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CUSTO DE CAPITAL DE TERCEIROS

No documento Análise de Investimentos (páginas 121-0)

TÓPICO 2 – CUSTOS DE TRANSAÇÃO

3.2 CUSTO DE CAPITAL DE TERCEIROS

O custo de capital de terceiros é o retorno exigido pelos credores de dívida de uma empresa. O custo do capital de terceiros representa a remuneração que a empresa paga para instituições financeiras nos empréstimos obtidos. A princípio, a obtenção do custo do capital de terceiros é relativamente fácil, por exemplo, se uma empresa contratou um empréstimo de R$ 700,00 e teve despesas financeiras de R$ 56,00, o custo do capital de terceiros será obtido dividindo-se as despesas financeiras pelo valor contratado, ou seja:

56,00/700,00 *100 = 8%

Na teoria, obter o custo do capital de terceiros é simples, porém, na prática não. Isso por que deve-se levar em considerações duas razões:

1) Benefício da dívida: a contratação de empréstimos pode trazer diversos benefícios para a empresa. De modo geral, ao contrair um empréstimo, uma empresa provavelmente terá uma maior disciplina financeira, pois terá que pagar este empréstimo ao final do contrato. Além disto, o relacionamento com uma instituição financeira poderá trazer benefícios sob a forma de melhoria nos controles gerenciais, acesso a conhecimentos sobre gestão financeira, entre outros aspectos. O problema é que temos muita dificuldade de medir esses benefícios.

2) Custos da dívida: ao assumir um empréstimo, a empresa tem custos adicionais.

Um dos custos citados na literatura financeira é o denominado custo de falência. O aumento de endividamento aumenta a possibilidade de falência de uma empresa, esse custo, a exemplo de alguns dos benefícios citados anteriormente, também é difícil de ser mensurado. Outro custo decorrente do empréstimo é a reciprocidade. Quando uma empresa capta recurso, a instituição financeira pode exigir contrapartidas por parte da empresa (compra de um seguro, investimento em um fundo, recursos para saldo médio, entre outros). Nessas situações é necessário levar estes custos da reciprocidade para análise. O fato dessas razões serem qualitativas, dificulta o cálculo do custo do capital de terceiros. Por isso, para se calcular o custo de capital de terceiros, deve-se efetuar uma boa análise do contexto geral e só então aplicar os valores na fórmula proposta.

LEITURA COMPLEMENTAR

CAPITAL PRÓPRIO OU DE TERCEIROS: O QUE É MELHOR PARA SUA EMPRESA?

Saiba o que considerar na hora de escolher entre capital próprio e capital de terceiros para promover a expansão da sua empresa.

Equilibrar as finanças da empresa geralmente é um desafio para o empreendedor, especialmente se há a pretensão de expandir o negócio. Nessa situação, é comum que surja a dúvida sobre como iniciar e manter esse crescimento constante, principalmente quando estão envolvidas necessidades econômicas.

Afinal, é preciso investir para um aumento das operações, o que causa a seguinte dúvida: usar capital próprio ou de terceiros?

Para ajudar a responder a essa pergunta, separamos a seguir as principais características dessas duas estruturas de capital e para que situações elas são mais recomendadas. Confira!

O que é e como funciona o capital próprio?

O capital próprio nada mais é do que os recursos provenientes dos sócios, acionistas ou investidores da empresa, bem como de sua atividade econômica por meio dos lucros. Quando uma empresa usa o capital próprio, ela, basicamente, está se valendo do dinheiro relacionado ao patrimônio líquido (PL), que não é necessário ser devolvido.

Grande parte das organizações começa com capital próprio para bancar suas operações e até expansão. Nessa modalidade, considera-se o fluxo de caixa como residual, quando acionistas/sócios detém o controle integral ou parcial da administração do negócio. Esse instrumento é representado pelo pagamento de dividendos, o que pode ocorre indeterminadamente.

O que é e como funciona o capital de terceiros?

O capital de terceiros é vinculado ao passivo exigível (obrigações da organização junto a terceiros) e ao passivo real. Também representa os investimentos realizados através de recursos de agentes externos. Com exemplos, temos debêntures, empréstimos e financiamentos de curto, médio ou longo prazo.

Nessa modalidade, o fluxo de caixa é contratual, sendo representado pela obrigatoriedade do pagamento do principal e da quitação de encargos contratuais, não sendo uma função do desempenho operacional da companhia. Ele tem maior prioridade legal do que o residual e há um prazo de maturidade, ou seja, a data em que o pagamento dos valores obtidos deve estar realizado.

