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Condições de iluminação, ventilação, exaustão, instalações elétricas e de combate

4.2 A Lavanderia Hospitalar do HUSM

4.2.5 Condições de iluminação, ventilação, exaustão, instalações elétricas e de combate

Segundo o Ministério da saúde (2006), a lavanderia é de grande importância para o funcionamento das diversas unidades hospitalares e assim, qualquer que seja a sua dimensão e capacidade, deverão ser planejada, instalada, organizada e controlada com o rigor dispensado às demais unidades do hospital. O Quadro 17 mostra os resultados da verificação das condições físicas das instalações.

CONDIÇÕES DE ILUMINAÇÃO, VENTILAÇÃO, EXAUSTÃO, INSTALAÇÕES ELÉTRICAS E DE COMBATE A INCÊNDIO.

Sim Não NA

A iluminação, natural ou artificial, é adequada para a realização das atividades com segurança?

x O pé direito e o dimensionamento das janelas estão compatíveis com a área? x

É feita a substituição de lâmpadas queimadas? x

Há depósitos de sujidades no bulbo das lâmpadas? x

O sistema de ventilação adotado na unidade de processamento de roupas proporciona um

ambiente de trabalho adequado? x

As tubulações apresentam isolamento térmico? x

O sistema de exaustão da área suja é mecanizado e com pressão negativa em relação aos

compartimentos externos? x

O sistema de exaustão da área contaminada e o da área limpa são independentes? x

A saída de ar da lavanderia não contamina os serviços adjacentes? x O sistema de ventilação artificial faz recirculação do ar da área suja da lavanderia;

insuflamento de ar na área limpa e exaustão do ar na área suja? x

Há telas milimétricas nas janelas em bom estado de conservação e de limpeza? x

Há indicação da voltagem das tomadas? x

As tomadas são em número suficientes e próximas aos equipamentos? x As tomadas utilizadas nas áreas de processamento das roupas são blindadas e se estão

colocadas a 1,5 metros do piso? x

Existe fiação exposta ou de fios danificados? x

Existem duplicadores em tomadas? x

As tomadas são inspecionadas periodicamente para a verificação de polaridade, integridade do condutor terra, tensão de contato e segurança global?

x

As tomadas defeituosas são imediatamente substituídas? x

Possui Atestado de Vistoria fornecido pelo Corpo de Bombeiros? x

Os equipamentos de proteção e combate ao fogo (extintores com cargas dentro do prazo de validade) estão em locais de fácil acesso e sinalizados? x

Os funcionários tiveram treinamento de combate ao fogo? x

A saída de emergência está claramente sinalizada e desobstruída? x NA = Não Aplicável

Quadro 17 – Condições de iluminação, ventilação, exaustão, instalações elétricas e de combate a incêndio.

Por se tratar de um prédio antigo a instalação elétrica não está adequada conforme a NR n° 10, segundo a manutenção elétrica do HUSM, principalmente quanto à polaridade, condutor terra e segurança global, tomadas próximas ao piso, incorrendo na existência de fiação exposta, agravada pelo fato de não haver inspeção periódica e um programa de manutenção preventiva da rede elétrica o que pode ser visualizado através da Figura 9, 10 e 11. Este fato coloca em risco a segurança do ambiente visto que a desinfecção do local é realizada com a utilização de água corrente, possibilitando acidentes.

Figura 9 – Condições elétricas Figura 10 – Condições elétricas

Figura 11 – Condições elétricas

Área limpa

Área contaminada

Nas Figuras 9, 10 e 11 percebe-se a fiação exposta em vários locais, com sinais de já ter ocorrido curto circuito elétrico, deixando e expondo o ambiente a riscos significativos. As mesmas demonstram necessidade de treinamento a todos os interessados.

Observou-se também o derretimento de proteção de alguns fios por terem sido amarrados ao encanamento de vapor durante uma desinfecção da unidade, colocando em risco os funcionários que ali trabalhavam, conforme pode ser verificado na Figura 12.

Figura 12 – Proteção da fiação danificada

Através da Figura 12 o desconhecimento dos riscos físicos aos quais os funcionários estão expostos e se expõem, fazendo-se necessário que sejam realizados cursos de capacitação sobre riscos ambientais. A inexistência de isolamento térmico das tubulações ressalta, além dos efeitos indesejados vistos, a ausência do emprego de cores na identificação de tubulações conforme preconiza a NBR 6493 (ABNT, 1994).

Com relação a isso, foi sugerida à administração do setor uma lista de solicitações a serem encaminhadas entre elas constam o treinamento e averiguação pelo Serviço de Saúde e Segurança do Trabalhador sobre os riscos ambientais e usos de equipamentos de proteção.

A ventilação e exaustão mostram-se deficientes por haver tubulações secundárias sem isolamento de vapor e as principais com isolamento deficiente, danificado e vazamentos; deixando o ambiente desconfortável termicamente e propício a acidentes (queimaduras),

conforme mostram as Figuras 7, 12, 13 e 14. Este fato serve de argumento para que alguns funcionários, principalmente na área suja (contaminada), venham a não utilizar os Equipamentos de Proteção Individual (EPI´s) recomendados pelo PPRA.

Figura 13 – Tubulação de vapor Figura 14 – Tubulações de vapor da calandra

A Figura 13 representa a tubulação de vapor que chega a uma das secadoras. O vapor além de vazar se condensa, e visto que ocorre há tempo e persistir no momento, causou erosão no piso, como pode ser observado. Outros problemas de manutenção são notados entre eles: grande acúmulo de poeira gerada pelas roupas e a improvisação com pedaços de tijolos, não causando um bom aspecto.

A figura 14 demonstra a situação da tubulação de vapor da calandra que alimenta os rolos situados embaixo. Pode-se observar que a tubulação é totalmente sem isolamento térmico, gerando grande desconforto térmico, pois o calor tende a subir e assim fica mais intenso para as operadoras. Como solução provisória para esse fato foi colocado um tapume de madeira, o qual não tem sido uma solução eficaz para o problema.

Também foram demonstrados resultados prévios à administração e a ficou de solicitar o isolamento dos encanamentos de vapor. Minimizar os vazamentos e isolar boa parte da tubulação fará com que a temperatura ambiente baixe consideravelmente, e com isso reduza o desconforto térmico, os custos com água, vapor, óleo diesel, entre outros.

Não existe saída de emergência na área limpa e na rouparia, coexistindo a implantação de sinalização, mas aos funcionários está sendo oferecidos cursos e treinamentos de combate a incêndio, tendo os extintores adequados conforme os laudos técnicos da saúde e segurança do trabalhador (SSST).

Segundo Bartolomeu (1998), “as condições ambientais de uma lavanderia hospitalar têm grande influência na prevenção de doenças profissionais e acidentes, já que compreendem medidas de proteção coletiva”.