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ministério de David Wilkerson foi um presságio do avivamento que ocorreria na cultura jovem drogada. Tlido começou em 1958, quando era um jovem pastor de uma tranqüila paróquia das

Assembléias de Deus na pequena cidade de Philipsburg, Pensilvânia.

Numa noite de fevereiro daquele ano, bem tarde, ele desligou seu aparelho de televisão e sentou-se no seu escritório. Uma indagação veio à sua mente: “Quanto tempo eu gasto em frente daquela tela toda noite? No mínimo, duas horas. Senhor, que aconteceria se eu vendesse aquele aparelho de TV e gastasse esse tem po— orando?”

Muitas objeções vieram à sua mente contra essa idéia mas m es­ mo assim ele orou ao Senhor e pediu um sinal sobre isto: “Vou colocar um anúncio para vender esse aparelho no jornal. Se tu estás por trás desta idéia, faça um comprador aparecer Imediatamente. Que ele apare­ ça dentro de uma hora... dentro de m ela hora... depois do jornal sair às ruas.” Vinte e nove minutos se passaram depois que o jornal com o anúncio chegou às suas mãos. Ele e sua esposa já estavam quase conven­ cidos de que a idéia não era de Deus quando o telefone tocou. Era um comprador que fechou o negócio pelo telefone sem nem sequer querer ver

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aparelho e se dispôs a pegá-lo dentro de 15 minutos.

Desde este dia a vida d e D avid W ilkerson não foi m ais a mesma. Toda noite ia para seu escritório, fechava a porta e começava

a orar. Durante uma dessas noites, m esm o tendo tido um longo perí­ odo de oração com a presença de Deus, sentiu-se desconfortável e uma inexplicável sensação de tristeza. Sabia que Deus queria falar com ele mas não sabia como. Enquanto caminhava pelo escritório, deparou com uma revista “L ife” em cim a de sua escrivaninha e sen­ tiu-se im pulsionado a lê-la. Um artigo sobre o julgam ento de sete jovens, m em bros de uma quadrilha em Nova Iorque e acusados de um bárbaro assassinato, chamou sua atenção. Junto com o artigo havia um desenho dos garotos e o olhar de espanto, ódio e desespe­ ro de uma das feições fez com que começasse a chorar. Um pensa­ m ento forte e insistente veio em sua mente: “Vá para Nova Iorque e ajude esses garotos” .

Na noite seguinte, na reunião de oração ele compartilhou com sua congregação sobre o artigo e a idéia de ir para Nova Iorque, onde nunca estivera antes, e esta levantou uma oferta suficiente para uma viagem de carro de ida e volta. Chegando à grande cidade, um tanto confuso e atrapalhado, ele tentou visitar os meninos na prisão, mas todos os seus esforços para conseguir autorização do juiz encarregado do caso foram inúteis. Informado de que uma sessão do julgamento seria realizada no próximo dia, compareceu à corte numa tentativa de falar com o juiz sobre sua missão. Sua ousadia ao se aproximar do ju iz no fim da sessão, quebrando as regras da corte, causou um tumulto que, aprovei­ tado pelos jornalistas presentes, fez com que sua foto erguendo a Bíblia ao alto fosse estampada nos jornais do dia seguinte.

Apesar de abalado e humilhado com este episódio, ele creu que todas as coisas cooperam para o bem e viu que o propósito de Deus era muito além do que simplesmente ajudar aqueles meninos. A foto nos jornais tornou-o famUiar e bem aceito junto aos jovens dos guetos de Nova Iorque e levou-o a penetrar no submundo das drogas da cidade e a explorar um campo missionário abandonado. Um ano mais tarde ele fundou

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prim eiro centro de recuperação de drogas em Brooklyn, Nova Iorque, chamado “Desafio Jovem”. Este foi considerado um dos mais bem-sucedidos programas de reabilitação de drogas no país, de acordo com um estudo do governo federal em 1975. David Wilkerson declarou que sua “cura de trinta segundos” para viciados em drogas, o batismo

no Espírito Santo, superou de longe as estatísticas de cura dos progra­ m as federais para viciados em drogas pesadas.

0 programa do “Desafio Jovem” tornou-se modelo para progra­ m as similares que surgiram por todo o mundo. Tam-bém no Brasil o trabalho de recuperação de jovens viciados foi muito difundido na dé­ cada de 70. Cêntimos de recuperação foram fundados em muitas cidades e alguns deles, como em Belo Horizonte, Goiânia e Brasília, tornaram- se na época centros de encontros e avivamentos. Muitos dos ex-viciados se tornaram pastores e líderes de igrejas e movimentos de recuperação.

