• Nenhum resultado encontrado

Este trabalho teve como motivação a tentativa de abordar as causas múltiplas de morte relacionadas ao HIV/AIDS. Considerou-se adequada a aplicação do método multivariado Grade of Membership (GoM), pois o mesmo possibilitou a definição de perfis multidimensionais de causas de morte, ao mesmo tempo em que permitiu analisar com diferentes intensidades a pertinência a cada um dos perfis criados. Através de sua utilização, foi possível identificar três perfis multidimensionais de agrupamentos de causas de morte relacionadas ao HIV/AIDS de óbitos de residentes nos municípios de São Paulo e Santos no ano de 2001.

Primeiramente, o perfil 1, identificado como sendo aquele que aglomera as causas de morte notadamente identificadas na literatura como típicas do período pré terapia anti- retroviral de alta-potência (TARV), foi caracterizado pela presença de tuberculose, doença pelo HIV, candidíase e micose, toxoplasmose, pneumonia e doenças do aparelho respiratório. O segundo perfil, denominado de perfil com causas dos períodos pré e pós- TARV foi determinado por um conjunto maior de doenças: tuberculose, hepatites A e viral, e doenças do fígado, doença pelo HIV, citomegalovirose, candidíase e micose, toxoplasmose, neoplasias relacionadas e não relacionadas à aids, anemias e doenças do sangue, diabetes mellitus, desnutrição, doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas, doenças do sistema nervoso, doenças do aparelho digestivo, doenças do aparelho geniturinário, doenças relacionas à gravidez, parto e puerpério, lesões, envenenamento e causas externas. O terceiro e último perfil pôde ser melhor identificado com sendo um perfil residual, no qual não estava presente a doença pelo HIV. Entretanto, tal configuração pode estar captando doenças presentes naqueles atestados em que a doença pelo HIV não foi mencionada explicitamente, mas somente outras doenças altamente indicativas de HIV. O aparecimento sistemático destas causas conjuntamente merece futuras investigações, uma vez que os cinco grupos de causas de morte deste perfil (doenças infecciosas, bacterianas e infecções; transtornos mentais e comportamentais; doenças do sistema nervoso; doenças do aparelho circulatório e doenças do aparelho respiratório) no contexto da doença pelo HIV são indícios de óbitos em de pacientes em estágio avançado de aids. As análises referentes a estes perfis mostram-se bastante próximas dos resultados encontrados na literatura acerca do tema, em que um grande número de estudos, ainda em 2005, ou seja, quase 10 anos após o início da utilização da TARV, em 1996, procuram

identificar o perfil da mortalidade relacionada ao HIV/AIDS, que vem se modificando ao longo do tempo. As evidências dos estudos são que novas doenças, principalmente as pré- aids vêm aparecendo com maior freqüência, embora não tenham sido erradicadas as doenças oportunistas da história natural do HIV, conforme o resultado do perfil 2, em que se encontraram doenças como diabetes associadas a doenças oportunistas. Outro problema com o qual a literatura vem lidando e que este trabalho teve presente foi a persistência das doenças pré-TARV, identificadas na história natural do HIV. Assim, há pouca evidência de que as doenças pré-TARV não continuem existindo no período pós-TARV.

Uma observação importante que tem implicações sobre os resultados deste trabalho, principalmente pelas causas identificadas neste perfil é o fato de que muitos pacientes em uso da TARV, podem já ter feito uso de outras terapias anti-retrovirais anteriores à TARV, como a mono e a dupla terapia, o que tem implicações do ponto de vista que um tratamento anterior é geralmente associado com uma resposta pior à TARV, assim não ficam claros os verdadeiros efeitos da TARV nas primeiras coortes após a introdução da terapia, coortes tais que são provavelmente as referentes aos óbitos no ano de 2001, deste trabalho (MONFORTE et al., 2005).