Vale destacar que os gastos financeiros provenientes de capital de terceiros são dedutíveis do IR (Imposto de Renda), o que não ocorre no pagamento de

dividendos. No fluxo de caixa contratual, muitas vezes, os acionistas têm papel passivo, às vezes só com poder de veto a decisões financeiras da gestão da empresa.

O que considerar para fazer essa escolha?

A primeira coisa a considerar para a escolha entre as duas modalidades apresentadas é o Custo de Capital da empresa. Isso corresponde ao retorno mínimo exigido por acionistas/sócios ou credores, que são os financiadores de recursos, o que é importante para definir a viabilidade de investimento na empresa. Além disso, é preciso avaliar aspectos como:

• aceitação para o risco;

• facilidades de relacionamento com sócios, especialmente para quem for empregar capital próprio;

• necessidade de transparência e disposição para compartilhar informações estratégicas, críticas e secretas com outras pessoas. Isso pode ser necessário na hora de contratar empréstimos com instituições bancárias;

• versatilidade para trabalhar conforme orientações externas, que não se encontravam no planejamento. Pode ser preciso caso se obtenha dinheiro com investidores/sócios, os quais podem querer interferir nos rumos da empresa.

Antes de decidir, também é necessário demarcar corretamente a área de atuação da companhia no mercado e todas as características do negócio para descobrir se o segmento é de alto risco ou não. É preciso observar:

• se há demanda elevada e que traga bons retornos para o negócio, facilitando o pagamento do capital utilizado;

• se a demanda é pulverizada ou concentrada;

• se há um mercado consolidado para os produtos/serviços;

• se o público compra de forma volátil;

• se há sazonalidade no segmento;

• se a manutenção da estrutura da empresa é dispendiosa;

• se é preciso muito investimento em tecnologia;

• se o setor se atualiza constantemente, gerando obsolência de mercadorias;

• se é preciso se atualizar tecnologicamente de modo constante.

Para quais situações cada tipo é indicado?

Realizar investimentos com capital próprio é indicado para quem deseja ter controle completo das operações do negócio, podendo decidir sobre o que fazer, quem contratar, como gastar os recursos etc. Contudo, há a desvantagem de crescer mais lentamente, pois a expansão fica limitada ao que o capital entrante permite, exceto se os lucros forem muito altos e haver muito giro de mercadorias.

Existem alguns riscos também, como o de complacência, ou seja, de se acostumar a um determinado mercado ou modo de operação, mesmo que pouco eficiente. Também pode não perceber ameaças de concorrentes, mudanças no comportamento do consumidor ou surgimento de novos produtos ou modelos de negócios que deteriorem os lucros.

Em relação a acionistas, pode haver divergências no modo de administrar a empresa, até mesmo com perda de autonomia do administrador perante investidores. Ao longo do tempo, os lucros pagos podem superar o valor que seria direcionado para a quitação de empréstimos.

O capital de terceiros, por sua vez, é indicado para quando a empresa deseja aproveitar alguma oportunidade e obter crescimento rápido, o que não pode ser sustentado pelo caixa atual. Contudo, é preciso ter em mente que será necessário separar um bom valor para o pagamento periódico de parcelas e juros do recurso obtido, sob risco de se tornar inadimplente. Isso significa que o faturamento deverá ser bem maior do que antes.

Por que optar pelo capital de terceiros?

Como visto, recursos de terceiros possibilitam a expansão das atividades em tempo acelerado, indo além do que os saldos próprios permitiriam. Caso tudo ocorra conforme o previsto, os lucros resultantes poderão ser consideravelmente maiores do que se conseguiria sem esse recurso externo.

Além disso, há certa previsibilidade, pois você obtém total conhecimento do valor a ser pago, bem como de que forma isso deve ser feito. Isso permite um orçamento mais preciso e maior estabilidade em relação a quais obrigações pagar, o que otimiza o controle financeiro.

Vale destacar que há maior autonomia para o empreendedor, já que instituições financeiras dificilmente interferem no comando e na operação da empresa. Ao contrário de recursos obtidos com sócios e acionistas, que podem querer participar e até determinar os rumos da companhia, o capital de terceiros concede maior liberdade para o empresário administrar seus negócios.

Contudo, é preciso ficar atento aos encargos e juros pagos, especialmente em mercados mais dinâmicos. Muitas instituições bancárias cobram caro pelo capital disponibilizado, de modo que é preciso analisar alternativas mais em conta.

