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Avaliação dos manuais no contexto do ensino-aprendizagem dos

CAPÍTULO I A LINGUÍSTICA APLICADA E A LINGUÍSTICA CONTRASTIVA NO

1.2. A linguística aplicada no contexto de ensino-aprendizagem de PLE e de ELE

1.2.4. Avaliação dos manuais no contexto do ensino-aprendizagem dos

1.2.4.1. Os principais manuais utilizados na China, em Portugal e em Espanha

As universidades usam manuais diversos em vez de manuais normalizados para ensinar português e espanhol. Os manuais que usamos, geralmente, ensinam português de Portugal e castelhano de Espanha. Como a língua espanhola se difunde mais amplamente, no mercado existem mais manuais de espanhol do que de português.

Usam-se os manuais seguintes5:

Português

Tabela: 2 Lista dos manuais de PLE publicados na China

5 Recolha de informações sobre os livros feitas no site Amazon (https://www.amazon.com/)

Manuais publicados na China

Título Autor Editora Ano

“Português para o Ensino

Universitário 1,2” YE ZHILIANG

Foreign Language Teaching and Research

Press

2009

“Português num Instante” YE ZHILIANG ZHAO HONGLING

Foreign Language Teaching and Research

Press

2008

“Gramática da Língua

Portuguesa” WANG SUOYING

LU YANBIN

Editora de Ensino de Línguas Estrangeiras

de Xangai

Tabela: 3 Lista de manuais de PLE publicados em Portugal

Manuais publicados em Portugal

Título Autor Editora Ano

“Gramática Ativa” T L Esmantova Lidel 2011

“Vamos lá começar!” Leonel Melo Rosa Lidel 2014

“Aprender Português” Oliveira,

Ballmann e Coelho

Texto Editores

2006

“Português XXI” Tavares Lidel 2006

“Navegar em Português” Departamento de Educação Básica North Westminster School of London

Lidel 2001

Espanhol

Tabela: 4 Lista de manuais de ELE publicados na China

“Curso de Português para Chineses 1,2”

XUYIXING ZHANGWEIQI

Shanghai Foreign Language Education Press

2012

“Grande Gramática Portuguesa Explicada”

LI FEI Foreign Language

Teaching and Research Press

2010

Manuais publicados na China

Título Autor Editora Ano

“Español Moderno” Dong Yansheng

Liu Jian

Foreign Language Teaching and Research Press

2014

“Español Expresso” Wen Dalin Foreign Language

Teaching and Research Press

Tabela: 5 Lista de manuais de ELE publicados em Espanha

Manuais publicados em Espanha

Título Autor Editora Ano

“Nuevo Avance” Concha Moreno, Piedad Zurita

Victoria Moreno

Sociedad General Española de Librería

2011/2012

“Nuevo Prisma - B1” Prisma Team Nuevo Editorial Edinumen S.L. 2015

“Nuevo Prisma: Livro de Ejercicios - B1”

Amelia Guerrer David Isa De Los Santos

Editorial Edinumen S.L. 2015

“Gramática de Uso del Español” Luís Aragonés Ramón Palencia Ediciones SM 2010/2011

“Aula Internacional 1,2,3,4,5” Vários Autores Difusión Centro de

Publicación E idiomas S.L.

2013/2014/2015

“Gramática Básica del Estudiante de Español”

Vários Autores Difusión 2009

“Nueva gramática de la Lengua

Española. Manual” Real Academia de la

Lengua Española

Real Academia de la Lengua Española, Espasa

Calpe

2010

“Nueva Gramática Básica del lengua Español”

Real Academia de la Lengua Española

Real Academia de la Lengua Española, Espasa

Calpe

2011

1.2.4.2. Avaliação dos manuais da língua portuguesa e espanhola

o A avaliação dos manuais da língua portuguesa

“Gramática de Uso Práctico del Español” Sun Yizhen Shanghai Foreign Language

Education Press

2010

“Trescientas Dudas Frecuentes Del Español”

Lu Kaitian Shanghai Foreign Language Education Press

Como só nos últimos anos é que começaram a aparecer estudantes interessados na língua portuguesa na China, ainda não existe uma grande diversidade de manuais. Há dois tipos de manuais da língua portuguesa: os manuais integrados e os manuais de Portugal.

