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Neste capítulo iremos articular a 2.ª e a 3.ª fase de um estudo de caso. Na senda do definido por Sousa Santos (2007), analisaremos os dados qualitativos e quantitativos, procurando-se constantes, relações e discrepâncias; e apresentaremos simultaneamente as inferências a partir da análise e extrairemos conclusões.

Segundo Vala (1986), nesta fase os dados de que dispõe o investigador devem encontrar- se já dissociados da fonte e das condições gerais em que foram produzidos; seguidamente, o investigador coloca os dados num novo contexto que constrói com base nos objetivos e no objeto de pesquisa; de seguida, e para proceder a inferências a partir dos dados, o investigador recorre a um sistema de conceitos analíticos, cuja articulação permite formular as regras da inferência (p. 104). Foi isso que fizemos, visão partilhada por Bogdan e Biklen (1994) ao afirmarem que a análise de dados é

o processo de busca e de organização sistemático de transcrições de entrevistas, de notas de campo e de outros materiais que foram sendo acumulados com o objectivo de aumentar a sua própria compreensão desses mesmos materiais e de lhe permitir apresentar aos outros aquilo que encontrou. (p. 205)

Defendem, igualmente, que esta análise “abrange a recolha de dados, (…) a sua organização, divisão em unidades manipuláveis, síntese, procura de padrões, descoberta de aspectos importantes e do que deve ser aprendido e a decisão sobre o que vai ser transmitido aos outros” (p. 205).

Assim, numa investigação como a nossa, os dados foram são recolhidos em forma de palavras ou imagens. A narrativa escrita surge com citações que ilustram e demonstram o apresentado. Na construção de conhecimento, “os investigadores qualitativos (…) tentam analisar os dados em toda a sua riqueza, respeitando, tanto quanto possível, a forma em que estes foram registados ou transcritos” (Bogdan & Biklen, 1994, p. 48). No primeiro subcapítulo apresentamos o contexto onde a escola está inserida, através de dados socioeconómicos e a caracterização da escola estudada.

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No segundo subcapítulo apresentamos a caracterização dos docentes que responderam ao inquérito por questionário.

Nos restantes subcapítulos surgem as categorias, por nós definidas, como já referimos são os referenciais da avaliação externa (fase piloto, em 2006). Assim, cada categoria corresponde a um subcapítulo.

No terceiro subcapítulo apresentamos a categoria C1 – Resultados.

No quarto subcapítulo apresentamos a categoria C2 – Prestação dos Serviços Educativos. No quinto subcapítulo a categoria C3 – Gestão e Organização.

No sexto subcapítulo apresentamos a categoria C4 – Autoavaliação e melhoria. No sétimo subcapítulo apresentamos, a última a categoria C5 – Liderança.

Cada um dos subcapítulos está organizado em três partes: na primeira expomos a perceção dos docentes, obtida na aplicação dos inquéritos por questionário; na segunda apresentamos a informação extraída da análise de conteúdos dos relatórios de avaliação externa, de 2006 e 2012, e dos relatórios de autoavaliação dos anos letivos 2007/2008, 2008/2009, 2009/2010, 2010/2011 e 2011/12; e na terceira explanamos as inferências realizadas.

8.1 - Caracterização do contexto e da escola

Neste subcapítulo iremos apresentar o contexto onde a escola se insere, caracterizando o concelho em termos geográficos, económicos e sociais. Nos dados demográficos faremos algumas comparações com os dados relativos à NUT I – Portugal.

Socorremo-nos das leituras efetuadas nomeadamente do Plano Diretor Municipal, da Carta Educativa do Concelho, dos Projetos de Escola e da análise de conteúda elaborada em relação aos relatórios de avaliação externa. Os dados estatísticos que não encontrámos, nas fontes anteriormente citadas, foram consultados através dos portais do

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Instituto Nacional de Estatística7 e da PORDATA8 da Fundação Francisco Manuel dos

Santos.

