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Compras no Serviço Público

No documento AURIELLYS PLÁCIDO DA SILVA (páginas 43-48)

CAPÍTULO V – Desenvolvimento da Proposta de Trabalho

5.3 Compras no Serviço Público

A Administração Pública tem como objetivo, trazer clareza aos processos de licitação, buscando a justificativa dos seus procedimentos, visando a redução de custos, por conta do aumento da competitividade. A partir daí, cria diversas formas de comprar que difere das compras de empresas privadas, pois tem uma modalidade de compras que segue regras e leis que envolvem o serviço público.

A Constituição de 1988 estabelece a exigência do processo licitatório, durante a aquisição de bens e de serviços, pela administração pública, com vistas a assegurar a

igualdade de condições aos interessados em vender ou comprar do órgão público (COSTIN, 2010).

Nas empresas estatais e autárquicas, como também no serviço público em geral, ao contrário da iniciativa privada, as aquisições de qualquer natureza obedecem à Lei nº 8.666, de 21-6-1993, alterada pela Lei nº 8.883, de 8-6-1994, motivo pelo qual tornam-se totalmente transparentes. (VIANA, 2010, p. 248)

Pelo exposto, observa-se que as compras no serviço público são feitas através de um processo de licitação, onde tem toda formalidade para realizar a aquisição de produtos e materiais, de modo que atendam à todos os setores da repartição.

Viana (2010, p. 250), diz que a licitação “é um procedimento administrativo pelo qual a Administração Pública, em qualquer de seus níveis, prevendo comprar materiais e serviços, realizar obras, alienar ou locar bens, segundo condições estipuladas previamente, convoca interessados para apresentação de propostas, a fim de selecionar a que se revele mais conveniente em função de parâmetros preestabelecidos e divulgados”.

Nesse sentido, pode-se entender que os pedidos de uma repartição pública devem ser analisados pela própria administração pública, vendo se o que foi ofertado condiz com a realidade do pedido, se é cabível pedir tal material naquela quantidade, considerando o interesse da organização e alguns fatores de qualidade, preço, prazo, entre outros. O gestor tem a função de receber, examinar e julgar todos os documentos e procedimentos relativos às licitações e ao cadastramento de licitantes.

De acordo com Constin (2010), a Constituição estabelece como os princípios da administração pública, levando em consideração todos os procedimentos de compras, a legalidade, a impessoalidade, a moralidade, a publicidade e a eficiência; Isso quer dizer que, antes de ser realizada as compras, todos os interessados devem estar cientes do que se compra, de como e a quantidade que vai se adquirir de materiais, levando em consideração o custo- benefício, respeitando os procedimentos que foram estabelecidos legalmente.

A licitação tem por finalidade proporcionar igualdade de oportunidades entre os que desejam realizar um contrato com a Administração Pública, com eficiência e moralidade, destinando-se a garantir a observância do princípio da constituição, avaliando e selecionando as propostas mais vantajosas, que posteriormente, será processada e julgada em conformidade com os princípios básicos da legalidade, impessoalidade, moralidade, igualdade, publicidade, probidade administrativa, da vinculação ao processo convocatório, do julgamento objetivo e daqueles que forem correlatos (VIANA, 2010).

Ainda de acordo com Viana (2010), para não descaracterizar nem invalidar o resultado do processo de licitação, o Instituto de Licitação deve ser pautado nos seguintes princípios:

 Igualdade - descarta a discriminação entre os seus participantes;  Publicidade - mostra que não pode existir licitação sigilosa;

 Probidade administrativa - caracterizado pela honestidade ou maneira criminosa de cumprir os deveres que estão na lei;

 Procedimento formal - diz que a licitação está vinculada à legalidade das prescrições que regem todos os atos;

 Sigilo na apresentação das propostas - esse é um princípio consectário que dá igualdade aos licitantes, para preservar a competitividade do certame;

 Vinculação ao instrumento convocatório - significa que a administração e os licitantes ficam sempre adstritos aos termos permitidos no momento da convocação;

 Julgamento objetivo - caracterizado pela consideração aos interesses do serviço público e aos fatores de qualidade, de rendimento, eficiência, durabilidade, financiamento, preço e o prazo.

 Adjudicação compulsória ao vendedor - esse princípio mostra que, depois que vencida a licitação, o vendedor pode ter a atribuição do seu produto, a que foi classificado em primeiro lugar, o direito subjetivo à adjudicação.

