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3. Resultados e discussão

3.4 Análise e discussão

Por meio da leitura sistemática das transcrições das duas entrevistas efetuadas no processo de pesquisa, foram delimitados eixos temáticos para realizar uma investigação mais aprofundada dos conteúdos absorvidos durante os encontros e que possibilitaram a realização de uma análise comparativa entre os dois cursos articulando com o objetivo de pesquisa. Dessa forma, os enfoques escolhidos foram:

o eixo ético-político e prático, o eixo institucional e o eixo dos processos históricos.

Previamente ao início das análises se faz necessário pontuar que as informações colhidas e expostas a seguir estão referidas nas entrevistas realizadas, ou seja, trata-se de um recorte qualitativo que não se pretendeu representativo do conjunto dos fenômenos dos cursos em questão. Além disso, durante a pesquisa

não foi possível entrar em contato direto com alguma professora da área de saúde mental da Faculdade de Medicina, o que levou a uma análise mais generalizada e ampla do currículo do curso.

Eixo institucional

Através da análise de dados convergentes foi percebido que nas entrevistas surgiram dois aspectos institucionais que merecem um olhar cuidadoso: o fato das faculdades serem muito distantes fisicamente e o fato dos cursos permitirem possibilidades de flexibilização das temáticas trabalhadas ao longo da graduação, por meio de eletivas e eventos extracurriculares. Para além disso, nesse eixo temático também serão explicitadas convergências percebidas por meio da análise documental, como é o caso das similaridades curriculares presentes nas diretrizes pedagógicas e institucionais dos cursos.

Em se tratando das entrevistas, ambas as entrevistadas, em determinado ponto da conversa, comentaram sobre as limitações de aproximação causadas pelo distanciamento físico entre os cursos, já que a Psicologia se localiza na cidade de São Paulo e a Medicina se localiza na cidade de Sorocaba, somando uma distância de aproximadamente 100 km entre os campi. Esse aspecto merece destaque, porque é possivelmente por conta desse afastamento que surgiu a idealização desta pesquisa, pois existia uma falta de conhecimento, por parte da pesquisadora, dos meios de funcionamento da Medicina da PUC-SP e das suas interfaces com a Psicologia da PUC-SP. Existia também, um interesse em entender os possíveis pontos de concordância ou discordância entre os cursos em relação aos aspectos voltados à saúde mental e a Reforma Psiquiátrica, que até então não era um debate tecido durante a graduação de Psicologia.

Nessa dimensão, as professoras versaram sobre esse tópico de modo similar, porém com conteúdos diferentes. Ana Laura contou um pouco da vontade dos alunos de Medicina em ter contato com as estudantes da Psicologia e demonstrou que, para ela, o grande fator limitante que impossibilita isso é apenas a estrada que separa os campi e não qualquer diferença institucional ou alguma possível divergência epistemológica entre os cursos. Elisa, por sua vez, conta da fragilidade entre a interlocução da Medicina e da Psicologia, explica que por conta do

distanciamento a maioria dos projetos de formação em saúde mental na Psicologia se dá junto com os outros cursos que compõem a Faculdade de Ciências Humanas e da Saúde (FACHS) do campus Monte Alegre, a psicologia, a fonoaudiologia e a fisioterapia. Segundo ela, existem projetos intercursos nessas áreas, pensando em uma formação interprofissional para saúde mental alinhada a reforma, ela discorre sobre trabalhos como o PET-Saúde (Programa de Educação para o Trabalho em Saúde), que envolve os três cursos mais o curso de serviço social, todavia a Medicina acaba ficando fora por estar localizada em outro campus.

E interligando esse ponto com as questões vinculadas à Reforma Psiquiátrica, é de suma importância, como já foi sinalizado no desenvolvimento do texto, que as equipes multiprofissionais voltadas aos cuidados em saúde mental numa ótica engajada com a reforma, estejam em consonância nas formas de promoção de saúde, focando em um cuidado que nega a objetificação e a patologização. Por isso, aproximar institucionalmente os dois maiores cursos de saúde da PUC-SP, poderia ser um passo importante para alinhar o debate reformista dentro das graduações, e assim iniciar uma vinculação institucional e científica para uma formação em saúde mais abrangente, envolvendo formas operacionais distintas, porém com um mesmo propósito e ideal, a promoção de saúde não manicomial.

