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2 A INVESTIGAÇÃO DO BLOCO PEDAGÓGICO: IMPLEMENTAÇÃO E

3.2 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Chegamos ao final dessa dissertação que teve como objetivo entender o que ocorrera na escola X com os seus vinte e um alunos que concluíram o terceiro ano do Bloco Pedagógico e ainda assim permaneciam iletrados e não numeralizados.

gerenciamento do Bloco Pedagógico na Secretaria de Educação e em mais três escolas dessa rede de ensino em busca de respostas para que pudessem fazê-la entender o que de fato ocorrera na escola X quando da implementação do Bloco Pedagógico. A investigação trouxera, em grande parte, respostas aos problemas que, inicialmente, essa pesquisadora aventava ser de natureza individual da escola X.

No entanto, ao longo do percurso investigativo as respostas obtidas através das respondentes participantes dessa pesquisa, trouxeram o entendimento de que o problema da escola X era um problema de rede, ou seja, incerteza era o sobrenome do início do trabalho com o Bloco Pedagógico. Cada qual, levando em conta as especificidades e lugar de atuação, passou por momentos de acomodação ao bloco. Os problemas de gerenciamento da SE intensificaram as dificuldades internas das escolas, mas a necessidade de execução do Bloco Pedagógico nas escolas tem formalizado planejamentos e ações para estancar os problemas iniciais. De fato, um programa dessa ordem só pode ser solidificado em rede.

Do início dessa dissertação até os dias atuais muitas ações ocorreram, tanto em nível de secretaria, quanto em nível das escolas, e percebe-se quede um problema, praticamente generalizado, desencadeou-se movimentos em direção ao estudo sistemático da Resolução nº 07/2010, formação de docentes através do PNAIC, ações coordenadas entre escolas e SE, seguido do planejamento interno com vistas a combater e tornar mínimo, gradativamente, os problemas anunciados na implementação e no gerenciamento do bloco. Vozes que se apresentaram nesse trabalho marcam a essência da implementação e o gerenciamento de Bloco Pedagógico. No entanto, deve-se ajuizar que a “essência” da democracia não se faz pela resolução dos problemas através do consenso, sobretudo, mas sim o consenso sobre o lugar onde esses problemas serão articulados. Traduzindo isso para os termos da gestão escolar e da SE, podemos observar que a gestão democrática não é aquela que resolve os problemas pelo consenso, mas sim aquela que promove o consenso sobre os meios legítimos para a resolução desses problemas. Ou seja, não é a resolução dos problemas, em si, que é decisiva, mas a maneira como cada membro responsável pelo fazer educação se coloca diante de situações adversas, nessa perspectiva deve-se ponderar o Bloco Pedagógico.

Para finalizar esse trabalho tomemos Nietzsche cujas palavras serviram muito a essa pesquisadora:

Ninguém pode construir em teu lugar as pontes que precisarás passar, para atravessar o rio da vida - ninguém, exceto tu, só tu. Existem, por certo, atalhos sem números, e pontes, e semideuses que se oferecerão para levar-te além do rio; mas isso te custaria a tua própria pessoa; tu te hipotecarias e te perderias. Existe no mundo um único caminho por onde só tu podes passar. Onde leva? Não perguntes, segue-o! (Friedrich Nietzsche 1980, p. 101)

Como dissera Nietzsche, “ninguém pode construir em teu lugar pontes que precisarás passar (...)”, assim, o gestor escolar deve ter a exata dimensão de seu papel nesse novo cenário. Saber construir pontes que associam autonomia à hierarquia. Entender que a autonomia se concretiza de fato e de direito quando construída coletivamente, dando voz e vez a todos os sujeitos. Sujeitos, que valorizados em suas funções, podem ser decisivos para o crescimento coletivo: nivelados pela força democrática, a qual deve ser imperativa. Força democrática que pode sustentar projetos e advertir a vontade de mudar. Transformação parece uma palavra bonita para adjetivar o conceito subliminar que deve ser apreendido pelo gestor nesses novos tempos. De certo, todos os caminhos ou o único e mais seguro é o trabalho que converge para o respeito e a participação de todos os atores, levando-se sempre em consideração as ações desenvolvidas na escola têm uma finalidade maior: capacitar alunos com habilidades e competências, formando cidadãos de fato e de direito.

