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EPAL – EMPRESA PORTUGUESA DE ÁGUAS LIVRES

1.1.

Descrição geral

A EPAL – Empresa Portuguesa das Águas Livres, S.A., é uma empresa do sector empresarial do Estado, detida a 100% pela AdP – Águas de Portugal, SGPS, S.A..

A EPAL é sucessora da centenária CAL – Companhia das Águas de Lisboa, concessionária do abastecimento de água à cidade de Lisboa, entre 02 de Abril de 1868 e 30 de Outubro de 1974. Posteriormente torna-se a EPAL – Empresa Pública das Águas de Lisboa designação que mantém até 1981, quando passa a denominar-se por EPAL – Empresa Pública das Águas Livres.

A área de intervenção da EPAL, até 1935, limitava-se ao abastecimento e distribuição de água ao concelho de Lisboa.

Actualmente a área servida pela EPAL e ALVT (Sistema Multimunicipal de Abastecimento de Água e de Saneamento do Vale do Tejo) abrange 88 municípios que ocupam uma área territorial correspondente a 33% do território continental português e serve 3,8 milhões de habitantes. Esta solução para além da coesão territorial tem em vista gerar as eficiências necessárias à sustentabilidade económica, social e ambiental destes sistemas. 1

A figura 1.1 demonstra o território da responsabilidade da EPAL, no qual está incluído a gestão delegada do sistema multimunicipal de abastecimento de água e de saneamento de Lisboa e Vale do Tejo (ALVT). Nesta encontra-se ainda representada a fusão com os antigos sistemas Multimunicipais da SANEST, SIMTEJO, SIMARSUL, Águas do Centro, Águas do Zêzere e Côa, Águas do Centro Alentejo, Águas do Norte Alentejano e Águas do Oeste, o que ocorreu em Julho de 2015.

No entanto, desde Junho de 2017 e até ao presente , o Sistema Multimunicipal de Abastecimento de Água e de Saneamento de Lisboa e Vale do Tejo, ao abrigo do Decreto-Lei nº 34/2017, de 24 de Março, passou a adoptar a denominação de Sistema Multimunicipal de Abastecimento de Água e de Saneamento do Vale do Tejo, na sequência do processo de cisão que deu origem a dois novos sistemas multimunicipais - Sistema Multimunicipal de Saneamento de Águas Residuais da Grande Lisboa e Oeste e Sistema Multimunicipal de Saneamento de Águas Residuais da Península de Setúbal – e a duas novas sociedades – Águas do Tejo Atlântico, SA e Simarsul, SA – a quem foi atribuída a concessão da exploração e gestão daqueles 2 novos sistemas.

A concessão da exploração e da gestão do sistema multimunicipal de abastecimento de água e de saneamento do Vale do Tejo foi atribuída à Águas do Vale do Tejo e à EPAL – Empresa Portuguesa das Águas Livres, S.A, como referido anteriormente, são estas que se encontram actualmente responsáveis por servir uma vasta área territorial.

Relativamente à EPAL, o sistema de Produção e Transporte é constituído por 3 subsistemas que se desenvolvem ao longo de mais de 700 Km de adutores, com uma capacidade nominal de produção que pode atingir mais de 1.000.000 m³/dia e uma capacidade de reserva de cerca de 370.000 m³. Estes subsistemas são dotados de 2 Estações de Tratamento de Água, 31 Estações Elevatórias, 28 Reservatórios e 20 Postos de Cloragem. No percurso até Lisboa e para entrega aos municípios clientes são ainda utilizadas outras importantes infra-estruturas de transporte como o aqueduto Alviela, o adutor Vila Franca de Xira-Telheiras, o adutor de Circunvalação e o adutor da Costa do Sol.

O Sistema de abastecimento da EPAL assenta em 2 sistemas, sendo que o primeiro é o de produção e transporte, responsável pela captação, tratamento e transporte da água compreendendo 2 captações superficiais, 23 captações subterrâneas, cerca de 700 Km de adutores, 2 estações de tratamento de água e 31 estações elevatórias. O segundo sistema é o de distribuição e é responsável pela gestão e exploração da rede geral de distribuição, com mais de 1400 Km, compreendendo, ainda, 14 reservatórios, 10 estações elevatórias e mais de 86 mil ramais de ligação aos prédios, proporcionando o abastecimento domiciliário numa área de 83 Km² a uma população superior a 500 mil habitantes. As redes de transporte e de distribuição totalizam uma extensão superior a 2100 Km. 1

Figura 1.2- Sistema de abastecimento da EPAL.

As principais origens de água do sistema de abastecimento são superficiais – albufeira de Castelo do Bode (rio Zêzere) e margem direita do rio Tejo, em Valada, mas existem também cerca de 20 captações subterrâneas localizadas em Alenquer, Lezírias e Ota.

Existem duas instalações laboratoriais acreditadas pela Norma NP EN ISO/IEC 17025 (2005), responsáveis pela análise das águas desde o ponto de captação até à torneira do consumidor, uma localizada na ETA de Vale da Pedra e a outra em Lisboa, na qual foi desenvolvido o presente trabalho. 1

1.2.

Laboratório de Análises de água da EPAL

A Empresa Portuguesa das Águas Livres segue toda a legislação relacionada com a qualidade da água. O Laboratório de análises de água da EPAL, anteriormente designado por laboratório central, está acreditado desde 1998, pela IPAC (Instituto Português de Acreditação), segundo a norma NP EN ISO/IEC 17025- “Requisitos gerais de competência para laboratórios de ensaio e calibração”, para as seguintes actividades:

- Colheita, preservação e transporte de amostras de água (para águas de consumo humano e águas naturais destinadas à produção de águas para consumo humano);

- Análise de 110 parâmetros da qualidade da água (correspondendo a 198 compostos. Alguns parâmetros/compostos estão acreditados para mais de um método de ensaio);

- 135 métodos analíticos para ensaios em águas;

- Testes a materiais orgânicos e cimentícios em contacto com água para consumo humano, correspondendo a 8 métodos/normas (sendo o único laboratório a nível nacional com esta acreditação).

A Direcção de Laboratórios e Controlo da Qualidade da Água da EPAL, possui o Certificado de Acreditação nº L0242, ao qual estão associados dois Anexos Técnicos, o L0242- 1 relativo à área de amostragem e ao Laboratório de análises de água, localizado em Lisboa e o L0242-2, relativo ao Laboratório de Vale da Pedra. 1