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Capítulo II- Perfil de utilização de anticoagulantes e antiagregantes, efeitos secundários e

4. Resultados

4.2 Análise estatística inferencial

Para testar a relação entre diferentes variáveis foi efetuado o teste do Qui-quadrado. O resultado deste teste revela diferenças estatisticamente significativas quando o valor de p<0,05.

Relativamente ao fator “idade” inferiu-se acerca da normalidade na distribuição desta mesma variável. Para isso realizou-se o teste de Kolmogorov-Smirnov com a correção de Lilliefors, foi realizado este teste devido ao N > 30 (N = 260) no qual se verificou que a distribuição das idades segue uma distribuição normal (Tabela 9).

Além de se fazer o teste da normalidade de Kolmogorov-Smirnov também foi efetuado o teste da homogeneidade baseado no teste de Levene (Tabela 10).

25% 75% Sim Não Teste de Normalidade Kolmogorov-Smirnova Estatística df Significância Idade ,125 260 1,56x10-10

a. Aplicação da correção de Lilliefors

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No que diz respeito ao fator “sexo” foi-se inferir a cerca da normalidade na distribuição desta mesma variável, para isso realizou-se o teste de Kolmogorov-Smirnov com a correção de Lilliefors, foi realizado este teste devido ao N > 30 (N = 260) no qual se verificou que a distribuição segue uma distribuição normal (Tabela 11) (p= 5x10-5 no sexo masculino e o p= 1,38x10-4 no sexo feminino).

Para se testar a relação entre o fármaco rivaroxabano e o efeito adverso sonolência (Tabela 12), foi-se inferir na população em estudo acerca da significância estatística desta relação. Através do teste do Qui-quadrado pode-se concluir que esta associação entre consumir o fármaco rivaroxabano e apresentar o efeito adverso sonolência é significativa (Tabela 13) (p= 2,22x10-12).

Teste de Homogeneidade

Teste de Levene df1 df2 Significância

Baseado na média

7,595 1 258 ,006

Tabela 10: Teste de Homogeneidade baseado no teste de Levene

Tabela 11: Teste de Normalidade Kolmogorov-Smirnov relativo ao sexo. ..

5x10-5

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Rivaroxabano e feito adverso sonolência

efeito adverso sonolência

Total

sim não

Rivaroxabano sim 14 30 44

não 0 216 216

Total 14 246 260

A correlação entre o fármaco rivaroxabano e o efeito adverso sonolência foi também estudada através da medida de associação “coeficiente Kendall’s tau_b”, observando-se um valor de 0,529, o que indica que esta associação é forte (Tabela 14).

Posteriormente foi-se inferir acerca da especialidade do médico prescritor e do tipo de anticoagulante ou antiagregante prescrito (Tabela 15) e concluiu-se que a relação médico prescritor e tipo de fármaco anticoagulante ou antiagregante prescrito era estatisticamente significativa, apresentado um valor de p= 6,5x10-8 (Tabela 16).

Teste de Qui-quadrado

Valor df Significância

Pearson Chi-Square 72,639 1

2,22x10-12

Nº de casos válidos 260

Correlação de Kendall's tau_b

Efeito adverso Sonolência

Kendall's tau_b Rivaroxabano ,529

260

Tabela 12: Relação entre o fármaco Rivaroxabano e o efeito adverso sonolência. ..

Tabela 13: Teste de Qui-quadrado entre a associação do fármaco rivaroxabano e o efeito adverso sonolência. ..

Tabela 14: Coeficiente de correlação de Kendall’s tau_b. ..

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Ao testar a relação entre a idade e a toma de suplementos/produtos naturais concluiu- se que não existe uma relação significativa entre estas duas variáveis (p= 0,123) (Tabela 17).

Posteriormente ao analisar a toma ou não de suplementos/produtos naturais e o nível de escolaridade (Tabela 18), verificou-se também que não existe uma relação significativa entre o nível de escolaridade e a toma de suplementos/produtos naturais, apresentando um p= 0,586 (Tabela 18).

Tipo de anticoagulante ou antiagregantes

Médico Prescritor Tradicionais NOACs

Médico de Medicina Geral e Familiar 69 14

Cardiologista 75 79 Outro 15 8 Total 260 Teste de Qui-quadrado Valor df Significância Pearson Chi-Square 93,342 32 6,5x10-8

Número de casos válidos 260

Teste de Qui-quadrado

Valor df Significância

Pearson Chi-Square 71,768 59 ,123

Número de casos válidos 260

Tabela 15: Especialidade do médico prescritor e tipo de fármaco anticoagulante ou antiagregante prescrito. ..

Tabela 16: Teste de Qui-quadrado entre o médico prescritor e o tipo de anticoagulante ou antiagregante prescrito.

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Nível de escolaridade e suplementos/produtos naturais

Suplementos/produtos naturais

Total

Sim Não

Escolaridade Nunca foi a escola 1 6 7

Não completou 1º ciclo 3 10 13

1º ciclo 24 60 84 2º ciclo 9 13 22 3º ciclo 7 17 24 Secundário 11 31 42 Ensino Superior 26 42 68 Total 81 179 260

Seguidamente foi-se inferir a cerca da associação entre o tipo de suplemento/produto natural e a existência ou não de efeitos adversos (Tabela 20). Desta análise podemos concluir que esta associação é estatisticamente significativa, apresentando um p= 0,031 (Tabela 21).

Teste de Qui-quadrado

Valor df Significância

Pearson Chi-Square 4,678 6 ,586

N of Valid Cases 260

Tabela 18: Relação entre o nível de escolaridade e a toma de suplementos/produtos naturais.

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A relação entre os fármacos anticoagulantes ou antiagregantes anteriormente tomados e a necessidade de alterar a terapêutica foi também analisada (Tabela 22), concluindo-se que existe uma relação estatisticamente significativa, com um valor de p= 1,05x10-34 (Tabela 23).

Suplemento/produto natural e efeitos adversos

Efeito adverso

Total

sim Não

Suplemento/ produto natural Açafrão 0 1 1

Gengibre 0 9 9 Canela 0 5 5 Chá de hipericão 3 29 32 Ginko biloba 0 20 20 Chá de tília 0 1 1 Chá de salgueiro 2 10 12 Chá de menta 0 1 1 Total 5 76 81 Teste de Qui-quadrado Valor df Significância Pearson Chi-Square 33,311 20 ,031

Número de casos válidos 81

Tabela 20: Relação entre o consumo de suplementos/produtos naturais com a existência ou não de efeitos adversos.

Tabela 21: Teste de Qui-quadrado entre o consumo de suplementos/produtos naturais e a existência de efeitos adversos.

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No que respeita ao tipo de fármacos anticoagulantes ou antiagregantes e à perceção do seu custo efetivo (Tabela 24) existe uma relação estatisticamente significativa, apresentando um valor de p= 4,72x10-31 (Tabela 25).

Anticoagulante ou antiagregante anterior e alteração da terapêutica

Alteração da terapêutica Total Sim Não Anticoagulante ou antiagregante anterior Sim 83 14 97 Não 15 148 163 Total 98 162 260 Teste de Qui-quadrado Valor df Significância Pearson Chi-Square 150,999 1 1,05x10-34

Número de casos válidos 260

Anticoagulantes e antiagregantes e custo elevado

Custo elevado Total Sim Não Anticoagulantes e antiagregantes Tradicionais 17 142 159 NOACs 96 5 101 Total 113 147 260

Tabela 22: Relação entre o anticoagulante ou antiagregante anteriormente tomado e a alteração ou não da terapêutica.

Tabela 23: Teste de Qui-quadrado entre anticoagulante ou antiagregante anteriormente tomado e a alteração ou não da terapêutica.

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Adicionalmente, inferiu-se acerca do consumo concomitante e o tipo de anticoagulante ou antiagregante tomado e o consumo de alimentos hortícolas, como hortaliças, espargos, pepinos com casca, brócolos e tomates (Tabela 26). Pode-se assim concluir que existe uma associação estatisticamente significativa entre estas duas variáveis, apresentando um valor de p= 1,15x10-4 (Tabela 27). É também de referir que esta associação é de extrema importância no caso de utentes que façam terapêutica com antagonistas da vitamina K.

Teste de Qui-quadrado

Valor df Significância

Pearson Chi-Square 186,233 16 4,72x10-31

Número de casos válidos 260

Anticoagulantes e antiagregantes e consumo de produtos hortícolas

Perfil de alimentos hortícolas

Total

Frequentemente Moderadamente Raramente

Antiagregantes e anticoagulantes Tradicionais 60 75 24 159 NOACs 30 61 10 101 Total 90 136 34 260 Teste de Qui-quadrado Valor df Significância Pearson Chi-Square 70,092 32 1,15x10-4

Número de casos válidos 260

Tabela 25: Teste de Qui-quadrado entre anticoagulante ou antiagregante e o custo efetivo do mesmo.

Tabela 26: Relação entre o anticoagulante ou antiagregante e o consumo ou não de alimentos hortícolas.

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Seguidamente também se foi analisar a relação entre o consumo concomitante e o tipo de anticoagulante ou antiagregante tomado e o consumo de alimentos proteicos, como fígado de vaca, frango, porco e gema de ovo (Tabela 28). Da combinação destas duas variáveis conclui- se que não existe uma relação significativa entre esta associação, sendo o valor de p= 0,098 (Tabela 29).

A relação entre o aparecimento ou não do efeito adverso hemorragias e o tipo de anticoagulantes ou antiagregantes administrados também foi estudada (Tabela 30). Desta análise, podemos verificar que existe uma associação estatisticamente significativa, sendo o valor de p= 0,010 (Tabela 31).

Anticoagulantes e antiagregantes e consumo de produtos proteicos

Perfil de produtos proteicos

Total

Frequentemente Moderadamente Raramente

Anticoagulantes e antiagregantes Tradicionais 45 92 22 159 NOACs 27 69 5 101 Total 72 161 27 260 Teste de Qui-quadrado Valor df Significância Pearson Chi-Square 42,702 32 ,098

Número de casos válidos 260

Anticoagulante e antiagregante e o efeito adverso hemorragia

Efeito adverso hemorragia

Total sim nao Anticoagulante e antiagregante Tradicionais 37 122 159 NOACs 13 88 101 Total 50 210 260

Tabela 28: Relação entre o anticoagulante ou antiagregante e o consumo ou não de produtos proteicos.

Tabela 29: Teste de Qui-quadrado entre anticoagulante ou antiagregante e o consumo de produtos proteicos.

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Por fim, no que diz respeito à relação entre o consumo de álcool e o aparecimento ou não de efeitos secundários (Tabela 32), podemos inferir que existe uma relação estatisticamente significativa entre estas duas variáveis, demonstrando um valor de p=0,033 (Tabela 33).

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