O perfil extremo de maior peso no total da população refere-se ao agrupamento das causas de morte é do perfil 1, o das doenças oportunistas, onde se enquadram 12,4% dos óbitos ocorridos em São Paulo, o que indica que neste município continua-se observando um agrupamento de doenças típicas do período pré-TARV. Este ponto merece futuras investigações com o objetivo de identificar se estes óbitos são decorrentes de pessoas que apresentaram falha terapêutica e ou se houve problemas de adesão ao tratamento, ou até mesmo se a TARV não chegou a ser utilizada, por questões de acesso, num contexto em que se espera que no município de São Paulo a TARV seja universalmente utilizada, quando necessário. Por outro lado, conforme mostrado através da literatura sobre as comorbidades relacionadas ao HIV, mesmo diante da utilização bem sucedida dos medicamentos, após determinado período de tempo, a medicação pode se tornar incapaz de sustentar uma carga viral baixa e uma contagem de células T CD4+ acima de 200 células/ mm3, ou seja, o nível considerável não aids. Estes são questionamentos que os pesquisadores do HIV vêm levantando, o que impulsiona mais estudos sobre o tema, ao mesmo tempo em que as pesquisas para medicamentos mais eficazes prosseguem.

No que diz respeito ao perfil 2, que corresponde a 10,1% dos óbitos, há uma maior aglomeração de causas tanto observáveis no período pré quanto pós-TARV. Tal resultado pode estar relacionado ao fato de que alguns destes óbitos se referirem a pacientes que iniciaram a terapia anti-retroviral de alta potência já com uma contagem de células CD4 baixa e que, portanto, faleceram não muito tempo após o início de sua utilização, e que, por outro lado, não tiveram um espaço de tempo grande para adquirirem doenças típicas dos efeitos adversos da utilização dos esquemas triplos da TARV, como por exemplo diabetes mellitus e lipodistrofia. Mais uma vez, a possibilidade, que precisa ser mais profundamente investigada é a questão do acesso à terapia e adesão dos pacientes a mesma, pois se há falhas nestes dois processos (acesso e adesão) a progressão do paciente da infecção ate à aids pode ocorrer de forma mais rápida, com manifestação de infecções oportunistas (OI’s) observadas na história natural do HIV, e que certamente podem levar ao óbito dos indivíduos em período curto de tempo.

Um dos resultados mais importantes deste estudo, diz respeito ao perfil 2, no qual foram verificadas comorbidades, que podem estar associadas uso de drogas injetáveis, no município de Santos, que é dos municípios com maior taxa de soroprevalência de HIV entre usuários de drogas injetáveis no mundo. Esta associação entre UDI e HIV, está também relacionada à rota dos caminhoneiros para o porto de Santos e à prostituição (VILLARINHO et al., 2002).

O perfil 3 pode ser mais adequadamente interpretado como o perfil residual, não contendo a doença pelo HIV, mas que incorpora importantes grupos de causas de morte relacionadas ao HIV/AIDS, identificadas nos períodos pré e pós-TARV.

Observa-se que 39,0% dos óbitos, apresentam características próximas ou iguais aos perfis extremos. Deve-se atentar, ainda, para o fato de alguns óbitos serem mistos quanto à predominância dos perfis, o que confirma ainda mais a necessidade de futuros estudos comparativos entre as doenças pré e pós-TARV, para que sejam realmente avaliadas as comorbidades associadas à doença pelo HIV.

Neste trabalho estudaram-se os perfis mistos de causas de óbitos. Estes graus de pertencimento menores ou maiores aos três perfis estão de acordo com o perfil da mortalidade pelo HIV observado na literatura, em que se observam variadas manifestações

da doença entre os indivíduos, ou seja, grande heterogeneidade, que foi uma das razões para a escolha do método GoM neste trabalho.

