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Da última vez discutimos o tema do Fiel João e o modo pelo qual ele atraiu a princesa: comparamos suas ações e artimanhas com a técnica da imaginação ativa: um tipo novo e em certos aspectos muito diferente de magia, psicologicamente num nível mais elevado porque igualmente produz certos símbolos ou criações simbólicas através dos quais o inconsciente se constela e é "atraído". Assim, pode-se afetar o inconsciente até certo ponto através da influência mágica, com a diferença de que esta geralmente é empregada para fins externos, isto é, na forma de projeção, enquanto que na outra modalidade a parte consciente da personalidade desempenha um papel definido: ela é a criadora do símbolo; mas há realmente um processo cíclico, pois o símbolo através do qual influenciamos o inconsciente é inspirado pelo próprio inconsciente. Podemos dizer que o inconsciente produz um símbolo e que o consciente inspirado nele o reproduz, dando-lhe forma e expressão, o que por sua vez influencia o inconsciente. O mesmo acontece menos dinamicamente na interpretação de sonhos.

0 Fiel João é uma espécie de personificação daquela parte do inconsciente que tende a construir uma nova posição consciente; podemos chamá-lo de espírito criativo no inconsciente, o que o torna análogo à ideia al-química do espírito Mercúrio que é um espírito criativo das profundezas da natureza, ou, como diríamos nós, das profundezas do inconsciente. Podemos chamá-lo de personificação do que Jung denominou função transcendente, aquilo que consegue unir os opostos.

Depois do rapto, quando o rei e sua noiva estão juntos no navio, parecia que tudo estava bem; mas daí o Fiel João ouve a conversa dos três corvos que predizem os perigos que surgirão e como evitá-los, acrescentando que se a pessoa que salvasse o rei contasse o que sabia, ficaria petrificada. Conseqiientemente, é necessário inteira confiança no Fiel João, a mesma fé cega que Khidr pediu a Moisés, sem perguntar por que ou para quê, sem pôr os pingos nos "i". O Fiel João, embora suspeitando que o rei não confiará nele e em suas ações, resolve assim mesmo salvá-lo. Eu poderia passar por cima da conversa dos três corvos pois se assemelha à das duas gralhas na forca, mas não posso deixar de lado os corvos em si. Aqui temos uma tríade de corvos, pássaros pertencentes ao deus sol e usados para profecias. Assim, eles têm uma ligação com os fatos parapsicológicos e a telepatia; podem prever o futuro e ler pensamentos secretos. Representam mais o princípio masculino do que as gralhas, que representam o princípio feminino.

Aqui temos uma tríade alusiva a todas as divindades trinas existentes nos tempos pré-cristãos, nas tradições germânicas e célticas, que mais tarde se concretizam na Trindade cristã. Vocês se lembram do "Inferno" de Dante? O demónio tem três cabeças, cada uma numa direção, o que Jung interpreta como reflexo da árvore superior, isto é, da Trindade. O triângulo duplo seria o símbolo da totalidade. Se o cortarmos em dois, teremos a tradição cristã, como Trindade superior, e o trio infernal, como inferior. É por isso que no folclore o mundo subterrâneo surge como uma tríade pagã, o que tem a ver com o deus pagão Wotan que frequentemente aparece com outros dois deuses, compensando a posição cristã consciente.

Os corvos possuem uma qualidade mais generalizada, não sendo bons nem maus, mas mera natureza; expressam a verdade de modo semelhante ao inconsciente. Naturalmente é antropomórfico dizer que o inconsciente é benevolente, pois é a consciência que toma as decisões. Como os corvos conversam um com o outro e

não com o Fiel João, não existe nenhum plano para uma compreensão consciente. Eles simplesmente conversam entre si e podemos espreitá-los; é como se o inconsciente fosse indiferente ao fato de o rei ser salvo ou não.

