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01.! (CESPE Ð 2017 Ð PC-MT Ð DELEGADO DE POLêCIA)

De acordo com o entendimento do STF, a aplica•‹o do princ’pio da insignific‰ncia pressup›e a constata•‹o de certos vetores para se caracterizar a atipicidade material do delito. Tais vetores incluem o(a) a) reduzid’ssimo grau de reprovabilidade do comportamento.

b) desvalor relevante da conduta e do resultado.

c) m’nima periculosidade social da a•‹o.

d) relevante ofensividade da conduta do agente.

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Aula 00 Ð Prof. Renan Araujo e) expressiva les‹o jur’dica provocada.

COMENTçRIOS: Os requisitos para a caracteriza•‹o do princ’pio da insignific‰ncia s‹o:

¥! M’nima ofensividade da conduta;

¥! Aus•ncia de periculosidade social da a•‹o;

¥! Reduzido grau de reprovabilidade do comportamento;

¥! Inexpressividade da les‹o jur’dica.

Desta forma, podemos ver que apenas a letra A traz um dos requisitos para a caracteriza•‹o do princ’pio da insignific‰ncia, de acordo com os Tribunais Superiores.

Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA A.

02.! (CESPE Ð 2016 Ð DPU Ð ANALISTA TƒCNICO ADMINISTRATIVO) Jo‹o, aproveitando-se de distra•‹o de Marcos, juiz de direito, subtraiu para si uma sacola de roupas usadas a ele pertencentes. Marcos pretendia do‡-las a institui•‹o de caridade. Jo‹o foi perseguido e preso em flagrante delito por policiais que presenciaram o ato. Instaurado e conclu’do o inquŽrito policial, o MinistŽrio Pœblico n‹o ofereceu denœncia nem praticou qualquer ato no prazo legal.

Considerando a situa•‹o hipotŽtica descrita, julgue o item a seguir.

O fato de a v’tima ser juiz de direito demonstra maior reprovabilidade da conduta de Jo‹o, o que impede o reconhecimento do princ’pio da insignific‰ncia.

COMENTçRIOS: Item errado, pois o fato de a v’tima ser juiz de direito n‹o tem qualquer relev‰ncia para fins de aplica•‹o, ou n‹o, do princ’pio da insignific‰ncia.

Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

03.! (CESPE Ð 2015 Ð TCE-RN Ð INSPETOR)

Acerca do concurso de pessoas e dos princ’pios de direito penal, julgue o item seguinte.

Segundo o princ’pio da interven•‹o m’nima, o direito penal somente dever‡ cuidar da prote•‹o dos bens mais relevantes e imprescind’veis ˆ vida social.

COMENTçRIOS: Item correto, pois o princ’pio da interven•‹o penal m’nima sustenta que o Direito Penal s— deve proteger os bens jur’dicos mais relevantes ˆ sociedade (fragmentariedade do Direito Penal), e apenas quando isso for imposs’vel de ser realizado pelos outros ramos do Direito (subsidiariedade do Direito Penal).

Portanto, a AFIRMATIVA ESTç CORRETA.

04.! (CESPE Ð 2016 Ð PC-GO Ð AGENTE Ð ADAPTADA)

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O princ’pio da legalidade pode ser desdobrado em tr•s: princ’pio da reserva legal, princ’pio da taxatividade e princ’pio da retroatividade como regra, a fim de garantir justi•a na aplica•‹o de qualquer norma.

COMENTçRIOS: Item errado, pois o princ’pio da legalidade se divide em ANTERIORIDADE (lei penal deve ser anterior ao fato) e RESERVA LEGAL (somente lei em sentido estrito pode criminalizar condutas e estabelecer penas).

Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

05.! (CESPE Ð 2016 Ð PC-GO Ð AGENTE Ð ADAPTADA)

Em raz‹o do princ’pio da legalidade, a analogia n‹o pode ser usada em matŽria penal.

