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II. ENQUADRAMENTO LEGAL NACIONAL E DA UNIÃO EUROPEIA

2.1. Quadro de Acção no Domínio da Política da Água e Plano Nacional da Água

2.1.1. Enquadramento legal da União Europeia

amento para a protecção das águas de superfície interiores, das águas de transição, das

dos ecossistemas aquáticos, terrestres e zonas húmidas directamente dependentes dos ecossistemas aquáticos, no que respeita às suas nec i

efectiva s ETAR, constituem o quadro de enquadramento de

bas g Conside cujos po

mais próximo da linha de base, a de delimitação das águas territoriais, estendendo-se, quando apli e

superfíc proximid

A Directiva n.º 2000/60/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 23 de Outubro de 2000, veio estabelecer um novo quadro de acção comunitária no domínio da política da água, constituindo o novo enquadr

águas costeiras e das águas subterrâneas, visando, entre outros objectivos, evitar a continuação da degradação e promover a protecção e melhoria do estado

ess dades em água. Embora os critérios estipulados na Directiva não tenham ainda uma tradução com consequências ao nível da gestão da

e à estão futura, com o qual se articulam outros instrumentos legais mais específicos.

ram-se como águas costeiras as águas de superfície que se encontram entre terra e uma linha ntos se encontram a uma distância de uma milha náutica, na direcção do mar, a partir do ponto

cáv l, até ao limite exterior das águas de transição. As águas de transição são massas de águas de ie na proximidade da foz dos rios, que têm um carácter parcialmente salgado em resultado da ade de águas costeiras, mas que são significativamente influenciadas por cursos de água

doce. A para as

INAG ( . Foram estabelecidas três

presenta-se na figura seguinte os limites das regiões hidrográficas, chamando-se a atenção massas de água costeiras. A caracterização das águas costeiras portuguesas é efectuada em 2005), de acordo com a metodologia proposta em CIS (2002)

tipologias de águas costeiras abertas que diferem entre si essencialmente pelo grau de exposição às vagas, que se vai reduzindo de norte para sul de Portugal Continental. O tipo A5 desenvolve-se desde a fronteira com Espanha até ao Cabo Carvoeiro, o tipo A6 desde o Cabo Carvoeiro até à Ponta da Piedade e a tipologia A7, a sul, desde a Ponta da Piedade até à fronteira com as águas territoriais espanholas (INAG, 2005).

As águas costeiras poderão ser consideradas zonas protegidas nos termos do Anexo IV da Directiva (se forem designadas como águas de recreio, incluindo zonas designadas como águas balneares ao abrigo da Directiva n.º 76/160/CEE, se forem sensíveis em termos de nutrientes, incluindo as zonas

ico, hidrológico e hidrogeológico sejam coordenadas. Neste contexto, são estabelecidos

II da Directiva, bem como uma análise económica da utilização da água, segundo as

o Anexo V

stante flora

e substrato do leito e estrutura da zona designadas como zonas vulneráveis ao abrigo da Directiva n.º 91/676/CEE, as zonas designadas como zonas sensíveis ao abrigo da Directiva n.º 91/271/CEE, se forem designadas para a protecção de habitats ou de espécies em que a manutenção ou melhoramento do estado da água seja um dos factores importantes para a protecção, incluindo os sítios relevantes da rede Natura 2000, ou se forem designadas para a protecção de espécies aquáticas de interesse económico).

O objectivo de alcançar um bom estado das águas até 2015, incluindo o bom estado ecológico, para além dos estados químico e quantitativo, deverá ser prosseguido para cada bacia hidrográfica, de modo a que as medidas relativas às águas de superfície e subterrâneas que pertençam ao mesmo sistema ecológ

critérios de caracterização das regiões hidrográficas e de avaliação do estado das águas.

A sua aplicação requer que sejam realizadas análises às características das bacias hidrográficas (incluindo o estabelecimento de condições de referência específicas) e às pressões ou impactes da actividade humana sobre o estado das águas (identificação e avaliação), segundo as especificações técnicas do Anexo

especificações técnicas do seu Anexo III.

Os programas de monitorização do estado das águas, de forma a permitir uma análise coerente e exaustiva do estado das águas em cada região hidrográfica, deverão seguir as orientações d

da Directiva.

Relativamente às águas costeiras, objecto do presente estudo, são definidos os seguintes elementos de qualidade para a classificação do seu estado ecológico:

• elementos biológicos (composição, abundância e biomassa do fitoplâncton, da re aquática e dos invertebrados bentónicos),

• elementos hidromorfológicos de suporte dos elementos biológicos (condições morfológicas, designadamente variação da profundidade, estrutura

intermareal, e regime de marés, designadamente direcção das correntes dominantes e exposição às vagas),

• elementos químicos e físico-químicos de suporte dos elementos biológicos (elementos gerais, designadamente transparência, condições térmicas, condições de oxigenação, salinidade e condições relativas aos nutrientes, e poluentes específicos, designadamente poluição

resultante de todas as substâncias prioritárias identificadas como sendo descarregadas na massa de água e poluição resultante de outras substâncias identificadas como sendo

sistemas aquáticos, constam do Anexo V da Directiva (Quadro 1.2.4), revestindo-se

stigação (especificando objectivos, selecção de pontos, parâmetros e frequências de monitorização), bem como critérios para classificação e apresentação do estado

ológico.

de tal modo afectada pela actividade humana ou o seu estado

s.

rgas, emissões e perdas de substâncias perigosas

avaliação científica do risco. Se um objectivo ou uma norma de qualidade, estabelecido nos termos descarregadas em quantidades significativas na massa de água).

