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2.6 ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

2.6.4 Estrutura de Capital

Constitui-se de Capital próprio e capital de terceiros. Para Nascimento (2018) o Capital próprio são os recursos pertencentes aos sócios, os quais estão demonstrados no Patrimônio Líquido, já o capital de terceiros é composto das dívidas e investimentos realizados. Através

Liquidez Corrente = Ativo Circulante Passivo Circulante

Liquidez Geral = Ativo Circulante + Realizável a Longo Prazo Passivo Circulante + Exigível a longo Prazo

desses indicadores pode-se averiguar quanto o capital próprio pode estar comprometido em relação aos recursos de terceiros como bancos, fornecedores.

É por meio desses indicadores que se verifica o nível de endividamento da empresa.

Marion (2010, p. 92) enfatiza que “o Ativo (aplicação de recursos) é financiado por capital de terceiros (Passivo Circulante + Exigível a Longo Prazo) e por Capitais Próprios (Patrimônio Líquido). Portanto, ambos são fontes de recursos”. Esses indicadores de estrutura de Capital ou endividamento demonstram o nível de comprometimento da empresa.

Para Silva (2009) esses indicadores devem ser analisados com cuidado, por serem fontes de recursos para informações sobre possíveis investimentos e financiamentos, tanto para investidores, quanto para bancos. Nascimento (2018) também destaca que deve ser analisado com cautela, devido a informações para investimentos e financiamentos, pode-se oferecer riscos ao retorno da empresa como consequência.

2.6.4.1 Endividamento Geral

Esse índice é utilizado para analisar se a empresa utiliza mais Recursos Próprios ou recursos de Terceiros e para verificar a proporção de ativos financiados com capital de terceiros e que serão pagas a curto prazo. Para Marion (2010) o endividamento a curto prazo é utilizado para financiar o Ativo Circulante, já o endividamento a longo prazo, é utilizado normalmente para financiar ativo permanente. Pode ser utilizada a fórmula a seguir:

Utilizada para identificar a proporção do Ativo Total financiada por terceiros.

2.6.4.2 Participação de Capital de Terceiros

Demonstra quanto a empresa possui de capital de terceiros relacionado ao capital próprio. Para Iudícibus (1998, p. 103) expressa a porcentagem que o endividamento representa sobre os fundos totais. Identifica-se também a porcentagem do ativo total financiada com recursos de terceiros. Neste contexto Matarazzo (2010, p. 88) destaca que o índice de Participação de Capitais de Terceiros relaciona, portanto, as duas grandes fontes de recursos da

Endivdamento Geral = Capital de Terceiros x 100 Ativo Total

empresa, ou seja, Capitais Próprios e Capitais de Terceiros. Também pode ser chamado de índice de grau de endividamento. Identificado pela fórmula:

Indica quanto a empresa tomou de Capital de Terceiros para cada R$ 100,00 de Capital Próprio.

2.6.4.3 Composição de Endividamento

Com esse índice é possível analisar qual o grau de endividamento da empresa em curto prazo. Para Iudícibus (1998, p. 104) esse índice “representa a composição do Endividamento Total ou qual a parcela que se vence a Curto Prazo, no Endividamento Total”.

Segundo Matarazzo (2010, p. 88) o índice “indica qual o percentual de obrigações de curto prazo em relação às obrigações totais. Interpretação: quanto menor melhor”. Nascimento (2018) enfatiza que seria melhor para as empresas que as dívidas de recursos adquiridos fossem feitas a longo prazo, obtendo tempo hábil para o recebimento dos valores gerados pela atividade da empresa.

2.6.4.4 Imobilização Patrimônio Líquido

Este índice segundo Matarazzo (2010, p. 91) “indica quanto a empresa aplicou no ativo Permanente para cada R$ 100,00 de Patrimônio Líquido. Interpretação: Quanto menor, melhor”.

Participação de Capital de Terceiros = Capital de Terceiros x 100 Patrimônio Líquido

Composição de Endividamento = Passivo Circulante x 100 Capital de Terceiro

Imobilização do Patrimônio Líquido = Imobilizado x 100 Patrimônio Líquido

Ainda segundo Matarazzo (2010) quanto mais a empresa realizar investimentos em Ativo Permanente, sobrará menos recursos próprios para o Ativo Circulante, como consequência dependerá de capital de terceiros para financiar Ativo circulante. O ideal seria a empresa ter o necessário para cobrir o Ativo permanente, com isso sobraria para financiar o ativo circulante, isso faria com que a empresa tivesse o suficiente para comprar e vender sem buscar capital de terceiros.

2.6.4.5 Imobilização de recursos não correntes

Segundo Matarazzo (2010, p. 94) a imobilização de recursos não correntes “indica que o percentual de recursos não correntes a empresa aplicou no ativo permanente”. Ainda segundo Matarazzo (2010) esses índices mostram que a empresa destinou ao ativo permanente uma porcentagem dos recursos não correntes. Matarazzo (2010, p. 94) diz que representa a relação entre os recursos próprios (Patrimônio Líquido) e de terceiros a longo prazo (Passivo Não Circulante), que estão financiando o ativo permanente, demonstrando assim, a proporção entre os ativos permanente e Recursos não-correntes. Representado pela seguinte equação:

Os ativos permanentes possuem vida útil definido. Com isso não é necessário financiar todo o imobilizado com recursos próprios. Pode-se utilizar recursos de longo prazo, desde que o prazo seja compatível com a duração do imobilizado ou suficiente para que a empresa consiga gerar recursos capazes de resgatar as dívidas a longo prazo (Matarazzo, 2010).

2.6.4.6 Índices Déficit/Superávit

Estes índices representam a situação econômica da empresa, se está obtendo sobras ou não. Segundo Marion (2010, p. 129) “a partir de agora, nossa atenção estará voltada para a rentabilidade da empresa, para seu potencial de vendas, para sua habilidade de gerar resultados, para a evolução das despesas tec.”.

Fazem parte desse desses indicadores os índices de giro do ativo, índice de

Déficit/Superávit, Rentabilidade do ativo e Rentabilidade do Patrimônio Líquido. No presente estudo será utilizado Déficit/Superávit e Rentabilidade do Ativo.

Imobilização dos Recursos não correntes = Imobilizado x 100 Passivo não circulante + PL

2.6.4.6.1 Índice de Déficit/Superávit Receita

Para Matarazzo (2010, p. 112) esse índice “indica quanto obtém de lucro para cada R$

100,00 vendidos. Interpretação: quanto maior o índice, melhor. Utiliza-se a equação a seguir:

Esse índice pode ser utilizado para saber se a empresa possui déficit (sobras) ou não.

2.6.4.6.1.1 Índices Déficit/superávit em relação ao Ativo Total

Para Matarazzo (2010, p. 113) o índice de Déficit/Superávit em relação ao ativo total “indica quanto a empresa obtém de lucro para cada R$ 100,00 de investimento total”. Com isso pode-se averiguar o potencial de lucratividade da empresa. A fórmula utilizada está representada a seguir: