 0,5% Discordo Parcialmente 4 1,9% Nem discordo nem concordo 18 8,3% Concordo Parcialmente 138 63,9% Concordo Totalmente 55 25,5%

Quanto à questão que diz respeito às políticas de controlo e de gestão restritas dificultarem a descentralização e flexibilidade organizacional, esta recebeu aprovação por parte da maioria dos colaboradores inquiridos (84,7%).

Ainda no âmbito desta questão, destaca-se que o valor médio obtido (4) foi superior ao valor médio esperado (3), o que confirma a concordância dos colaboradores sobre o facto das políticas de controlo e de gestão restritas traduzirem-se num entrave à descentralização e flexibilidade organizacional.

Tabela 19 - Opinião dos participantes em relação à afirmação: “As políticas de controlo e de gestão restritas dificultam a descentralização e flexibilidade organizacional”

Frequência (n) Percentagem (%)

Discordo Totalmente 1 0,5% Discordo Parcialmente 5 2,3% Nem discordo nem concordo 27 12,5% Concordo Parcialmente 143 66,2% Concordo Totalmente 40 18,5%

Total 216 100,0%

Quanto à rigidez das culturas de gestão tradicionais se apresentar como uma condicionante para a liberdade na descentralização e flexibilidade organizacional, a maioria dos participantes concordou com tal afirmação, 63,9% dos quais de forma parcial e 20,4% totalmente.

A média obtida na escala de Likert neste caso foi de 4,01, valor este superior ao valor médio esperado (3), o que permite concluir que os colaboradores corroboram que a rigidez das culturas de gestão tradicionais condiciona a liberdade na descentralização e flexibilidade organizacional.

Tabela 20 - Opinião dos participantes em relação à afirmação:“A rigidez das culturas de gestão tradicionais condiciona a liberdade na descentralização e flexibilidade organizacional”

Frequência (n) Percentagem (%)

Discordo Totalmente 2 0,9% Discordo Parcialmente 3 1,4% Nem discordo nem concordo 29 13,4% Concordo Parcialmente 138 63,9% Concordo Totalmente 44 20,4%

Quando abordados sobre se a segregação de funções influencia negativamente a aplicação da descentralização e flexibilidade organizacional, também a maioria dos colaboradores concordou, apresentando uma percentagem de 86,2%.

A média obtida nesta situação assumiu o valor de 4,01, o que nos indica um valor acima do valor médio esperado. Assim, os colaboradores participantes acreditam que a segregação de funções presente em inúmeros locais de trabalho traduz-se num impedimento à aplicação da descentralização e flexibilidade organizacional.

Tabela 21 - Opinião dos participantes em relação à afirmação: “A segregação de funções presente em inúmeros locais de trabalho influencia negativamente a aplicação da descentralização e flexibilidade organizacional”

Frequência (n) Percentagem (%)

Discordo Totalmente 2 0,9% Discordo Parcialmente 3 1,4% Nem discordo nem concordo 25 11,6% Concordo Parcialmente 147 68,1% Concordo Totalmente 39 18,1%

Total 216 100,0%

Relativamente ao receio da autonomia e participação dos colaboradores nos processos de tomada de decisão, os colaboradores inquiridos (85,6%) maioritariamente concordam que este condicione a descentralização e flexibilidade organizacional, com 65,7% a fazê-lo parcial e 19,9% totalmente.

Note-se que esta afirmação obteve um valor médio de 4,04, o que vem corroborar as opiniões dos colaboradores mencionadas anteriormente.

Tabela 22 - Opinião dos participantes em relação à afirmação: “O receio da autonomia e participação dos colaboradores nos processos de tomada de decisão condiciona a descentralização e flexibilidade organizacional”

Frequência (n) Percentagem (%)

Discordo Totalmente 1 0,5% Discordo Parcialmente 2 0,9% Nem discordo nem concordo 28 13,0% Concordo Parcialmente 142 65,7% Concordo Totalmente 43 19,9%

Por último, procedendo à análise das opiniões dos colaboradores observa-se que a maioria destes (82,8%) expressa a sua concordância (parcial - 69,4%, e total - 13,4%), afirmando que o receio da competição interna entre os colaboradores e entre as diferentes unidades organizacionais seja uma condicionante para a descentralização e flexibilidade organizacional.

Quanto ao valor médio da escala de Likert, este foi o menor (3,93) das várias questões que compõem os impedimentos à descentralização e flexibilidade organizacional. Contudo, trata- se de um valor que é superior ao valor médio esperado (3), o que indica que os participantes consideram que o receio da competição interna entre os colaboradores e entre as diferentes unidades organizacionais condiciona a descentralização e flexibilidade.

Tabela 23 - Opinião dos participantes em relação à afirmação: “O receio da competição interna entre os colaboradores e entre as diferentes unidades organizacionais condiciona a descentralização e flexibilidade organizacional”

Frequência (n) Percentagem (%)

Discordo Totalmente 2 0,9% Discordo Parcialmente 3 1,4% Nem discordo nem concordo 32 14,8% Concordo Parcialmente 150 69,4% Concordo Totalmente 29 13,4%

Total 216 100,0%

5.4. Análise dos resultados relativos ao impacto da aplicação das políticas de gestão de recursos