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APÊNDICE A - PERGUNTAS DE REFERÊNCIA PARA O GRUPO FOCAL

1 - A partir da Resolução Nº 7 de 14 de dezembro de 2010, o que a SE quais as estratégias adotadas para se fazer cumprir essa resolução: na implementação junto às escolas da rede rrede municipal de educação ao Bloco Pedagógico?

2 - Como o BP foi recebido o BP pela SE

3 - Como foi repassada as orientações para as escolas

4 - Quais foram as estratégias, a partir do ano de 2011, para qualificar os professores que trabalham com o 1º, 2º e 3º anos que passaram a compor o BP? 5 - Quais os cursos oferecidos pela Se antes da Resolução Nº 7 de 14 de dezembro de 2010?

6 - A quem eram destinados?

7 - Esses cursos continuam como projeto de política pública da SE?

8 - Na gestão passada, que terminou no ano de 2012, houve efetivamente, algum curso destinado aos professores que atuam nos três anos do Bloco?

9 - O que se pode dizer do extrapolando a sala de aula, há algum linkpossível como a formação para o BP?

10 - Em relação aos gestores: quais foram as providências, por parte da SE, para que eles pudessem fazer chegar às suas escolas o que reza na Resolução Nº 7 de 14 de dezembro de 2010

11 - Diretores e coordenadores: o que vc entende por BP? 12 - Como foi recebido o BP pelos membros das escolas? 13 - O que efetivamente se planejou a partir dele?

14 - Há alguma mudança significativa no PROALFA antes de depois do BP? 15 - Quais foram os resultados do PROALFA antes e depois do BP?

16 - Quais as estratégias pedagógicas estão em curso em sua escola para fazer cumprir o prescrito na Resolução Nº 7 de 14 de dezembro de 2010 em relação ao BP?

17 - A sua escola já está adaptada a esse novo conceito? 18-E os professores do BP, estão fazendo o PNAIC?

19 - Qual a opinião dessas professoras em relação ao curso?

20 - O BP partido em escolas diferentes (1º ano escola infantil) e 2º e 3 em outras escolas?

21 - Quais os maiores benefícios que vocês entendem com o surgimento do BP? 22 - Quais os problemas mais difíceis em relação ao BP enfrentados na sua escola

ANEXO A – RESOLUÇÃO Nº 07/2010 E BLOCO PEDAGÓGICO

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO CÂMARA DE EDUCAÇÃO BÁSICA RESOLUÇÃO Nº 7, DE 14 DE DEZEMBRODE 2010

Fixa Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de 9 (nove) anos. O Presidente da Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação, de conformidade com o disposto na alínea “c” do § 1º do art. 9º da Lei nº 4.024/61, com a redação dada pela Lei nº 9.131/95, no art. 32 da Lei nº 9.394/96, na Lei nº 11.274/2006, e com fundamento no Parecer CNE/CEB nº 11/2010, homologado por Despacho do Senhor Ministro de Estado da Educação, publicado no DOU de 9 de dezembro de 2010, resolve:

Art. 1º A presente Resolução fixa as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de 9 (nove) anos a serem observadas na organização curricular dos sistemas de ensino e de suas unidades escolares.

Art. 2º As Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de 9 (nove) anos articulam-se com as Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica (Parecer CNE/CEB nº 7/2010 e Resolução CNE/CEB nº 4/2010) e reúnem princípios, fundamentos e procedimentos definidos pelo Conselho Nacional de Educação, para orientar as políticas públicas educacionais e a elaboração, implementação e avaliação das orientações curriculares nacionais, das propostas curriculares dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios, e dos projetos político- pedagógicos das escolas. Parágrafo único. Estas Diretrizes Curriculares Nacionais aplicam-se a todas as modalidades do Ensino Fundamental previstas na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, bem como à Educação do Campo, à Educação Escolar Indígena e à Educação Escolar Quilombola. FUNDAMENTOS.

