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Como especificar a mensagem do autor

PARTE 2- O TERCEIRO N Í VEL DA LEITURA A LEITURA ANAL Í TICA

9. Como especificar a mensagem do autor

O mundo dos negócios tem outro aspecto em comum com o mundo dos livros, além da definição dos termos de um contrato: a apresentação de propos­ tas. O que os compradores e vendedores querem dizer com "proposta" é uma espécie de oferta ou assentimento. Nas negociações honestas, a pessoa que faz uma proposta está, nesse sentido, declarando sua intenção de agir de determi­ nada maneira. Uma negociação bem-sucedida requer muito mais que honesti­ dade. A proposta tem de ser clara e, obviamente, tem de ser atraente. Assim as partes podem chegar a um acordo.

A proposta de um livro também é uma declaração, ou seja, é uma expres­ são do julgamento do autor sobre alguma coisa. Ele afirma algo que julga ser verdade, ou nega algo que julga ser falso. Ele confirma este ou aquele fato. Uma proposta desse tipo é como uma declaração, mas de conhecimentos, e não de intenções. O autor talvez nos informe suas intenções no começo do prefácio, por exemplo. Mas, para descobrirmos se ele manteve sua promessa, temos de procurar suas propostas.

Em geral, a ordem de leitura é inversa em relação à ordem de negociação. Os executivos normalmente chegam a um acordo depois de entrarem em con­ tato com a proposta, mas o leitor tem de chegar a um acordo com o autor antes

de descobrir o que este está propondo, qual julgamento está declarando.

É

por

isso que a quinta regra de leitura analítica aborda palavras e termos, e a sexta, que vamos expor logo a seguir, refere-se a frases e propostas.

Há uma sétima regra estreitamente relacionada com a sexta. Talvez o autor tenha sido honesto ao expressar-se sobre questões factuais ou de conhecimen­ to. Em gerat nós confiamos nele. Mas, a não ser que estejamos interessados apenas na personalidade do autor, não devemos nos satisfazer apenas com suas

opiniões. As propostas de um autor não passam de sua opinião, a não ser que sejam fundamen­

tadas por boas razões. Se estamos interessados no livro e no assunto do livro, e não

apenas no autor, então vamos querer conhecer não apenas suas propostas, mas por que ele acha que devemos nos deixar persuadir e aceitá-las.

A sétima regra versa, portanto, sobre os argumentos e seus tipos . Existe uma grande quantidade de raciocínios, ou seja, uma grande quantidade de ma­ neiras de se fundamentar o que se diz. Às vezes, é possível argumentar que algo é verdadeiro; às vezes, só é possível defender uma probabilidade. Mas todo tipo de argumento consiste em declarações que se relacionam de determinada ma­ neira. Diz-se isto por causa daquilo. A expressão "por causa" sinaliza justamente uma razão, uma explicação.

A presença de argumentos é indicada por algumas outras palavras que rela­ cionam declarações, tais como: se isto é assim, então aquilo; ou, dado que isto, por­ tanto aquilo; ou disto segue-se aquilo. Nos capítulos anteriores deste livro surgiram muitas palavras como essas. Sabemos por experiência que as pessoas que não estão mais na escola, se querem continuar aprendendo e descobrindo, precisam que os livros continuem lhes ensinando. Nesse caso, se as pessoas querem con­ tinuar aprendendo, então precisam saber como continuar aprendendo com os livros, já que os professores estão ausentes.

Um argumento nada mais é do que uma série de afirmações ou declarações

que fornece os fundamentos ou razões para aquilo que se está concluindo.

É

necessário um parágrafo, portanto, ou pelo menos uma série de frases, para expressar um argumento. As premissas (ou princípios) de um argumento nem sempre são declaradas de início, no entanto são sempre a fonte das conclusões. Se o argumento é válido, então das premissas segue-se a conclusão. Isso não quer dizer que a conclusão seja necessariamente verdadeira, dado que todas ou algumas premissas podem ser falsas.

