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A R ESTAURAÇÃO DA G LÓRIA DE D EUS

No documento O Temor Do Senhor - John Bevere (páginas 95-107)

Porém tão certo como eu vivo, e como toda a terra se encherá da glória do Senhor (Nm 14:21).

Nós estamos nos aproximando rapidamente da última chuva da glória de Deus. Haverá uma importante diferença entre a Igreja de hoje e a Igreja anterior ao Pentecostes. No Livro de Atos, Deus derramou repentinamente e dramaticamente o seu Espírito, e só então, depois de muitos anos, isso começou a diminuir. Creio que as Escrituras revelam que a última chuva não será um derramamento súbito, mas uma rápida restauração. A primeira foi repentina, a última, rapidamente restaurada.

Para explicar melhor, vamos voltar ao tempo decorrido entre Moisés e o rei Davi. Moisés construiu o tabernáculo que representava a ordem divina, e aí, então, a glória do Senhor foi revelada de uma maneira poderosa e dramática. Foi repentino e tremendo. Logo que Moisés havia terminado o trabalho, o tabernáculo foi envolvido por uma nuvem espessa da glória de Deus.

Essa glória diminuiu posteriormente devido ao pecado e à indiferença para com o Senhor. Esse vai e vem gradual continuou até que Israel alcançou o ponto mais baixo, sob a liderança de Eli. A lâmpada de Deus estava para se apagar e a sua glória havia partido.

No dia em que Eli e seus filhos morreram, a arca de Deus foi capturada pelos filisteus. Eles levaram a arca para a cidade de Asdode, onde estava localizado o templo do seu deus Dagom. Mas a mão do Senhor foi contra Dagom. A estátua do deus deles caiu e sua cabeça e suas mãos se quebraram diante da arca de Deus. Os filisteus levaram a arca para cinco cidades. Onde quer que levassem a arca, os filisteus eram flagelados com tumores e morte. A devastação era tão imensa que a agonia do clamor da quinta cidade chegou até o céu (1 Sm 5). Depois de sete meses, os príncipes dos filisteus se reuniram com os seus sacerdotes e adivinhadores para decidir como mandar a arca de volta para Israel. Queriam honrar o Deus de Israel com uma oferta pela culpa dos cinco ratos de ouro e cinco tumores, representando as

suas cinco cidades e seus príncipes. Eles oraram para que Deus tirasse sua mão de castigo de sobre eles. Depois de colocar esses objetos de ouro num cofre, o colocaram ao lado da arca, num carro novo puxado por duas vacas, que tinham dado cria recentemente, cujos bezerros foram colocados num cercado. Os filisteus raciocinaram: "Se as vacas puxarem este carro para um território longe do mugir dos seus bezerros, então saberemos que é Deus quem nos feriu". As vacas puxaram a arca diretamente para o território de Israel, onde permaneceu intocada na casa de Abinadabe, na cidade de Quiriate-Jearím, durante vinte anos. É interessante notar que o primeiro rei de Israel, Saul, nunca tentou restabelecer a arca de Deus para Israel.

A RESTAURAÇÃO DA GLÓRIA DE DEUS PARA ISRAEL Depois do reinado de Saul, o rei Davi assentou-se no trono. Seu coração buscou a Deus e almejou a restauração da glória de Deus para Israel, mas essa glória não foi manifesta do mesmo modo como fora com Moisés. Não foi repentina e poderosa, mas um processo de restauração.

Esse processo de restauração começou anos antes, com o profeta Samuel. Deus o comissionou a preparar o caminho, chamando o povo de volta ao coração de Deus. Sua mensagem era a batida do coração de todos os verdadeiros profetas.

Falou Samuel a toda a casa de Israel, dizendo: Se é de todo o vosso coração que voltais ao Senhor, tirai dentre vós todos os deuses estranhos e os astarotes, e preparai o vosso coração ao Senhor, e servi a ele só, e ele vos livrará da mão dos filisteus (ISm 7:3).

A HONRA QUE INSULTOU A DEUS

Uma vez que Davi se tornou o rei, ele tomou Jerusalém derrotando os filisteus. Aí, então, buscou restabelecer a arca ao seu lugar legítimo. Consultou Davi os capitães de mil e os de cem, e todos os príncipes (1 Cr 13:1). Eles decidiram reunir todo o Israel para esse evento. Então, toda a congregação concordou em que assim se fizesse; porque isto pareceu justo aos olhos de todo o povo (v.4).

