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230 por esse fungo

No documento IRENE ITALA TRIPPIA CECY (páginas 39-43)

Por sua vez, os patõgenos desenvolvem sua própria defesa contra a atividade lisolítica de enzimas de seus hospedeiros atra­

vés de inibidores. Se estes tiverem capacidade suficiente para neutralizar todas as enzimas do hospedeiro que lhes sejam nocivas, a planta ficará sem esse mecanismo de defesa.

Entre os compostos fenôlicos, o ácido cafêico desempenha um importante papel na defesa contra as larvas do bicho da seda (Bora-bix mori) e infecções por Streptococcus faecalis A D - 4 , constatado

^ j - 168

era folhas de amoreira.

129 1*18 139 228 -

Vários pesquisadores ' ' ' observaram a liberaçao de ácido ferrülico, ácido diferrülico (isômero trans) e £-curoárico de paredes celulares de Gramineae guando extraídas cora álcali.

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Em paredes celulares de Loliitm multlflorum tratadas com celulasè, contendo hemicelulases, verificou-se a liberação de uma sêrie de ésteres de âcidcsfenSlicos com carboidratos, solúveis em água,

1 2 -| 07 inclusive âcido ferrülico e £-cumârico. '

302 290

WHITMORE e UCHIYAMA et al. detectaram a presença de compostos fenSlicos, possivelmente âcido ferrülico, ligados a carboidratos (arabinose e xilose), ao que parece, na forma de és­

teres. O mesmo tipo de composto foi identificado entre frações

- - + 228

solúveis em âgua, extraídas de parede celular de arroz. Peque­

nas quantidades de âcido cafêico e p-cumârico, formando complexos com carboidratos, foram isoladas de parede celular de coleõptile

. . . 111 de trigo.

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-MANINGAT & JULIANO obtiveram âcido ferrülico por extra­

ção da parede celular do germe de arroz com solução aquosa a 0 ,6%

de sulfato de dodecil sõdico (SDS) em mercaptoetanol. Compostos fenSlicos do tipo âcido ferrülico foram ainda detectados em teci­

.. - 290

dos de calo de arroz, como uma resposta a infecção por fungos.

0 interesse do estudo dos compostos fenSlicos prende-se ao fato dos mesmos estarem associados â resistência a processos in­

fecciosos .

Conforme JOHNSON & SCHALL,^^ estes compostos parecem estar envolvidos na resistência ã infecção causada por Streptomyces

sca-172 -

-bies ou, segundo KUC, com a imunidade a varios fungos patogêni­

cos. Batatas infectadas por Phytophora infestans apresentaram maio­

res quantidades de âcido clorogênico nas variedades resistentes do 4.- 4 151

que nas susceptíveis.

Cumarinas e compostos fenõlicos, formados em resposta à fer­

rugem de caule de trigo, desempenham um importante papel pela seu efeito sobre o metabolismo do âcido indol-acêtico.

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219 -

-NEWTON et al. , em experiencias com trigo, tambem de­

monstraram a existência de correlação entre o conteúdo de compos­

tos fenõlicos e a resistência à ferrugem. Da mesma forma, o ácido clorogênico parece desempenhar um papel na resistência de batata e cebola, frente a diferentes tipos de infecções.151,171

A importância do ácido clorogênico deve-se mais â sua con­

centração em áreas localizadas, do que ao seu conteúdo total. Era batatas, por exemplo, a maior concentração foi encontrada próximo às lenticelas, que servem como porta de entrada para o parasita, e ao redor do tecido danificado. 0 mecanismo de proteção dado pelo ácido clorogênico, possivelmente, está acompanhado por outros si­

multâneos, pois, a tirosinase acumula-se no mesmo local e parece desempenhar igual função. Essa enzima, presente nos tecidos afe­

tados, promove a oxidação do ácido clorogênico a quinonas, que pa­

recem ser mais toxicas aos agentes patogênicos. Assim, em varieda­

des resistentes de batatas dèterminou-se uma maior proporção de quinonas em relação ao ácido clorogênico, do que em variedades foi também sustentada por O ’NEILL & SELVENDRAN.226

Também em parede celular de Lolium multiflorum, sob a ação de y^-glicosidase, destacaram-se entre os produtos liberados, alêm de glucose, xilobiose, xilose e arabinose, ácido ferrúlico e ácido

128 *

-p-cumãrico. Possivelmente o ácido ferrúlico da parede celular ê um precursor da lignina, pois, com o envelhecimento, a planta

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em geral apresenta um maior conteüdo desse composto fenólico.129 O teor em lignina parece ainda estar relacionada de maneira signi­

ficativa com a diminuição da degradação de carboidratos da parede celular pela celulase. Isto explica a baixa digestibilidade de Gramineae altamente lignificadas fornecidas como alimentos a

rumi-. 130 nantes.

A susceptibilidade de varias Gramineae (cevada, trigo e gra­

ma castellana) ao afídeo Metopolophium dirhodum, às bactérias, aos fungos e insetos varia em função da concentração de ãcido hidroxâ- mico cíclico que ê encontrado nas plantas. Altas concentrações des­

se ácido foram detectadas em sementes jovens, o que permitiu con­

cluir-se que é nesse estágio de desenvolvimento que as plantas são mais susceptíveis ao ataque de agentes patogênicos. Assim, em cul­

tivo de cereais, um controle natural da população de afídeos pode­

ria ser obtido através da utilisação de variedades com alta concen­

tração de ãcido h i d r o x ã m i c o . ^

O fungo da ferrugem ê um dos mais importantes agentes infec­

ciosos de plantas. Devido a total dependência de seus hospedeiros

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é considerado um parasita obrigatório.

A L L E N ^ foi quem registrou as primeiras experiências sobre inibidores da germinação de esporos do fungo da ferrugem, motivado pelos grandes prejuízos que a mesma causa à agricultura mundial.

Esses fungos, conhecidos por ferrugem devido à cor castanho avermelhada dos uredosporos, possuem um ciclo de vida complexo, no qual cinco diferentes tipos de esporos podem ser formados. Alguns deles completam seu ciclo em duas diferentes plantas hospedeiras, não relacionadas. É o caso, por exemplo, de Puccinia graminis, que além de atacar gramas e cereais, cresce também em espécies de Ber­

beris. ^56

Os taninos também contribuem para a resistência, o que foi constatado através de experiências realizadas com carvalho e car-rapicho, infectados por Ceratocystis fagacearum.247

A inibição da atividade pectinolítica por substâncias fenõ- licas que ocorre, principalmente, por derivados de ácido cinâmico foi observada em raizes de Lycopersicon sculentum, quando infectadas

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No documento IRENE ITALA TRIPPIA CECY (páginas 39-43)

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