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ATA DA ASSEMBLÉIA GERAL EXTRAORDINÁRIA REALIZADA NO DIA 22 DE JULHO DE 2011, PRÓXIMO AO ALOJAMENTO DOS

MATO GROSSO DO SUL

ATA DA ASSEMBLÉIA GERAL EXTRAORDINÁRIA REALIZADA NO DIA 22 DE JULHO DE 2011, PRÓXIMO AO ALOJAMENTO DOS

TRABALHADORES RURAIS DA EMPRESA INFINITY AGRÍCOLA DE NAVIRAÍ-MS AS 14:00 (QUATORZE HORAS). Aos Vinte e Dois Dias do

Mês de Julho de Dois Mil e Onze, no alojamento dos Pernambucanos e Maranhenses reuniram-se os trabalhadores do Corte de Cana da Infinity Agrícola ou Usinavi para discutirem sobre os problemas que estão ocorrendo com os trabalhadores em relação a situação de todos com a empresa. Presente na reunião o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Naviraí-MS, senhor Alexandre Gomes da Silva, o vice-presidente senhor Osvaldo Ribeiro da Silva e o assistente técnico do Sindicato senhor Valter Zanferrari que foi nomeado pelo presidente para fazer a Ata da reunião. O presidente do Sindicato interpelou os presentes para saber em que “pé” estavam as coisas. Ouviu dos presentes muitas reclamações em relação ao baixo custo do preço do metro da cana, baixos salários e tantos outros problemas que passo a relatar a seguir, sendo: Preço da cana abaixo do normal, péssimas condições de trabalho, falta de apoio nos dias de frio, não

fornecem roupas adequadas. No Acampamento as condições estão péssimas, com falta de higiene, alimentação péssima, chegando ao ponto de na Janta ser oferecido até mesmo restos do almoço. No alojamento comporta em torno de vinte pessoas, chega a ficar até quarenta pessoas, o teto do alojamento esta

danificado e quando chove goteira em todos os lugares. As fossas estão com um

mal cheiro horrível, em fim, o alojamento segundo os trabalhadores não tem a mínima condição de habitação. Outras reclamações foram feitas pelos

trabalhadores que passam a relatar, sendo elas: Fiscal ameaça os trabalhadores,

“Tonhão” Fiscal usa maus tratos com o pessoal e vive ameaçando a todos.

Ambulância quando leva os trabalhadores para os hospitais, não dão assistência durante os tratamentos. Exigem que os trabalhadores cortem a cana logo após atearem fogo, quando a cana ainda está quente. No Acampamento moram em torno de Quatrocentas pessoas e só existem doze fossas que não comportam todos os moradores, pois também só tem doze vasos sanitários. Existe desonestidade por parte dos fiscais com relação a medição da cana. A ambulância não traz os doentes até o acampamento, deixando os mesmos na beira da estrada. Os Fiscais não marcam os dias trabalhados, dizem que foi comprovado dias trabalhados e não marcados pelos Fiscais. Foi também comprovado ônibus que transportam

pessoal em péssimas condições, faltando parafusos nas rodas e outros danos, este fato foi fotografado e portanto comprovado. Diante de tanto sofrimento os trabalhadores já não acreditam mais em acordos com a usina e só aceitam

conversar em acordo estando presente o Sindicato, a FETAGRI-MS e o MINISTÉRIO PUBLICO, caso isto não seja possível a decisão tomada por