Leia cuidadosamente o que eles fizeram a seguir:

Puseram a arca de Deus num carro novo, e a levaram da casa de Abinadabe... (2Sm 6:3).

Onde os israelitas arrumaram a idéia de trazer a arca para Jerusalém em um "carro novo"? Não foi exatamente daquela maneira que os filisteus a enviaram de volta para Israel ?

Eles levaram a arca da casa de Abinadabe com dois homens, Aiô e Uzá, dirigindo o carro. Davi e toda a casa de Israel alegravam-se perante o Senhor com toda a sorte de instrumentos de pau de faia, com harpas, com saltérios, com tamboris, com pandeiros e com címbalos (2Sm 6:5). O Primeiro Livro de Crónicas 13:8 diz que eles fizeram isso com toda sua força, mas, veja o que aconteceu:

Quando chegaram à eira de Nacom, estendeu Uzá a mão à arca de Deus e a segurou, porque os bois tropeçaram. Então a ira do Senhor se acendeu contra Uzá, e Deus o feriu ali por esta irreverência; e morreu junto à arca de Deus (2 Sm 6:6,7).

A Bíblia Nova, de King James, tem uma marca de referência para a palavra 'erro'. Eu a localizei na coluna central e encontrei a palavra ' irreverência'. Outra tradução poderia ser:' 'Deus o feriu ali por esta irreverência". (Nota do tradutor: a Bíblia em português, revista e atualizada, já traz esta tradução, como se vê no versículo transcrito acima).

Que coisa incrível! Apenas uma geração anterior, dois homens estavam cometendo adultério à porta do tabernáculo, onde a arca residia. A irreverência deles era descarada e excedia em muito a desse homem que meramente estendeu sua mão para segurar a arca. Os sacerdotes imorais não foram julgados imediatamente por seu comportamento; contudo, Uzá foi julgado. Por quê? No caso dos filhos de Eli, a glória havia ido embora. Com Uzá, a glória de Deus estava retornando. Quanto mais forte for a glória manifesta de Deus, mais rápido e mais severo será o seu julgamento da irreverência.

COM MEDO DE DEUS

Desgostou-se Davi porque o Senhor irrompera contra Uzá [...] Temeu Davi ao Senhor, naquele dia, e disse: Como virá a mim a arca do Senhor? (2 m 6:8, 9)

Não faltava entusiasmo a Davi, a seus líderes e ao povo de Israel. Houve um grande preparo para recuperar a arca para Israel. Uma vez que Israel voltou a possuir a arca novamente, o povo tocou instrumentos musicais com todas as suas forças. Eles acreditavam que estavam honrando a Deus, trazendo a arca em um novo carro. Davi escolheu a dedo os dois homens que iriam dirigir o carro. Então, você pode entender o choque de Davi, quando Deus feriu de morte um dos homens escolhidos por ele.

Seu choque logo se transformou em desgosto. Davi pode ter questionado: "Por que Deus fez isto? Por que Ele não apenas

reprovou o nosso zelo, mas o rejeitou com tal julgamento?" Davi deve ter pensado: "Eu fiz tudo que sabia para honrar a Deus, e meu melhor foi julgado inaceitável!" Depois de pensar bastante, seu desgosto se transformou em temor. Ele ficou com medo de Deus. (Isso não é o mesmo que temer a Deus. Aqueles que têm medo se afastam de sua presença, mas aqueles que O temem, aproximam-se dele. Nós veremos isso mais tarde, neste livro). Davi deve ter se perguntado: "Se o meu melhor homem foi julgado inaceitável, como a arca do Senhor pode chegar até a mim?"

Sempre que experimento frustração ou desgosto em relação ao Senhor, tenho afirmado rapidamente para mim mesmo que isso acontece devido a minha própria falta de conhecimento ou entendimento, pois os caminhos de Deus são perfeitos. Eu tenho aprendido pessoalmente que uma pessoa pode ter um tremendo zelo, contudo, ter falta de conhecimento. O zelo e o entusiasmo que não são temperados pela sabedoria e pelo conhecimento sempre trazem problemas. Além disso, tenho aprendido que é minha responsabilidade buscar o conhecimento de Deus (Pv 2:1 - 5).