Para além disso, outro aspecto que foi percebido com relativas similaridades em ambas as entrevistas e que, de alguma forma, se articulou com as questões de saúde mental, da Reforma Psiquiátrica e da situação institucional das faculdades, foi o caráter eletivo de certas disciplinas e as atividades extracurriculares promovidas durante a graduação. Isso se relaciona com a questão da pesquisa de modo que há uma autonomia dos próprios alunos para escolherem caminhos durante sua formação que possibilitem contatos mais diretos com os temas acimas citados, e que talvez não sejam tão aprofundados pelas matérias obrigatórias, em consequência das propostas curriculares de formação generalista dos dois cursos.

Esse pressuposto de formação generalista, por sua vez, impossibilita que se aplique uma lupa específica em determinada temática, mas propõe uma abrangência de assuntos e questões a serem expostos durante os anos de graduação.

Sobre a autonomia dos alunos poderem trilhar seus caminhos em direção a uma formação alinhada com a reforma psiquiátrica, a professora Elisa afirma que têm professores da graduação de Psicologia que propõem eletivas e núcleos optativos (núcleos cursados anualmente no quinto ano) que propiciam uma ênfase no debate acerca da antimanicomialidade. Acrescenta, também, que já existem componentes obrigatórios importantes que dão palco a esse debate (cita disciplinas como História da Psicologia, Psicologia Social, Psicologia Institucional), mas, segundo ela, a formação mais contundente para reforma psiquiátrica ainda é uma condição eletiva do curso, e apesar de já haver bons caminhos dentro de uma formação generalista para quem quer eletivamente escolher essa área, a docente defende que em termos de componentes obrigatórios ainda há possibilidades para aprimoramento.

A docente também tece argumentos acerca dos espaços de formação extracurriculares, como as Iniciações Científicas, os programas de qualificação e as palestras promovidas durante a Semana de Integração da Psicologia:

Eu ia dizer que também a gente traz essas perspectivas também nos projetos de iniciação científica nos PETS, que é importante também, porque vai além dos componentes curriculares, e esses programas de qualificação para a formação para a saúde, como Pró-saúde e o pró-PET Saúde, tem intensificado e privilegiado uma perspectiva para reforma e isso é muito importante também. Então o PET-Saúde Mental, que durou de 2012 a 2014, todo o Pró/PET- Saúde , desde16 2008, a gente tem priorizado a saúde mental nos programas do Ministério da Saúde que valorizam a formação para o SUS, e isso

16 A PUC-SP a partir dos cursos de Fonoaudiologia, Psicologia e Serviço Social participou do Pró-Saúde II (2008-2014) e do Pró/PET-Saúde (2012-2014), numa parceria com a Supervisão Técnica de Saúde da FÓ-Brasilândia, da Coordenadoria de Saúde Norte (SMS-SP).

O Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde - PET-Saúde, regulamentado pela Portaria Interministerial nº 421, de 03 de março de 2010, disponibilizava bolsas para tutores, preceptores (profissionais dos serviços) e estudantes de graduação da área da saúde e foi uma das estratégias do Programa Nacional de Reorientação da Formação Profissional em Saúde, o PRÓ-SAÚDE. Cada grupo PET-Saúde/Saúde da Família era formado por 1 (um) tutor acadêmico, 30 estudantes e 6 (seis) preceptores (profissionais dos serviços).

Os grupos PET-Saúde produziam ações de ensino-pesquisa e extensão com base nos princípios de necessidades do SUS e mais especificamente do território de saúde onde o projeto se desenvolve.

O objetivo geral do PET-Saúde era fomentar a formação de grupos de aprendizagem tutorial em áreas estratégicas para o Sistema ùnico de Saúde (SUS), caracterizando-se como instrumento para qualificação em serviço dos profissionais da saúde, bem como de iniciação ao trabalho e vivências dirigidos aos estudantes das graduações em saúde, de acordo com as necessidades do SUS.

