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Enquanto a metodologia define as variáveis analíticas, no desenvolvimento da pesquisa, a técnica é o “meio de fazer” propriamente dito, é a ferramenta da ação prática, pela qual se concretiza a investigação. “[...] As técnicas são as ferramentas do método, procedimentos operacionais, são o saber-fazer prático do pesquisador”, (HOLANDA, 2013, p. 266). As técnicas englobam o ferramental que permite esquadriar, decompor o objeto a ser pesquisado e operacionalizar os procedimentos de observação, de maneira a facilitar o exame dos fatos. Para o estudo utilizam-se:

Rede de transporte urbano Rede rodoviária Rede ferroviária Rede aeroviária

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MOBILIDADE NO SISTEMA VARIÁVEIS QUALITATIVAS Cidades Estado Sigla Região Londrina PR Sul Chapecó SC Sul

Passo Fundo RS Sul

Dourados MS Centro-oeste

Marília SP Sudeste

Uberlândia MG Sudeste Campina Grande PB Nordeste

Mossoró RN Nordeste Marabá PA Norte AMOSTRA Tipo de expansão do núcleo urbano Tipo de traçado da forma espaço Dinamismo no centro antigo Copresença em áreas centrais Loteamentos irregulares na periferia na periferia Presença de condominios fechados Presença de Shopping Center Localização de áreas verticalizadas descontínua mista médio compartilhado média sim forte consolidada central compartilhado

descontínua regular médio média sim fraca iniciante central

descontínua irregular forte forte sim fraca em expansão central

descontínua regular forte forte sim forte em expansão central

descontínua mista forte forte sim forte em expansão central

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descontínua irregular médio compartilhado forte sim forte em expansão central descontínua mista médio multinucleado média sim média em expansão central Nova Marabá

VARIÁVEIS QUALITATIVAS CONFORMAÇÃO ESPAÇO SOCIEDADE

Vocação economica agronegócio Vocação economica indústria Rede de comércio e serviços Vocação para turismo negócios e eventos Presença de hipermercados e supermercados Polo de desenvolvimento tecnológico Influência de capitais locais na economia Influência capitais nacionais e internacionais na economia Presença de distritos industriais

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VARIÁVEIS QUALITATIVAS

CONFORMAÇÃO SOCIOECONÔMICA

Tabela 4 - Variáveis qualitativas

Fonte: análise a partir do conteúdo ReCiMe e das informações morfológicas obtidas das cidades

a) o geoprocessamento – foi utilizado para construção da base de informações das cidades médias pesquisadas. As malhas cartográficas das espacialidades foram capturadas do Google Earth e georreferenciadas para construção dos mapas axiais – adotou-se o Sistema de Projeções UTM, datum horizontal do Sirgas 2000 através do software ArcGIS;

b) a representação linear – possibilita a representação do espaço ou construção de mapas axiais das cidades que demonstra, segundo a Teoria da Lógica Social do Espaço, como os indivíduos experimentam e usam o espaço se movendo ao longo de eixos ou linhas. Foi construída através do software livre QuantumGis (QGIS) – uma multiplataforma de sistema de georreferenciamento que provê visualização, edição e análise de dados georreferenciados. A ferramenta permite que o espaço urbano seja representado do ponto de vista da configuração, facilitando enxergar as relações interpartes e o todo da cidade. A representação linear é obtida, traçando-se no software livre QGIS, sobre a malha viária obtida da base cartográfica disponível no Google satellite e google streets ou outra base, o menor número possível de retas, as quais representam acessos diretos através da trama urbana. Após o desenho destas retas ou eixos providencia-se a sua transformação em arquivos shapefile (extensão SHP).

c) o processamento da representação espacial é feito por outro software livre – o Depthmap – o mapa axial representado no QGIS é transformado em arquivo extensão SHP e então é realizado o processamento para se obter informações e medidas espaciais do sistema. Medeiros (2006, p. 124 a 126) explica que o processamento do mapa axial permite gerar uma matriz de interseções a partir da qual são calculados valores representativos de suas inter-relações axiais. Para cada linha ou segmento o sistema produz um número de identificação que permite a construção de uma matriz de conexões. Dessa matriz derivam valores numéricos expressivos de variáveis como conectividade, controle, integração em níveis global Rn e local R3. Esses valores, obtidos pela representação e quantificação do espaço urbano, possibilitam a leitura do potencial de fluxos e movimento de determinado segmento ou eixo nos níveis de integração global ou local e fornecem o valor do potencial de integração, acessibilidade ou permeabilidade. Para facilitar a compreensão e interpretação do mapa, os eixos assumem uma escala cromática

com gradação indo do vermelho (eixos mais integrados) passando pelas cores laranja e verde chegando até ao azul, onde os eixos representam os locais mais segregados. O mapa de segmentos é decorrente do mapa axial. A diferença consiste na segmentação dos eixos contínuos do mapa axial sempre que há um cruzamento com outro eixo, o que faz com que o mapa de segmentos apresente um número muito maior de linhas do que apresenta o mapa axial, (MEDEIROS, 2013). O mapa de segmentos é demonstrativo do tamanho das quadras ou quarteirões do tecido urbano.

d) recursos do Excel - o programa oferece uma interface intuitiva e ferramentas de cálculo e de construção de gráficos que permitem a criação de planilhas e vice- versa. Dentre esses recursos, a pesquisa utiliza os recursos da tabela dinâmica para inter-relacionar e cruzar dados censitários retirados das análises de cunho socioeconômico e socioespacial explicitados nas variáveis quantitativas e qualitativas. A partir dos resultados geram-se gráficos interpretativos da realidade observada.

Os resultados decorrentes das técnicas utilizadas neste estudo auxiliam a realização a leitura das cidades em relação às suas características particulares ou similares, bem como a interpretação de suas dinâmicas e desigualdades socioespaciais. Abaixo estão apresentadas as imagens ilustrativas dos processos de construção de gráficos e processamento dos mapas axiais.

Figura 6 - Gráficos de barras e de linhas utilizados para demonstração de variáveis qualitativas e de configuração referentes às cidades patrimoniais

Figura 7 - Ilustração das etapas de construção de um mapa axial Fonte: MEDEIROS, 2013, p.154

Figura 8 - Ilustração da colorização dos mapas axiais a partir de valores obtidos da matriz matemática

SEGUNDA PARTE – O Núcleo empírico

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