Do ponto de vista de políticas públicas é importante perceber o perfil da mortalidade pelo HIV/AIDS para que se possa enfrentar os desafios da doença como sendo uma doença crônica, pois, apesar do grande decréscimo nas taxas de mortalidade relacionadas ao HIV/AIDS, a doença continua sendo uma das principais causas de morte entre os jovens adultos nos grupos etários entre 25 e 44 anos. Assim, um dos aspectos importantes é a prevalência da doença na população, que pode estar crescendo. Num curto espaço de tempo, a aids passou de uma doença fatalmente rápida e uniforme para uma doença controlável diante do evento da TARV. Mesmo no Brasil, onde o tratamento é universal, existem incertezas envolvendo a terapia, adesão, prognóstico e iatrogênesis. Ao invés de ser uma doença consideravelmente previsível, estereotipada e com um curso fatal, a aids passou a ser uma doença prolongada com exacerbações e remissões, com uma carga de doença cumulativa crescente, com efeitos tóxicos significativos advindos da TARV, com crescentes comorbidades médicas e psiquiátricas (SELWYN & FORSTEIN, 2003).

A utilização da TARV altera o curso da doença pelo HIV e posterga a mortalidade. Entretanto, esses resultados positivos implicam em um novo custo, ou seja, novas demandas, principalmente em termos de morbidade e atenção específica à saúde dos portadores do vírus HIV. Espera-se que os resultados deste estudo contribuam para a elaboração de políticas públicas direcionadas à adequação dos serviços de saúde ao novo cenário de morbi-mortalidade relacionada ao HIV, no qual continua-se observando causas de morte conhecidas relacionadas ao longo de mais de duas décadas da epidemia do HIV/AIDS juntamente a novas doenças, que em sua maior parte são doenças sérias e crônicas, advindas da utilização da TARV.

BIBLIOGRAFIA

ACURCIO, F.A., CESAR, C.C., GUIMARÃES, M.D.C. Health care utilization and survival among patients with AIDS in Belo Horizonte, Minas Gerais, Brazil. Cadernos de

Saúde Pública, v. 14, n. 4, p.811-820, out-dez, 2000.

___________, Guimarães, M.D.C. Acessibilidade de indivíduos infectados pelo HIV.

Cadernos de Saúde Pública, v. 12, n. 2, p.233-242, abr-jun, 1996.

ADLER, N.E., BOYCE, T., CHESNAY, M.A. et al. Socioeconomic status and health: the challenge of the gradient. American Psycologist, v. 49, n.1, p. 15-24, Jan, 1994.

ALASTAIR, J.J., WOOD, M.D. HIV : protease inhibitors. New England Journal of

Medicine, Massachussetts, v. 338, n.18, p.1281-1292, Jun. 2004.

ALVES, M.T.S.S.B., SILVA, A.A.M., NEMES, M.I.B., BRITO, L.G.O. Tendências da incidência e da mortalidade por AIDS no Maranhão, 1985 a 1998. Revista de Saúde

Pública, São Paulo, v. 37, n.2, p. 177-182, 2003.

ANDRIEU, J.M., LU, W. Long term clinical, immunologic and virologic impact of glucorticoids on the chronic phase of HIV infection. BMC Medicine, v.17, n.2, 2004. Disponível em: http://www.biomedcentral.com/1741-7015/2/17

ATKINS, J.O., BIGGAR, R.J., GOEDERT, J.J., ENGELS, E.A. The incidence of Kaposi Sarcoma among injection users with AIDS in the United States. Journal of Acquired

Immune Deficiency Sindrome, v.37, n.2, p.1282-1287, out.,2004.

BAPTISTA, D.B.D.A. Idosos no município de São Paulo: expectativa de vida ativa e perfis multidemensionais de incapacidade a partir da SABE. 2003. 113f. Dissertação (Mestrado em Demografia) – Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2003.

BARBOSA, L.M., SAWYER, D. O. AIDS: a vulnerabilidade social e a evolução da epidemia nos municípios das regiões Nordeste e Sudeste do Brasil. Revista Brasileira de

Estudos de População, v. 20, n.2, p.241-257, jul/dez.2003.