COMENTçRIOS: Item errado, pois em direito penal s— Ž vedada a analogia prejudicial ao rŽu, exatamente por violar o princ’pio da legalidade. ƒ admitida, contudo, a analogia favor‡vel ao rŽu.

Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

06.! (CESPE Ð 2016 Ð PC-PE Ð AGENTE Ð ADAPTADA)

O princ’pio da fragmentariedade ou o car‡ter fragment‡rio do direito penal quer dizer que a pessoa cometer‡ o crime se sua conduta coincidir com qualquer verbo da descri•‹o desse crime, ou seja, com qualquer fragmento de seu tipo penal.

COMENTçRIOS: Item errado, pois o princ’pio da fragmentariedade prega que o Direito Penal n‹o deve proteger todo e qualquer bem jur’dico, ou seja, o Direito Penal deve se voltar ˆ tutela, apenas, daqueles bens jur’dicos considerados mais relevantes para a sociedade.

Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

07.! (CESPE Ð 2016 Ð PC-PE Ð AGENTE Ð ADAPTADA)

O princ’pio da insignific‰ncia no direito penal disp›e que nenhuma vida humana ser‡ considerada insignificante, sendo que todas dever‹o ser protegidas.

COMENTçRIOS: Item errado, pois o reconhecimento da insignific‰ncia da conduta implica o reconhecimento de que a conduta n‹o Ž MATERIALMENTE t’pica, ou seja, que a conduta n‹o se enquadra no conceito material de crime, pois n‹o Ž capaz de lesionar de maneira significativa o bem jur’dico protegido pela norma penal.

Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

08.! (CESPE Ð 2016 Ð PC-PE Ð AGENTE Ð ADAPTADA)

O princ’pio da ultima ratio ou da interven•‹o m’nima do direito penal significa que a pessoa s— cometer‡ um crime se a pessoa a ser prejudicada por esse crime o permitir.

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COMENTçRIOS: O princ’pio da interven•‹o m’nima sustenta que o Direito Penal somente deve ser utilizado em Òœltimo casoÓ, ou seja, quando for estritamente necess‡rio para a prote•‹o de bens jur’dicos relevantes.

Este princ’pio decorre do car‡ter fragment‡rio e subsidi‡rio do Direito Penal.

Assim, por for•a deste princ’pio, num sistema punitivo, como Ž o Direito Penal, a criminaliza•‹o de condutas s— deve ocorrer quando se caracterizar como meio absolutamente necess‡rio ˆ prote•‹o de bens jur’dicos relevantes (fragmentariedade), e desde que isso n‹o seja poss’vel pelos outros ramos do Direito (subsidiariedade).

Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

09.! (CESPE Ð 2014 Ð CåMARA DOS DEPUTADOS Ð CONSULTOR LEGISLATIVO Ð çREA III)

Um dos princ’pios basilares do direito penal diz respeito ˆ n‹o transcend•ncia da pena, que significa que a pena deve estar expressamente prevista no tipo penal, n‹o havendo possibilidade de aplicar pena cominada a outro crime.

COMENTçRIOS: O item est‡ errado. O princ’pio da intranscend•ncia da pena est‡ relacionado ˆ impossibilidade de a pena passar da pessoa do infrator, ou seja, da impossibilidade de se aplicar a pena criminal a uma pessoa diversa daquela que praticou o delito.

Est‡ previsto no art. 5¼, XLV da CRFB/88:

XLV - nenhuma pena passar‡ da pessoa do condenado, podendo a obriga•‹o de reparar o dano e a decreta•‹o do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, atŽ o limite do valor do patrim™nio transferido;

Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

10.! (CESPE Ð 2014 Ð TJ/SE Ð TƒCNICO)

A respeito do princ’pio da legalidade, da rela•‹o de causalidade, dos crimes consumados e tentados e da imputabilidade penal, julgue os itens seguintes.