Art. 3º O Ensino Fundamental se traduz como um direito público subjetivo de cada um e como dever do Estado e da família na sua oferta a todos.

Art. 4º É dever do Estado garantir a oferta do Ensino Fundamental público, gratuito e de qualidade, sem requisito de seleção. Parágrafo único. As escolas que ministram esse ensino deverão trabalhar considerando essa etapa da educação como aquela capaz de assegurar a cada um e a todos o acesso ao conhecimento e aos elementos da cultura imprescindíveis para o seu desenvolvimento pessoal e para a vida em sociedade, assim como os benefícios de uma formação comum, independentemente da grande diversidade da população escolar e das demandas sociais.

Art. 5º O direito à educação, entendido como um direito inalienável do ser humano, constitui o fundamento maior destas Diretrizes. A educação, ao proporcionar o desenvolvimento do potencial humano, permite o exercício dos direitos civis, políticos, sociais e do direito à diferença, sendo ela mesma também um direito social, e possibilita a formação cidadã e o usufruto dos bens sociais e culturais.

§ 1º O Ensino Fundamental deve comprometer-se com uma educação com qualidade social, igualmente entendida como direito humano. Resolução CNE/CEB 7/2010. Diário Oficial da União, Brasília, 15 de dezembro de 2010, Seção 1, p. 34.

§ 2º A educação de qualidade, como um direito fundamental, é, antes de tudo, relevante, pertinente e equitativa. I – A relevância reporta-se à promoção de aprendizagens significativas do ponto de vista das exigências sociais e de desenvolvimento pessoal. II – A pertinência refere-se à possibilidade de atender às necessidades e às características dos estudantes de diversos contextos sociais e culturais e com diferentes capacidades e interesses. III – A equidade alude à importância de tratar de forma diferenciada o que se apresenta como desigual no ponto de partida, com vistas a obter desenvolvimento e aprendizagens equiparáveis, assegurando a todos a igualdade de direito à educação.

§ 3º Na perspectiva de contribuir para a erradicação da pobreza e das desigualdades, a equidade requer que sejam oferecidos mais recursos e melhores condições às escolas menos providas e aos alunos que deles mais necessitem. Ao lado das políticas universais, dirigidas a todos sem requisito de seleção, é preciso

também sustentar políticas reparadoras que assegurem maior apoio aos diferentes grupos sociais em desvantagem.

§ 4º A educação escolar, comprometida com a igualdade do acesso de todos ao conhecimento e especialmente empenhada em garantir esse acesso aos grupos da população em desvantagem na sociedade, será uma educação com qualidade social e contribuirá para dirimir as desigualdades historicamente produzidas, assegurando, assim, o ingresso, a permanência e o sucesso na escola, com a consequente redução da evasão, da retenção e das distorções de idade/ano/série (Parecer CNE/CEB nº 7/2010 e Resolução CNE/CEB nº 4/2010, que define as Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica). PRINCÍPIOS

Art. 6º Os sistemas de ensino e as escolas adotarão, como norteadores das políticas educativas e das ações pedagógicas, os seguintes princípios:

I – Éticos: de justiça, solidariedade, liberdade e autonomia; de respeito à dignidade da pessoa humana e de compromisso com a promoção do bem de todos, contribuindo para combater e eliminar quaisquer manifestações de preconceito de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.

II – Políticos: de reconhecimento dos direitos e deveres de cidadania, de respeito ao bem comum e à preservação do regime democrático e dos recursos ambientais; da busca da equidade no acesso à educação, à saúde, ao trabalho, aos bens culturais e outros benefícios; da exigência de diversidade de tratamento para assegurar a igualdade de direitos entre os alunos que apresentam diferentes necessidades; da redução da pobreza e das desigualdades sociais e regionais.

III – Estéticos: do cultivo da sensibilidade juntamente com o da racionalidade; do enriquecimento das formas de expressão e do exercício da criatividade; da valorização das diferentes manifestações culturais, especialmente a da cultura brasileira; da construção de identidades plurais e solidárias.

desenvolver o educando, assegurar-lhe a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhe os meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores, mediante os objetivos previstos para esta etapa da

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