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(22) Em 15 de outubro de 2020, uma das empresas que colaborara inicialmente informou a Comissão, por mensagem de correio eletrónico, que iria cessar a sua colaboração. Por seu turno, as outras duas empresas também não enviaram as informações solicitadas respondendo aos questionários nos prazos fixados.

(23) Em 10 de novembro de 2020, a Comissão enviou uma carta às três empresas incluídas na amostra, informando-as de que tencionava aplicar o artigo 28.o do regulamento de base e basear as conclusões do inquérito nos dados disponíveis. As autoridades dos EUA foram igualmente informadas desta intenção. O prazo para a apresentação de observações sobre a carta terminou em 17 de novembro de 2020. Não foram recebidas quaisquer observações. (24) Na fase de início, por nota verbal de 14 de setembro de 2020, a Comissão solicitou às autoridades dos EUA que

preenchessem e enviassem o questionário destinado ao Governo dos EUA, não tendo, contudo, recebido qualquer resposta nos prazos fixados.

(25) Em 10 de novembro de 2020, a Comissão enviou uma nota verbal às autoridades dos EUA, informando-as de que, em virtude da sua falta de colaboração, tencionava aplicar o artigo 28.o do regulamento de base e basear as conclusões do inquérito nos dados disponíveis.

(26) O prazo para a apresentação de observações sobre a nota verbal terminou em 17 de novembro de 2020. Não foram recebidas quaisquer observações.

(27) Assim, a Comissão concluiu que nem os produtores-exportadores nem o Governo dos EUA colaboraram no inquérito de reexame da caducidade. Consequentemente, a Comissão decidiu aplicar o disposto no artigo 28.o do regulamento de base e estabelecer as suas conclusões, positivas ou negativas, com base nos dados disponíveis.

2.6. Questionários

(28) Na fase de início, foi disponibilizada uma cópia do questionário no dossiê para consulta pelas partes interessadas e no sítio Web da DG Comércio.

(29) Os três produtores da União incluídos na amostra e um produtor independente da União responderam ao questionário.

2.7. Verificação

(30) Em virtude do surto de COVID-19 e das medidas de confinamento adotadas por vários Estados-Membros e diversos países terceiros, a Comissão não pôde realizar visitas de verificação nos termos do artigo 26.o do regulamento de base. Em vez disso, a Comissão procedeu a uma verificação cruzada, à distância, de todas as informações que considerou essenciais para as suas determinações, em consonância com o seu aviso sobre as consequências do surto de COVID-19 para os inquéritos anti-dumping e antissubvenções (10). A Comissão realizou verificações cruzadas, à distância (VCD), no que respeita às seguintes empresas:

Produtores da União

— SAIPOL Bu Diester, França — CAMPA Iberia S.A.U., Espanha

— VERBIO Vereinigte BioEnergie AG, Alemanha

Importadores

— Shell Trading Rotterdam BV, Países Baixos

2.8. Divulgação

(31) Em 21 de maio de 2021, a Comissão divulgou os factos e as considerações essenciais com base nos quais tencionava manter os direitos de compensação em vigor. Foi concedido a todas as partes um prazo para apresentarem observações na sequência da divulgação.

(32) As observações apresentadas pelas partes interessadas foram examinadas pela Comissão, que as tomou em conta sempre que tal se afigurou adequado. Foi concedida uma audição às partes que a solicitaram.

3. PRODUTO EM CAUSA E PRODUTO SIMILAR

3.1. Produto em causa

(33) O produto em causa é o mesmo que o definido no inquérito inicial e no reexame da caducidade anterior, ou seja, os ésteres monoalquílicos de ácidos gordos e/ou gasóleos parafínicos de síntese e/ou hidrotratamento, de origem não fóssil, conhecidos geralmente como «biodiesel», em estado puro ou em mistura contendo, em peso, mais de 20% de ésteres monoalquílicos de ácidos gordos e/ou gasóleos parafínicos de síntese e/ou hidrotratamento, de origem não fóssil, originários dos EUA, atualmente classificados nos códigos NC ex 1516 20 98 (código TARIC 1516 20 98 29), ex 1518 00 91 (código TARIC 1518 00 91 29), ex 1518 00 99 (código TARIC 1518 00 99 29), ex 2710 19 43 (código TARIC 2710 19 43 29), ex 2710 19 46 (código TARIC 2710 19 46 29), ex 2710 19 47 (código TARIC 2710 19 47 29), ex 2710 20 11 (código TARIC 2710 20 11 29), ex 2710 20 16 (código TARIC 2710 20 16 29), ex 3824 99 92 (código TARIC 3824 99 92 12), ex 3826 00 10 (códigos TARIC 3826 00 10 29, 3826 00 10 59, 3826 00 10 99), e ex 3826 00 90 (código TARIC 3826 00 90 19) («produto em causa»).

(34) O biodiesel é um combustível renovável produzido a partir de uma vasta gama de matérias-primas, ou seja, óleos vegetais como óleo de colza, óleo de soja, óleo de palma, óleos de fritura usados (UFO), gorduras animais ou biomassa.

(35) O biodiesel é utilizado no setor dos transportes, sobretudo misturado com diesel mineral (ou seja, petróleo/diesel convencional) e muito pouco na sua forma pura (B100).