ƒ leg’tima a cria•‹o de tipos penais por meio de decreto.

COMENTçRIOS: Item errado, pois isso violaria o princ’pio da RESERVA LEGAL, que Ž um subprinc’pio do princ’pio da legalidade. Isto porque os Decretos n‹o s‹o diplomas emanados do Poder Legislativo, ou seja, n‹o s‹o leis em sentido estrito.

Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

11.! (CESPE Ð 2014 Ð TJ/SE Ð TƒCNICO)

Julgue os itens seguintes, conforme o entendimento dominante dos tribunais superiores acerca da Lei Maria da Penha, dos princ’pios do processo penal, do inquŽrito, da a•‹o penal, das nulidades e da pris‹o.

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Conforme o STF, viola o princ’pio da presun•‹o de inoc•ncia a exclus‹o de certame pœblico de candidato que responda a inquŽrito policial ou a a•‹o penal sem tr‰nsito em julgado de senten•a condenat—ria.

COMENTçRIOS: Item correto. Este Ž o entendimento do STF:

(...) 3. A jurisprud•ncia da Corte firmou o entendimento de que viola o princ’pio da presun•‹o de inoc•ncia a exclus‹o de certame pœblico de candidato que responda a inquŽrito policial ou a•‹o penal sem tr‰nsito em julgado da senten•a condenat—ria. 4.

Agravo regimental n‹o provido.

(ARE 753331 AgR, Relator(a): Min. DIAS TOFFOLI, Primeira Turma, julgado em 17/09/2013, ACîRDÌO ELETRïNICO DJe-228 DIVULG 19-11-2013 PUBLIC 20-11-2013)

Portanto, a AFIRMATIVA ESTç CORRETA.

12.! (CESPE Ð 2014 Ð TJ/SE Ð TƒCNICO)

Julgue os itens seguintes, conforme o entendimento dominante dos tribunais superiores acerca da Lei Maria da Penha, dos princ’pios do processo penal, do inquŽrito, da a•‹o penal, das nulidades e da pris‹o.

Conforme o STF, para que incida o princ’pio da insignific‰ncia e, consequentemente, seja afastada a recrimina•‹o penal, Ž indispens‡vel que a conduta do agente seja marcada por ofensividade m’nima ao bem jur’dico tutelado, reduzido grau de reprovabilidade, inexpressividade da les‹o, e nenhuma periculosidade social.

COMENTçRIOS: O item est‡ correto. O STF aceita a aplica•‹o do princ’pio da insignific‰ncia, mas desde que presentes estes requisitos. Vejamos:

(...) 1. Segundo a jurisprud•ncia do Supremo Tribunal Federal, para se caracterizar hip—tese de aplica•‹o do denominado Òprinc’pio da insignific‰nciaÓ e, assim, afastar a recrimina•‹o penal, Ž indispens‡vel que a conduta do agente seja marcada por ofensividade m’nima ao bem jur’dico tutelado, reduzido grau de reprovabilidade, inexpressividade da les‹o e nenhuma periculosidade social. (...)

(HC 114097, Relator(a): Min. TEORI ZAVASCKI, Segunda Turma, julgado em 01/04/2014, PROCESSO ELETRïNICO DJe-074 DIVULG 14-04-2014 PUBLIC 15-04-2014)

Portanto, a AFIRMATIVA ESTç CORRETA.

13.! (CESPE Ð 2013 - TJ-RR Ð TITULAR NOTARIAL - ADAPTADA)

De acordo com o entendimento pacificado no STJ e no STF, a venda de CDs e DVDs piratas Ž conduta at’pica, devido ˆ incid•ncia do princ’pio da adequa•‹o social.

COMENTçRIOS: Item errado. O princ’pio da adequa•‹o n‹o Ž aceito pela jurisprud•ncia neste caso. Inclusive, o STJ editou verbete de sœmula a respeito da quest‹o.

Vejamos:

Sœmula 502 do STJ

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Presentes a materialidade e a autoria, afigura-se t’pica, em rela•‹o ao crime previsto no art. 184, ¤ 2¼, do CP, a conduta de expor ˆ venda CDs e DVDs piratas.

Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

14.! (CESPE Ð 2013 - TJ-RR Ð TITULAR NOTARIAL - ADAPTADA)

Dado o princ’pio da fragmentariedade, o direito penal s— deve ser utilizado quando insuficientes as outras formas de controle social.

COMENTçRIOS: Item errado, pois esta Ž a exata defini•‹o do princ’pio da interven•‹o m’nima. O princ’pio da fragmentariedade prega que o Direito Penal n‹o deve proteger todo e qualquer bem jur’dico, ou seja, o Direito Penal deve se voltar ˆ tutela, apenas, daqueles bens jur’dicos considerados mais relevantes para a sociedade.

Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

15.! (CESPE Ð 2015 Ð TCU Ð AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO) Em consequ•ncia da fragmentariedade do direito penal, ainda que haja outras formas de san•‹o ou outros meios de controle social para a tutela de determinado bem jur’dico, a criminaliza•‹o, pelo direito penal, de condutas que invistam contra esse bem ser‡ adequada e recomend‡vel.

COMENTçRIOS: O princ’pio da fragmentariedade do Direito Penal est‡

relacionado ˆ IMPORTåNCIA do bem jur’dico para a sociedade. Ou seja, o Direito Penal s— poder‡ tutelar aqueles bens jur’dicos especialmente relevantes, cabendo aos demais ramos do Direito a tutela daqueles bens que n‹o sejam dotados de tamanha import‰ncia social.

AlŽm disso, pelo car‡ter SUBSIDIçRIO do Direito Penal, ele s— deve tutelar esses bens jur’dicos extremamente relevantes quando n‹o for poss’vel aos demais ramos do Direito exercer esta tarefa, j‡ que o Direito Penal Ž um instrumento extremamente invasivo.

Assim, se os outros meios de san•‹o e de controle social s‹o suficientes, a interven•‹o penal n‹o pode ser admitida.

Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

16.! (CESPE Ð 2015 Ð TJ-PB Ð JUIZ - ADAPTADA)

Depreende-se do princ’pio da lesividade que a autoles‹o, via de regra, n‹o Ž pun’vel.

COMENTçRIOS: Item correto, pois o princ’pio da lesividade sustenta que uma conduta s— pode ser penalmente relevante quando afeta bens jur’dicos de terceiros, causando, portanto, les‹o a alguŽm diferente do pr—prio indiv’duo, de maneira que a autoles‹o (les‹o a bens jur’dicos pr—prios) n‹o pode ser considerada crime.

Portanto, a AFIRMATIVA ESTç CORRETA.

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Aula 00 Ð Prof. Renan Araujo 17.! (CESPE Ð 2015 Ð TJ-PB Ð JUIZ - ADAPTADA)

Depreende-se da aplica•‹o do princ’pio da insignific‰ncia a determinado caso que a conduta em quest‹o Ž formal e materialmente at’pica.

COMENTçRIOS: Item errado, pois o reconhecimento da insignific‰ncia da conduta implica o reconhecimento de que a conduta n‹o Ž MATERIALMENTE t’pica, ou seja, que a conduta n‹o se enquadra no conceito material de crime. A tipicidade formal (mera correspond•ncia do fato ˆ norma penal proibitiva) permanece ’ntegra.

Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

18.! (CESPE - 2016 - TCE-PR - AUDITOR)

A respeito dos princ’pios aplic‡veis ao direito penal, assinale a op•‹o correta.

A) Do princ’pio da individualiza•‹o da pena decorre a exig•ncia de que a dosimetria obede•a ao perfil do sentenciado, n‹o havendo correla•‹o do referido princ’pio com a atividade legislativa incriminadora, isto Ž, com a feitura de normas penais incriminadoras.