0 livro “A Cruz e o Punhal”, best-seller mundial, e o filme com o mesmo nome tornaram o trabalho mundialmente conhecido. Milhões leram e ouviram a miraculosa história de viciados, prostitutas e bandi­ dos sendo salvos e recebendo o Espírito Santo. Os dois últimos capítu­ los do livro, relatando o batismo no Espírito entre viciados e delin­ qüentes, despertaram o interesse de muitos dentro do Movimento Ca­ rismático. A revista “Tim e” declarou: “Em todo lugar onde a renovação carismática acontece, inevitavelmente aqueles que estão envolvidos le­ ram A Cruz e o Punhal’ ou ‘Eles Falam em Outras Línguas’ (John Sherill).” Outro aspecto importante do ministério de David Wilkerson é seu lado profético. Ele tem se mostrado decepcionado e desiludido com a “Babilônia Cristã”. Durante os anos ele tem se colocado fortemen­ te contra a douti-ina evangélica de luxo e prosperidade para todos os crentes, defendida principalmente pelos televangelistas. Para ele isto é totalmente errado e um terrível engano.

Temos aqui algumas declarações suas extraídas de uma revista “Charisma” de 1973:

“...os dias de grande sucesso da religião estão contados, o sistema babilônico que caracteriza muito o evangelismo moderno estáempengo. ElemisiuraosistemadomundocomCristianismo.Pararrvm, istoéummau cheiro às narinas de Deus. Lembra o VeJho Testamento quandofogo estra­ nho era oferecido no altar e homens coíam mortos. Há muito fogo estranho sendo oferecido no altar hoje. É uma sorte que alguns não estejam caindo mortos. Digo isto não comamargura, mas creio que Deus vai acabor com isto — com todo programa de televisão que náo está usando métodos divinos, que está uscwdo celebridades meio conuerüdas... Como disse o profeta, eles

curam aferida dajilha de meu povo levianamente. É uma cura leviana. Não há nada de profurvdidade. Você dá uma olhada nas condições da yreja hoje divórcio, comodismo, imoralidade, leviandade,falta de oração, supeificiali- dade evocêquertrovejarcomo Jeremias... ComoumhomemdeDeuspode pregar que, se temos fé, podemos ser mais e mais ricos e livres de dores e sofrimento, no meio de um mundofaminto e sofredor?... A mensagem de prosperidade tranqüiliza nossas consciências e nossos espíritos avarentos.

Dá-nos uma desculpa para viver num alto nível É para esta igreja que Cristo

voltará? Com uma teologia de Cadillac?”

Como profeta, David Wilkerson anunciou julgamento para a Amé­ rica por enfatizar um evangelho de sucesso e prosperidade sem sensibi­ lizar-se com a miséria do mundo. Como aconteceu com os profetas do Velho Testamento, isto não o tornou bem aceito e compreendido por muitos no m eio cristão.

Outro ensinamento que ele condena é o que chama de “o culto de crescimento da igreja”. Sobre isto ele disse: “Não acho que Deus seja contra a grandeza se é um crescimento natural da sua palavra. Mas acho que Deus não está tão interessado em contar números como alguns pre­ gadores estão. Nós estamos empilhando pessoas em nossos bancos, mas não estamos preenchendo suas necessidades.

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problema com grande­ za é que uma obra começa com unção, entra na carne e Deus a abandona. Mas ela prossegue em seu próprio embalo.”

Como profeta, David Wilkerson tem tido algumas profecias con­ troversas como as do seu livro “A Visão”. 0 livro relata uma visão que diz ter recebido de Deus em 1973. São cinco calamidades trágicas que estavam para vir sobre a terra. Algumas profecias se mostraram váli­ das, como as que previram o aumento da imoralidade, da pornografia e do ocultismo incentivados pelos meios de comunicação, principalmente a televisão com sua influência perniciosa nos lares. A estas coisas ele chamou de “dilúvio de imundícia” . Mas outras, como as que enfatizaram

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domínio do comunismo e até uma possível destruição dos Estados Unidos pela Rússia, não tiveram confirmação.

