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2.7 Robustez

2.7.4 Análise e de isão da robustez

Para assumir de isões na pro ura do sistema estrutural mais robusto, a formulação proba-

bilísti a torna-se o meio mais viável, na medida em que possibilita o estudo da ombinação

detodosospossíveis enáriosde falhaestrutural.

A ombinação de todos os possíveis enários de falha estrutural, que leva ao olapso

progressivo,pode sermodeladade a ordo om aFigura2.11.

Figura2.11: Árvore de eventos para a quanti ação da robustez (adaptado de Bakeret al.,

onde:

-

E

orresponde a um Evento, sendo este qualquer fenómeno apaz de provo ar um dano estrutural;

-

D

deneumDanoquerepresentaumaperdadedesempenhonumelementodosistema estrutural;

-

F

traduzumaFalha quepressupõeaperdadafun ionalidade doelementoestrutural, ou seja, oelemento perdea apa idade de sesuster, olapsando.

ConformemostraaFigura2.11, onsidere-seumsistemaestruturalexpostoadeterminado

evento,

E

,queeventualmente derivaránumdano estrutural. Nessasituação poderãoo orrer dois enários possíveis: ou a exposição a que a estrutura está sujeitanão é su ientemente

gravosa paraque o orra dano,

, e pode dar-se por terminada a análise, ou pelo ontrário, existe dano,

D

, e passam a existir duas possibilidades. O dano não é su iente para que provoque falhaao sistema,

¯

F

,e permane elo alizado, resultando somenteem onsequên ias dire tas,

CDir

,ou,por outrolado, odano ausa falha dosistema,

F

,e passa-se a não poder garantirquequerestringidoaumsólo al,massimquesepropagueparaoresto dosistema,

ausandonão só onsequên ias dire tas,mas,também, indire tas,

CInd

.

Neste ontexto, Sørensen e Christensen (2005) deniram a probabilidade de falha estru-

tural,

p(F )

,do seguinte modo:

p(F ) =X

i

X

j

p(F |Ei∩ Dj) × p(Dj|Ei) × p(Ei)

(2.27)

onde

i

e

j

traduzemosíndi es orrespondentesadiferenteso orrên ias,

p(Ei)

aprobabilidade deexposição a dada o orrên ia em

i

,

p(Dj|Ei)

a probabilidade de existir danosrelativos em

j

na sequên ia da exposição

Ei

e

p(F |Ei

∩ Dj)

a probabilidade de falha na sequên ia da exposição

Ei

seguida do dano

Dj

.

O ál ulodaprobabilidade deexposição,

p(Ei)

,nãoatendeafa tores omo, por exemplo, lo alizaçãodo edifí ioou tipode a tividadedesenvolvida nointerior domesmo, tornando-se,

porisso,impossível ontornar,por ompleto,esteparâmetro. Noentanto,algunsautores omo

Kirkegard eSørensen (2008) defendem algumas medidasquepodemser tomadasde formaa

reduzir os fa tores da equação (2.27) e, onsequentemente, aumentar a robustez estrutural.

Aenumerar:

1. Reduzir uma ou mais probabilidades de exposição,

p(Ei)

e

p(Ej)

, para a situação de duaso orrên ias;

2. Reduzir umaou maisprobabilidadesde o orrên ia dedanos

p(Di|Ei)

e

p(Dj|Ej)

,para a situação deduas o orrên ias, ou reduzira extensãodesse danos, mediantereforço de

3. Reduzir uma ou mais probabilidades de olapso

p(F |Ei

∩ Di)

,

p(F |Ej

∩ Dj)

, para a situação deduas o orrên ias, aumentando a redundân ia da estrutura.

Em suma, apesar do fenómeno da robustez ser estudado pela omunidade ientí a há

vários anos, não se en ontra ompletamente es lare ido. Torna-se, por isso, impres indível

riar uma regulamentação que in lua situações de olapso progressivo omo, por exemplo,

deterioração dosmateriais, manutenção, alteração defun ionalidades estruturais e pro essos

Cara terísti as da Madeira Estrutural

Lista de símbolos

Letras maiús ulas latinas

Em

módulodeelasti idade médio

Gm

módulo dedistorção médio

W

teor dehúmidade

VW

volume paraumteor de água

W

Letras minús ulas latinas

fc,0,k

resistên ia à ompressão paralela ao o

fc,90,k

resistên ia à ompressão perpendi ular ao o

fm,k

resistên ia àexão

ft,0,k

resistên ia àtra ção paralela ao o

ft,90,k

resistên ia à tra ção perpendi ular ao o

mh

massadoprovete húmido

ms

massa doprovetese o

mw

massaparaumteor deágua

W

Letras gregas

ρm

massavolúmi a média

3.1 Enquadramento

Apesar da grande tradição históri a da apli ação da madeira em Portugal, esta sofreu uma

redução bastante signi ativa devido à ompetição de outros materiais de onstrução, em

espe ial,obetãoarmadoeoaço. Contudo,re entemente assiste-seaumretomardeinteresse

domaterialdevido à ons ien ialização daso iedadeem termosambientais.

Existemvários pontosdeinteresse damadeiranaapli açãoestrutural, podendodesta ar-

seasuaelevadaresistên ia,sobretudoquando omparada omoseupeso,permitindo,assim,

reduziradimensão dasfundaçõese,ainda, osefeitosda a çãosísmi a.

Aprin ipalrazãopelaqualamadeiraéutilizadana onstruçãodeve-seaofa todesetratar

de um re urso natural om disponibilidade em grande parte do planeta Terra. Esta razão,

aliadaàsa tuaisexigên iasambientaisformamuma onjunturamuitofavorável,permitindoa

valorizaçãodestematerialna onstrução. Alémdisso,éummaterialquerequerpou aenergia

detransformação, desdea suare olha omomatéria-prima atéà suaapli açãoem obra.

Outra ara terísti a muito importante, quando se utiliza a madeira omo material de

onstrução estrutural, é a sua durabilidade ex ep ional em ambientes se os e ventilados e,

espe ialmente, quandotodososrequisitosdeprodução,manutençãoe prevençãodeeventuais

ataquesde fungoseinse tos são umpridos.

Aonívelarquite tóni o,devidoàsuatexturae or,amadeiratorna-senummaterialmuito

apre iado, podendo ser melhorado através da utilização de vernizes, la as e outros produtos

dea abamento. Éummaterialfa ilmente trabalhável, podendoterumagrandevariedadede

formas,sendo,porisso,apli ávelnãosóparansestruturais, mas,também,emrevestimentos

interiorese exteriores, embar ações, mobiliário urbanoe domésti o,entreoutros.

Existe, ainda, a possibilidade do reaproveitamento da madeira de edifí ios demolidos,

aumentando, assim, o i lo de vida da madeira na onstrução. Deste modo, pode dizer-

se que a madeira é um material om inúmeros benefí ios, devendo-se, por isso, estimular a

pesquisa ientí aedivulgarestudose on lusõesparaaperfeiçoarodesempenho damadeira

estrutural.

Pelasrazõesdebilitadasdeimediato,este apítulotem omonalidadepromoveramadeira

enquanto materialestrutural, omeçando-se, por isso, por analisar su intamente a sua om-

posição do ponto de vista da sua morfologia, seguindo-se uma abordagem das propriedades

domaterial. Finalmente, sãoexpostosalguns materiaisestruturaisderivadosdamadeira, em

parti ulara madeiralamelada olada esuas vantagens de apli açãona onstrução.