B) Conforme o entendimento doutrin‡rio dominante relativamente ao princ’pio da interven•‹o m’nima, o direito penal somente deve ser aplicado quando as demais esferas de controle n‹o se revelarem eficazes para garantir a paz social. Decorrem de tal princ’pio a fragmentariedade e o car‡ter subsidi‡rio do direito penal.

C) Ao se referir ao princ’pio da lesividade ou ofensividade, a doutrina majorit‡ria aponta que somente haver‡ infra•‹o penal se houver efetiva les‹o ao bem jur’dico tutelado.

D) Em decorr•ncia do princ’pio da confian•a, h‡ presun•‹o de legitimidade e legalidade dos atos dos —rg‹os oficiais de persecu•‹o penal, raz‹o pela qual a coletividade deve guardar confian•a em rela•‹o a eles.

E) Dado o princ’pio da intranscend•ncia da pena, o condenado n‹o pode permanecer mais tempo preso do que aquele estipulado pela senten•a transitada em julgado.

COMENTçRIOS:

A) ERRADA: A individualiza•‹o da pena ocorre em tr•s etapas: no momento da criminaliza•‹o da conduta, no momento da aplica•‹o da pena e no momento da execu•‹o da pena.

B) CORRETA: O princ’pio da interven•‹o m’nima sustenta que o Direito Penal somente deve ser utilizado em Òœltimo casoÓ, ou seja, quando for estritamente necess‡rio para a prote•‹o de bens jur’dicos relevantes.

Este princ’pio decorre do car‡ter fragment‡rio e subsidi‡rio do Direito Penal.

Assim, por for•a deste princ’pio, num sistema punitivo, como Ž o Direito Penal, a criminaliza•‹o de condutas s— deve ocorrer quando se caracterizar como meio absolutamente necess‡rio ˆ prote•‹o de bens jur’dicos relevantes

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(fragmentariedade), e desde que isso n‹o seja poss’vel pelos outros ramos do Direito (subsidiariedade).

C) ERRADA: Item errado, pois o princ’pio da ofensividade exige que a conduta criminalizada tenha APTIDÌO para ofender o bem jur’dico que a norma pretende tutelar. N‹o se exige, em todos os casos, a efetiva les‹o, pois existem os chamados crimes de perigo, que s‹o aqueles em rela•‹o aos quais basta que o bem jur’dico seja exposto a risco de dano para que o crime se configure (sem que haja viola•‹o ao princ’pio da ofensividade).

D) ERRADA: Este princ’pio, nem sempre citado pela Doutrina, prega que todos possuem o direito de atuar acreditando que as demais pessoas ir‹o agir de acordo com as normas que disciplinam a vida em sociedade. Assim, quando alguŽm ultrapassa um sinal VERDE e acaba colidindo lateralmente com outro ve’culo que avan•ou o sinal VERMELHO, aquele que ultrapassou o sinal verde agiu amparado pelo princ’pio da confian•a, n‹o tendo culpa, j‡ que dirigia na expectativa de que os demais respeitariam as regras de sinaliza•‹o.

E) ERRADA: O princ’pio da intranscend•ncia da pena veda que a pena seja aplicada a pessoa diversa daquela que foi efetivamente condenada, ou seja, ninguŽm poder‡ ser punido por crime praticado por outra pessoa, nos termos do art. 5¼ XLV da CF/88.

Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA B.

19.! (CESPE Ð 2013 - TJ-RR Ð TITULAR NOTARIAL - ADAPTADA)

Decorre do princ’pio da ofensividade a veda•‹o ao legislador de criminalizar condutas que causem potencial les‹o a bem jur’dico relevante.

COMENTçRIOS: Item errado. O princ’pio da ofensividade n‹o veda a criminaliza•‹o de condutas que gerem mera POTENCIAL les‹o ao bem jur’dico.