De qualquer forma, a história de David Wilkerson é a história singular de um homem que, ao se desfazer do seu aparelho de televisão para se dedicar a oração e ouvir de Deus, tornou-se um instrumento

para levar libertação a milhares de vidas envolvidas no submundo das drogas. Seu ministério de introduzir o batismo no Espírito como o m eio desta libertação e também sua maneira de se posicionar contra a corrupção e o mundanismo do Cristianismo o tornaram um homem importante na história da igreja do século XX.

O MOVIMENTO DE)E5US

Este foi um movimento iniciado no final dos anos 60 que envol­ veu milhares de jovens provenientes da cultura hippie drogada, como também jovens de denominações. Agitando cartazes e bandeiras colori­ das, usando camisetas, “buttons” e adesivos (nos quais se viam dizeres como esses, “Você tem muito para viver — Jesus tem muito para dar”, “Sorria, Jesus te ama”), com o braço estendido e o dedo indicador apontado para o céu (símbolo do movimento indicando que só havia um caminho — Jesus), esses jovens invadiram as ruas da Califórnia cantan­ do e testemunhando sobre Jesus. Abraçando o mais duradouro símbo­ lo de pureza, abnegação e amor fraternal da história do homem ociden­ tal, eles foram incendiados por uma paixão pentecostal para comparti­ lhar sua nova visão com outros, formando assim um grande exército para uma grande revolução — a revolução de Jesus.

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movimento tornou-se realmente conhecido quando a mídia co­ meçou a publicar artigos e fotos sobre centenas de jovens sendo batizados nas praias do Pacífico, sobre dezenas de Cafés Cristãos que foram aber­ tos para ministrar aos jovens da rua, e sobre as “Christian Houses” (comunidades rurais ou urbanas) que se multiplicaram como pães e peixes para abrigar os jovens que fugiam do mundo institucional da igreja tradicional. Um artigo da revista “Tim e” de 2

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de junho de 1971, que trouxe na capa uma figura de Jesus e o título “A Revolução de Je­ sus” , captou muito bem o espírito do movimento ao dizer:

HáumJrescorrnatiminestemoviTrierilo, immcÉrno^eraJiiíiianíedeespe- rança e antor unido avmtpíco zelo rebelde. Alguns convertidos gostam de tra- dmirsuanovafépciTaavídadiária, comoaquelesqueatendemotelefonecorrL ‘Jesus ama você” em vezds“alô”. Masseuamorparecemaissinceroqueum slogan, maisprq/imdoqueossentirneníosdeurriaondapassageira.. oquesur- preende quem está de fora é o extraordinário senso de aleg ria que eles são

capazes de comunicar... Parte destajasdnação por Jesus entre osjovens pode sersimpksnmile um culto tardio da personalidade de um companheiro rebel­ de,

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primeiro mártir da causa de paz e fraternidade. Não é assim, porém, com agrandemaioriadomovimentode Jesus. Seháumacaracterísticaqueclara- mente os identifica é sua aença total num Jesus Cristo terrível e sobrenatural nãoapenasumhomemmaravühosoqueviveuhá2.000anos,masumDeusvivo queétaníoSaluadorcomoJuiz.Suasvidasgtramemtomodanecessidadede um intenso relacionamento pessoal com este Jesus, e a crença de que tal reladonamentodeveseracondiçãodetodavidahumanaAgemcomoseain- tervenção divina guiasse cada momento de suas vidas e com a certeza de que pode resolver cada problenm...A revolução de Jesus rejeitanão somente os vcüoresmateriaisdaArriéricaconvencionalmastambémasabedoriadoml- naniedaíjeologiaamericana... OCrístianismotemenfatizado—pebmenoso tipopregadonospúlpitosesemináriosdeprestígíonasúltimasdécadas —um Deus presente na natureza e no movimento social, não o Deus pessoal e transcendentaldonovomovimento, quevemparaaterranapessoade Jesus, navidade indivíduos, mibgrosamente.Arevoluçãode Jesus, emresumo, nega asvirtudesdaCidadeSecukweamontoadesprezosobreamensagemdeque Deus sempre esteve morto.

A Revolução de Jesus foi um movimento à parte da religião orga­ nizada, form ado por duas fortes correntes espirituais que, apesar de diferirem em usos, costumes e teologia, reforçaram de m odo efetivo uma a outra:

1. “Jesus People” (Povo de Jesus). Também conhecido como “cris­

tãos de rua” ou “Jesus Freaks” (Excêntricos de Jesus). Foram os mais destacados. Muitos traçam seu começo no verão de 1967, em Haight- Ashbury, São Francisco, quando centenas de jovens abandonaram as drogas, sexo livre, ocultismo e misticismo oriental para seguir a Jesus. Porém, acontecimentos semelhantes ocorreram simultaneamente em outras áreas da Costa Oeste dos Estados Unidos. Entre os muitos rela­ tos de avivamentos ocorridos entre osjovens desta corrente, temos a história singular de um dos primeiros líderes do movimento. Chuck

Smith, pastor de uma pequenina igreja Quadranguíar, Calvary Chapei

(antes do avivamento ela tinha apenas 25 membros), em Costa Mesa, Califórnia. De acordo com Chuck Smith, tudo começou quando ele en­ controu um hippie cristão “transbordando com o amor de Deus”. Em

1969, através de um programa de evangelização nas ruas, doze hippies foram convertidos e aceitos na igreja, para horror dos membros mais velhos que não conseguiam entender o que estava acontecendo. Em dois frenéticos anos, Smith foi inundado com milhares de convertidos vin­ dos da cultura hippie drogada que lotaram sua igreja para achar salva­ ção e libertação das drogas. Em poucos meses ele batizou cerca de 15.000 convertidos nas águas do Oceano Pacífico. A seguir, temos uma comovente descrição de um desses batismos, extraída do mesmo artigo da revista “Tim e” :

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pôr-do-sol, várias centenas de convertidos entraram nas águas frias do Pacíftco, pacientemente esperando sua vez para a cerimônia Acima, nos morros, centenas mais assistiam. A maioría dos candidatos eram jovens, bronzeados e à vontade em bermudas cortadas de calçasJeans, camisetas e cúémesmoumocasionalbiquínL Umamoçarecém-batizada, pingando ágm de sua camiseta colorida e colada no corpo, atirou seus braços em tomo de uma mulher e gritou, “Mamãe, eu amo você!” Um ex-viciado, que vinha so­ frendo de freqüentes e inesperadas alucinações, de repente bradow “Meus

horrores sefr)ram'"Enquanto o batismo terminam, a miMdâo vagarosamen- tesubiuumaestrettaescadariaemdireçãoaomorro,cantandoumcomovente PaiNossoaocairdatarde.

Smith foi obrigado a mudar sua jovem congregação para uma tenda com capacidade para 3.000 pessoas sentadas e, no fmal da década de 70, Calvary Chapei construiu um templo com 4.000 lugares, estiman­ do-se uma assistência de mais de 25.000 pessoas nos cultos regulares de domingo. Na metade da década de 70 as reuniões de jovens aos sábados à noite atraíam entre 4.000 e 5.000, e 2.500 compareciam às reuniões de estudo bíblico nas quintas-feiras à noite.

As reuniões de Calvary Chapei não tinham orientação carismática. Tinham somente uns poucos hinos tradicionais ou corinhos (geralmente sem instrumentos), nenhum erguer de mãos, nenhuma mensagem em línguas ou profecias, nenhum “cântico no Espírito”, nenhum grito de ‘Amém”. Não havia coro (Smith disse que muitos problemas da igreja se originam com os membros do coro, e ele achava que toda a congregação devia ser um coro). Quase todo mundo levava sua B íblia e fazia anota­ ções. Pessoas entrevistadas disseram que freqüentavam Calvaiy Chapei

principalmente por causa do ensino bíblico de Smith (que tinha o estilo de expor a Palavra versículo por versículo) e em parte por causa do amor que eles sentiam lá. Um outro líder do movimento, Cari Parks, disse na época que os jovens se juntarão a igrejas onde amor, propósito e ensino claro da Bíblia abundam e muitos pastores como Chuck Smith descobriram isto.