Uma delas é o empréstimo coletivo, o qual é fornecido por meio de uma plataforma digital, como a Biva. Ele faz parte da economia colaborativa, pois aqueles que buscam capital (tomadores de crédito) conseguem empréstimos com aqueles que têm recursos (investidores). Tudo isso ocorre de forma rápida, com pouca burocracia e juros consideravelmente menores do que as alternativas mais tradicionais de crédito no mercado.

Saber escolher entre o capital próprio e o capital de terceiros é importante para garantir um crescimento organizacional sustentável e contínuo, além de evitar desafios e dificuldades na gestão da empresa.

FONTE: <https://blog.biva.com.br/empreendedor/capital-proprio-ou-de-terceiros-o-que-e-melhor-para-sua-empresa/>. Acesso em: 28 mar. 2019.

RESUMO DO TÓPICO 2

Neste tópico, você aprendeu que:

• Custos de transação podem ser compreendidos como todo sacrifício necessário para que uma certa atitude (investimento) seja concretizada. A teoria dos custos de transação foi proposta por Ronald Coase (1937), um economista britânico que coloca a transação como unidade básica de análise.

• Os custos de transação podem ser definidos ainda de duas formas: custos

“ex-ante” e custos “ex-post”. Custos “ex-ante” relacionados com o custo de redigir (preparar), negociar e estabelecer salvaguardas em um contrato; custos

“ex-post” relacionados ao monitoramento, adaptação e renegociação às novas realidades ocorridas durante a execução do contrato.

• As empresas operam em um mundo imperfeito, apresentando, consequentemente, um mercado imperfeito. Este mercado se caracteriza por considerações incertas sobre demanda, preços, qualidade, disponibilidade de seus próprios produtos e dos de seus fornecedores.

• A estrutura de capital de uma empresa, onde o capital de uma empresa é constituído do capital de terceiros, que representam os empréstimos recebidos e do capital próprio, que são os recursos aportados pelos sócios.

• Essa recapitulação de conceito se deu para entendermos melhor sobre os custos de capital, que refletem o custo da dívida e do capital próprio na proporção utilizada para financiar o investimento.

• Os custos de capital podem ser divididos de duas formas: custo de capital próprio, que é o retorno exigido pelos proprietários da empresa em relação ao investimento por eles efetuados, dentro desse custo, o mais utilizado para sua mensuração é o capital asset pricing model (CAPM); e custo de capital de terceiros.

• O WACC, indica o nível de atratividade mínimo de um investimento, ou seja, o retorno que você esperaria ter em outros investimentos mais seguros que o atual.

• Por fim, estudamos custo de capital de terceiros, que é o retorno exigido pelos credores de dívida de uma empresa. Representa a remuneração que a empresa paga para instituições financeiras nos empréstimos obtidos.

• O custo de capital de terceiros é o retorno exigido pelos credores de dívida de uma empresa e representa a remuneração que a empresa paga para instituições financeiras nos empréstimos obtidos.

AUTOATIVIDADE

1 A teoria dos custos de transação foi proposta por Ronald Coase (1937), um economista britânico que coloca a transação como unidade básica de análise.

Em outras palavras, custos de transação significa?

a) ( ) Aqueles que podem ser identificados e diretamente apropriados a cada tipo de custo no projeto.

b) ( ) Aquele que não se pode apropriar diretamente a cada tipo de bem ou função de custo no momento de sua ocorrência.

c) ( ) Todo sacrifício necessário para que uma certa atitude (investimento) seja concretizada.

d) ( ) Também chamado de custeio integral, é utilizado pelas empresas de forma a considerar todos os custos de produção.

2 A teoria dos custos de transação foi proposta por quem?

a) ( ) Ronald Coase.

b) ( ) Adam Smith.

c) ( ) Luca Bartolomeo de Pacioli.

d) ( ) Frederick Taylor.

3 Os custos de transação são classificados em: ex-ante e ex-post. A afirmativa:

estão relacionados ao monitoramento, adaptação e renegociação durante a execução de um contrato, refere-se à qual das classificações?

a) ( ) Custos de transação ex-ante.

b) ( ) Custos de transação ex-post.

4 Os custos de transação são classificados em: ex-ante e ex-post. A afirmativa:

estão relacionados com o custo de redigir, negociar e estabelecer salvaguardas em um contrato, refere-se à qual das classificações?

a) ( ) Custos de transação ex-ante.

b) ( ) Custos de Transação ex-post.