Há um aspecto lógico e um aspecto gramatical na ordem dessas regras de interpretação. Progredimos de termos para propostas e destas para argumentos, progredindo de palavras (e expressões) para frases e destas para uma série de frases (ou parágrafos) . Em suma, estamos progredindo de unidades mais simples para unidades mais complexas. O elemento menos significativo de um livro é,

obviamente, a palavra. Seria verdadeiro, embora não adequado, dizer que um livro consiste em palavras . Ele também consiste em um grupo de palavras, que são em si unidades, e consiste em um grupo de frases, que também são em si uma unidade. O leitor ativo está .atento não apenas às palavras, mas às frases e aos parágrafos. Não há outra maneira de descobrir os termos, as propostas e os argumentos de um autor.

A esta altura da leitura analítica -em que a interpretação é nosso objetivo - você

deve ter percebido que a direção que estamos tomando é contrária à direção do primeiro estágio - quando o objetivo era esboçar uma estrutura. No primeiro estágio, partimos do livro como um todo e fomos descendo até suas partes principais, depois às divisões dessas partes etc. Como você deve suspeitar, os dois movi­ mentos se encontram em algum lugar. As partes principais de um livro e as divi­ sões dessas partes contêm muitas propostas e, normalmente, vários argumentos. Se você continuasse dividindo o livro em partes, teria condições de dizer afinal: "Nesta parte, as seguintes ideias são expostas" . Ora, cada uma dessas "ideias" é provavelmente uma proposta, e algumas delas, se tomadas em conjunto, perfa­ zem um argumento.

Desse modo, os dois processos de esboçar e interpretar encontram-se no nível das propostas e argumentos. Você chega às propostas e aos argumentos dividindo o livro em suas partes. Vai aos argumentos observando sua composi­ ção em propostas e, em última instância, em termos . Quando tiver completado os dois processos, então poderá dizer com segurança que realmente conhece o conteúdo do livro.

FRAS ES

VERSUS

PROPOSTAS

Já notamos anteriormente um aspecto das regras que vamos abordar nes­ te capítulo. Como no caso da regra sobre palavras e termos, também estamos lidando aqui com a relação entre linguagem e pensamento. Frases e parágrafos são unidades gramaticais. São unidades de linguagem. Proposições e argumen­ tos são unidades lógicas, ou unidades de pensamento e conhecimento.

Teremos de encarar um problema semelhante àquele que encaramos no capítulo anterior. Dado que a linguagem não é um meio perfeito de expressão do pensamento, pois uma palavra pode ter vários significados e duas ou mais pa­ lavras podem ter o mesmo significado, vimos como era complexa a relação entre o vocabulário do autor e sua terminologia. Uma palavra pode representar diversos termos, e um termo pode ser representado por diversas palavras.

Os matemáticos chamam a relação entre os botões de um paletó benfeito e as casas desses botões de "relação de um para um" ou biunívoca. Há um botão para cada casa, e uma casa para cada botão. Ora, a questão é que essa relação não se verifica entre palavras e termos. O erro mais grave que você pode cometer ao aplicar essas regras é supor que exista uma relação de um para um entre os elementos da linguagem e os elementos de pensamento ou conhecimento.

Na realidade, nem mesmo entre botões e suas casas seria tão fácil fazer uma relação dessas. As mangas da maioria das camisas masculinas trazem botões que não têm sua própria casa. E se a camisa estiver bem gasta, talvez haja nela casas sem seus respectivos botões .

Vamos transpor essa situação para o caso das frases e propostas. Nem toda frase de um livro expressa uma proposição. Primeiro, algumas frases expressam perguntas, ou seja, elas expõem problemas em vez de respostas. Proposições são as

respostas às perguntas. Elas são declarações de conhecimento ou opinião.

É

por isso

que algumas frases são chamadas de declarativas enquanto outras são chamadas de interrogativas. Há ainda frases que expressam desejos ou intenções . Elas podem nos informar sobre o propósito do autor, mas não transmitem o conhe­ cimento que ele está tentando expor.