8.1.1 - Caracterização do contexto onde se insere a escola

A escola da nossa investigação localiza-se numa pequena cidade. O concelho, com pouco mais de 500 km2, tem sofrido algumas alterações demográficas, em termos da redução e do envelhecimento da sua população. Estas mudanças são notórias, também, na estrutura económica, com a atividade vinícola a ganhar preponderância em relação à indústria dos mármores, grande referência da região.

À semelhança do interior do nosso país, a dinâmica demográfica do concelho tem sido de declínio acentuado desde meados do século passado, “uma região de repulsão demográfica. Este é, seguramente, um indicador de que a dinâmica económica local não tem gerado níveis de riqueza compatíveis com os anseios das suas gentes” (Projeto Educativo 2005/2008, p. 6). O concelho apresentava, em 1991, um total de 16.235 habitantes, 18.073 habitantes, em 1981, 15635 em 2001, 14256 em 2011 e 13621 em 20149.

O gráfico da Figura 5 representa o saldo migratório, o crescimento natural e o crescimento efetivo, entre os anos de 2001 a 2014.

7 https://www.ine.pt

8 https://www.pordata.pt

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Figura 5 - Saldos populacionais do concelho

Fonte de dados : INE; Fonte do gráfico: PORDATA

Da análise do gráfico, da Figura 5, constatamos que desde 2001 a 2012 crescimento efetivo10 (na legenda surge com a designação saldo total) decresceu consideravelmente, sempre com valores negativos, situação que se explica pelo saldo migratório11, sempre negativo, o que significa que saiu mais população do concelho do aquela que entrou; e com o saldo natural12 que também é sempre negativo, ou seja a natalidade foi inferior à mortalidade. De 2012 para 2013 a situação não é tão gravosa mas continuam-se a verificar valores acentuadamente negativos. Assim, o concelho tem vindo, ao longo dos anos, a perder população.

10 Crescimento efetivo: SM+SN

11 Saldo Migratório- Descrição: O saldo migratório é a diferença entre o número de pessoas que imigram

e o número de pessoas que emigram; Diferença entre a imigração (entrada) e a emigração (saída) numa determinada região durante o ano (por conseguinte, o saldo migratório é negativo quando o número de emigrantes excede o número de imigrantes). Como a maioria dos países não possui valores exatos sobre imigração e emigração, o saldo migratório é geralmente calculado com base na diferença entre a variação populacional e o crescimento natural entre dois períodos (saldo migratório ajustado). Por conseguinte, as estatísticas sobre saldos migratórios são afetadas por todas as imprecisões estatísticas nas duas

componentes desta equação, especialmente a variação populacional. (metainformação – Eurostat)

12 Saldo Natural - Diferença entre o número de nados-vivos e o número de óbitos num dado período de

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A nível demográfico coexiste outra situação também bastante negativa no concelho que é o envelhecimento da sua população. O gráfico da Figura 6 representa o índice de envelhecimento13.

Em 1960 por cada 100 jovens no concelho havia apenas 38.5 idosos, no censo de 1981 o valor já se equilibrava o índice era de 90.2, no entanto ainda havia mais jovens que idosos. Desde o censo de 1991 há cada vez mais idosos por cada cem jovens, em 2011 por cada 100 jovens havia 245 idosos, valor bastante mais elevado do que no total do país que nesse mesmo ano era de 125.9. Esta situação acarreta inúmeros problemas demográficos, económicos e sociais, dos quais destacamos apenas alguns: a redução da população jovem e da população ativa, diminuição do dinamismo e inovação, aumento das necessidades de apoio social à população idosa.

O gráfico da Figura 6 apresenta o índice de envelhecimento da população do concelho de Estremoz, no período de 1960 a 2011, nos anos dos censos populacionais.