Centenas, provavelmente milhares, podem atribuir sua ascendên­ cia espiritual em Cristo a Ted Wise. Ele era um dos artistas boêmios que foram obrigados por pressões econômicas a sair do distrito North Beach, de São Francisco, e que se instalaram aos milhares em 1966 e 1967 na vizinhança de baixa-renda de Haight-Ashbury, onde começou o movimento hippie caracterizado pela pregação da paz, uso de drogas e sexo livre. Wise, com seus vinte anos de idade e envolvido com proble­ mas conjugais, se tornou um cristão em 1966 depois de ler uma Bíblia extraviada que pertencia a um dos parentes de sua esposa. Ele e sua esposa começaram a freqüentar uma igreja batista no subúrbio de Mill Valley, São Francisco, mas não abriram mão de sua identidade cultural nem de seus amigos hippies. Dentro de meses, Wise levara seus amigos mais íntimos a Cristo. Eles se tornaram a prim eira equipe do primeiro Café Cristão em Haight-Ashbury, aberto em 1967 por vários ministros evangéUcos da área. Por não receberem nenhum salário com o serviço,

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grupo realizava “bicos” para se manter. Como forma de economia, eles e suas esposas e filhos compartilharam uma casa velha e grande à qual deram o nome de “Casa de Atos” — uma das primeiras “Christian Houses”. Centenas de pessoas em dificuldades encontraram um lar tem­ porário na “Casa de Atos” e muitas delas também encontraram Cristo lá.

A rthur Blessit, um rústico evangelista que invadiu Sunset Strip

(um centro de drogas e prostituição em Los Angeles), testemunhando nas ruas e bares para viciados, traficantes e prostitutas, também está entre os muitos líderes e evangelistas de rua que surgiram naqueles anos entre o Povo de Jesus. Ele se tornou um ministro hippie itinerante nos Estados Unidos e até hoje viaja por vários países, inclusive Brasil, evangelizando e carregando uma grande cruz pelas ruas das cidades onde se encontra. Junto com outros líderes ele também realizou muitas passeatas e festivais de música que converteram milhares de jovens.

Uma das características do Movimento de Jesus foi que o evangelismo, até então feito por obreiros cristãos e pastores adultos, passou a ser realizado pelos jovens. 0 mesmo moço hippie que no último ano levara seus amigos para as drogas agora os levava para Jesus.

2. “Straight People” fPessoas Certinhas). Foi sem dúvida o maior

grupo. Atuou principahnente nos campi universitários através de movi­ mentos de jovens evangélicos inter denominacionais. Embora esses mo­ vimentos existissem por décadas como um braço do Protestantismo, eles alcançaram um grande e novo crescimento com a Revolução de Jesus, tornando-se mais ecumênicos — uma força quase que indepen­ dente das igrejas que os geraram. A maioria dos jovens envolvidos per­ tencia à classe média americana e aos campi universitários. Ao contrá­ rio do “Jesus People”, eram bem trajados (daí o nome “Straight People”). Entre os principais líderes desta corrente temos J a ck Sparks, um ex­ professor universitário e fundador da “Christian World Liberation Front” (CWLF), uma organização que se manifestava sobre problemas sociais, tomando parte em demonstrações, distribuindo grande quantidade de literatura, mas sempre apontando para Cristo em vigorosos apelos evan- gelísticos. Centenas foram convertidas através de seus esforços ex- pansionistas, e um programa constante de estudo bíblico e comunhão foi instituído pela CWLF Foi esta organização que pubhcou um dos primeiros jornais do Movimento de Jesus — o “Right On”. Outro líder destacado mundialmente é B ill Bríght, fundador da “Cruzada Estudan­ til para Cristo”, que trabalhou especialmente em escolas e faculdades.

Outro líder, convertido em 1969 quando o Movimento de Jesus estava em seu início na Califórnia e cujo ministério teve e ainda tem grande impacto entre osjovens, é o fundador das Igrejas Maranata, Bob

Weiner. Desde o dia em que foi salvo lendo um livro de Don Basham

numa biblioteca, ele começou seu ministério com jovens. No estaciona­ mento da biblioteca pregou para cerca de 65 adolescentes e de imediato 27 aceitaram Cristo como seu Salvador

Desde então, por onde passava, mais jovens eram salvos. Nos anos que se seguiram ele começou um Café Cristão, serviu com o pastor auxiliar e ministro de jovens nas Assem blé ias de Deus, viajou através da nação pregando nos campi de faculdades e estabeleceu um a socieda­

de de estudantes de 1° e 2° Grau em Paducah, Kentucky. Foi através desta sociedade de estudantes que os “Ministérios de Campus Maranata” e as “Igrejas Cristãs Maranatas” surgiram.

A princípio ele e sua esposa, Rose, não queriam form ar igrejas, mas Deus falou com ele profeticamente através de um irmão que ele teria que cuidar daqueles jovens, pois eles não conseguiam se adaptar às igrejas estabelecidas. Centenas de jovens foram convertidos através