• Nenhum resultado encontrado

O aumento da expectativa de vida das pessoas e a quantidade crescente de pacientes adultos e idosos no Brasil justificam investimentos em materiais e técnicas que visam melhorar a retenção e estabilidade de próteses totais removíveis convencionais (Smith, 1934; Martone, 1963; Brånemark et al. 1969; Tautin, 1978; Marchini et al. 2001; Miraglia et al. 2001).

Deficiência de retenção e estabilidade de próteses totais removíveis convencionais podem proporcionar aos seus usuários problemas funcionais, estéticos, psicológicos e sociais.

Estes problemas são mais acentuados quando os pacientes são portadores de próteses totais removíveis convencionais inferiores, pois há maior interferência de tecidos paraprotéticos sobre a retenção e estabilidade das mesmas, e reabsorção mais acentuada e acelerada do rebordo alveolar inferior após perda dos dentes (Lew,1959; Mäkilä, 1975; Polyzois, 1983;

Engström et al. 1985; Hara, 1996; Marchini, et al. 2001).

Dores causadas por deslocamento de próteses totais removíveis convencionais durante mastigação foram relatadas por 87,50% dos pacientes deste estudo, confirmando dados obtidos por Eerikäinen e Könönen, em 1987.

O deslocamento de próteses totais removíveis durante a mastigação, causando dor aos pacientes, proporcionou o hábito de mastigar apenas alimentos macios em 87,50% dos pacientes, corroborando vários trabalhos que creditam uma freqüência maior de distúrbios gastrintestinais em usuários de próteses totais removíveis convencionais causados por deficiência de ingestão de alimentos ricos em fibras como verduras e frutas (Yurkstas &

Emerson, 1964; Barone, 1965; Hartsook, 1974; Barone, 1978; Wayler & Chauncey, 1983;

Brodeur et al. 1993).

A possibilidade de deslocamento das próteses totais proporcionou sensação de insegurança em 93,75% dos pacientes, acarretando problemas afetivos em 50% dos pacientes, inibição social em 50%, e diminuição da satisfação em alimentar-se em 68,75% dos pacientes, quando estes ainda eram portadores de próteses totais removíveis convencionais superior e inferior, confirmando os comprometimentos observados, em mesma situação, por outros autores (Carlsson et al. 1976; Albrektsson et al. 1986; Albrektsson et al. 1987; Van Waas,

1990; Wismeyer et al., 1995; Wolf, 1998). Após a reabilitação inferior com próteses fixas sobre implantes, 100% dos pacientes relataram melhor segurança com sua nova condição protética, permitindo-lhes maior liberdade afetiva e social com as pessoas, com conseqüente melhora de suas qualidades de vida.

Três pacientes (18,75%) relataram aumento da instabilidade de suas próteses superiores após a instalação de próteses fixas inferiores sobre implantes. Tal acontecimento corrobora as conclusões obtidas por Susuki e colaboradores, em 1999, onde os autores justificaram esta instabilidade pelo centro da oclusão, em pacientes reabilitados com próteses fixas inferiores sobre implantes, ocorrer mais anteriormente em relação a usuários de próteses totais removíveis convencionais, havendo necessidade de ajustes diferenciados e mais freqüentes, pois pode ocorrer reabsorção óssea alveolar maxilar mais acelerada nestes pacientes.

A interferência profissional negativa observada em 18,75% dos pacientes portadores de próteses totais removíveis convencionais superior e inferior justifica a necessidade primária da reabilitação da saúde física e funcional, para posterior reabilitação da saúde psicológica e social em pacientes desdentados totais, permitindo aos mesmos melhora em sua auto-imagem e auto-estima, assim como em sua qualidade de vida, tornando-os mais ativos socialmente e economicamente, realidade esta também observada no campo da sociologia por Albrecht, em 1999. Importante salientar que a idade média dos pacientes deste trabalho é de 61 anos, portanto uma amostra composta de uma maioria de pessoas apesentadas. Provavelmente a interferência no campo profissional afetaria uma quantidade maior de pacientes caso a idade média dos mesmos fosse abaixo dos 50 anos de idade.

