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Tabela 16 – Serviços de Assessoria Técnica

3.1.1. O Método de Delph

3.1.1.3. Estrutura utilizada no questionário

O questionário foi elaborado tendo em conta as três dimensões deste trabalho, sendo cada dimensão constituída por uma série de hipóteses de cenarização, somando o total do questionário 20 hipóteses (questões). Estas hipóteses são caracterizadas essencialmente, de acordo com o grau de conhecimento do perito, quanto ao grau de probabilidade de ocorrência, principal agente responsável, Timing de concretização e influência de factores endógenos e exógenos para a criação do CRI de radiologia na ULSNA. De referir que o questionário criado, foi uma adaptação da CICS – UM.

As dimensões são as seguintes:

 Dimensão I – Unidade de Gestão intermédia

 Dimensão II – Qualidade de excelência

 Dimensão III – Centro de tecnologia actualizada As hipóteses de cenarização descrevem-se abaixo:

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HC1 – Capacidade duma maior adequação no processo de decisão, já que se assiste a uma descentralização do poder de decisão ao nível do Serviços ou Departamentos (Direcção de Serviço).

HC2 – Integração das funções de Administração, direcção clínica e chefia operacional que permitem um maior controlo de gestão contribuindo para uma maior agilidade e oportunidade na tomada de decisão.

HC3 – Realização de contratualização interna da actividade do serviço com o CA de forma a serem atingidos objectivos.

HC4 – Possibilidade duma maior capacidade de avaliação objectiva e permanente dos recursos existentes versus capacidade instalada.

HC5 – Gestão eficiente dos recursos à sua disposição num modelo empresarial com redução de custos e distribuição de prémios monetários ao desempenho incentivando a produção (maior competitividade).

HC6 – Permissão e promoção de todos os profissionais na gestão, promovendo a melhoria de desempenhos, maior empenho, permitindo um maior acesso dos utentes aos serviços.

HC7 – Realização de ganhos em saúde com a satisfação de todas as partes interessadas:

 Utente, funcionário, ULSNA.

Dimensão II - CRI de radiologia como ferramenta de qualidade de excelência

HC8 – O financiamento do CRI de radiologia será atribuído dependentemente da produtividade, do volume da actividade realizada e da qualidade dos resultados obtidos.

HC9 – Implementação de fluxogramas de tarefas e uniformização de procedimentos, como forma natural de responder à maior produtividade e consequente rentabilização do serviço.

HC10 – Verificar-se-á uma maior capacidade de controlo correctivo dos possíveis desvios que possam ocorrer em relação à produtividade e aos custos tendo em conta os objectivos previamente contratualizados.

HC11 – A melhoria da qualidade da prestação de cuidados de saúde como o objectivo estratégico de satisfação dos utentes.

HC12 – Promoção da formação como meio de melhoria de qualidade e motivação profissional dos funcionários.

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HC13 – A par da formação, promover a investigação científica.

HC14 – Criação de vantagem competitiva sustentada, assente na qualidade dos cuidados de saúde prestados por esta unidade

HC15 – A remuneração será constituída por um vencimento base tendo em conta a categoria, escalões e regimes de trabalho e um acréscimo variável calculado com base não só em objectivos e parâmetros de produtividade mínima, como também de qualidade.

Dimensão III - CRI de radiologia como centro de Tecnologia actualizada

HC16 – Incrementação de sistemas de informação de apoio à gestão, adequados à monitorização dos CRI de forma a tomar acções correctivas de forma simples e célere.

HC17 – Exploração e rentabilização do sistema de informação de armazenamento e circulação de imagem (PACS), como meio de colocar as imagens à distância em qualquer computador da ULSNA com o devido relatório num período curto de tempo.

HC18 – Criação dum call center, que realize a marcação dos exames do CRI de radiologia da ULNSNA de modo a se poder centralizar e efectuar assim a melhor marcação dependente do tempo de espera, deslocação e patologia associada.

HC19 – Possibilidade de investir em tecnologia, para substituição daquela que devido ao uso, avarias repetidas ou em estado de obsolescência, necessitam de substituição, já que o CRI vai ter orçamento próprio baseado na quantidade de actividade realizada.

HC 20 – Realização de investimentos de modernização ou inovação, que permita a compra de equipamentos novos investindo em produtos inteiramente novos. (RM, osteodensitometria, ortopantomografia).

Cardoso et al. cria três cenários aquando da aplicação do método Delphi na cadeia produtiva da construção civil. São eles um tendencial, um optimista e um pessimista. Adaptando esta terminologia para este estudo, temos que:

Optimista – Com mais ou menos dificuldades, o CRI de radiologia da ULSNA, transforma-se numa realidade. Pelo menos estas hipóteses têm que se verificar:

- Hc1; Hc2; Hc3; Hc4; Hc5; Hc6; Hc7; Hc8; Hc9; Hc10; Hc11; Hc12; Hc14; Hc15; Hc16; Hc17; Hc19; Hc20.

Tendencial – Com diversos avanços e recuos, consegue-se uma situação intermédia entre a correcta adaptação dum CRI de radiologia e a sua adaptação parcial, onde alguns dos conceitos teóricos deste tipo de organização conseguem-se aplicar, ficando

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outros aquém da sua exequibilidade. Ou seja, nem toda a componente teórica acerca do CRI é aplicada. Assim veja-se, pelo menos estas hipóteses têm que se observar:

- Hc2; Hc3; Hc4; Hc5; Hc8; Hc9; Hc10; Hc11; Hc12; Hc14; Hc15; Hc16; Hc19.

Pessimista – O CRI de radiologia é completamente inviável. Abandonando-se este sistema organizacional como uma possibilidade. Mantendo-se em traços gerais a realidade que existe, podendo pontualmente existir alguma evolução. Estas são no máximo as cenarizações que se poderão observar:

- Hc3; Hc4; Hc8; Hc10; Hc12; Hc17; Hc18.

A perspectivação destes três cenários é somente conseguida através da inter- relação entre as hipóteses de cenarização levantadas e do seu correspondente enquadramento. Contudo não quer dizer que no final dependentemente da inter-relação das hipóteses de cenarização, não surjam outros cenários e até com uma probabilidade maior de vingar.

Ou seja a concretização dos cenários depende das possibilidades de encadeamento destas hipóteses, que por sua vez estão dependentes das respostas dos peritos. É importante lembrar que as hipóteses são constituídas por questões fechadas dicotómicas, pelo que o encadear das hipóteses depende desta dicotomia.