Infelizmente o programa foi descontinuado pelo Ministério da Saúde em 2020.

PUC-SP, [s.d], Disponível em:<https://www.pucsp.br/prosaude/pet_saude/sobre_o_pet_saude.html>

Acessado em: 16/06/2021

também é uma contribuição para intensificar a perspectiva da reforma dentro do curso. (Elisa)

Já nas palestras promovidas na Semana de Integração, uma semana dentro do curso de Psicologia da PUC-SP que ocorre semestralmente e são oferecidas palestras de diferentes tópicos articulados com protagonismo do corpo discente, a professora Elisa diz que não raramente a Luta Antimanicomial e a Reforma Psiquiátrica são temas propostos dentro da programação do evento.

A professora Ana Laura também discorre brevemente sobre a existência das eletivas ao longo da graduação e conta dos outros espaços extracurriculares que viabilizam um possível contato mais direcionado à saúde mental, é o caso das Iniciações Científicas, a Liga de Saúde Mental e o International Federation of Medical Students' Association (IFSMA). Sobre as Iniciações Científicas, ela relata que muitos alunos da medicina levam temas de pesquisa até ela que são em total interface com a psicologia. Já a Liga de Saúde Mental é um evento chefiado por alunos com um professor responsável, e é um acontecimento anual de grande importância para a Faculdade e que junta cursos de diversas áreas da saúde. Por fim, ela conta sobre o IFMSA, que é uma instituição internacional de educação médica que pressupõe intercâmbio cultural, e também promove muitos temas ligados à saúde mental, tendo como enfoque a saúde e não a patologia.

A Liga de Saúde Mental aqui é forte pra caramba, a última vez que eu fui falar na Liga ao vivo e em cores tinham duzentas e tantas pessoas assistindo, é uma liga muito forte. Ela é chefiada pelos alunos e tem um professor que é o responsável, mas é tudo feito pelos alunos. Eles fazem um congresso de saúde mental aberto a comunidade e a Liga não é somente dos alunos de medicina, ela é de qualquer interessado, então tem aluno de medicina, de psico, da fono, da fisio, enfermagem [...] e a gente tem um convênio com uma instituição que chama IFMSA, que é uma instituição internacional de educação médica que pressupõe intercâmbio cultural. Eles têm muitos temas ligados à saúde mental, mas aí é saúde, não é patologia.(Ana Laura)

Mudando o enfoque institucional e adentrando mais especificamente nos conteúdos dos currículos da Medicina e da Psicologia, é notório que ambos os cursos apresentam similaridades curriculares em seus pressupostos fundamentais no projeto de ensino de graduação. E dentre esses ideais estão a perspectiva de uma formação generalista:

É tomando como base o perfil generalista desejado para o egresso do Curso de Medicina da FCM que serão escolhidos os conteúdos das diversas disciplinas, sejam elas da área de humanas, básicas ou clínicas. A redução do volumoso rol de informações que hoje se ministra aos estudantes do curso médico tradicional favorecerá a trans- e a interdisciplinaridade, assim como a graduação de um médico generalista com sólida formação técnicocientífica e humana.

(PUC-SP, 2009, p. 52)

A organização de um currículo que proporcione interações entre esferas teóricas e práticas - isso é feito através do oferecimento de uma diversidade de campos de estágio e do subsídio teórico dos docentes. Por exemplo, na Psicologia das 4119 horas exigidas pela formação, 2415 horas são referentes a matérias práticas ou teórico-práticas, sendo 649 horas voltadas para os estágios em si. Já na Medicina o estágio curricular de treinamento prático supervisionado ocorre no chamado “Internato”, que corresponde a 35% da carga total do curso e acontece no quarto e quinto ano do curso, e para além disso, desde o primeiro ano os alunos de medicina são defrontados com aulas com questões problemas para serem discutidas. Durante a entrevista, a professora Ana Laura comentou sobre essa esquematização de aulas, ela afirmou que vários temas são levantados nesse formato de proposição de casos e situações, sendo a saúde mental uma dessas temáticas propostas.