Para Costin (2010), a Lei nº 8.666/1993 prevê quatro tipos de modalidade de licitação, são elas:

 Pelo menor preço, que, satisfeitas as condições do edital, levando em consideração apenas os preços, vencendo a proposta com o valor mais baixo;

 Pela melhor técnica aplicada, que são utilizadas em serviços de natureza intelectual, como a elaboração de projetos.

 Pela melhor técnica e preço, que também são utilizados em serviços de natureza intelectual;

 Pelo maior lance ou oferta, que diferem das licitações para aquisição;

especificar o objeto a ser adquirido, indicando, para isso, a qualidade e a quantidade a ser comprada, bem como as condições em que deseja adquirir”.

Existem algumas modalidades de licitação que são aspectos de importância durante o processo licitatório. Viana (2010) cita três delas:

 Convite – Modalidade de licitação mais simples, os interessados são escolhidos pela unidade administrativa, destinada às contratações de pequeno valor;

 Tomada de preços – Modalidade de licitação entre interessados cadastrados ou que atendam às condições exigidas para o cadastramento até o finalizar o prazo das propostas;

 Concorrência – Modalidade de licitação que é mais apropriada para contatos de grande porte, sujeito a revisões periódicas e admitindo a participação de outros interessados.

Quadro 1: Modalidades e limites de valor para licitação MODALIDADE DE

LICITAÇÃO

LIMITE DE VALOR PARA AQUISIÇÃO DE MATERIAIS PARA

CONTRATAÇÃO DE SERVIÇOS

LIMITE DE VALOR PARA OBRAS E SERVIÇOS DE

ENGENHARIA Limites para dispensa Até R$ 8.000,00 Até R$ 15.000,00

Convite Até R$ 80.000,00 Até R$ 150.000,00 Tomada de preços Até R$ 650.000,00 Até R$ 1.500.000,00 Concorrência Acima de R$ 650.000,00 Acima de R$ 1.500.000,00 Fonte: Adaptado de VIANA, 2010.

As compras realizadas pelo Estado podem gerar impactos na economia, tendo em vista que, as instituições públicas podem comprar em grandes quantidades, por isso, as compras no setor público são bastante reguladas e no Brasil, as aquisições de materiais e serviços nas organizações públicas são regidas pela Constituição e pela Lei 8.666 de 1993, que aplica-se às compras, obras, contratação de serviços e alienações de toda Administração Pública (COSTIN, 2010).

5.3.1 Edital de Licitação

As empresas que desejam fornecer bens e serviços para uma empresa pública, devem se cadastrar na unidade administrativa que tiver interesse, por meio de requerimento. Segundo Viana (2010), o cadastramento se dá através da apresentação dos seguintes documentos:

 Habilitação jurídica

o Registro comercial, se a empresa possuir cadastro individual;

o Ato constitutivo, Estatuto ou Contrato Social em vigor e alterações subsequentes, registrados na Junta Comercial do Estado, quando trata-se de sociedade comercial e se for sociedade por ações, tem que ir acompanhados de documentos de eleição dos seus administradores;

o Inscrição do ato constitutivo, tem que ir acompanhada de prova de diretoria em exercício, no caso se for uma sociedade civil;

o Decreto de autorização, quando se trata de organizações ou sociedades estrangeiras que funcionam no País, e o ato de registros ou autorização para iniciar o funcionamento;

 Qualificação técnica

o Registro ou inscrição nas entidades profissionais competentes;

o Atestado de desempenho anterior, para cada atividade exercida pela empresa; o Indicação das atuais instalações das empresas;

o Indicação do aparelho técnico que será utilizado;

o Relação da equipe técnica que prestará os serviços, acompanhada dos seus respectivos currículos.

 Qualificação econômico-financeira

o Balanço patrimonial e demonstrações contábeis do seu último exercício social, apresentados legalmente;

o Certidão negativa de falência ou concordata ou a Certidão negativa de Execução Patrimonial.

 Regularidade fiscal do interessado

o Prova de inscrição no cadastro geral de Contribuintes do Ministério da Fazenda;

o Prova de inscrição no Cadastro de Contribuintes Estadual ou Municipal; o Certidão negativa de débito;

o Prova de regularidade com a Fazenda Federal, Estadual ou Municipal; o Certidão de regularidade de situação.

No documento AURIELLYS PLÁCIDO DA SILVA (páginas 43-48)

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