Ao contr‡rio, o princ’pio da ofensividade exige que a criminaliza•‹o recaia apenas em condutas que causem les‹o ou perigo de les‹o (potencial les‹o) ao bem jur’dico relevante.

Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

20.! (CESPE Ð 2013 - TJ-RR Ð TITULAR NOTARIAL - ADAPTADA)

De acordo com o entendimento do STF, para a incid•ncia do princ’pio da insignific‰ncia, basta que a conduta do agente tenha m’nima ofensividade.

COMENTçRIOS: Item errado. Os requisitos exigidos pelo STF e pelo STJ s‹o:

¥! M’nima ofensividade da conduta;

¥! Aus•ncia de periculosidade social da a•‹o;

¥! Reduzido grau de reprovabilidade do comportamento;

¥! Inexpressividade da les‹o jur’dica.

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Tais requisitos s‹o cumulativos, ou seja, ausente qualquer um deles, n‹o poder‡

ser reconhecido o car‡ter ÒbagatelarÓ ˆ infra•‹o penal.

Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

21.! (CESPE Ð 2013 Ð TJ-PB Ð JUIZ LEIGO Ð ADAPTADA)

A respeito dos princ’pios do direito penal e da aplica•‹o da lei penal no espa•o e no tempo, assinale a op•‹o correta.

ƒ permitida a cria•‹o de tipos penais por meio de medida provis—ria.

COMENTçRIOS: Item errado. O princ’pio da reserva legal (uma das vertentes do princ’pio da legalidade) prega que somente LEI EM SENTIDO ESTRITO poder‡

criar tipos penais. Lei em sentido estrito Ž o diploma normativo emanado do Poder Legislativo, cujo processo de aprova•‹o segue o rito ordin‡rio. No caso brasileiro, o diploma legislativo exigido Ž a Lei Ordin‡ria. A MP Ž mero ato normativo de incumb•ncia do Presidente da Repœblica, que apesar de possuir for•a de Lei, n‹o satisfaz os requisitos para que seja atendido o princ’pio da reserva legal.

Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

22.! (CESPE - 2013 - STF - AJAJ)

Acerca dos princ’pios gerais que norteiam o direito penal, das teorias do crime e dos institutos da Parte Geral do C—digo Penal brasileiro, julgue os itens a seguir.

Considere que Manoel, penalmente imput‡vel, tenha sequestrado uma crian•a com o intuito de receber certa quantia como resgate. Um m•s depois, estando a v’tima ainda em cativeiro, nova lei entrou em vigor, prevendo pena mais severa para o delito. Nessa situa•‹o, a lei mais gravosa n‹o incidir‡ sobre a conduta de Manoel.

COMENTçRIOS: A afirmativa Ž errada, pois a lei nova, neste caso, passou a vigorar DURANTE a consuma•‹o do delito, ou seja, ela PODE ser aplicada, pois n‹o h‡ retroatividade neste caso. Aplica-se, na hip—tese, a sœmula n¼ 711 do STF:

A LEI PENAL MAIS GRAVE APLICA-SE AO CRIME CONTINUADO OU AO CRIME PERMANENTE, SE A SUA VIGæNCIA ƒ ANTERIOR Ë CESSA‚ÌO DA CONTINUIDADE OU DA PERMANæNCIA.

Ora, o crime de extors‹o mediante sequestro Ž um crime permanente, e que se encontrava em execu•‹o quando sobreveio a lei nova. Assim, esta dever‡ ser aplicada ao caso.

Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

23.! (CESPE Ð 2014 Ð TJ-SE Ð TITULAR NOTARIAL Ð ADAPTADA)

A pr‡tica constante de comportamentos contr‡rios ˆ lei penal, ainda que insignificantes, implica a perda da caracter’stica de bagatela desses

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comportamentos, devendo o agente submeter- se ao direito penal, dada a reprovabilidade da conduta.