unanimidade dos trabalhadores é voltar para a terra de origem. Informaram

também que caso o Ministério Publica não tomar providencias dentro de vinte

e quatro horas todos os trabalhadores irão se mudar para dentro da Usina, esta

decisão foi tomada durante a Assembléia. Exigem também a presença de Imprensa Falada, escrita e televisada. Não suportam mais tanta falsidade por parte dos usineiros, que só visam o lucro da empresa e aos trabalhadores nada. Existe ainda outros reclames, principalmente em relação aos atestados, onde são cobrados pela empresa o valor de R$ 7,00 dos trabalhadores. Chegou-se mesmo ao cúmulo de a empresa pagar uma diária no valor de R$ 5,00. Finalizando, o trabalhador de nome José Ribamar Silva Martins ter cortado o dedo e a empresa não mais pagou seus salários. Estas portanto são as condições e reivindicações dos trabalhadores do corte da cana na Usinavi ( Infinity Agrícola). Nada a mais havendo a tratar a Assembléia foi encerrada e lavrada a Ata que após ser lida e aprovada foi por todos assinada. (Ministério Público do Trabalho)

Associado a esse contexto devemos salientar que a Usinavi foco de nossas atenções em virtude dessa situação descrita foi autuada em 2012 em R$10 milhões por trabalho degradante, mais precisamente a título de dano moral coletivo. Vale destacar que tal medida se insere em um contexto de reiteradas constatações de irregularidades entre 2009 e 2012, apreciadas de perto por parte do Grupo Especial de Fiscalização Móvel, formado por auditores do trabalho, policiais federais e procuradores do trabalho.

A título de exemplo, podemos mencionar entre as situações encontradas na agroindústria canavieira Usinavi pelo menos dois trabalhadores mortos em acidentes de trabalho com tratores que carregam Cana-de-açúcar, sem contar vários outros casos em que trabalhadores acidentaram com perdas de dedos, cortes profundos etc.

Relacionado à Usinavi é importante destacarmos outro fato ocorrido em 2012, envolvendo trabalhadores de seu quadro em uma perseguição política. A situação foi denunciada por lideranças sindicais ao passo em que dois empregados da agroindústria teriam sido demitidos porque resolveram integrar uma chapa para concorrer às eleições do Sindicato dos Trabalhadores.

De acordo com o Presidente da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação e Afins, de Mato Grosso do Sul (FTIAA/MS), Sr. Vilson Gimenes Gregório (2012, p. 01): “Não podemos permitir que atitudes anti-sindicalistas prevaleçam em empresas instaladas em nosso estado. Os trabalhadores têm direito de eleger seus representantes sindicais para lutar pelos seus interesses [...]”134.

A esse respeito devemos lembrar que o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) suspendeu o processo eleitoral do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Açúcar e Álcool de Naviraí e definiu que fosse reintegrado ao quadro da empresa Infinity Bio Energy os trabalhadores demitidos.

É válido destacar que de acordo com o representante da UNICA, Sr. Antonio de Pádua Rodrigues, que as empresas têm buscado medidas que beneficiam os trabalhadores dentre as quais o fim da terceirização135. Não é isso, todavia, que foi divulgado pelo Jornal O Estado de SP, em 07 de junho de 2006136, que sinaliza para crescente terceirização nas operações agrícolas e de logísticas das agroindústrias canavieiras com a expansão da atividade.

134 A esse respeito ver matéria intitulada: “Usina é acusada de demissão política de lideranças sindicais”,

publicado pelo Jornal Sidrolândia News em 04/04/2012. Acesso em 20/04/2012.

135 Folha de SP, 29 de abril de 2007.

Já em relação ao Trabalho Escravo e formas assemelhadas presenciamos no Brasil, conforme dados da Comissão Pastoral da Terra (CPT) o seu aumento entre 1998 e 2009, bem como das pessoas envolvidas. Por sinal, nos últimos anos a expressiva maioria dos trabalhadores resgatados em situações análogas à escravidão estavam ligados com a atividade canavieira.

No Mato Grosso do Sul o Ministério do Trabalho realizou em 2008, dez operações as quais abrangeram quatorze fazendas e culminou no resgate de 236 trabalhadores em situação de trabalho escravo, resultando em multas na casa de R$534 mil.

Por sua vez, em 2009, foram realizadas três operações e fiscalizado cinco estabelecimentos, resgatando 22 trabalhadores em condições análogas à escravidão, mas não foram emitidas multas. Efetivamente, isto demonstra a persistência de práticas de exploração no território por parcela do empresariado.