Figura 6 - Gráfico: Índice de Envelhecimento

Fonte: INE

13 O índice de envelhecimento é o número de pessoas com 65 e mais anos por cada 100 pessoas menores

de 15 anos. Um valor inferior a 100 significa que há menos idosos do que jovens. Relação entre a população idosa e a população jovem, definida habitualmente como o quociente entre o número de pessoas com 65 ou mais anos e o número de pessoas com idades compreendidas entre os 0 e os 14 anos (expressa habitualmente por 100 (10^2) pessoas dos 0 aos 14 anos). (Fonte: metainformação – INE)

38,5 90,2 137,6 192,1 245,0 0,0 50,0 100,0 150,0 200,0 250,0 300,0 1960 1981 1991 2001 2011 Ín d ice en v elh ec im en to Anos

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O concelho sofre do duplo envelhecimento da sua população, já que para além do aumento do número de idosos, resultado do aumento da esperança média de vida e das migrações, ocorre simultaneamente uma diminuição continuada da natalidade. Em 1981 a taxa de natalidade14 era de 10,6%o, em 2001 era de 7,7 %o % e em 2014 foi de 6,1%o.

A taxa de analfabetismo15 em 1981 era de 31.8 %, em 2001 era de 17.5% e em 2011 situava-se nos 11,9% valor bastante superior ao de Portugal que era de 5.2%.

8.1.2 - Caracterização da escola

A escola da nossa investigação é uma escola secundária com 3.º ciclo instalada na sede do município, Estremoz, e a única que oferece ensino secundário regular, designada de Escola Secundária Rainha Santa Isabel (ESRSI). No concelho existe um agrupamento de escolas onde se ministra a educação pré-escolar, o 1.º ciclo, 2.º ciclo e 3.º ciclo. Existe também, na sede de concelho, uma escola profissional.

A atual escola construída no início da década de sessenta e é a herdeira da escola, fundada em 1924, tornada escola industrial, na década de 30, e escola industrial e comercial, na década de 60.

A elevação deste estabelecimento deu-se no ano de 1930, à categoria de Escola Industrial, (…). O número de alunos inscritos, nesta altura, rondava os quarenta. (…) No ano de 1962 deu-se a conclusão das obras de um novo edifício escolar. (…) O número de alunos matriculados era então cerca de seiscentos e cinquenta. (…) Entre 1974 e 1975, a escola volta a mudar de designação (…) à qual é anexada neste ano a Secção Liceal (…). Onze anos depois o número de alunos matriculados ultrapassava os mil e quatrocentos. (…) A Gestão Flexível de Currículo é implementada, no sétimo ano de escolaridade, no ano lectivo de 2000/01. A nossa escola torna-se, assim, a primeira escola Secundária da Direção Regional de Educação [nome] com esta nova modalidade curricular. A implementação do projeto TurmaMais aconteceu no ano letivo de 2002/2003. Este projeto tinha como objectivo reduzir o insucesso o que sucedeu logo no primeiro ano com o sétimo ano de escolaridade. O insucesso foi reduzido de 38% para 16%. No ano

14 Número de nados-vivos ocorrido durante um determinado período de tempo, normalmente um ano

civil, referido à população média desse período (habitualmente expressa em número de nados-vivos por 1000 (10^3) habitantes). (metainformação – INE)

15 Taxa de analfabetismo: Percentagem de população residente com10 ou mais anos que não sabe ler nem

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lectivo 2010/11, este projecto foi implementado em sessenta e seis escolas do país, projectando desta forma o nome da Escola (…). A escola foi fruto de uma ampliação no ano letivo de 2005/06.

No ano letivo de 2007/08 iniciou-se o Contrato de Autonomia celebrado com o Ministério de Educação.

A Escola [nome da escola] foi uma das várias escolas secundárias a sofrer um processo de requalificação e remodelação através da empresa Parque Escolar, o que se verificou entre Julho de 2009 e Dezembro de 2010. (Projeto Educativo 2011/2014, pp. 4-5)

A escola tem Contrato de Autonomia desde 2007, assinado após ter sido avaliada externamente, tendo celebrado um novo contrato a 1 de setembro de 2012. Expomos a asserção que demostra o enunciado:

