• Nenhum resultado encontrado

Descrição da Preparação da Avaliação Externa

CAPÍTULO IV – RELATO DE UMA INVESTIGAÇÃO DE PEQUENA ESCALA O

1. Descrição da Preparação da Avaliação Externa

No inicio do presente ano letivo, o Agrupamento de Escolas Azul, recebeu a informação que no decorrer do 1º. Período, seria sujeito ao processo de avaliação externa, levado a cabo pela IGEC. Este momento seria, para o Agrupamento, o seu primeiro grande momento de avaliação externa, visto ser um Agrupamento recente (apenas formado desde 2010), que nunca tinha sido sujeito a tal modalidade avaliativa. Contrariamente ao que aconteceu à Escola Sede, que passou pela sua primeira Avaliação Externa no ano de 2007, onde foi alvo das seguintes apreciações: Suficiente nos parâmetros dos “Resultados” e “Prestação de serviço educativo” e Insuficiente nos restantes parâmetros, sendo eles a “Organização e Gestão Escolar”, “Liderança” e “Capacidade de autorregulação e melhoria da escola”.

Para além das classificações atribuídas, em 2007 no Relatório de Avaliação Externa, foram apontados à escola-sede, os seus pontos fracos, constrangimentos, oportunidades e pontos fortes, em função de uma análise SWOT, cuja síntese é apresenta no Quadro XII.

61

Quadro XII – Análise SWOT da Escola-Sede apresentada no Relatório de Avaliação Externa

Pontos fortes Oportunidades

Gestão dos espaços educativos. Estabelecimento de parcerias com entidades

públicas e privadas associadas ao desenvolvimento dos novos planos formativos.

Investimentos em novas áreas de formação. Eficácia dos Serviços de Psicologia e

Orientação.

Eficácia do Gabinete de Apoio ao Aluno. Acessibilidade para alunos portadores de

deficiências.

A contribuição da avaliação externa como incentivo ao processo de

autoavaliação da Escola. As parcerias com as entidades locais e com a autarquia para melhoramento da

oferta dos planos formativos alternativos.

Pontos fracos Constrangimentos

Inexistência dos instrumentos estratégicos de gestão - Projeto Educativo e Plano Anual de

Atividades.

Inexistência de Regulamento Interno de Escola reformulado.

Inexistência de dispositivos de auto – regulação e de práticas de reflexão e de autoavaliação. Multiplicidade de lideranças emergentes que se

inter-opõem.

Insuficiente articulação dos órgãos da Escola. Inexistência de representação dos alunos e dos encarregados de educação na Assembleia de

Escola e no Conselho Pedagógico. Ausência de estratégias inovadoras e pró-ativas

de motivação da escola junto dos encarregados de educação.

Deficiente funcionamento dos Serviços Administrativos.

Inexistência de professores do ensino especial.

Necessidade de obras de melhoramento de alguns espaços. Equipamento insuficiente para o Curso

62

Como se pode ver os aspectos positivos referem-se regra geral a aspectos relativos à oferta educativa e a serviços de apoio, enquanto os aspectos negativos remetem para um conjunto variado de questões: ausência de instrumentos (e supostamente práticas) de gestão na área do planeamento e avaliação, problemas de ordem micropolítica e comunicação, problemas ligados á mobilização de famílias e também de alunos na vida escolar, deficiência no funcionamento dos serviços administrativos e inexistência de docentes de Educação Especial para o atendimento de alunos com Necessidades Educativas Especiais.

Apesar dos pontos negativos, anteriormente referidos, os mesmos são perceptíveis de mudança nas leituras efectuadas dos documentos orientadores da acção do Agrupamento, estes documentos permitem-nos verificar que uma série de medidas apontadas negativamente à Escola-Sede, encontram-se actualmente colmatados pelo Agrupamento. As alterações mais evidentes são:

 Existência de professores do Ensino Especial

 Existência de uma equipa denominada de Observatório – que toma conta dos dispositivos de autoavaliação do Agrupamento

 Aumento do número de funcionárias na secretaria (serviços administrativos)  Existência de todos os documentos estratégicos (Projeto Educativo,

Regulamento Interno, Plano Anual e Plurianual do Agrupamento e Plano de Estudos e Desenvolvimento Curricular)

 Existência de equipamento para os cursos profissionais

 Existência de obras de requalificação dos espaços em algumas escolas do Agrupamento

Preparação da Visita

No decorrer da preparação do Processo de Avaliação Externa, várias foram as tarefas a efectuar pelos diversos elementos da Direção do Agrupamento. Desde a escolha dos representantes para os painéis, até às reuniões com os diversos participantes para lhes dar a conhecer o processo, passando pela criação, reformulação e junção de todos os documentos a enviar à IGEC, até trinta dias antes da presença da Inspeção na Escola- Sede, sendo esta última a mais tempo tomou na preparação do processo.