Nesse contexto, o Ministério Público do Trabalho age instaurando como procedimento imediato o Inquérito Civil Público ou ajuizando a Ação Civil Pública, de tal maneira a obrigar o empregador a não praticar tais atos que ferem o direito à liberdade do trabalhador.

Vale destacar com base na matéria intitulada “Cana Concentra Trabalho Degradante”, publicada no Jornal Folha de São Paulo, de 17 de fevereiro de 2008, a qual aborda que os empresários, via UNICA, compreendem como casos isolados o fato de se encontrar trabalhadores em situação degradante nos canaviais.

Dessa forma, utilizar-se os números de 2007 para fazer um diagnóstico, poderíamos concluir de maneira apressada que os 3.117 casos de trabalho escravo no Brasil parecem irrisórios frente ao império da geração de empregos e renda nos municípios do país.

Não obstante, não é de se estranhar como pudemos verificar em Anaurilândia/MS, a euforia em torno da instalação da agroindústria, como atesta a fala de alguns trabalhadores entrevistados entre 2007 e 2012, da agroindústria Canavieira Aurora, particularmente quando esta unidade estava em fase embrionária: “[...] é muito bom à instalação da usina no município, é uma verdadeira vitória para todos, já que ela vai trazer emprego e movimentar o município, em todos os setores”.

Esse contexto de euforia se repete em Angélica/MS, haja vista a instalação do Grupo Adecoagro no local. Observa-se neste município a atração de muitos profissionais que são seduzidos pelas novas oportunidades de trabalho. Aliás, é clara a mudança no perfil demográfico, assim se comparamos, observamos que entre a década de 1990 e início da de

2000 a população reduziu-se de 8.834 para 7.356 habitantes, já em 2010 verifica-se 9.170 pessoas. (IBGE).

Na verdade, quando se considera a territorialização da agroindústria canavieira em determinado município estima-se, segundo gerente industrial da Eldorado S.A., o qual pudemos entrevistar em 2009, Sr. Max Eduardo Vieira Bruno, a geração de empregos, que vai de 280 a 2500 trabalhadores por município, a depender do nível de tecnificação da unidade em instalação.

Nesse sentido, é interessante apontar com base em pesquisa promovida pela Wiabiliza Soluções Empresarias, que tem ocorrido, sobretudo nos estados do Mato Grosso do Sul e Goiás, devido a recente expansão canavieira e consequente territorialização de novos grupos produtores, a migração de diversos profissionais paulistas.

A título de exemplo, conversamos durante Trabalho de Campo realizado entre os dias 27 e 28 de fevereiro de 2012, com o Sr. Adilson, natural de Dracena/SP, mas que trabalhava até 2010 na destilaria Santa Fany137 em Regente Feijó de onde saiu em decorrência de sua falência. Após o ocorrido e sabendo do início das obras da agroindústria canavieira Ivinhema/MS o referido trabalhador enviou currículo e foi selecionado pela Adecoagro, estando no momento em fase de experiência. Segundo o trabalhador tão logo se “efetive” na empresa buscará sua família para residir em Ivinhema/MS.

Desta forma, é interessante notar que a venda da força de trabalho e o fato de deslocar-se no território se dá segundo a lógica do capital:

A circulação das forças de trabalho é o momento da submissão do trabalhador às exigências do mercado, aquele em que o trabalhador, à mercê do capital e das crises periódicas, se desloca de uma esfera de atividade para outra; ou por vezes aquele em que sucede o trabalhador ser “sensível” a toda variação da sua força de trabalho e da sua atividade, que lhe deixa antever um melhor salário (GAUDEMAR, 1977: 194).

Outro exemplo pode ser apreendido através de entrevista realizada com a Sra. Solange Cruz, em 27 de fevereiro de 2012, moradora de Ivinhema/MS e que voltou ao município após o início das obras da empresa Adecoagro. De acordo com a mesma, apesar de

137 A referida destilaria está incluída desde os anos 2000 no rol de empresas com sérias dificuldades econômicas

do Estado de São Paulo. Conforme pudemos levantar (AZEVEDO:2005) trata-se desde então de um dos principais focos de problemas trabalhistas da região de Presidente Prudente/SP, envolvendo uma gestão tumultuada em torno da figura do empresário Jaques Samuel Blinder. Destaca-se o fato que desde o pedido de falência da empresa, ainda não foi acertado com trabalhadores e fornecedores de Cana-de-açúcar os devidos encargos.

ter nascido no município e ter vivido nele até seus 18 anos, desde então buscou fora condições para viver, primeiramente, em Sidrolândia/MS e depois em Bauru/SP, onde permaneceu por 3 anos.

É sabido, no entanto que tais cargos representam reduzida parcela dos empregos gerados nas empresas e não expressam a realidade vivenciada pelo conjunto dos trabalhadores. Ainda assim, é válido lembrar que tais profissionais dificilmente se instalam nas pequenas cidades, preferindo via de regra se instalarem nas cidades principais da região onde é oferecido mais produtos e serviços.

Conforme entrevista realizada em 24 de janeiro de 2012, com Adalberto da Silva, trabalhador do setor canavieiro, é fácil deslocar de uma empresa para outra quando se tem determinada formação. O mesmo cita o seu caso, formado em licenciatura em matemática e não satisfeito com o salário recebido cursou técnico em Química. Trabalhou primeiramente na fase de construção da LDC-SEV entre dezembro de 2007 a dezembro de 2009, e desde 2010 esta exercendo a função pela qual formou em outra unidade produtiva instalada em Dourados/MS (São Fernando).

De acordo com Adalberto da Silva a mudança de empresa se deu em virtude de facilitar seu deslocamento diário já trabalhava no turno B e chegava em sua residência altas horas. Ainda de acordo com Adalberto da Silva, desde final de 2011, o fluxo de trabalhadores está quente haja vista a inauguração de novas unidades agroindustriais canavieiras, a exemplo disso observa-se o deslocamento de pessoas de empresas situadas na Grande Dourados para outras na porção Leste do estado.

Concordamos com Barreto (2008), quando destaca que em relação à promoção de empregos, o que observa-se é que as empresas buscam apenas a mão de obra precarizadas para atuar no corte da Cana-de-açúcar, enquanto cargos ligados à gerência ou outros que requerem maior confiança da empresa é trazido de fora, geralmente do estado ou município onde está à sede do Grupo ou que já tem um currículo extenso no setor.

Assim, do ponto de vista do empresariado a geração de empregos justifica qualquer coisa, aliás, para Maurílio Biagi Filho: “[...] o salário do cortador de Cana-de-açúcar está muito acima da média brasileira de remuneração. Por isso é que atrai tanta gente138” .

A esse respeito, observamos a média salarial paga aos trabalhadores da cultura de Cana-de-açúcar no estado do Mato Grosso do Sul para dimensionarmos a realidade de tais empregos gerados. (Quadro 12)

Quadro 12: Média Salarial dos Trabalhadores nas Etapas Agrícolas da Cana-de-açúcar no Mato Grosso do Sul

Município canavieiro Salário (R$)

Anaurilândia Não Consta

Angélica Não Consta

Aparecida do Taboado 536,33

Batayporã 632,12

Brasilândia Não Consta

Caarapó 601,65

Costa Rica 570,19

Dourados 794,54

Fátima do Sul 578,04

Iguatemi Não Consta

Maracajú 581,04

Naviraí 555,79

Nova Alvorada do Sul 644,69

Nova Andradina 881,66 Ponta Porá 707,24 Rio Brilhante 589,19 Sidrolândia 587,25 Sonora 551,39 Vicentina 562,24

FONTE: Perfil do Município (jan. 2010 a set.2011) Org.: AZEVEDO, J. R. N. (2011)

É possível diagnosticar que a média salarial dos trabalhadores em questão é relativamente baixa se pensarmos que o salário mínimo atual é de R$622,00. Na verdade isto contrasta com o depoimento do empresário Maurílio Biagi Filho exposto anteriormente e expõe a dura realidade de centenas de trabalhadores envolvidos com a atividade canavieira.