Mas o Fiel João decide salvá-lo. Os três perigos são: 1) o cavalo vermelho, que induziria o rei a montá-lo e depois desapareceria no ar, e que deve ser morto com a pistola que se encontra no coldre do próprio cavalo;

2) a camisa nupcial, que sendo vestida, queimaria o rei; e 3) as três gotas de veneno no seio da noiva. Todos os perigos estão ligados com o retorno ao lugar original. Nos contos de fada, frequentemente uma mulher ou um homem vão a um reino muito distante — um nível mais profundo do inconsciente — e quando voltam, o lugar original está cheio de perigos; apesar de haver perigos no caminho em direção à meta, os da jornada de volta em geral têm um caráter diverso. Temos que observar o que significam esses diferentes níveis do inconsciente.

A maioria das pessoas que interpreta contos de fada, considera a travessia do oceano, em busca da Princesa do Teto de Ouro, como sendo um mergulho no inconsciente, mas isto não está correto, pois os personagens, desde o início, estão no inconsciente. Como o rei, o Fiel João e o príncipe estão todos no inconsciente, e segundo o nosso ponto de vista, não podemos simplesmente passar por cima desse fato, devendo nos perguntar o que significam esses diferentes domínios. Em alguns contos de fada temos mais de três — o rei vai a um reino depois de outro. Conseqiientemente, devemos considerar não apenas dois mas três, quatro ou cinco reinos, paradas do caminho. Eu diria que o domínio inicial, onde começa a ação do conto, tem a ver com a consciência; tem a ver com a situação consciente, mas do modo

como é vista pelo inconsciente.

Consideremos aqui consciência como aquela camada da consciência coletiva, representada nos jornais e publicações referentes ao espírito e aos problemas de nosso tempo — consciência coletiva vista por si mesma.

Nós sempre tentamos nos dar conta de nossa situação consciente falando sobre ela etc, dentro de seu próprio domínio. Mas se começamos a observar os sonhos, ou trabalhos de artistas que buscam sua inspiração puramente no inconsciente, sem muita reflexão, teremos outra imagem da situação; teremos uma imagem refletida, uma espécie de fotografia de como o inconsciente enxerga a situação consciente. Podemos dizer que todos os sonhos têm esse aspecto. Numa situação onírica podemos nos comportar como um imbecil ou herói e então dize- mos que não é assim que nos vemos, mas é assim que o inconsciente nos vê — é a fotografia do nosso ego a partir do prisma do inconsciente. Este é um aspecto em que essa fotografia costuma ser a situação inicial dos contos de fada: ela retrata a situação consciente, mas a partir do inconsciente. Na primeira foto o princípio da consciência coletiva está envelhecendo ou morrendo. Talvez um obscuro artigo de jornal dissesse que nossa civilização precisa de renovação, e pode ser que precise, ou pode ser que não precise; mas aqui a fotografia diz que sim, o velho rei está morrendo e a imagem da anima é rejeitada e banida, e assim por diante. Em seguida, existe outro domínio da consciência, ou seja, o reino da anima, que se atinge atravessando o oceano de navio. Nesta situação a imagem da anima é vista apenas como uma imagem (o retrato) na realidade tri-dimen-sional; e como não tem mais vida, enquanto realidade psicológica, é removida ainda mais do consciente para o reino da anima. Os perigos do retorno são, então, uma tentativa de união entre os dois campos.

Esse movimento pode ser comparado ao desenvolvi- mento de uma pessoa em análise: frequentemente, quando as pessoas começam a análise, seus sonhos trazem à tona um outro mundo completamente estranho, com anima e sombra, e esses dados são discutidos na análise, o que cria a situação de vaso alquímico interior; por isso dizemos que a análise não é uma situação de relacionamento como no dia-a-dia, mas uma relação específica entre duas pessoas cuja concentração está fixada no

inconsciente e na qual outros fatos da vida são deixados de lado. O analisando pode dizer que tem dificuldades com a esposa, com a profissão etc, mas nós ignoramos a situação do ponto de vista exterior e a olhamos de dentro, como uma espécie de exclusão relativa da situação exterior. Esta exclusão é comparável ao processo alquí-mico numa retorta ou vaso. É uma situação um tanto artificial, na qual os problemas são vistos como um sonho interior dentro do indivíduo, e esta perspectiva força as coisas para dentro do vaso. Nós criamos essa situação artificial para chegar à introversão.