A Escola foi objeto de avaliação externa em 2006, na sequência da qual celebrou, com a Direção Regional de Educação do Alentejo, um Contrato de Autonomia, conforme previsto no regime jurídico de autonomia, administração e gestão das escolas. Homologado, no último trimestre de 2007, pela então Ministra da Educação, vigorou até ao termo do ano letivo de 2010/2011, vindo, no entanto, a ser prolongado pelo ano letivo de 2011/2012. De acordo com o relatório de execução, elaborado em Junho de 2011, constata-se o elevado grau de consecução dos objetivos e dos compromissos estabelecidos. /1RAE2012

No ano letivo da primeira avaliação externa, em 2006, a escola em estudo tinha 894 alunos matriculados. A grande maioria frequentava o ensino secundário, com 492 alunos, visto ser a única unidade no concelho a oferecer o ensino secundário regular e receber discentes de concelhos limítrofes que não oferecem este nível de ensino.

A perda de efetivos da escola verificada nas duas últimas décadas deve-se à transformação da Escola Preparatória, no concelho, numa escola de 2.º e 3.º ciclos e à evolução demográfica.

A asserção do primeiro relatório de avaliação externa, em 2006, também evidencia o que explanamos anteriormente. Vejamos:

“De facto, Estremoz tem conhecido uma diminuição progressiva da população, a que se associa quebra na natalidade e progressivo envelhecimento”/8 RAA2007/08.

Na segunda avaliação externa, passados seis anos, a escola perdeu 77 alunos, em relação o concelho perdeu menos população. O concelho perdeu 10,1% e a escola 8,6% de população. Associado a um índice de envelhecimento cada vez com valor mais elevado podemos afirmar que a escola tem conseguido captar alunos de outros concelhos, como

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confirma o segundo relatório de avaliação externa da escola, em 2012, facto relevante num período em que todas as escolas precisam de alunos, uma vez que a realidade demográfica do concelho não é diferente da dos concelhos vizinhos.

Em relação ao pessoal não docente da primeira para a segunda avaliação externa diminuiu de 45 não docentes para 42.

De salientar que em 2006 a escola dispunha apenas de uma psicóloga, a tempo parcial, e que em 2012 trabalhavam a tempo inteiro na escola duas psicólogas. Neste caso ocorreu uma melhoria, esta devido ao Contrato de Autonomia que permitiu contratar mais pessoal nesta área.

A oferta formativa da escola tem sido sempre bastante diversificada, sendo um dos pontos fortes apontados nos vários documentos estudados (Projetos Educativos, Plano de Melhoria, Contrato de Autonomia, Carta Educativa do Conselho, Regulamento Interno). No Projeto Educativo de 2005/2008, a oferta curricular era a seguinte

3° Ciclo: a) Curso regular, com a oferta curricular de Língua Estrangeira II (Inglês, Francês, Alemão e Espanhol). Disciplinas de oferta de escola na área artística: Oficina de Expressão Dramática e Oficina de Expressão Plástica; b) Cursos de Educação e Formação: Assistente Familiar e de Apoio à Comunidade; Eletricista de Instalações; e Empregado/Assistente Administrativo; c) Curso Básico do Ensino Recorrente.

A nossa rede do Secundário, aprovada pelos serviços do Ministério e que entrou em vigor em 2004/05, é: a) Cursos Científico-Humanísticos: 1. Ciências e Tecnologias, 2. Artes Visuais, 3. Ciências Sociais e Humanas, 4. Ciências Socioeconómicas, 5. Línguas e Literaturas (…); b) Cursos Tecnológicos: 1. Eletrotecnia/Eletrónica, 2. Administração; 3. Ação Social, e 4. Informática; c) Curso Secundário de Ensino Recorrente: 1. Ciências e Tecnologias, 2. Ciências Socioeconómicas, 3. Tecnológico de Informática, 4. Tecnológico de Ação Social (…); d) Cursos Profissionais: Presentemente, estão aprovados 10 Cursos nas áreas de Química, Mecânica, Produção Agropecuária e Administração. Atendendo à caracterização económica da nossa região e para completar, de forma abrangente, a nossa Rede, a Escola deve apostar no curso ligado à produção da vinha e do vinho da área agrícola, Técnico de Viticultura e Enologia, quando o Curso estiver aprovado. (pp. 20-21)

Esta situação é recorrente e volta a verificar-se no Projeto Educativo de 2011/2014. Este refere que um dos pontos fortes da escola é a “diversidade da oferta formativa para os alunos, quer no plano das disciplinas de opção quer no dos cursos, a escola disponibiliza

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aos alunos uma variedade muito apreciável de percursos de formação” (p. 19). Voltaremos a este ponto quando apresentarmos a análise de conteúdo.