5 Entre as alternativas a seguir, qual delas não pode ser considerada um conceito de custo de capital?

a) ( ) Taxa mínima de retorno que os projetos de investimentos devem auferir.

b ( ) Taxa justa regulatória de retorno em esquemas de concessão de serviços de utilidade pública.

c) ( ) Taxa de desconto utilizada para converter o valor esperado de fluxos de caixa futuros em valor presente.

d) ( ) Taxa de retorno que deixa o acionista indiferente à aceitação ou não de um projeto.

de terceiros de uma empresa. Quais grupos de contas pertencem ao capital de terceiros e quais pertencem ao capital próprio?

7 Descreva o que vem a ser o custo de capital próprio.

8 Assinale a alternativa que representa o conceito de prêmio por risco-país.

a) ( ) Causados por falta de pessoal qualificado e de profissionais preparados para exercer suas funções.

b) ( ) Deficiência dos processos internos já utilizados pela organização, como indicadores de desempenho inadequados e controles ineficientes.

c) ( ) Conjunto de eventos que podem ocorrer sob a forma de ameaças ou de oportunidades.

d) ( ) É quanto um investimento com risco rende a mais do que um investimento considerado sem risco.

9 Qual a função do CAPM (Capital Asset Pricing Model)?

a) ( ) Está atrelado ao grau de credibilidade econômica para melhorar a imagem do Brasil frente às agências de risco.

b) ( ) É um parâmetro que serve para analisar o retorno sobre qualquer tipo de investimento.

c) ( ) É um indicador de atratividade do negócio, pois mostra o tempo necessário para que o empreendedor recupere tudo o que investiu.

d) ( ) Estima o custo do capital próprio de uma empresa.

10 Para que serve o custo médio de capital (WACC)?

a) ( ) Indicar o nível de atratividade mínimo de um investimento.

b) ( ) Relacionar o lucro operacional da empresa com o valor de um investimento.

c) ( ) Estimar o custo do capital próprio de uma empresa.

d) ( ) Apresentar o tempo decorrido entre o investimento inicial e o momento no qual o lucro líquido acumulado se iguala ao valor desse investimento.

TÓPICO 3

PRINCÍPIOS QUALITATIVOS DE ANÁLISE DE INVESTIMENTO

UNIDADE 2

1 INTRODUÇÃO

Seja bem-vindo ao último tópico da Unidade 2. O segmento de investimento de capital é bastante complexo e amplo, envolvendo inúmeros critérios e métodos de análise. E o processo de análise de investimentos demanda uma série de informações financeiras, enunciadas segundo diversos critérios (ASSAF NETO, 2014).

Da mesma forma, diferentes estados de mercado e da economia interferem nos critérios de análise de investimentos. As decisões financeiras podem ser separadas em decisões de investimento e decisões de financiamento. E a melhores decisões de investimento e melhores decisões de financiamento convergem na direção do objetivo de criar e maximizar valor (BRUNI, 2013).

De maneira geral, os efeitos dos investimentos são mensurados sob a forma dos fluxos de caixa livres (FLC), enquanto as decisões de financiamento têm seus efeitos captados na taxa mínima de atratividade (TMA). Vamos analisar a figura a seguir.

FIGURA 4 – PASSOS NECESSÁRIOS PARA A AVALIAÇÃO DE PROJETOS DE INVESTIMENTOS

FONTE: Bruni (2013, p. 322)

1º passo – fluxo de caixa livre (FLC): envolve a projeção dos ganhos associados aos ativos ou aos investimentos feitos no projeto. Financeiramente, os ganhos devem ser apresentados na forma de dinheiro no tempo ou fluxo de caixa.

O adjetivo LIVRE expressa que são fluxos de caixa dos ativos. Ou seja, não incorporam juros ou amortizações das dívidas contraídas.

2º passo – taxa mínima de atratividade (TMA): está associada ao cálculo do custo dos financiamentos, apresentado como taxa mínima de oportunidade. Deve representar uma média ponderada dos custos individuais de cada uma das fontes, líquidas de impostos e considerando eventuais custos de oportunidade.

3º passo – técnicas: envolve a aplicação das diferentes técnicas que comparam os ganhos dos ativos, apresentados sob a forma de fluxos de caixa livres, com os custos dos passivos, representados sob a forma de taxa mínima de atratividade.

Técnicas podem envolver a análise de prazos, valores ou taxas (BRUNI, 2013).