Insatisfação com a estética, em 68,75% dos pacientes, e com a fonética, em 18,75%, foram observadas quando os pacientes eram portadores de próteses removíveis convencionais superior e inferior. Após reabilitação inferior com prótese sobre implantes, a insatisfação com a estética foi observada em 18,75% dos pacientes, e a insatisfação com a fonética em 12,50%, constituindo os problemas mais freqüentes relatados pelos pacientes após o tratamento, corroborando com outros trabalhos na literatura (Haraldsson & Carlsson, 1977; Haraldsson et al. 1979).

A qualidade da fragmentação dos alimentos é influenciada por vários fatores:

possibilidade de o alimento estar entre as superfícies oclusais dos dentes durante a mastigação (Lucas & Luke, 1983; Horio & Kawamura, 1988; Van Der Bilt et al., 1988; Van Der Glas et al., 1988; Horio & Kawamura, 1989), quantidade de dentes naturais e saudáveis ocluindo durante a mastigação (Yurkstas, 1965; Miura et al., 1998), força oclusal desprendida pelo paciente durante a mastigação (Eerikäinen & Könönen, 1987; Tsuga et al. 1998; Suzuki et al.

1999; Brunski et al. 2000), área e tipo de superfície oclusal em dentes posteriores artificiais em próteses (Koran & Craig, 1974; Roedema, 1979; Michael et al. 1990), e esquema oclusal em próteses totais removíveis (Netto & Kimpara, 1994; Hobkirk & Brouziotou-Davas, 1996).

As habilidades mastigatórias dos pacientes foram avaliadas estudando-se a capacidade destes em fragmentar alimentos, de maneira subjetiva por resposta a questionário, e objetivas por testes mastigatórios.

Neste trabalho a Capacidade Mastigatória (CM) foi sugerida como a habilidade do paciente em fragmentar, ou não, alimentos com diferentes texturas em seu cotidiano, sendo obtida por resposta do próprio paciente a questionário, ou seja de maneira subjetiva.

A Eficiência Mastigatória (EM) foi sugerida como a habilidade do paciente fragmentar alimentos, de maneira habitual, utilizando a amêndoa para teste, e um sistema de tamises, sendo obtida de maneira objetiva pelo pesquisador. Foi proposto o uso de amêndoa para o teste por ser de fácil manipulação e representar um alimento com consistência e textura presentes no cotidiano dos pacientes.

A Performance Mastigatória (PM) foi sugerida como a habilidade do paciente fragmentar alimentos, com força máxima de mordida, utilizando blocos de Optosil® (Heraeus Kulzer) como simulador de alimento para teste, e um sistema de tamises, também sendo obtido de maneira objetiva pelo pesquisador.

O Nível de Satisfação (SAT) foi sugerido como a qualidade da somatória da Capacidade Mastigatória, da estética bucal, da sensação de segurança, da fonética, dos eventuais comprometimentos psicológico e socil, retenção e estabilidade de suas próteses. O Nível de Satisfação foi relacionado com Qualidade de Vida dos pacientes.

A Capacidade Mastigatória (CM) foi precária em pacientes ainda portadores de próteses totais removíveis convencionais, sendo que 87,50% dos pacientes apresentaram CM cinco (5) ou menor. Após 30 dias da instalação das próteses totais fixas inferiores sobre implantes, 93,75% dos pacientes apresentaram CM oito (8) ou maior, e após quatro meses do tratamento 100% dos pacientes apresentaram CM oito (8) ou maior. A ausência de mobilidade da prótese inferior, após colocação dos implantes, inibiu dor e desconforto durante a mastigação, proporcionando aos pacientes aumento significativo da CM entre os momentos pré-operatório e 30 dias após reabilitação inferior com próteses sobre implantes, comprovando a melhora mastigatória após promover melhor retenção e estabilidade para próteses removíveis através de implantes, situação também observada por outros autores (Wismeyer et al., 1995; Geertman et al., 1999).