63 Documentos a enviar à IGEC

No seguimento do que referimos anteriormente e focando os documentos a enviar à IGEC, é de evidenciar que os documentos que o agrupamento criou de raiz foram: o Plano de Estudos e Desenvolvimento Curricular (PEDCA), o documento que apresenta a Plano Curricular do Agrupamento, demonstrando a adaptação feita das directrizes nacionais ao contexto em que o Agrupamento se encontra; o Documento de Apresentação do Agrupamento, que serviu de base à apresentação feita pelo Agrupamento na sua exposição pública no primeiro dia do processo da avaliação externa; o novo modelo dos planos de turma, que iria ser utilizado por todos os directores de turma na planificação da adaptação do currículo às especificidades das diferentes turmas.

De modo a juntar a estes documentos criados, o Agrupamento apenas atualizou /reformulou dois documentos já existentes em pequenos pontos, sendo eles: o regulamento interno, que foi actualizado em algumas das suas componentes (e.g., o organograma da Organização, que antes não existia e passou a fazer parte do documento); o relatório de apresentação dos resultados escolares de 2012-2013, que teve de ser entregue incompleto por não estarem concretizadas algumas tarefas relacionadas com a reunião e análise dados estatísticos.

Reuniões preparatórias na escola

Para além da entrega dos documentos, o Diretor decidiu que fazia todo o sentido dar a conhecer aos diversos intervenientes do processo a importância da sua presença nos painéis que se iriam realizar ao longo dos quatro dias. Desta forma, foram realizadas reuniões com os diferentes intervenientes (alunos, professores, pais, coordenadores), de modo a explicar-lhes: a metodologia segundo a qual o processo de Avaliação Externa iria decorrer (e.g., a divisão entre observações diretas, entrevistas em painel e análise de documentos); qual seria o papel dos diferentes atores nos painéis para os quais tinham sido escolhidos; a importância da presença de todos os atores e como iriam decorrer estes quatro dias com a inspecção no Agrupamento.

64

Síntese

Como resposta à 1ª questão de investigação, procuramos dar conta das acções desencadeadas localmente, pela direcção do Agrupamento, face ao desencadear do processo de avaliação externa. Analisamos com mais detalhe os documentos preparados para consulta da IGEC, tendo em conta as anteriores apreciações feitas por esta entidade no ciclo de avaliação anterior.

No início do ano lectivo, o Agrupamento tomou conhecimento que seria avaliado no âmbito do processo de avaliação externa. Na preparação deste processo, surgiram tarefas como: a escolha dos representantes para os painéis; as reuniões com os diversos participantes para lhes dar a conhecer o processo; a criação, reformulação e junção de todos os documentos a enviar à IGEC.

Quanto aos documentos a enviar à IGEC, a maioria já se encontravam prontos atempadamente, visto a ausência de certos documentos ser um dos pontos negativos apontados à Escola-Sede no ciclo de avaliação anterior. Assim, no presente ciclo o Agrupamento preparou todos os documentos estratégicos (Projeto Educativo, Regulamento Interno, Plano Anual e Plurianual do Agrupamento e Projeto de Intervenção do Diretor). Como forma de completar a lista dos documentos já existentes, foram criados documentos “de raiz”, sendo eles: o Plano de Estudos e Desenvolvimento Curricular (PEDCA); o documento de apresentação do Agrupamento; e o novo modelo dos planos de turma. Quanto aos documentos já existentes, apenas dois foram reformulados: o regulamento interno; o relatório de apresentação dos resultados escolares de 2012-2013.

Para além da entrega dos documentos, o Diretor decidiu completar esta preparação para o processo, com a realização de reuniões com os diferentes intervenientes do processo (alunos, professores, pais, coordenadores), de modo a dar- lhes a conhecer a sua importância no processo e a metodologia utilizada.

65

Documentos relacionados