Observa-se de acordo com a Quadro 12, que o maior rendimento obtido pelos trabalhadores está em Nova Andradina/MS onde alcança-se R$881,66 mensais seguido por Dourados/MS com R$794,54 e Ponta Porã que comparece com R$707,24. No outro extremo tem-se o rendimento médio para Aparecida do Taboado/MS, de apenas R$536,33, de Sonora/MS com R$551,39 e Naviraí/MS com R$555,79 mensais.

Contraditoriamente não é isso que é alardeado pelos representantes do capital, segundo os quais: “[...] a faixa salarial já é a maior do Estado, e são R$90 milhões mensais em relação aos outros setores, e isso nos orgulha muito é a maior margem salarial”.

Estamos aqui nos referindo a um crescente grau de formalização no âmbito da agroindústria canavieira a qual conforme destaca Delgado e Sant’Ana (2012) não representa um dado positivo de modernidade mas ao contrário esconde outra situação, isto é: [...] “O grau de morbidade” das relações de trabalho em Cana-de-açúcar estivera em grande medida

escamoteado às condições de forte informalidade no emprego e, portanto, não apareciam como problema de política social” (Idem, p.211).

Em tratando-se dos trabalhadores rurais, mais especificamente os cortadores, o empresário ressalta serem: “[...] pessoas sem referência de vida na roça”. Ou seja, com: “[...] vivência urbana e uma constituição física completamente diferente da do lavrador”. (DELGADO E SANT’ANA, 2012, p. )

De fato, como reforça Biagi Filho (2007, p. 06): “Muitos não encontram trabalho na cidade e vêm tentar nos canaviais o último reduto para sobreviver”. E continua: “[...] garanto que boa parte deles, mesmo assim, ganha mais do que os fiscais que hoje denunciam usinas e fornecedores por trabalho escravo”.

Vejamos a situação dos cortadores de Cana-de-açúcar no Mato Grosso do Sul, haja vista que de acordo com a Comissão e da Subcomissão de Investigação e Fiscalização das Condições de Trabalho: [os cortadores]: “Eram confinados em alojamentos totalmente isolados, situados no meio dos canaviais, verdadeiras pocilgas, em barracos apinhados, muitos deles de lonas, onde se misturavam velhos, adultos e crianças” (p.221), sem contar que “[...] perfaziam até quatorze horas diárias de trabalho, sendo transportados em caminhões boiadeiros superlotados ou em carrocerias abertas e baixas, no meio de ferramentas”.

Como bem revela a pesquisa realizada por Barreto (2012, p. 212) referente ao Pontal do Paranapanema: “[...] a despeito de ser uma prática comum entre os empresários canavieiros contratar a mão de obra migrante para o corte da cana, não é comum essas empresas organizarem seus alojamentos de acordo coma as premissas das Normas Regulamentadoras”.

O Jornal do Povo assim se refere às condições dos alojamentos da empresa Debrasa, situada no município de Brasilândia/MS, flagrada em 2007, cujas instalações encontravam-se em condições degradantes pelo Grupo Especial de Fiscalização Móvel do Ministério do Trabalho.

Os alojamentos foram encontrados sem condições de habitabilidade, higiene e conforto, com muito lixo espalhado pelo chão, moscas e outros insetos e restos de comida por todo o local e esgoto a céu aberto, além de estarem superlotados, com homens amontoados, sem armários ou locais para guarda de roupas e objetos de uso pessoal, em desacordo com as normas de segurança e saúde do trabalhador. (JORNAL DO POVO, 16 de novembro de 2007, nº 3.829, p. 04)