Além do mais, nem toda frase declarativa pode ser lida como se expressasse uma proposição. Há pelo menos duas razões para isso. A primeira é o fato de que palavras são ambíguas e podem ser usadas em várias frases. Assim, é possível que a mesma frase expresse diferentes proposições se houver uma mudança nos termos que as palavras expressam. "Ler é aprender" é uma frase simples; mas se em deter­ minado ponto quisermos dizer que "aprender" é adquirir informação e em outro ponto quisermos dizer que é desenvolver o entendimento, a proposição não será a mesma, pois os termos são diferentes. Embora, claro, a frase seja a mesma.

A segunda razão é que nem todas as frases são tão simples quanto "ler é aprender" . Quando suas palavras são usadas sem ambiguidade, uma frase sim­ ples normalmente expressa uma proposição simples. No entanto, mesmo quando suas palavras são usadas assim, sem ambiguidade, uma frase complexa expressa duas ou mais proposições. Uma frase complexa é, na realidade, uma coleção de frases, conectadas por palavras como "e" ou "se . . . então" ou "não apenas . . . mas também" . Você está certo se pensou que a linha que separa uma longa frase com­ plexa de um parágrafo curto é muito tênue. Uma frase complexa pode expressar proposições relacionadas entre si na forma de um argumento.

Essas frases podem ser extremamente difíceis de interpretar. Como exem­ plo, vamos considerar esta interessante frase de O Príncipe, de Maquiavel:

Um príncipe tem de inspirar temor de tal maneira que, se ele não an­ gariar amor, que evite o ódio; porque ele pode resistir muito bem sendo temido enquanto não for odiado, o que se dará na medida em que se abs­ tenha da propriedade de seus cidadãos e de suas mulheres .

Gramaticalmente, trata-se de uma única frase, embora seja extremamente com­ plexa. O ponto e vírgula e o "porque" indicam as principais modificações da frase. A primeira proposição é que um príncipe tem de inspirar temor de certa maneira.

A partir do "porque", dá-se início a uma nova frase. (Ela poderia ter sido simplificada para: ''A razão para isso é que ele pode resistir" e assim por diante.)

Essa frase expressa pelo menos duas proposições : ( 1 ) a razão pela qual o prínci­

pe tem de inspirar temor, de tal maneira que resista sendo temido na medida em que não seja odiado; (2) ele pode evitar ser odiado respeitando as propriedades de seus cidadãos e suas mulheres .

É

importante distinguir a s diversas proposições contidas e m uma frase lon­

ga e complexa. Para que você concorde com Maquiavel ou discorde de suas ideias, é preciso antes entender o que ele está dizendo. Ocorre que ele está dizendo três coisas em uma frase só. Você pode discordar de uma e concordar com as demais. Pode até pensar que Maquiavel está errado quando propõe ter­ rorismo a um príncipe; mas talvez você possa reconhecer sua sagacidade quando

diz que é melhor que o príncipe não desperte ódio junto ao temor, e talvez você também possa concordar em que abster-se das propriedades de seus súditos e de suas mulheres é uma condição indispensável para não ser odiado. A não ser que detecte as diversas proposições de uma frase complexa, você jamais con­ seguirá fazer um julgamento adequado a respeito do que o autor está dizendo. Os advogados conhecem muito bem esse fato. Eles devem examinar as fra­ ses com grande esmero para descobrir o que está sendo alegado pelo acusador ou negado pela defesa. A frase "Fulano assinou a escritura de aluguel em 24 de março" parece bem simples, mas ainda assim diz muitas coisas, algumas das quais podem ser verdadeiras ou falsas. Fulano pode até ter assinado a escritura, mas não em 24 de março, e esse fato pode ser importante. Em suma, mesmo em uma frase gramaticalmente simples, às vezes estão expressas duas ou mais proposições.