Além disso, os currículos pressupõem uma valorização da interdisciplinaridade e da diversidade dos saberes. Na entrevista com a professora Elisa, ela afirma que o curso da Psicologia prima por uma diversidade teórica, metodológica e epistemológica. E ela conta também, como já foi exposto no texto, de projetos, principalmente em saúde mental, que promovem um contato entre os outros cursos de saúde e humanidades da FACHS. Nessa perspectiva, é preconizado no Projeto Pedagógico Institucional da Medicina da PUC-SP, que ocorra:

[...] desenvolvimento de ações interdisciplinares que pressupõem a parceria, o diálogo, a articulação, a troca de conhecimentos, o questionamento, a busca da interação. A ação interdisciplinar deve constituir-se, portanto, como uma reação à fragmentação do conhecimento implica na busca constante de superação da mera superposição de conhecimentos. Para tanto, é fundamental o estímulo a práticas de reciprocidade e de troca entre áreas diferentes de saber, tanto para a produção de novos conhecimentos, em uma

perspectiva transdisciplinar, como para a análise e solução de problemas, de modo mais abrangente e multidimensional (PUC-SP, 2004, p. 20-21 - Projeto Pedagógico Institucional, Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde da Saúde)

E, por fim, os cursos enfatizam a necessidade de uma educação comprometida e articulada com a realidade social e que permita que seus estudantes ajam ativamente e de forma crítica perante a sociedade e suas determinações. A professora Elisa discorre sobre esse tópico afirmando que no projeto curricular da Psicologia são propostas questões como a leitura crítica dentro da realidade brasileira, o compromisso com a superação das desigualdades e o comprometimento com a transformação social:

O projeto curricular não vai falar especificamente da Reforma, mas o nosso projeto curricular vai falar de qual psicólogo a gente quer formar, como se orienta a formação em psicologia. Então, você tem aspectos no projeto curricular da psicologia, já quando fala dos princípios do perfil profissional que você formar, vai trazer uma dimensão que é condizente com a perspectiva da reforma no campo da saúde mental. Você vai encontrar lá a questão da leitura crítica dentro da realidade brasileira, do compromisso com igualdade ou do compromisso com a superação das desigualdades, do compromisso com a transformação social.(Elisa)

E nas proposições mais recentes do plano pedagógico de Medicina é apresentado, na contramão Plano Pedagógico Curricular anterior, que os alunos não sejam mais meros tomadores de notas ou exímios memorizadores, mas sim indivíduos capazes de agir de forma ativa, criativa e original frente aos problemas concretos da realidade em que vivem (PUC-SP, 2009).

Todos esses aspectos acima citados são sintetizados no currículo de Psicologia no subcapítulo 1 (Princípios que orientam o currículo) da Apresentação:

Assim, mantém-se a perspectiva de uma formação generalista; a organização do currículo em torno da interação teoria e prática; a formação interdisciplinar, implicando situar a Psicologia no conjunto de conhecimentos sobre o homem, compreendendo-a em sua intersecção com diferentes ciências; a formação que garante a integração de novas áreas de intervenção, a partir de exigências da realidade social e dos avanços da produção de conhecimento. São enfatizados também como referências importantes: a busca da promoção de saúde; a busca do compromisso com a transformação da realidade; a busca da postura científica que encara o conhecimento sempre em transformação e que caminha avaliando,

revendo e reformulando a teoria para ampliar sua compreensão da realidade; o trabalho com a diversidade de perspectivas teóricas e práticas em Psicologia, que busca aprofundamento e complexidade e que inclui a relação necessária com outras ciências e outros profissionais. (PUC-SP, 2021, p. 4 - Catálogo de Informações Gerais:

curso de Psicologia)

A exposição dessas similaridades curriculares permite pensar que há viabilidade institucional e epistemológica para uma maior aproximação entre os dois cursos como foi colocado acima, uma vez que as duas formações estão em alinhamento em diversos aspectos éticos e práticos.

Por fim, os pressupostos pedagógicos previamente elencados, apesar de não dizerem a respeito da Reforma Psiquiátrica diretamente, encontram-se alinhados com a perspectiva de saúde mental não manicomial. Sobre isso, a professora Elisa sustenta que há uma orientação ético-política para a formação em psicologia que dialoga com princípios da reforma, e dessa forma existem alguns componentes curriculares que coadunam para a formação alinhada ao campo da reforma.