Apresentamos de seguida duas asserções, uma de cada uma das avaliações externas, que também atestam o explanado:

A oferta escolar é muito diversificada, seja no nível do 3 º ciclo do ensino básico (Curso regular, Cursos de Educação e Formação e Ensino Recorrente), seja no nível do ensino secundário (Cursos Científico- humanísticos, Cursos Tecnológicos, Cursos Profissionais e Ensino Recorrente). /1RAE2006

A oferta educativa estende-se ao ensino profissional, com 84 alunos, distribuídos pelos cursos de Técnicos de Viticultura e Enologia, de Turismo Ambiental e Rural, de Apoio à Infância e de Eletricidade e Automação de Computadores, e à Educação e Formação de Adultos, com um total de 32 formandos. /2RAE2012

Em relação ao corpo docente, em 2006 eram 111, tendo aumentado para 125 professores em 2012, ocorreu portanto um aumento, fruto do Contrato de Autonomia da escola, a maioria dos docentes pertence atualmente ao quadro da escola, sendo a sua experiência profissional significativa, dados que são corroborados pela caracterização dos docentes que responderam ao questionário, que apresentaremos no subcapítulo seguinte.

Vejamos algumas asserções que comprovam o explanado anteriormente:

“Ao nível da estabilidade do corpo docente, designadamente dos contratados, considera- se que o Contrato de Autonomia se revelou positivo para a nossa escola, nomeadamente, pela implementação da contratação direta” /141RAA2010/11.

Constata-se que 75% dos professores pertencem ao quadro da Escola e apenas 20% são contratados, ainda que grande parte mantenha o seu vínculo à organização há mais de um ano, devido à competência atribuída pelo Contrato de Autonomia para a seleção e a contratação do pessoal docente. /6RAE2012

“A experiência profissional é significativa, pois 78% lecionam há 10 ou mais anos” /7RAE2012. Situação que é corroborada pela caracterização dos docentes que responderam ao inquérito por questionário.

No ano lectivo de 2010-2011, para o qual existem referentes nacionais calculados, os valores das variáveis de contexto da Escola situam-se, em termos genéricos, acima dos valores medianos nacionais. São os casos da percentagem de alunos não abrangidos pela Acção Social Escolar,

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demonstrativo de uma realidade socioeconómica vantajosa, e de pais com formação académica de grau secundário e superior e com profissões de nível intermédio e superior. /10RAE2012

“A instituição caracteriza-se por uma uniformidade cultural, dado que apenas 3% da população escolar pertence a outras nacionalidades, sobretudo do Brasil e da Ucrânia” /3RAE2012, por “no âmbito da Acção Social Escolar, não beneficiam dos auxílios económicos 78% dos discentes” /4RAE2012, e “no que concerne às tecnologias de informação e comunicação, 68% possuem computador, com ligação à internet” /5RAE2012.

8.2 - Caracterização dos docentes que responderam ao

inquérito por questionários

Responderam ao inquérito por questionário 41 docentes da escola em estudo, o que corresponde a uma amostra de 48%. De seguida apresentamos sua caracterização em relação ao género, idade, grau académico, níveis de ensino que lecionam, categoria profissional, grupo disciplinar, se lecionavam na escola nos dois momentos de avaliação externa.

Tabela 25 - Género dos professores

Género Frequência Absoluta Frequência Relativa % Feminino 29 71 Masculino 10 24 Não respondeu 2 5 Total 41 100

Dos docentes que responderam ao questionário, 71% eram do género feminino, 24% do masculino e dois inquiridos não responderam.