RESPONSABILIDADE NEGLIGENCIADA

Davi estava desgostoso com o Senhor, porém, o julgamento tinha sobrevindo devido a uma falta de compreensão por parte de Davi e de seus líderes. Moisés disse:

Estes, pois, são os mandamentos, os estatutos e os juízos que mandou o Senhor, teu Deus, se te ensinassem, para que os cumprisses na terra a que passas para a possuir; para que temas ao Senhor teu Deus, e guardes todos os seus estatutos e mandamentos que eu te ordeno, tu, e teu filho, e o filho de teu filho, todos os dias da tua vida; e que teus dias sejam prolongados (Dt 6:1-2).

Moisés deu uma diretriz clara: para temer a Deus, nós deve- mos conhecer e obedecer a sua vontade acima de todas as coisas. Este mandamento não apenas foi dirigido aos filhos de Israel, como também Deus deu mandamentos específicos ao rei.

Também quando se assentar no trono do seu reino, escreverá para si um traslado dessa lei num livro, do que está diante dos levitas sacerdotes. E o terá consigo, e nele lerá todos os dias da sua vida, para que aprenda a temer ao Senhor, seu Deus... (Dtl7:18, 19) O rei deveria ler a Palavra de Deus todos os dias. Por quê? A sabedoria e a honra de Deus seriam estabelecidas em seu coração, de forma que ele considerasse os caminhos de Deus superiores às idéias do homem. O erro de Davi e de seus líderes poderia ter sido

evitado.

Davi e seus homens se reuniram para discutir como eles achavam que a arca deveria ser trazida de volta. Não há nenhuma menção de que eles consultaram a Palavra escrita de Deus, transmitida desde Moisés. Se Davi e os sacerdotes tivessem lido o conselho da Palavra de Deus, teriam percebido que os únicos que poderiam levar a arca de Deus eram os levitas, não por meio de um carro, mas suspensa por meio de varais e carregada sobre seus ombros (Êx 25:14; Nm 4:15 e 7:9). Essa falta de conhecimento levou os israelitas a imitarem o modo gentil ou mundano de carregarem a arca do Senhor. Os filisteus foram ignorantes quando mandaram de volta a arca por meio de um carro, mas a Israel haviam sido confiados os oráculos de Deus. Então, eles eram responsáveis.

A negligência deles em buscar o conselho de Deus por meio da sua Palavra resultou na redução da imagem da glória de Deus, porém, novamente conforme a percepção do homem corruptível. Por isso, os israelitas honraram a Deus pelo mesmo método utilizado por aqueles que não tinham conhecimento dele. Imitaram o homem, em vez de receberem a inspiração de Deus. Foram zelosos, mas Deus ainda viu seus métodos como irreverentes.

QUAL É A FONTE DA NOSSA INSPIRAÇÃO?

Nós estamos cometendo o mesmo erro hoje. Frequentemente, nossas idéias de ministério são moldadas por uma reunião de homens. Nós recorremos ao poço da nossa própria sabedoria limitada, extraindo nosso conselho, que foi inconscientemente influenciado pelas tendências culturais. Estas tendências estão bem diante de nós e são de acesso mais fácil do que esperar em Deus, pela revelação da sua vontade. Embora muitas ideias novas e diferentes estejam surgindo, será que nós sempre sabemos de onde vem a nossa inspiração? Nós temos substituído o conhecimento de Deus pelas técnicas de motivação adquiridas do homem não regenerado.

Como se pode observar nas Escrituras, a música desempenha um papel-chave e significativo para cultivar uma atmosfera para a presença do Senhor. A música tem a capacidade de abrir e preparar o coração de uma pessoa. Considere a música cristã contemporânea, que é muito popular hoje, inspirada na música demoníaca do mundo. Se o mundo tem hard rock, nós também podemos ter! Se tem rap, nós o copiamos. Se o mundo tem uma certa dança, nós a imitamos. Se o mundo tem MTV (Music Television, canal fechado), nós também podemos ter! É claro que nós mudamos as palavras - mas o ritmo e a

apresentação são os mesmos. A lista continua. Em cada caso, nós tentamos copiar o mundo e até fazer melhor. Até onde isto irá? Se você quer predizer a nova tendência do ministério de louvor, não ore apenas ligue a MTV e assista ou ouça o que o mundo está fazendo. Então, quem está conduzindo quem? Se formos honestos, vamos lamentar o fato de que homens demoníacos têm se tornado nossos profetas. Como podemos ser tão enganados?