O Nível de Satisfação (SAT), foi obtido por resposta dos pacientes a questionário, sendo orientados a considerarem conjuntamente Capacidade Mastigatória, estética, conforto e sensação de segurança que suas próteses lhes ofereciam. Quando eram portadores de próteses removíveis superior e inferior, 81,25% dos pacientes apresentaram nota cinco (5) ou menor para SAT, sendo que 12,50% dos pacientes apresentaram nota zero (0). Após 30 dias da instalação das próteses fixas inferiores sobre implantes, 75% dos pacientes apresentaram nota nove (9) ou maior para SAT, e após 4 meses 93,75% apresentaram SAT maior ou igual a nove (9). A melhora do Nível de Satisfação demonstrou estar sensivelmente relacionada com melhora da Qualidade de Vida dos pacientes,demonstrando que o tratamento oferecido aos mesmos foi efetivo em suprir suas necessidades e expectativas.

A melhora da Qualidade de Vida dos pacientes ficou evidente quandos os mesmos, após reabilitados com próteses inferiores sobre implantes, melhoraram sua auto-imagem e auto-estima, demonstrada com a retomada de uma rotina de compromissos sociais e afetivos.

A análise das respostas obtidas dos questionários evidenciou vários problemas físicos, psicológicos e sociais dos pacientes, quando ainda portadores de próteses totais removíveis convencionais superior e inferior. Com análise destas respostas, os planejamentos dos tratamentos odontológicos podem ser mais personalizados, respeitando as necessidades e expectativas de cada paciente, com maior probabilidade de sucesso para o tratamento

proposto. É importante ressaltar que nem sempre um problema mastigatório tem a mesma prioridade para pacientes diferentes.

Foi proposta nesta pesquisa Eficiência Mastigatória (EM) como a capacidade do paciente em fragmentar amêndoas, com mastigação de maneira habitual, e com ciclos mastigatórios pré-determinados, sendo portanto a EM obtida objetivamente.

O alimento para teste mastigatório para obtenção da Eficiência Mastigatória foi amêndoa, por ser um alimento facilmente encontrado no mercado nacional, bem aceito pelos pacientes, próximo de suas realidades alimentares, apresentar dimensões compatíveis para ser mastigada, e ser descrita na literatura (Helkimo et al. 1977; Ow et al. 1998).

No momento pré-operatório, observou-se que 100% dos pacientes apresentaram Eficiência Mastigatória (EM) Regular, Ruim ou Péssima, sendo 25% dos pacientes apresentaram EM Péssima. Após 30 dias da instalação das próteses inferiores sobre implantes, 100% dos pacientes apresentaram EM Ótima, repetindo-se o fato após 4 meses. Outros autores também comprovaram melhora da EM em pacientes desdentados totais reabilitados com próteses fixas, ou removíveis, inferiores sobre implantes (Helkimo et al. 1977). A proposta do uso de amêndoas em um processo mastigatório habitual objetivou promover um teste que se aproximasse da realidade do cotidiano dos pacientes.

Foi proposta nesta pesquisa Performance Mastigatória (PM) como a capacidade do paciente em fragmentar blocos de Optosil® (Heraeus Kulzer) empreendendo força máxima de mordida, por quarenta vezes, simulando uma situação em que indiretamente avaliou-se a força de mordida destes pacientes. Segundo Brunski e colaboradores (2000), pacientes com dentição natural e saudável podem apresentar força máxima média de mordida de 545,7N; usuários de próteses totais removíveis convencionais inferior e superior podem apresentar força máxima média de mordida de 59,6N, e estes mesmos pacientes reabilitados com prótese inferior fixa sobre implantes, 112,9N, concordando com outros autores que observaram que pacientes reabilitados com próteses fixas sobre implantes apresentam maior força mastigatória que usuários de próteses totais removíveis superior e inferior, porém menor força que pacientes com dentição natural, completa e saudável (Haraldson et al. 1979;

Mercske-Stern et al. 1995; Tsuga et al. 1998; Suzuki et al. 1999; Brunski et al. 2000).