BARBOSA, M.T.S., STRUCHINER, C.J. Impacto da terapia anti-retroviral na magnitude de epidemia do HIV/AIDS no Brasil: diversos cenários. Cadernos de Saúde Pública, v. 19, n.2, p.535-541, 2003.

BELÉM. Prefeitura Municipal. Secretaria Municipal de Saúde. Terapêutica

antiretroviral: Uma conquista. Belém, 1999. Disponível em:

<http://www.aids.gov.br/cartarv.pdf> Acesso em: 10 jun. 2004.

BELL, J.E. An update on the neuropathology of HIV in the HAART era. Histopathology, v. 45, n.6, p. 549-559, 2004.

BERKMAN, L., SINGER, B., MANTON, K. Black/White differences in health status among the elderly. Demography, v. 26, n. 4, p. 661-678, Nov.1989.

BONNET, F., MORLAT, P., CHÊNE, G., MERCIÉ, P. et al. Causes of death among HIV- infected patients in the era of highly active antiretroviral therapy, Bordeaux, France, 1998- 1999. HIV Medicine, v.3, n.3, p.195-199, Jul.2002.

BOWER, M., POWLES, T., NEWSOM-DAVIS, T., THIRLWELL, C. et al. HIV- associated anal cancer: has highly active antiretroviral therapy reduced the incidence or improved the outcome? Journal of Acquired Immune Deficiency Sindrome, v. 37, n.5, p.1563-1565, 2004.

BOYLE, B.A. Guide to management of non-nucleoside reverse transcriptase inhibitor (NNRTI): toxicities and side effects. HIVandHepatitis.com. 2002. Disponível em: <http://www.hivandhepatitis.com/pdf/nnrti550c820d.pdf> Acesso em : 08 de junho de 2004.

BOYLE, B.A. Guide to management of nucleoside/nucleotide analogue (NA): toxicities and side effects. HIVandHepatitis.com 2003. Disponível em <http://www.hivandhepatitis.com/email/na_guide/NAGuide.pdf>. Acesso em: 08 de junho de 2004.

BOYLE, B.A. Guide to management of protease inhibitor (PI): toxicities and side effects.

HIVandHepatitis.com. 2002. Disponível em <http://www.hivandhepatitis.com

/email/piguide_2003/PIGuide2.pdf>. Acesso em : 08 de junho de 2004.

BRASIL. Ministério da Saúde. Boletim epidemiológico AIDS, v.16, n.1, abr-dez 2002. BRASIL. Ministério da Saúde. AIDS: leia antes de escrever. Brasília: Ministério da Saúde, 2003. Disponível em: <http://www.aids.gov.br/leia.htm> Acesso em: 08 abr. 2004.

BRASIL. Ministério da Saúde. Recomendações para terapia anti-retroviral em adultos

e adolescentes infectados pelo HIV – 2004. Brasília: Ministério da Saúde, 2004a.

Disponível em: <http://www.aids.gov.br/final/biblioteca/adulto_2004/consenso.doc> .Acesso em: 10 jun. 2004.

BRASIL. Ministério da Saúde. Home page. Disponível em <http://www.aids.gov.br> Acesso em: 10 jun. 2004c.

BRISTOL-MYERS SQUIBB. Home page. Disponível em: <http://www.bristol.com.br/ saude/hivaids/guerra.htm > Acesso em: 27 jun. 2004.

BUTT, A.A., FULTZ, S.L., KWOH, C.K., KELLEY, D. et al. Risk of diabetes in HIV infected veterans pre- and post- HAART and the role of HCV coinfection. Hepatology, v.40, n.1, p.115-119, 2004.

CAMARGO, A.B.M. Mortalidade por causas externas no Estado de São Paulo e suas

regiões. 2002. 227p. Tese (Doutorado em Saúde Pública) – Faculdade de Saúde Pública da

Universidade de São Paulo, São Paulo, 2002.