Alguns argumentam: "Mas estamos usando a música como uma maneira para eles ouvirem. Para alcançar o perdido, encapamos a música de um modo que os pecadores possam recebê-la". Isso pode ser verdade em alguns casos (muito poucos, de fato), mas tenho descoberto que a maioria dos jovens que ouvem esse tipo de música já está na igreja. O fato constrangedor é que, muitas vezes, eles são os mesmos jovens que bocejam ou falam uns com os outros durante os períodos de verdadeira adoração! Como a carne deles está muito estimulada pelo mundo, esta geração moderna de jovens tende a menosprezar exatamente aquilo de que eles têm mais necessidade.

E constrangedor, mas muitas emissoras de rádio cristãs contemporâneas se comunicam com seus ouvintes do mesmo modo que as emissoras seculares e copiam suas idéias das emissoras seculares que zombam de Deus. Alguns poderiam argumentar:' 'Nós estamos dando uma alternativa aos cristãos". Que tipo de discípulo resulta dessas práticas?

As pessoas gostam de ser entretidas. Os americanos comuns assistem a quarenta e cinco horas de televisão por semana. As igrejas têm feito a mesma coisa que o mundo faz para atrair as pessoas. Na igreja, nós aprendemos a atrair as pessoas, apelando à sua tendência de desejarem entretenimento. Dessa prática tem surgido o que muitos chamam igrejas "dos que buscam amizade" ou igrejas "dos que buscam sensação". Tenho pregado em algumas dessas igrejas e tenho descoberto que muitas vezes aqueles que "buscam sensação" são "insensíveis" a Deus. Essas igrejas podem atrair grandes multidões, mas, vale a pena ofender a Deus?

Eu tenho falado em igrejas que gastam milhares de dólares anualmente paia entreter seu povo. Seus jovens são entretidos por joguinhos de fliperama, hóquei aéreo, futebol e até jogos Nintendo. E ainda assim os líderes da igreja se perguntam por que não há mover de Deus no departamento da mocidade e ficam perplexos com o número de adolescentes grávidas. Os números de frequência estão aumentando, mas, onde o fruto do Espírito está sendo manifesto na vida desses jovens?

Essa inspiração cultural não é limitada à liderança, mas também tem afetado muitos crentes. Vamos olhai-um exemplo: nossa sociedade respeita a autoridade somente quando concorda

com ela. Há adesivos de pára-choques que proclamam: "Questione a autoridade!" Isto não diz respeito apenas ao mundo, pois muitas igrejas também têm adotado esta linha de pensamento. Eles respeitam e obedecem a autoridade somente se concordam com ela. A gente quase chega a pensar que o reino de Deus foi transformado em uma democracia! É alarmante que esta atitude se estenda além da autoridade delegada, pois o povo honra a Deus com a mesma indiferença. Se gostam do que Ele está fazendo em suas vidas, eles o louvam; se não gostam, eles reclamam.

A lista é quase infinita. A questão é que existe muito na nossa maneira de ministrarmos ao Senhor que é inspirado pelo mundo. O que nós faremos no fim? O que vai acontecer com nossas maneiras?

BUSQUE O CONHECIMENTO DE DEUS

Há muitos que clamam para que Deus restaure a sua glória. Estão orando pela última chuva (Zc 10:1). Eles se submetem ao processo de purificação de Deus e não se queixam quando passam por provações. Não murmuram no deserto pelo qual estão passando espiritualmente. Logo, se regozijarão, pois Deus não retém sua glória daqueles que têm fome dele.

Essas pessoas são um contraste comparadas àquelas que buscam conforto e sucesso. Outras ficam no meio termo - elas buscam a presença de Deus, contudo, como Davi, seu zelo não está de acordo com o seu conhecimento. Buscam a Deus à sua própria maneira, por sua própria sabedoria. Ainda têm de perceber a glória e a santidade daquele que elas desejam.

Não devemos ignorar os textos das Escrituras que trazem correção, instrução, ajustamentos e que conduzem à santidade. Ouça as palavras de Oséias:

Vinde, e tornemos para o Senhor, porque ele nos despedaçou, e nos sarará; fez aferida e a ligará. Depois de dois dias nos revigorará; ao terceiro dia, nos levantará, e viveremos diante dele (Os 6:1, 2).