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Tabela 26 – Idade dos professores

Idades Frequência Absoluta Frequência Relativa % até 25 anos 1 2,4 de 26 a 35 anos 4 9,8 de 36 a 50 anos 20 48,8 mais 50 anos 16 39,0 Total Geral 41 100,0

A maioria dos docentes inquiridos, 48,8%, tinha entre 36 e 50 anos de idade, seguido da classe dos mais de 50 anos. De registar que a penas um docente tinha menos de 26 anos de idade.

Tabela 27 – Tempo de Serviço dos professores

Tempo de Serviço Frequência

Absoluta Frequência Relativa % até 5 anos 1 2,4 de 6 a 15 anos 7 17,1 16 a 25 anos 18 43,9 mais de 25 15 36,6 Total 41 100,0

Como se pode confirmar na Tabela 27, a mairia dos docentes tem entre 16 a 25 anos de serviço( 43,9%), seguem-se os docentes com mais de 25 anos, que representam 36,6%. Com menos de 5 anos anos apenas se conta um docente. Concluímos assim que a grande maioria dos docentes tem larga experiência na profissão.

Figura 7 - Grau académico dos professores

Como no mostra o gráfico da Figura 7, a maioria dos docentes inquiridos, 68 %, tem como habilitações académicas a licenciatura e uma percentagem relevante detem o grau de mestrado (29%). 68% 29% 3% Licenciatura Mestrado NR

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Figura 8 - Níveis de ensino lecionados pelos professores

A maioria dos docentes leciona níveis de anos de escolaridade no 3.º ciclo e ensino seecundário (46%); seguem-se os que lecionam apenas no ensino secundário (32 %) e por último, 22 % dos docentes tem apenas no seu horário letivo anos do 3.º ciclo de escolaridade. Tal situação verifica-se pois a escola em estudo é uma escola secundária com 3.º ciclo do ensino básico.

Figura 9 - Categoria profissional dos professores

Como se pode confirmar no gráfico da Figura 9, a grande maioria dos docentes pertence ao quadro de escola (73 %), apenas 12 % dos docentes são contratados e 5%, que corresponde a um docente, é do quadro de zona pedagógica. Situação muito semelhante ao total da escola.

Os docentes inquiridos distribuem-se pelos vários grupos disiplinares, como nos mostra o gráfico da Figura 10. Os mais representados são os grupos 300 (Português) e 620 (Educação Física). 22% 46% 32% 3º ciclo 3º ciclo e sec. secundário 12% 73% 5% 10% Contratado QE ZP NR

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Figura 10 - Grupos disciplinares de lecionação dos professores

Figura 11 - Professores que lecionavam na escola nos dois momentos de Avaliação Externa

Como nos mostra o gráfico da Figura 11, tanto no ano da primeira avaliação externa, 2006, como na última avaliação externa, 2012, a maioria dos docentes que responderam ao questionário, 66% e 85%, respetivamente, trabalhava na escola em estudo, o que vem confirmar que o corpo docente da escola é bastante estável.

16 Grupo disciplinares: 300 – Português; 330 – Inglês; 350 – Espanhol; 400 – História; 410 – Filosofia;

420 – Geografia; 430 – Economia e Contabilidade; 500 – Matemática; 510 – Física e Química; 520 – Biologia e Geologia; 530 – Educação Tecnológica; 550 – Informática; 600 – Artes Visuais; 620 – Educação Física. 0 1 2 3 4 5 6 7 300 330 350 400 410 420 430 500 510 520 530 550 600 620 NR 29 66 5 10 85 5 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 Não Sim NR % 2006 2012

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8.3 – Categoria C1 - Resultados

8.3.1 - Perceção dos docentes

Como explanámos no Capítulo VI, sobre a avaliação externa nas escolas portuguesas, um dos domínios-chave sempre presente é o dos resultados.

A Tabela 28 apresenta o apuramento dos dados referentes a este domínio-chave.

Tabela 28 - Itens questionário docentes - Resultados

Concordo Completa-

mente

Concordo Discordo Concordo

Completa- mente N/R Item N.º % N.º % N.º % N.º % N.º % 42. O ensino na escola é exigente e contribui para uma melhoria dos resultados internos dos

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