Às vezes as pessoas tentam interpretar os contos de fada como um fenómeno atemporal com acontecimentos eternos, nos quais o inconsciente coletivo envelhece e morre, mas eu não acredito nisso. Depois de analisar muitos contos de fada, europeus, japoneses, chineses, africanos, podemos dizer que sua estrutura básica é, por assim dizer, eterna. 0 mágico, o príncipe e o rei, a bruxa e o animal que ajuda, estão sempre presentes. O enredo ou situação é sempre uma resposta a uma situação cons- ciente específica. Assim sendo, se compararmos contos de fada europeus e japoneses teremos as mesmas figuras, mas sua arquitetura é diferente, e se formos mais além, perceberemos que não podemos interpretar um conto de fada japonês sem conhecer a civilização japonesa e a situação consciente no Japão, ou sem saber nada a respeito do Zen-Budismo ou dos Samurai, não apenas sob o ponto de vista da situação exterior, mas também sob o enfoque da consciência coletiva do povo japonês. Só então poderemos compreender o conto de fada. Eu diria mesmo que deveríamos ser capazes de datar os contos de fada, mas devo confessar que nem sempre consigo maior precisão do que situá- los dentro de mais ou menos dois ou três séculos, pois eles descrevem um processo relativamente lento em comparação com o ritmo do desenvolvimento consciente. Como a vagarosa decadência do Simbolismo Cristão tem mais ou menos mil anos, dessa época em diante houve mudanças inconscientes. Assim sendo, se temos um conto de

fada que compensa a consciência cristã, será por certo difícil localizá-lo exatamente dentro desse processo, apesar de me parecer possível datá-lo com uma certa precisão, o que farei mais tarde. Assim, de uma certa forma, o fato de o inconsciente fotografar a situação consciente, a coloca dentro de uma situação mais geral e eterna, a do velho rei morrendo, o que é natural pois sabemos que as civilizações sempre decaem e chegam a um fim

sub specie aeternitatis. A situação do velho rei morrendo é clássica na

vida humana; e então são propostas alterações específicas que podem garantir uma mudança.

Na análise pessoal os sonhos reagem, em parte, de forma específica, e então o inconsciente revela a situação inconsciente, mostrando-a como um problema eterno que não obstante ostenta o arranjo estrutural de seu tempo. A mãe pessoal faz parte do drama familiar, mas num plano mais amplo, os sonhos arquetípicos indicam que isto é um problema geral do jovem, a separação da mãe, que cada homem vive de forma específica; então pode-se dizer que esses produtos são, em parte, eternos, e, em parte, do momento, pois nem o sonho nem o conto de fada são completamente inconscientes. Pode-se com acerto dizer que os sonhos são produtos do inconsciente, mas são fenómenos na orla da consciência — somente aqueles que não podemos lembrar é que são inconscientes. Os contos de fada compartilham tanto da atemporalidade do inconsciente, como do tempo relativo do consciente, porque não estão completamente no inconsciente. Na análise pessoal as interpretações são aceitas quando "dão um clique", e se isso não ocorre, há estagnação; aí a análise pode propor este ou aquele passo e o analisando concordará, mas nada acontecerá.

Os contos de fada "escritos" por um autor não são genuínos, pois até certo ponto contêm o problema deste. Os de Andersen refletem o problema religioso específico de seu país. Ele tinha talento para mostrar o que acontecia por baixo da superfície e produziu contos de fada

quase genuínos, mas era altamente neurótico, nunca se libertou da mãe e nunca se casou. Suas estórias têm uma atmosfera trágica constante: a ligação com a anima não pode ser estabelecida, como de fato não o foi na própria vida de Andersen. Ele não conseguiu se libertar completamente de seu problema pessoal. Ainda que fosse interessante estudá-los, evito os contos de fada poéticos, pois, pelo que pude perceber na prática, nenhum artista consegue se desvincular completamente de seu problema pessoal e isto resulta em uma categoria diferente. No folclore temos a ossatura real que dramatiza um fenómeno mais geral.