E esse aspecto ético político será melhor detalhado, a seguir, no próximo eixo temático de análise da pesquisa.

Eixo ético-político e prático

Nesse eixo, como foi destacado acima, serão apresentados os referenciais éticos-políticos que norteiam a proposta pedagógica e prática das faculdades. Serão levantados e analisados os dados colhidos durante a elaboração da pesquisa que demonstram como ambos os cursos se alinham aos pressupostos postuladas pelo Sistema Único de Saúde Brasileiro (SUS) e de que forma esse alinhamento é um caminho possível e importante para se pensar na factibilidade da Reforma Psiquiátrica no contexto educacional e prático.

Com a instauração do SUS em 1988, o sistema público de saúde foi defrontado com novas formas de se pensar em saúde, sendo alguns dos pressupostos incorporados nesta época: a saúde como direito universal; garantia de ações que promovam condições de bem-estar físico, mental e social; atendimento integral; participação da comunidade; direito à informação, às pessoas assistidas, sobre sua saúde; preservação da autonomia das pessoas na defesa de sua

integridade física e moral (BRASIL, 1990) . Tais pressupostos também podem ser17 encontrados como os guias ético-políticos e práticos nos currículos dos cursos de Psicologia da PUC-SP e de Medicina da PUC-SP. A seguir, será articulado como alguns desses paradigmas são garantidos pelos cursos de forma institucional e prática.

Na medicina, com a reforma curricular instituída em 2006, os princípios da faculdade se alinharam com as práticas de saúde defendidas pelo SUS. Dessa forma, foram agregados novos princípios e diferentes dispositivos de saúde para a prática médica:

Optou-se por um modelo curricular adequado aos princípios da instituição, que incorporou as orientações das diretrizes curriculares nacionais e com compromisso de dar ao médico, formação para atender ao sistema de saúde do país (PAVAN, SENGER e MARQUES, 2017, p. 131)

Durante a entrevista com a professora Ana Laura são elencados alguns dos caminhos promovidos durante a graduação que viabilizam o contato dos alunos com o SUS. Ela afirma que uma área de grande ímpeto curricular na Medicina é a atuação na medicina comunitária e da família, que são interfaces que ocorrem predominantemente por meio da atenção primária à saúde do SUS, e foram reconhecidas pela Comissão Nacional de Residência Médica em 1981 em um momento de crise do modelo hegemônico de atenção à saúde, que foi sendo compreendido como caro, fragmentado e ineficiente. (NETO et al, 2019). Isso também é previsto no perfil profissional que o curso busca alcançar:

O profissional formado deverá estar apto a elaborar diagnósticos e tratar as moléstias prevalentes, a avaliar o impacto social e emocional da doença no indivíduo e em sua família, além de ter claras noções sobre as medidas de prevenção de doenças e manutenção e promoção da saúde. (Perfil do profissional a ser formado, suas competências e habilidades, 2005)

Além disso, conta que foi professora na residência multidisciplinar, que possuía uma equipe geral e integral no campo da saúde que abrangia as áreas da medicina, psicologia, fisioterapia, farmácia, psicologia, enfermagem, terapia

17Lei Federal nº 8.080: Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências.

ocupacional e fonoaudiologia e dentre todas essas áreas, cada profissional tinha sua função e sua valorização na formação do grupo. E como já foi exposto no eixo anterior, os princípios de generalidade e interdisciplinaridade são norteadores institucionais importantes da faculdade e coadunam com as visões de saúde do SUS.

o termo interdisciplinaridade pressupõe um trabalho coordenado e com objetivo comum, partilhado por vários ramos do saber, de forma integrada e convergente, o que nos reporta imediatamente ao conceito de trabalho em equipe multidisciplinar, base da atuação no

o termo interdisciplinaridade pressupõe um trabalho coordenado e com objetivo comum, partilhado por vários ramos do saber, de forma integrada e convergente, o que nos reporta imediatamente ao conceito de trabalho em equipe multidisciplinar, base da atuação no

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