Esta passagem é um texto profético das Escrituras que descreve a purificação de Deus na sua igreja, em preparação para a sua glória. Ele despedaçou, mas vai sarar. Um dia para o Senhor é como mil anos (2Pe 3:8). Dois dias inteiros se passaram (dois mil anos) desde a ressurreição do Senhor. Nós estamos à beira do reavivamento e da restauração da glória de Deus, ao seu templo. O terceiro dia fala do reinado milenar de Cristo, quando Ele viverá e reinará aqui, em pessoa. A seguir, Oséias dá mais instruções sobre como viver e o que buscar, enquanto nós nos prepararmos

para a glória de Deus.

Conheçamos e prossigamos em conhecer ao Senhor; como a alva, a sua vinda é certa; e ele descerá sobre nós como a chuva, como chuva serôdia que rega a terra (Os 6:3).

Oséias nos assegura que a sua vinda gloriosa é tão certa quanto o nascer do sol ao amanhecer. Há um tempo designado, estejamos prontos ou não. Nossa busca deve ser o conhecimento do Senhor. Davi e seus homens tinham fome da presença do Senhor, mas faltou-lhes o conhecimento de Deus. Tal conhecimento poderia ter evitado a morte instantânea de Uzá. Hoje não é diferente. Nós somos admoestados:

Filho meu, se aceitares as minhas palavras, e esconderes contigo os meus mandamentos, para fazeres atento à sabedoria o teu ouvido e para inclinares o teu coração ao entendimento, e se clamares por inteligência, e por entendimento alçares a voz, se buscares a sabedoria como a prata e como a tesouros escondidos a procurares, então entenderás o temor do Senhor e acharás o conhecimento de Deus (Pv2:1-5).

O caminho para a vida é claro. Se alguém dissesse a você que havia dez milhões de dólares escondidos em algum lugar, em sua casa, você procuraria continuamente, até encontrar a fortuna escondida. Se fosse necessário, levantaria os tapetes, quebraria as paredes, e até colocaria a casa abaixo para achar tanto dinheiro. Muito mais importantes são as palavras da vida!

Quando obtemos nossa inspiração no mundo, estamos utili- zando a sabedoria de homens e teólogos. A reverência a Deus é ensinada somente pelo mandamento ou pela diretriz dos homens. Sem a busca do conhecimento de Deus, novamente nós vamos nos encontrar repetidas vezes na situação de Uzá - cheios de boas intenções, contudo, ofensivas à sua glória.

Com o aumento da glória de Deus nos últimos dias, haverá novos relatos de acontecimentos semelhantes aos que ocorreram a Ananias e Safira. Isso não é o desejo de Deus nem o propósito da restauração da Sua glória. Tal julgamento é simplesmente o resultado de não respeitar corretamente e não honrar a grandeza da glória de Deus. De acordo com o grau da glória revelada, o mesmo grau de julgamento será executado sempre que a glória de Deus for tratada com irreverência e desrespeito.

CORAÇÕES FORTALECIDOS

mesma advertência:

Sede, pois, irmãos, pacientes, até a vinda do Senhor. Eis que o lavrador aguarda com paciência o precioso fruto da terra, até receber as primeiras e as últimas chuvas. Sede vós também pacientes e fortalecei os vossos corações, pois a vinda do Senhor está próxima (Tg 5:7-8).

Observe que Tiago nos diz para sermos pacientes. A palavra grega de fato significa "suportar e não desanimar". Então, Tiago diz: "Fortaleçam seus corações". Em outras palavras, coloquem seus corações na ordem divina e mantenham esse estado", se não, nós poderemos nos encontrar sob o julgamento da glória de Deus. Tanto Paulo como Pedro nos instruem sobre como fortalecer os nossos corações:

Ora, como recebestes a Cristo Jesus, o Senhor, assim andai nele, nele radicados e edificados e confirmados na fé, tal como fostes instruídos, crescendo em ações de graça (Cl 2:6,7).

Quando a submissão ao senhorio de Jesus nos fortalece, então nós podemos crer firmemente no que o Espírito Santo nos tem ensinado através das Escrituras. Pedro reafirma isso com:

Por esta razão, sempre estarei pronto para trazer-vos lem- brados acerca destas cousas, embora estejais certos da verdade já presente convosco e nela confirmados (2 Pe 1:12).

Pedro diz: "...sempre lembrá-los". Ele sabia da importância de ser fortalecido na presente verdade. Pedro sabia, por experiência própria, como era fácil se desviar da verdade. Como discípulo que

No documento O Temor Do Senhor - John Bevere (páginas 95-107)