O problema no trajeto de retorno é chegar até o problema mais distante do inconsciente: apesar de nesse momento as pessoas insistirem em soluções externas, dizendo que são relevantes — casar ou não, mudar ou não de profissão — este não é o ponto. Temos que tornar consciente o processo inconsciente e não podemos equacioná-lo prematuramente com a situação exterior. Uma pessoa muito racional pressionará para que a interpretação dos sonhos seja precisa e unilateral, ficando chocada se for vaga e permanecer no simbólico. Desejará saber, em poucas palavras, qual o seu significado, pois quer trazer a situação para o domínio intelectual.

Nesse caso devemos insistir em nossa interpretação, deixando a coisa em seu próprio domínio e evitar que sejamos forçados a encontrar soluções exteriores. Dessa forma pode-se alcançar a outra camada e viver nela; mas então surge a "dificuldade do cavalo vermelho" que naturalmente se refere ao fato de que a realidade exterior não mudou, continuando a existir o problema do significado prático. Isto acontece com o anali- sando estrangeiro que aqui vem e discute a situação familiar, resolvendo-a no nível psicológico; mas depois ele tem que voltar e se pergunta se tudo não irá por água abaixo quando chegar em casa. Entretanto, devido à mudança do paciente a situação é diferente. Às vezes, ao retornar, o analisando diz: "minha mãe deve ter mudado nesse meio tempo", não percebendo que ele pró-

prio mudou e que isto muda toda a situação. A mesma coisa acontece com pessoas que vivem no mesmo lugar, pois uma vez estabelecida a situação artificial surge a dificuldade do retorno — e a questão que se coloca é como estabelecer uma conexão com a vida exterior. Embora seja conveniente olhar a situação psicológica como sendo puramente psicológica, depois de um tempo temos que confrontar as duas e aí se encontra o perigo de surgirem novas crises e novos problemas. Nesta situação específica, no domínio que reflete a situação consciente, a anima é reconhecida apenas como uma imagem, e não como uma realidade viva tridimensional.

Ora, o rei e o Fiel João encontram a realidade viva. Isto significa que a encontram no domínio intermediário, no domínio sem tempo ou espaço do inconsciente; por exemplo, numa situação pessoal, quando um homem não tem relação alguma com os seus níveis mais profundos de sentimento e emoção, a anima para ele não vive, ele tem apenas uma perspectiva ética. Frequentemente encontramos homens que se relacionam com o inconsciente apenas enquanto imagem. Podem aceitar o fato de que o inconsciente está repleto de simbolismo e de temas, mas se tentarmos convencê-los de que isso influencia a vida e age sobre o consciente, que possuem vida própria e que a anima pode adoecer se não agirmos adequadamente, seu racionalismo vem à tona, pois não podem aceitar o fato de que o inconsciente pode lhes causar uma doença ou um acidente. Digamos que uma pes- soa numa situação limítrofe ouve vozes. Se dissermos que essas vozes são manifestações do inconsciente, eles aceitarão, pois assim podem fingir que não se trata de um fenómeno patológico peculiar; mas se mencionarmos que essa voz deve ser encarada como uma grande autoridade a ser obedecida, será preciso um acidente ou doença para que aceitem esse fato, o que significa um passo à frente.