Os critérios de definição das classificações dos estados ecológicos “excelente”, “bom” e “razoável” para as águas costeiras, definindo-se estado ecológico como a expressão da qualidade estrutural e funcional dos ecos

a sua determinação de grande complexidade e requerendo o envolvimento de diversas especialidades. Neste anexo são ainda definidos os requisitos de monitorização, incluindo a monitorização de vigilância, operacional e de inve

ecológico e do potencial ec

Quando uma massa de água tenha sido

natural seja tal que se revele inexequível ou desproporcionadamente oneroso alcançar um bom estado, poderão ser fixados objectivos ambientais menos exigentes com base em critérios adequados, evidentes e transparentes, e deverão ser tomadas todas as medidas viáveis para prevenir uma maior deterioração desse estado.

São também objectivos da Directiva promover um consumo de água sustentável, baseado numa protecção a longo prazo dos recursos hídricos disponíveis e promover uma protecção reforçada e a melhoria do ambiente aquático, nomeadamente através de medidas específicas para a redução gradual das descargas, das emissões e perdas de substâncias prioritárias e da cessação ou eliminação por fases de descargas, emissões e perdas dessas substâncias prioritária

É também objectivo da Directiva conseguir a eliminação das substâncias poluentes prioritárias (incluindo as substâncias do Anexo VIII, entre as quais se encontram como mais relevantes, na óptica da avaliação do desempenho ambiental das ETAR, as matérias em suspensão, substâncias que contribuem para a eutrofização, tais como nitratos e fosfatos, e substâncias com influência desfavorável no balanço do oxigénio, e que podem ser determinadas através de parâmetros como a CQO e a CBO), cessando ou eliminando faseadamente as desca

prioritárias, com o objectivo último de contribuir para a consecução, no ambiente marinho, de valores próximos dos de fundo, quanto às substâncias naturalmente presentes, e próximos de zero para as substâncias sintéticas de origem antropogénica.

A identificação de substâncias perigosas prioritárias teve em conta o princípio da precaução, e em especial a identificação de efeitos potencialmente negativos decorrentes do produto, bem como uma

desta Directiva ou das directivas enumeradas no seu anexo IX ou de qualquer outra legislação comunitária, tornar necessária a imposição de condições mais restritas do que as que resultariam da

ara proceder à sua remoção daquelas

controlar os

ambiente marinho através de acções comunitárias.

gestão de bacias hidrográficas (conforme os requisitos do Anexo VII), incluindo, entre outras, a regulamentação prévia das descargas de fontes pontuais, obrigatoriamente objecto de sua aplicação, podem ser instituídos controlos de emissões mais restritos.

A lista das substâncias ou grupos de substâncias prioritárias foi aprovada pela Decisão n.° 2455/2001/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 20 de Novembro de 2001, que alterou a Directiva n.º 2000/60/CE, passando a constituir o seu Anexo X, incluindo 33 substâncias ou grupos de substâncias. Estas substâncias, embora possam estar presentes em efluentes urbanos, estarão na sua generalidade mais relacionadas com o exercício de actividades industriais, surgindo nos efluentes urbanos por via da sua descarga em redes de colectores municipais, pelo que a fixação de normas de descarga deverá ser efectuada ao nível dos respectivos regulamentos de descarga, não estando a generalidade das ETAR urbanas tecnologicamente preparada p

substâncias.

Relativamente à prevenção e controlo da poluição, a Directiva n.º 2000/60/CE estabelece que a política comunitária no domínio das águas deve basear-se numa abordagem combinada, que se baseia no controlo das emissões com base nas melhores técnicas disponíveis, no estabelecimento de valores- limite para as emissões, e na utilização das melhores práticas ambientais por forma a

impactos difusos.

Esta abordagem encontra-se subjacente à metodologia de avaliação de desempenho ambiental que aqui será proposta e aplicada, ao cruzar indicadores de desempenho ambiental com indicadores de estado do ambiente, sendo assim um aspecto central a ter em consideração neste diploma.

É ainda objectivo da Directiva contribuir para mitigar os efeitos das inundações e secas, contribuindo dessa forma, entre outros aspectos, para a protecção das águas marinhas e territoriais e para o cumprimento dos objectivos dos acordos internacionais pertinentes, incluindo os que se destinam à prevenção e eliminação da poluição no

É reconhecida a necessidade de integração da política da água nas diversas políticas sectoriais, bem como a necessidade de informação, consulta e participação do público na sua gestão, devendo a sua utilização sustentável respeitar o princípio da subsidiariedade.

Estabelecem-se as bases e o quadro institucional para a gestão sustentável das águas, devendo esta fazer-se por bacia ou região hidrográfica, com base em programas de medidas (conforme Anexo VI) e em planos de

suplementares, podendo ser objecto de revisão face aos resultados dos programas de monitorização implementados.

O princípio da amortização dos custos dos serviços hídricos, incluindo a recolha e tratamento de águas residuais, mesmo em termos ambientais e de recursos, associados aos prejuízos ou impactes negativos para o ambiente aquático deverá ser tomado em consideração, segundo o princípio do

n.º 77/2006, de 30 de Março, em

água.

rmação e participação do público e sobre fiscalização e sanções estabelecendo,

de água poluidor-pagador.

A estratégia de implementação da Directiva, dada a sua grande complexidade, previu a constituição de grupos de trabalho específicos sobre as diversas matérias relevantes e a produção de guias técnicos de apoio à sua implementação.