CERQUEIRA, C. A. Tipologia e características dos estabelecimentos escolares

brasileiros. 2004. 295p. Tese (Doutorado em Demografia) – Centro de Desenvolvimento e

COELI, C.M., FERREIRA, L.G.F.D., DRBAL, M.M., VERAS, R.P. et al. Mortalidade em idosos por diabetes mellitus como causa básica e associada. Revista de Saúde Pública, São Paulo, v.36, n.2, p.35-140, 2002.

COHEN, M.H., FRENCH, M.D., BENNING, L., KOVACS, A. et al. Causes of death among women with human immunodeficiency virus infection in the era of combination antiretroviral therapy. American Journal of Medicine, v.113, p.91-98, 2002.

COHEN, M.H., FRENCH, M.D., BENNING, L., KOVACS, A. et al. Causes of Death Among Women with Human Immunodeficiency Virus Infection in the Era of Combination Antiretroviral Therapy. American Journal of Medicine, v.113, n.2, p.91-98, Aug. 2002. COLLAZOS, J. Opportunistic infections of the CNS in patients with AIDS: diagnosis and management. CNS Drugs, v.17, n.12, p.869-887, 2003.

CURRIE, C.S.M., WILLIAMS, B.G., CHENG, R.C.H., DYE, C. Tuberculosis epidemics driven by HIV: is prevention better than cure? AIDS, v. 17, n.17, p. 2501-2508, 2003. CURRIER, J.S., HAVLIR, D.V. Complications of HIV Disease and Therapy. TOPICS IN

HIV MEDICINE, v.10,n.1, mar-abr, 2002.

CYSIQUE, L.A., MARUFF, P., BREW, B.J. Prevalence and pattern of neuropsychological impairment in human immunodeficiency vírus-infected/acquired immunodeficiency syndrome (HIV/AIDS) patients across pre- and post- highly active antiretroviral therapy eras: a combined study of two cohorts. Journal of Neurovirology, v.10, n.6, p.350-357, Dec. 2004.

DHEDA, K., LAMPE, F.C., JOHNSON, M.A., LIPMAN, M.C. Outcome of HIV- associated tuberculosis in the era of highly active antiretroviral therapy. Journal of

Infectious Diseases, v.190, n.9, p.1670-1676, Nov. 2004.

DIAMOND, C., TAYLOR, T.H., ABOUMRAD, T., BRINGMAN, D., ANTON- CULVER, H. Increased incidence of squamous cell anal cancer among men with AIDS in the era of highly active antiretroviral therapy. Sexually Transmitted Diseases, v.32, n.5, p.314-320, May 2005.

DICIONÁRIO médico Blakiston. 2.ed. São Paulo: Organização Andrei, 1979.

DORLAND, W.A.N. Dorland (pocket): dicionário médico. 25.ed. São Paulo: Roca, c1997. 1001p.

DROMER, F., MATHOULIN-PELISSIER, S., FONTANET, A., RONIN, O. et al. Epidemiology of HIV-associated cryptococcosis in France (1985-2001): comparison of the pre- and post- HAART eras. AIDS, v.18, n.3, p. 555-562, Fev. 2004.

EMLET, C.A., FARKAS, K.J. Correlates of service utilization among midlife and older adults with hiv/aids: the role of age in the equation. Journal of Aging and Health, v.14, n.3, p.315-335, Aug. 2002.

FAN, H., CONNER, R.F., VILLAREAL, L.P. The biology of AIDS. 4 ed. Massachusetts: Jones and Bartlett, 2000. 202p.

FARTHING, C.F. et al. Atlas colorido de AIDS e da doença do HIV. 2.ed. São Paulo: Artes Médicas, 1989. 114p.

FLORIS-MOORE, M., LO, Y., KLEIN, R.S., BUDNER, N., GOUREVITCH, M.N. et al. Gender and hospitalization patterns among HIV-Infected drug users before and after the availability of highly active antiretroviral therapy. Journal of Acquired Immune

Deficiency Journal, v.34, n.3, p.331-337, Nov. 2003.