Cremos que já dissemos o suficiente para indicar a diferença entre frases e proposições. Elas não se relacionam de maneira "um para um" . Uma frase simples pode expressar diversas proposições, seja por ambiguidade, seja por complexidade, mas uma proposição também pode ser expressa por duas ou mais frases diferentes. Se você captar nossos termos por meio das palavras e expressões que usamos como sinônimos, você saberá que estamos dizendo a mesma coisa nas frases "Ensinar e ser ensinado são funções correlatas" e "Trans­ mitir e receber comunicação são processos correlatos".

Vamos agora parar de explicar as questões gramaticais e lógicas e passar às regras. A dificuldade deste capítulo é a mesma do anterior: parar de explicar. Em vez disso, vamos supor que você saiba um pouco de gramática. Isso não quer dizer que precisa saber tudo sobre sintaxe, mas que ao menos conhece a ordem correta das palavras nas frases e as suas correlações. Um pouco de conhecimen­ to gramatical é indispensável para um leitor. Você nem conseguirá começar a lidar com termos, proposições e argumentos - os elementos do pensamento - enquanto não for capaz de mergulhar para além da superfície linguística. Uma vez que palavras, frases e parágrafos continuem intocados e opacos, represen­ tarão uma barreira, e não um meio, para a comunicação. Você lerá palavras, mas não receberá conhecimento.

REGRA 5. ENCONTRE AS PALAVRAS IMPORTANTES E, POR MEIO DELAS, ENTRE EM ACORDO COM O AUTOR.

Então, a sexta regra pode ser expressa assim:

REGRA 6. MARQUE AS FRASES MAIS IMPORTANTES DO LIVRO E DESCUBRA AS PRO­ POSIÇÕES QUE ELAS CONTÊM.

E eis a sétima regra:

REGRA 7. LOCALIZE OU FORMULE OS ARGUMENTOS BÁSICOS DO LIVRO COM BASE NAS CONEXÕES ENTRE FRASES.

Você logo entenderá por que não dissemos "parágrafos" nesta regra. A propósito, tanto estas novas regras quanto aquela que recomenda entrar em acordo com o autor valem primordialmente para as obras expositivas. As re­ gras sobre proposições e argumentos são bem diferentes quando estamos lendo uma obra poética - romance, peça teatral ou poema. Mais tarde trataremos das alterações necessárias para que as regras sejam aplicadas nesses casos.

COMO ENCONTRAR AS FRASES-CHAVE

Como se localizam as frases mais importantes de um livro? E depois, como se interpretam essas frases para nelas detectar as proposições que contêm?

Mais uma vez estamos enfatizando aquilo que é importante. Dizer que há relativamente poucas frases importantes em um livro não quer dizer que você não precise prestar atenção ao resto. Obviamente, você tem de entender todas as frases. Mas a maioria das frases, assim como a maioria das palavras, não lhe trará dificuldades. Conforme dissemos em nossa discussão sobre leitura dinâ­ mica, você as lerá rapidamente. Do seu ponto de vista de leitor, as frases mais importantes para você são aquelas que exigem esforço interpretativo, porque, à primeira vista, não são perfeitamente inteligíveis. Você as entende, mas sabe que há mais para ser entendido. São frases que você lê muito mais devagar e cuidadosamente do que as demais. Talvez elas não sejam as frases mais impor­ tantes para o autor, mas provavelmente são, pois é possível que você tenha mais dificuldades justamente nas coisas mais importantes que o autor tenha a dizer.

Nem é preciso ressaltar que são elas as coisas mais importantes nas quais você deve prestar atenção.

Do ponto de vista do autor, as frases mais importantes são aquelas que expressam os julgamentos sobre os quais o livro se baseia. Normalmente, um livro contém muito mais do que as frases cruas de um argumento ou um mero conjunto de argumentos. O autor talvez explique como chegou a certa conclu­ são ou por que seu posicionamento implica as consequências que alega. Talvez ele discuta as palavras que utilizou. Talvez comente as obras de outros autores. Talvez se aprofunde nos mais variados tipos de discussões e considerações . Mas o coração da comunicação reside nas principais afirmações e negações, e nas razões que fornece para sustentá-las. Portanto, para ser bem-sucedido, você precisa enxergar as frases principais como se elas saltassem da página, em alto-relevo.