2 FLUXO DE CAIXA LIVRE

O aspecto mais importante de uma decisão de investimento concentra-se no dimensionamento dos fluxos previstos de caixa a concentra-serem produzidos pelas propostas em análise. A confiabilidade sobre os resultados de determinado investimento é, em grande parte, dependente do acerto com que seus fluxos de entradas e saídas de caixa foram projetados (ASSAF NETO; LIMA, 2017).

Na análise de investimentos, é fundamental o conhecimento não só de seus benefícios futuros esperados de caixa, mas também de sua distribuição ao longo da vida prevista do projeto. Por exemplo, considerar unicamente que determinado investimento propiciará, ao longo de cinco anos, resultado líquido total de caixa de R$ 10 milhões é insatisfatório para a análise. É imprescindível que se apure também como será esse valor distribuído ao longo do tempo, ou seja, qual o fluxo de caixa previsto para cada ano do período (ASSAF NETO;

LIMA, 2017). Daí é que se dá a relevância dos fluxos de caixa nas decisões de investimentos.

O fluxo de caixa livre de uma empresa deve ser igual ao seu fluxo de caixa de financiamento. Ou seja, o total de dinheiro gerado pelas operações da empresa (mais fluxo de caixa não operacional, se existir) precisa ser igual ao pagamento líquido para todos os credores e acionistas da empresa. Caso o fluxo de caixa livre seja negativo, ele precisa ser igual aos investimentos (descontados impostos) providos pelos credores e acionistas (SILVA, 2018).

O autor ainda define o fluxo de caixa livre sobre outros aspectos relacionados a seguir:

• Representa o dinheiro que uma empresa é capaz de gerar após separar o dinheiro necessário para manter ou expandir sua base de ativos.

• É importante porque permite que uma empresa busque oportunidades que aumentam o valor do acionista.

• É o dinheiro disponível para pagar tanto os detentores de dívida quanto os acionistas.

• Utiliza o fluxo de caixa operacional, ou seja, o fluxo proveniente das operações da empresa após os impostos sem considerar a estrutura de financiamento da empresa (empréstimos).

• É o total de dinheiro disponível na empresa após considerar os investimentos (ativos permanentes) e necessidades de capital de giro, assumindo que não existe pagamento de juros (despesas financeiras).

• Adiciona também as despesas que não geram saídas de caixa, por exemplo, a depreciação, exaustão e a amortização.

Mas você deve se perguntar, qual é a diferença entre Fluxo de Caixa (estudado na Unidade 1) e Fluxo de Caixa Livre?

A relação Fluxo de Caixa x Fluxo de Caixa Livre pode parecer semelhante, porém, trata-se de dois termos bem diferentes listados a seguir:

• Fluxo de Caixa: é o fluxo de dinheiro entrando e saindo de um negócio durante um certo período de tempo.

• Fluxo de Caixa Livre: representa a quantidade de dinheiro disponível em uma empresa que sobra após todos os gastos serem quitados. O FCL é considerado o valor atual em dinheiro da empresa.

Vejamos como aplicar a fluxo de caixa livre a seguir.

QUADRO 3 – FÓRMULA PARA CÁLCULO DO FLUXO DE CAIXA LIVRE ( ) Re

Lucro antes de juros e impostos sobre o lucro Ajustes de despesas operacionais que não promov

=

Lucro antes de juros impostos sobre o lucro depreciação amortização e exaustão Impostos sobre o lucro

Gambetta (2016) aborda que é notória a diferença da estruturação do FCL com o tradicional DRE. Os componentes pertencentes a cada estruturação de resultado são imprescindíveis para uma boa e correta avaliação, ou seja, saber o que se deve ou não considerar.

O fluxo de caixa livre corresponde à movimentação do caixa com as atividades operacionais mais o fluxo decorrente dos investimentos de capital realizados. Ele proporciona a obtenção do montante movimentado livre dos custos e despesas operacionais. Em outras palavras, a análise do fluxo de caixa livre vai dizer se houve realmente entrada ou saída de dinheiro da empresa no período. Esse método é importante para definir o valor a ser repassado para

O fluxo de caixa livre corresponde à movimentação do caixa com as atividades operacionais mais o fluxo decorrente dos investimentos de capital realizados. Ele proporciona a obtenção do montante movimentado livre dos custos e despesas operacionais. Em outras palavras, a análise do fluxo de caixa livre vai dizer se houve realmente entrada ou saída de dinheiro da empresa no período. Esse método é importante para definir o valor a ser repassado para

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