O simulador de alimento escolhido para o teste mastigatório para obtenção da Performance Mastigatória foi o Optosil® (Heraeus Kulzer), mostrando ser este material de simples manipulação, com homogeneidade e textura reproduzíveis, facilmente encontrado no mercado, com consistência suficiente para usuários de próteses totais removíveis poderem fragmentar, e com várias referências na literatura (Edlund & Lamm, 1980; Olthoff et al. 1984;

Van Der Bilt et al. 1987; Slagter et al. 1992; Slagter et al. 1993).

No momento pré-operatório observou-se que 93,75% dos pacientes obtiveram Performance Mastigatória (PM) Péssima. Após 30 dias da instalação das próteses inferiores fixas sobre implantes 18,75% dos pacientes permaneceram com PM Péssima e 50%

apresentaram PM Regular. Após 4 meses, 56,25% apresentaram PM Regular e 25% PM Ótima, não havendo presença de PM Péssima entre os pacientes neste momento de coleta de dados.

Houve diferença significante entre a Performance Mastigatória (PM) quando os pacientes eram portadores de próteses totais removíveis superior e inferior, e a PM 30 dias após instalação da prótese inferior fixa sobre implantes. Observou-se também diferença significante entre PM após 30 dias e PM após 4 meses da instalação das próteses fixas, demonstrando que os pacientes apresentaram melhora gradativa de suas capacidades em fragmentar alimentos com força máxima de mordida, confirmando trabalhos de vários outros autores (Yurkstas, 1953; Müller et al. 1996; Bonachela & Rosseti, 2002) que afirmam ocorrer readaptação da musculatura bucal, reorganização do sistema neuro-muscular e ganho de confiança no novo sistema de próteses pelos pacientes, permitindo-se dizer que durante o período crítico de osseointegração, de três a quatro meses após colocação dos implantes, o paciente não exercerá sua força mastigatória máxima. Este período em que o paciente aumenta gradativamente sua força de mastigação permite afirmar que há segurança para que ocorra osseointegração dos implantes colocados entre forames mentonianos com instalação imediata da prótese total inferior fixa, corroborando com trabalho publicado por Skalak em 2001.

Para obtenção da Performance Mastigatória (PM), nesta pesquisa, observou-se que a presença, ou não, de partículas C, D, E e F não influenciaram nos resultados, sugerindo que a metodologia pode ser simplificada reduzindo-se o número de tamises de cinco (5) para três (3), entretanto foi mantida a proposta da utilização de cinco (5) tamises diferentes para

obtenção da PM, assim como mensuração das partículas A, B, C, D, E e F, pois estes dados podem fornecer informações importantes qualitativas em avaliação futura de pacientes com dentição natural e saudável.

Houve correlação significativa entre Capacidade Mastigatória (CM) e Nível de Satisfação (SAT) quando os pacientes eram portadores de próteses totais removíveis superior e inferior, ou seja, observou-se que pacientes com precária CM apresentaram baixos SAT.

Uma correlação significativa entre CM e SAT também foi observada 4 meses após a instalação das próteses totais fixas inferiores sobre implantes, demonstrando que a Capacidade Mastigatória interferiu significativamente no Nível de Satisfação dos pacientes, concordando com vários outros autores (Albrektsson et al. 1987; Hoogstraten & Lamers, 1987; Boerrigter et al. 1995; Wismeyer et al. 1995; Geertman et al. 1996). Esta correlação mostrou-se interessante, pois podemos satisfazer as necessidades e expectativas dos pacientes, proporcionando tratamentos que permitam aos mesmos mastigarem melhor os alimentos que lhes dêem prazer e estejam presentes em seus respectivos cotidianos.