Em geral os artistas tendem a aceitar a ideia de que existe um inconsciente que fornece a inspiração que pro-jetam em sua pintura ou seus escritos, mas desconfiam

da análise, alegando que destruiria sua criatividade. O medo real, porém, é o de que poderiam ter que encarar o que pintaram, como uma realidade; eles temem que a estátua de Vénus desça do pedestal e venha abraçá-los. Acham que como foram eles que a fizeram, ela não tem o direito de se mexer, pois como obra sua não tem o direito de viver e de apreendê-los. Reconhecem a imagem mas não lhe concedem uma realidade viva que poderia irromper em suas vidas. Tudo isso nos dá uma pista para os dados da esto ria. O "problema do retorno" surge quando alguém começa a perguntar como isto ou aquilo se liga com a realidade concreta, com a vida. Aqui a anima foi reconhecida como uma imagem da anima no Teto de Ouro, lá em cima, enquanto o cavalo vermelho é o outro aspecto; a anima existe e exerce uma atração sexual, mas por outro lado representa algo divino. Beatriz de Dante seria a Princesa do Teto de Ouro no extremo superior; no inferior, seria a bruxa dançando com o demónio. Maria, a Santa, e Maria, a prostituta, são ambas imagens da anima. Como prostituta, ela é a atração pelo sexo oposto, a atração emocional, o desejo; no extremo superior, ela é tudo o que Dante diz a respeito de Beatriz. Existe a Vénus ourania (Vénus celeste) e a Vénus pandemos (Vénus profana), a divina e a vulgar. O símbolo de uma é a pomba e o da outra o pardal. A anima, que contém esta dualidade, não é nem intelectual nem física mas, por sua própria essência, algo entre os opostos. 0 homem fica dividido entre os dois aspectos, entre a bem conhecida e comum atração pelo sexo oposto e todos os seus mecanismos emocionais, e a experiência interior de ordem mais elevada.

Em sua conferência sobre Gérard de Nerval, Jung conta como este ficou loucamente apaixonado por uma midinette parisiense. Queria escrever um poema (como Dante), pois ela parecia uma deusa. Mas o realismo francês e suas ideias um tanto cínicas e vulgares a respeito do amor, ao mesmo tempo se impuseram e assim ele a chamou de "une personne ordinaire de notre

lher comum e mortal poder ser uma deusa. Fez algo à moça — deve ter de algum modo ferido seus sentimentos — mas apenas sugere ter feito algo terrível porque não podia suportar esse paradoxo. Fugiu dela, e em sua obra "Aurélia" descreve um sonho em que vai a um jardim onde havia uma estátua quebrada de mulher: isto é, sua alma se petrificou e ruiu em consequência do que fizera à moça ao fugir.

Uma segunda mulher tentou salvar a situação. Ela achava que o transtorno do escritor se ligava ao caso com a moça e fez os dois se encontrarem novamente; a moça se aproximou, eles se deram as mãos, ele teve um tremendo choque ao perceber a triste reprovação de seus olhos — mas não conseguiram se reconciliar. A moça morreu logo depois e ele se enforcou. Este fato ilustra o caso de alguém que se torna a trágica vítima da própria incapacidade de suportar o aspecto paradoxal da anima: é uma alma viva que habita entre os dois mundos, nem deusa e nem "femme ordinaire"; é uma força viva que surge em diferentes níveis de realidade. Poderíamos dizer que a anima é assim e como tal deve ser encarada, mas um homem replicaria: "muito bem, mas devo ir para a cama com ela ou venerá-la à distância?" — pois a consciência sempre quer rotular as coisas; deveríamos, então, evitar o assunto, sem responder à questão e dizer apenas que ela é um poder vivo que deve ser venerado enquanto tal, e que é preciso esperar para ver que outro aspecto surge. Mas o consciente diz: "Será que telefono para ela ou considero esse caso somente sob o outro aspecto?" Este é o problema racional; a outra situação sempre reaparece porque a consciência diz que deve ser "ou isto ou aquilo"; é aí que as pessoas enlouquecem, porque a situação consciente tornou-se unilateral e impede a aparição do outro aspecto.

Era nossa estória a primeira tentativa de encontrar a anima é feita apropriadamente através dos objetos de ouro. Se o Fiel João tivesse tentado raptá-la, isso não teria funcionado; a aproximação, deveria ser feita através de meios adequados para atrair a sua indiferença,

mas na praia o cavalo vermelho estaria solto e levaria o rei embora: esta é a erupção do impulso sexual instintivo, aqui

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