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Auxilia saber interpretar uma radiografia normal da cavidade oral (Figura 22), o que permite identificar uma doença devido às alterações causadas por ela (MITCHELL, 2005). Normalmente o esmalte da coroa do dente é radiodenso (GORREL, 1998;

MITCHELL, 2005), exceto quando a presença de restaurações metálicas ou aplicações ortodônticas (MITCHELL, 2005). A dentina é menos radiodensa que a maior parte da coroa e da raiz do dente (GORREL, 1998; MITCHELL, 2005). O cemento é menos radiodenso que a dentina e usualmente é visível na presença de hiperplasia (GORREL, 1998). A cavidade pulpar tem o interior radiolucente em cada dente e perde diâmetro à medida que o dente amadurece, permitindo o espessamento das paredes da raiz (GORREL, 1998; MITCHELL, 2005).

As paredes ósseas dos alvéolos são representadas regularmente de forma radiográfica por uma linha densa de osso chamada de lamina dura. O osso da crista alveolar normalmente se encontra na altura do colo do dente que seria a junção da coroa e raiz. O ligamento periodontal vai unir a raiz dentária ao alvéolo, promovendo a formação de uma linha radiolucente entre a lamina dura alveolar e a imagem radiodensa da raiz (GORREL, 1998; MITCHELL, 2005).

Figura 22 – Estruturas visíveis em radiografia (HOLMSTROM et al., 2004).

Canal Pulpar Canal da Raiz

Furca Parede de Dentina Osso Interradicular

Osso Cortical Espaço Periodontal

Ápice

Coroa

Colo

Raiz

4 DISCUSSÃO

Nas condições apresentadas para aquisição de boa qualidade radiográfica Roza (2004) mostra ser extremamente importante conhecer os equipamentos que serão utilizados para aproveitá-los ao máximo com qualidade e menor exposição, ou seja, saber as técnicas, os suprimentos e o processamento das películas utilizadas.

Para Holmstrom et al. (2004), Roza (2004) e Colmery III (2008) é importante o uso da anestesia geral do animal que será trabalhado, pois facilita seu posicionamento e boa qualidade radiográfica.

Comprovou-se com o estudo que a etapa mais difícil na radiologia odontológica é a aplicação do posicionamento adequado para a aquisição de uma imagem nítida.

Na prática veterinária é utilizado o aparelho radiográfico convencional por ser o mais encontrado nas clínicas, só que este precisa de uma sala especial, não possui grande mobilidade do cabeçote e é adequado apenas para a radiologia extra-oral, pois permite uma avaliação extensa da área lesionada.

Na odontologia veterinária se utiliza o equipamento radiográfico odontológico devido ao cabeçote possuir maior mobilidade, o que permite a aplicação das técnicas mais utilizadas que é a do paralelismo (ou paralela) ou da bissetriz (ou ângulo de bissecção). Roza (2004) e Marretta (2007) mostram que este permite visualização mais detalhada do elemento dentário em estudo.

Sendo assim, a técnica do paralelismo é aplicada no eixo longo do objeto e do filme, porém a técnica da bissetriz é usada quando se necessita de uma retratação mais próxima do tamanho real do dente.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O posicionamento adequado na realização da radiografia odontológica esta ligado diretamente na freqüência a qual é utilizada. A evolução da posição está voltada ao estudo das doenças da cavidade oral e a aplicação de protocolos no decorrer do exame e durante o tratamento dentário, promovendo o uso de uma técnica para cada situação apresentada. Todas as informações descritas proporcionam orientação na realização do procedimento radiográfico e redução no tempo de anestesia do paciente.

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