A Eficiência Mastigatória e o Nível de Satisfação correlacionaram-se no momento pré-operatório, demonstrando que a habilidade em fragmentar alimentos, de maneira habitual, aferida pelo pesquisador, interferiu no Nível de Satisfação dos pacientes quando eram portadores de próteses totais removíveis superior e inferior, sugerindo que a avaliação de habilidades mastigatórias deve ser realizada com teste mastigatório que simulem o cotidiano alimentar dos pacientes.

A Performance Mastigatória não apresentou correlação significativa com as outras variáveis em momento algum, sugerindo que a intensidade da força mastigatória não interfere com o Nível de Satisfação, Capacidade Mastigatória e Eficiência Mastigatória dos pacientes, porém a análise da PM pode apresenta-se como importante quando o objetivo é relacionar habilidade mastigatória com força máxima de mastigação.

As metodologias utilizadas para obtenção de Nível de Satisfação e Capacidade Mastigatória, obtidas por respostas dos pacientes a questionários, foram facilmente realizadas, sem uso de qualquer aparato especial. A metodologia utilizada para obtenção da Eficiência Mastigatória foi facilmente realizada, porém houve necessidade de uso de alimento para teste mastigatório e um sistema de tamises. A metodologia utilizada para obtenção da Performance

Mastigatória foi a mais complexa, exigindo além de um simulador de alimentos, um sistema de tamises e uma balança de precisão.

Os dados extraídos dos itens avaliados forneceram importantes informações sobre saúde física, psicológica e social dos pacientes, podendo colaborar para o desenvolvimento, aprimoramento e abordagens de tratamentos em pacientes com situações clínicas semelhantes.

A extrapolação destes testes para outros tipos de pacientes e situações clínicas diferentes pode fornecer interessantes dados para a evolução da odontologia como ciência da saúde que busca melhorar a qualidade de vida das pessoas.

A avaliação das necessidades e expectativas dos pacientes torna-se tão importante quanto o domínio das técnicas, materiais e equipamentos. Para esta avaliação prévia ao tratamento odontológico, podemos utilizar recursos como resposta a questionários pelos próprios pacientes e análise de suas habilidades mastigatórias, assim como também utilizar os mesmos recursos para avaliar a efetividade de tratamentos realizados.

Este trabalho foi realizado concomitante a abordagens por pesquisadores da área da psicologia e fonoaudiologia, permitindo a todos os pesquisadores um conceito multidisciplinar da saúde, assim como uma visão holística dos pacientes. A atuação multidisciplinar permitiu uma abordagem mais completa dos problemas dos pacientes, com conseqüente tratamento realizado mais adequado às suas necessidades e expectativas, demonstrando ser a atuação multidisciplinar importante para promoção da saúde.

Observou-se que a perda dos dentes e o uso de próteses totais com deficiência de retenção e estabilidade causaram aos pacientes não apenas problemas físicos e funcionais, mas também problemas psicológicos, afetivos e sociais, com conseqüente dano na auto-imagem dos mesmos, provocando-lhes auto-estima baixa, exclusão social e Qualidade de Vida prejudicada. A somatização destes problemas psicológicos, afetivos e sociais poderia justificar uma maior susceptibilidade destes pacientes a doenças.

Por fim sugere-se que a avaliação dos itens propostos seja realizada em outras situações clínicas, assim como uma abordagem interdisciplinar e multidisciplinar, trazendo maiores benefícios não somente aos pacientes, mas também aos profissionais, permitindo uma evolução qualitativa das áreas promotoras de saúde.

7 7 - - C C O O N N C C L L U U S S Õ Õ E E S S

No documento UNIVERSIDADE DO SAGRADO CORAÇÃO (páginas 96-105)

Documentos relacionados