Alguns autores podem ajudá-lo nessa tarefa. Eles grifam para você as frases mais importantes. Ou dizem explicitamente que o ponto em questão é impor­ tante, ou usam outros dispositivos tipográficos para destacar as frases centrais.

É

claro que nada vai realmente adiantar para as pessoas que não ficam acordadas

durante a leitura. Conhecemos muitos alunos e leitores que simplesmente não prestavam atenção a esses sinais. Eles preferiam continuar lendo em vez de se deterem e examinarem as frases importantes com o devido cuidado.

São poucos os livros cujos autores destacam as frases fazendo-as ocupar um lugar especial na ordem e no estilo de exposição. Euclides, novamente, for­ nece o exemplo mais óbvio desse caso. Ele não apenas afirma suas definições, postulados e axiomas - suas principais proposições - no início, mas também rotula todas as proposições a serem provadas . Talvez você não entenda todos os enunciados. Talvez não consiga acompanhar todos os argumentos. Mas jamais perderá as frases ou grupos de frases importantes para o enunciado das provas.

Outro exemplo no qual as frases principais são destacadas pelo estilo da exposição é a Suma Teológica de Santo Tomás de Aquino. Cada seção vem precedida por uma questão. Há vários indícios da resposta que o autor busca defender. São enunciadas várias objeções à resposta. O local onde Santo To­ más começa a argumentar seu ponto de vista é marcado pelas palavras "Eu respondo que". Não há desculpa para não encontrar as frases importantes em

um livro desses - as frases que expressam as razões e as conclusões -, embora, mesmo assim, o livro continue sendo uma grande confusão para os leitores que tratam tudo que leem como se fosse igualmente importante - e leem tudo na mesma velocidade. No final das contas, tudo acaba sendo igualmente desimportante.

À

parte os livros cujos estilos chamam a atenção para os trechos que mais

precisam de interpretação por parte do leitor, a localização das frases impor­ tantes é sua tarefa exclusiva. Há muitas coisas que ele pode fazer. Se for pers­ picaz o bastante, conseguirá captar a diferença entre os trechos que entende prontamente e os trechos que não entende, e então facilmente terá localizado as frases que mais o desafiam. Talvez, a esta altura, você esteja começando a perceber como é importante, para a leitura, ficar perplexo e saber disso. O espanto é o começo da sabedoria, seja aprendendo por meio de livros, seja aprendendo com a natureza. Se você nunca se questionar sobre o sentido de determinado trecho, então nunca poderá esperar que o livro lhe forneça qualquer insight que ainda não possua.

Outra pista para encontrar os trechos importantes está nas palavras que os compõem. Se você já marcou as palavras importantes, elas provavelmente o le­ varão até as frases que merecem sua atenção. Assim, o primeiro passo da leitura interpretativa o prepara para o segundo. Mas o inverso também pode ser ver­ dadeiro. Pode acontecer de você marcar determinadas palavras somente depois de ficar confuso diante do sentido de uma frase. O fato de termos enunciado essas regras em determinada ordem não significa que você tenha de segui-las exatamente nessa ordem. Termos constituem proposições. Proposições contêm termos. Se você conhece os termos que as palavras expressam, é porque captou a proposição da frase. Se você entender a proposição transmitida por uma frase, terá captado os termos também.

Esse fato sugere mais uma pista para localizarmos as principais proposições. Elas pertencem aos principais argumentos do livro. Elas podem ser premissas ou conclusões. Assim, se você consegue detectar essas frases que parecem formar uma sequência, uma sequência na qual há um começo e um fim, então provavel­ mente terá apontado precisamente as frases que são importantes.

Dissemos "uma sequência na qual há um começo e um fim". Todo argu­ mento que os homens expressam em palavras leva certo tempo para ser enun­ ciado. Talvez você até consiga dizer uma frase de um só fôlego, mas há sempre

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