Os manuais integrados, na China, geralmente incluem os textos, as explicações sobre os textos, as regras gramaticais e os exercícios de gramática. Os alunos leem os textos escritos pelos autores e, através das explicações, têm uma impressão preliminar.

É um bom exemplo relativo à adoção do método indutivo. Os textos abordam questões culturais referentes a Portugal e à China, mas não são muito esclarecedores. Também as explicações são escritas em chinês e, por vezes, não são explicações claras.

Relativamente à questão gramatical, as explicações e os exercícios não são suficientemente eficazes para satisfazer as dúvidas dos alunos, visto que as explicações são muito longas, o que gera uma grande desmotivação no seio escolar. Para além do mais, não há um foco na questão do desenvolvimento das capacidades comunicativas.

Creio que estes tipos de manuais são úteis quando não se entende uma explicação mais breve e procuramos algo mais detalhado. Contudo, no contexto em que se insere, ainda é um material não suficientemente eficaz, numa primeira vista.

Os manuais publicados em Portugal são mais úteis do que os publicados na China. Em comparação com os manuais publicados na China, os textos são mais interessantes e coloquiais e os exercícios são diversos e mais adaptados ao nível dos alunos. As universidades, na China, gostam de usar o manual “Português XXI” (Tavares, 2006) e os institutos, em Portugal, usam “Aprender português” (Oliveira, Ballmann e Coelho, 2006) ou “Português XXI”. Os textos e atividades em “Aprender português” são mais fáceis do que em “Português XXI”. Para alunos que estudam a língua portuguesa como profissão, “Português XXI” é o manual mais adequado.

Os manuais de gramática publicados em Portugal, primeiro mostram as formas e explicações das regras gramaticais com exemplos e depois dão muitos exercícios relevantes. Normalmente são frases com espaços em branco e este tipo de exercício pode ajudar os alunos a conhecer e a aplicar melhor as conjugações e regras básicas, mas quando os alunos empregam as regras em situações reais, eles têm sempre dificuldades porque, nestes casos, em chinês, não usamos os pretéritos nas frases individuais, distinguindo esse tipo de informação apenas nos contextos.

Em conclusão, os manuais publicados na China e em Portugal tendem a treinar capacidades diferentes dos alunos. Mas, em ambos os países, infelizmente não encontro manuais especiais dedicados à questão dos pretéritos, limitando-se a exercícios de frases com espaços em branco, sem contexto. Acho que é necessário para os alunos preencherem uma grande quantidade de textos sobre os pretéritos. Espero que, no futuro, possa ver este tipo de manuais no mercado.

o A avaliação dos manuais da língua espanhola

Os manuais da língua espanhola também se podem dividir nas mesmas duas categorias principais anteriormente mencionadas: os manuais integrados e os manuais de Espanha.

O manual mais clássico denomina-se “Español Moderno” (Dong Yansheng e Liu Jian, 2014), publicado em 2008 e 2014. As duas edições são diferentes, contudo os alunos gostam muito mais da primeira edição, porque este manual mostra as regras gramaticais passo a passo e usa o método da abordagem comunicativa. Assim, os alunos podem seguir o ritmo do ensino gradualmente. Todavia, foi publicada uma segunda edição já que os textos anteriores eram antigos e não se adequavam à época corrente.

Os manuais integrados publicados em Espanha, contêm mais atividades e exercícios do que manuais que ensinam português. Por exemplo: o manual “Nuevo

Prisma” (vários autores) é composto por exercícios com textos com espaços em branco e no fim tem dois apêndices, explicações das regras gramaticais e explicações das palavras. O nível de dificuldade dos exercícios dos pretéritos é adequado ao nível B1, mas também não existe um manual com textos dos pretéritos com espaços em branco adaptados a cada nível.

Por fim, acho que, para os alunos chineses, torna-se mais vantajoso usarem os manuais estrangeiros para aprender espanhol já que têm a possibilidade de ler mais textos nativos e com vertentes culturais.

1.2.5. Sugestões no contexto do ensino-aprendizagem dos pretéritos nas

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