3.2. Produto similar

(36) Tal como estabelecido no inquérito inicial e no reexame da caducidade anterior, o presente inquérito de reexame da caducidade confirmou que os seguintes produtos têm as mesmas características físicas, químicas e [técnicas] de base, bem como as mesmas utilizações de base:

— o produto em causa;

— o produto produzido e vendido no mercado interno dos EUA; e — o produto produzido e vendido na União pela indústria da União.

(37) Por conseguinte, estes produtos são considerados produtos similares na aceção do artigo 2.o, alínea c), do regulamento de base.

3.3. Alegações relativas à definição do produto

(38) A empresa sueca Preem AB e a Valero Energy Ltd Ireland, produtoras e fornecedoras de combustível e, como tal, utilizadoras do produto em causa, alegaram que o biodiesel de ésteres metílicos de ácidos gordos (EMAG) e o biodiesel de óleo vegetal tratado com hidrogénio (HVO) são dois tipos diferentes de biodiesel e que o HVO devia ser excluído da atual definição do produto. No regulamento de 2009 que instituiu medidas provisórias (11), todos os tipos de biodiesel e de misturas de biodiesel foram considerados combustíveis de biodiesel. Tanto o EMAG como o HVO podem ser misturados com diesel e, apesar de terem algumas características físicas diferentes, os produtos têm mesma utilização final e ambos são produzidos pela indústria da União. Além disso, a denúncia que deu origem ao inquérito inicial definiu claramente o diesel produzido a partir de HVO como parte do produto em causa, afirmação esta que não foi contestada por qualquer parte interessada na altura. Por conseguinte, esta alegação foi rejeitada.

(11) Regulamento (CE) n.o 193/2009 da Comissão, de 11 de março de 2009, que institui um direito anti-dumping provisório sobre as importações de biodiesel originário dos Estados Unidos da América (JO L 67 de 12.3.2009, p. 22).

4. PROBABILIDADE DE CONTINUAÇÃO OU REINCIDÊNCIA DAS PRÁTICAS DE SUBVENÇÃO

4.1. Observações preliminares

(39) Em conformidade com o artigo 28.o, n.o 1, do regulamento de base, a Comissão examinou se a caducidade das medidas em vigor poderia conduzir a uma continuação ou reincidência das práticas de subvenção no que respeita ao produto em causa originário dos EUA e a uma continuação ou reincidência do prejuízo para a indústria da União. Dado que, tal como se refere nos considerandos 22 a 27, os produtores exportadores e as autoridades dos EUA não colaboraram no inquérito, foi impossível proceder a uma análise baseada em dados verificados, fornecidos pelos mesmos.

(40) Assim, em conformidade com o artigo 28.o do regulamento de base, as conclusões relativas à probabilidade de continuação ou reincidência das práticas de subvenção basearam-se nos dados disponíveis. A Comissão recorreu às seguintes fontes de informação: o pedido de reexame da caducidade e a documentação apresentada subsequentemente pelo requerente, Eurostat, Atlas do Comércio Global («GTA») e sítios Web da Agência de Informação de Energia dos EUA («EIA») e do Ministério da Agricultura dos EUA («USDA»).

(41) A Comissão analisou, nomeadamente, os seguintes regimes de subvenção federais e estaduais identificados no pedido de reexame que, conforme apurou, ainda se encontram em vigor.

Regimes federais

a) Crédito para misturas de biodiesel e crédito para biodiesel

b) Crédito respeitante ao imposto sobre o rendimento para pequenos produtores de agrobiodiesel c) Programa de bioenergia do USDA para biocombustíveis avançados

d) Crédito para produção de biocombustível celulósico

e) Programa de auxílio do USDA ao fabrico de produtos de biorrefinaria, produtos químicos renováveis e produtos biológicos

Regimes estaduais

a) Iowa — reembolso fiscal aos produtores de biodiesel b) Kentucky — crédito fiscal para produção de biodiesel

c) Texas — programa de incentivos à produção de etanol e de biodiesel

(42) Por outro lado, em virtude da falta de colaboração dos produtores-exportadores e das autoridades dos EUA, e atendendo às conclusões sobre a continuação das práticas de subvenção com base nos regimes acima mencionados, a Comissão não procedeu a uma análise mais aprofundada dos seguintes regimes de subvenção federais e estaduais.

Regimes federais

a) Desagravamento fiscal sob a forma de amortização para unidades de produção de biocombustíveis de segunda geração

b) Programa «Energia Rural para a América»

Regimes estaduais

a) Alabama — crédito fiscal ao emprego em unidades de produção de biocombustível b) Havai — crédito fiscal para produção de combustíveis renováveis

c) Kentucky —- incentivos fiscais à produção de combustíveis alternativos d) Luisiana — crédito fiscal à criação de emprego verde

e) Minesota — programa de subvenção à produção de biocombustíveis

f) Montana — redução do imposto predial para instalações de fabrico de veículos e produção de combustíveis alternativos

h) Dacota do Norte — crédito respeitante ao imposto sobre o equipamento de produção de biodiesel i) Dacota do Norte — programa de empréstimo no domínio do biocombustível

j) Oregon — empréstimos para combustíveis alternativos

k) Carolina do Sul — crédito fiscal para unidades de produção de biocombustíveis l) Virgínia — crédito fiscal ao emprego verde