COMENTçRIOS: Item errado. Quando a prova foi aplicada o gabarito era ÒcorretoÓ, inclusive este foi o gabarito da Banca. Contudo, o STF mudou seu entendimento, e passou a entender que a reincid•ncia genŽrica n‹o afasta a possibilidade de reconhecimento do princ’pio da insignific‰ncia.

Tal entendimento foi externado no julgamento do HC 114723/MG, rel. Min. Teori Zavascki, julg. Em 26.8.2014 (Informativo 756 do STF). Vejamos:

Ò(...) Afirmou, ademais, que, considerada a teoria da reitera•‹o n‹o cumulativa de condutas de g•neros distintos, a contum‡cia de infra•›es penais que n‹o t•m o patrim™nio como bem jur’dico tutelado pela norma penal (a exemplo da les‹o corporal) n‹o poderia ser valorada como fator impeditivo ˆ aplica•‹o do princ’pio da insignific‰ncia, porque ausente a sŽria les‹o ˆ propriedade alheia. HC 114723/MG, rel. Min. Teori Zavascki, 26.8.2014. (HC-114723)

N‹o se pode afirmar, ao certo, se tal entendimento ir‡ permanecer sendo adotado. Contudo, por ora, Ž o entendimento mais recente do STF.

Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

24.! (CESPE Ð 2013 Ð PG-DF Ð PROCURADOR)

Ë luz das fontes do direito penal e considerando os princ’pios a ele aplic‡veis, julgue o item abaixo.

Segundo a jurisprud•ncia do STF e do STJ, a aplica•‹o do princ’pio da insignific‰ncia no direito penal est‡ condicionada ao atendimento, concomitante, dos seguintes requisitos: primariedade do agente, valor do objeto material da infra•‹o inferior a um sal‡rio m’nimo, n‹o contribui•‹o da v’tima para a deflagra•‹o da a•‹o criminosa, aus•ncia de viol•ncia ou grave amea•a ˆ pessoa.

COMENTçRIOS: Item errado. Os requisitos exigidos pelo STF e pelo STJ s‹o:

¥! M’nima ofensividade da conduta;

¥! Aus•ncia de periculosidade social da a•‹o;

¥! Reduzido grau de reprovabilidade do comportamento;

¥! Inexpressividade da les‹o jur’dica.

Lembrando que o fato de o agente n‹o ser prim‡rio n‹o impede a caracteriza•‹o da insignific‰ncia.

Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

25.! (CESPE Ð 2013 Ð TJ-BA Ð TITULAR NOTARIAL)

O direito penal s— deve se preocupar com a prote•‹o dos bens jur’dicos mais essenciais ˆ vida em sociedade, constituindo a sua interven•‹o a ultima ratio, ou seja, tal interven•‹o somente ser‡ exigida quando n‹o se fizer suficiente a prote•‹o proporcionada pelos demais ramos do direito. Tal conceito tem rela•‹o com o princ’pio da

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Aula 00 Ð Prof. Renan Araujo a) anterioridade.

b) reserva legal.

c) interven•‹o m’nima.

d) proporcionalidade.

e) intranscend•ncia.

COMENTçRIOS: O enunciado descreve perfeitamente o princ’pio da interven•‹o m’nima, ou da ultima ratio, segundo o qual o Direito Penal n‹o deve ser chamado a atuar em todo e qualquer caso em que haja les‹o ou potencial les‹o a bens jur’dicos relevantes, mas somente quando os demais ramos do Direito n‹o forem suficientes.

Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA C.

26.! (CESPE Ð 2012 Ð AGU Ð ADVOGADO DA UNIÌO)

Julgue o item subsecutivo, a respeito dos efeitos da condena•‹o criminal e de crimes contra a administra•‹o pœblica.

ƒ inaplic‡vel o princ’pio da insignific‰ncia aos crimes contra a

ƒ inaplic‡vel o princ’pio da insignific‰ncia aos crimes contra a

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