FONSECA, M.G.P., SZWARCWALD, C.L., BASTOS, F.I. Análise sociodemográfica da epidemia de Aids no Brasil, 1989-1997. Revista de Saúde Publica, São Paulo, v.36, n.6, p. 678-685, 2002.

FRAGOSO, Y.D., MENDES, V., ADAMO, A.P.M., BOSCO, L.P., TAVARES, C.A.F. Neurologic manifestations of AIDS: a review of fifty cases in Santos. São Paulo Medical

Journal, São Paulo, v.116, n.3, p.1715-1720, 1998.

FRANCO, L.J., MAMERI, C., PAGLIARO, H., IOCHIDA, L.C., GOLDENBERG, P. Diabetes como causa básica ou associada de morte no Estado de São Paulo, Brazil, 1992.

Revista de Saúde Publica, São Paulo, v.32, n.3, p.237-245, jun. 1998.

FRIIS-MOLLER, N., SABIN, C.A., WEBER, R., et al. Combination antiretroviral therapy and the risk of myocardial infarction. New England Journal of Medicine, v.349, n.21, p.1993-2003, Nov. 2003. (The data collection on Adverse Events of Anti-HIV Drugs (DAD) Study Group)

FRISCH, M., BIGGAR, R.J., ENGELS, E.A., GOEDERT, J.J. Association of cancer with AIDS-related immunosuppression in adults. Journal of the American Medical

Association – JAMA, v.285, n.13, p.1736-1745, Apr. 2001.

FURRER, H., FUX, C. Opportunistic infections: an update. Journal of HIV Therapy, v.7, n.1, p.2-7, fev. 2002.

GALLAFENT, J.H., BUSKIN, S.E., DE TURK, PETER B., ABOULAFIA, D.M. Profile of patients with Kaposi’s Sarcoma in the era of highly antiretroviral therapy. Journal of

Clinical Oncology, v.23, n.6, p.1253-1260, Feb. 2005.

GAYLE, H.D., HILL, G.L. Global impact of human immunodeficiency virus and AIDS.

Clinical Microbiology Reviews, v. 14, n.2, p.327-335, abr. 2001.

GAZZARD, B. Tuberculosis, HIV and the developing world. Clinical Medicine, v.1, n.1, p.62-68, jan-fev, 2001.

GERSTMAN, B.B. Epidemiology kept simple: an introduction to classic and modern epidemiology. New York: Wiley-Liss, 1998. 448p.

GITTELSOHN, A.M. On the distribution of underlying causes of death. American

Journal of Public Health, v.72, n.2, p.133-140, 1982.

GOLDSTEIN, D.M. AIDS and women in Brazil: the emerging problem. Social Science

and Medicine, v.39, n.7, p.919-929, Oct.1994.

GOTTLIEB M.S. AIDS – past and future. New England Journal of Medicine, Massachussetts, v.344, n.23, p.1788-1791, Jun. 2001.

GRAY, A. (Ed.) World health and disease. 3.ed. Buckingham: Open University, 2001. 352 p.

GUIMARÃES, M.D.C. Estudo temporal das doenças associadas à AIDS no Brasil, 1980- 1999. Cadernos de Saúde Pública, v.16, supl.1, p.21-36, 2000.

HAUGAARD, S.B., ANDERSEN, O., DELA, F., HOLST, J.J. et al. Defective glucose and lipid metabolism in human immunodeficiency virus-infected patients with lipodystrophy involve liver, muscle tissue and pancreatic beta-cells. European Journal of

Endocrinology, v. 152, n.1, p.103-112, jan, 2005.

HAVLIR, D.V., CURRIER, J.S. Complications of HIV Disease and Therapy. Topics in

HIV Medicine, v.11, n.3, mai-jun, 2003.

HORTELANO, C.M.E., RINCON, J.M.R., RODERO, F.G., CANUTO, M.M. et al. Changes in the spectrum of morbidity and mortality in hospital admissions of HIV infected patients during the HAART era. Medicina Clinica, v.122, n.1, p.1-5, Barcelona, jan.2004. ILOEJE, U.H., YUAN, Y., L’ITALIEN G., MAUSKOPF, J. et al. Protease inhibitor exposure and increased risk of cardiovascular disease in HIV-infected patients. HIV

Medicine, v.6, n.1, p.37-44, Jan. 2005.

JAGGY, C., VON OVERBECK, J., LEDERGERBER, B. et al. Mortality in the Swiss HIV Cohort Study (SHCS) and the Swiss general population. Lancet, v.362, n.9387, p.877-78, Sept. 2003.

JAIME, P.C., FLORINDO, A.A., LATORRE, M.R.D.O. et al. Prevalência de sobrepeso e obesidade abdominal em indivíduos portadores de HIV/AIDS, em uso de terapia anti- retroviral de alta potência. Revista Brasileira de Epidemiologia, São Paulo, v.7, n.1, p. 65-72, mar. 2004.

KING JR., J.T., JUSTICE, A.C., ROBERTS, M.S., CHANG, C.H., FUSCO, J.S. Long- Term HIV/AIDS survival estimation in the highly active antiretroviral therapy era.

Medical Decision Making, v.23, n.1, p. 9-20, Jan./Feb. 2003.

KLEIN, S.K., SLIM, E.J., DE KRUIF, M.D., KELLER, T.T. et al. Is chronic HIV infection associated with venous thrombotic disease? A systematic review. Netherlands

Journal of Medicine, v.63, n.4, p.129-136, Apr. 2005.

KOTLER, D. Challenges to diagnosis of HIV-associated wasting. Journal of Acquired

Immunodeficiency Syndrome, v.37, p.S280-S283, Dec. 2004.

KRENTZ, H.B., KLIEWER, G., GILL, M.J. Changing mortality rates and causes of death for HIV-infected individuals in Southern Albert, Canada from 1984 to 2003. HIV

Medicine, v.6, n.2, p.99-106, Mar. 2005.

LAMB, V.L. A cross-national study of quality of life factors associated with patterns of elderly disablement. Social Science & Medicine, v.42, n.3, p.363-377, Feb.1996.

LAURENTI, R. Causas múltiplas de morte. 1973. 105 p. Tese (Concurso de Habilitação à Livre Docência na Disciplina de Estatística Vital do Departmento de Epidemiologia) – Faculdade de Saúde Pública, Universidade de São Paulo, São Paulo, 1973.

LEE, L.M., KARON, J.M. SELIK, R., NEAL, J.J., FLEMING, P.L. Survival after AIDS diagnosis in adolescents and adults during the treatment era, United States, 1984-1997.

Journal of the American Medical Association – JAMA, v.285, n.10, p.1308-1315, Mar.

2001.

LEMOS, K.R.V. VALENTE, J.G. Mortalidade por AIDS no estado do Rio de Janeiro: 1991 a 1995. Cadernos de Saúde Pública, v.17, n.4, p.957-968, jul./ago. 2001.

LIBERATO, I.R.O., ALBUQUERQUE, M.F.P.M., CAMPELO, A.R.L., MELO, H.R.L. Characteristics of pulmonary tuberculosis in HIV seropositive and seronegative patients in a northeastern region of Brazil. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, v.37, n.1, p.46-50, jan./fev. 2004.

LOPEZ-PALOMO C, MARTIN-ZAMORANO M, BENITEZ E, FERNANDEZ- GUTIERREZ C. et al. Pneumonia in HIV-infected patients in the HAART era: incidence, risk, and impact of the pneumococcal vaccination. Journal of Medical Virology, v.72, n.4, p.517-24, abr., 2004.

LOTUFU, P.A. Coffee, Samba, football and social inequalities: reflections on mortality in São Paulo, Brazil. Revista Paulista de Medicina. São Paulo, v.119, n.3, p.94-96, 2001.