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A função educacional da ludicidade

Os profissionais que buscam metodologias criativas para desenvolver seu trabalho na educação infantil

e nos anos iniciais do ensino fun- damental vêm observando que as crianças aprendem quando brin- cam, pois a ludicidade envolve as habilidades de memória, atenção e concentração, além do prazer da criança em participar de ativida- des pedagógicas de maneira dife- rente e divertida.

> o lúdico como recurso pedagógico

A abordagem feita sobre a ludici- dade na educação até aqui aponta essa ferramenta como recurso pe- dagógico que pode ocupar um es- paço na educação básica, atenden-

do a necessidades e interesses do educando e do educador no processo de ensino-aprendizagem.

Um dos aspectos que

justifica a ludicidade na

educação básica seria

justamente a possibilidade

de utilização de recursos

pedagógicos que venham

ao encontro dos diferentes

estilos de aprendizagem

encontrados em sala de

aula, o que atualmente é

um grande desafio para

o professor da educação

infantil e dos anos iniciais

do ensino fundamental.

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A ludicidade na educ

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Assim, fica evidente o pa- pel das interações desenvolvidas no ensino das diferentes áreas de conhecimento, fato que se soma à ideia de que qualquer atividade para a criança e com a criança tem um sentido educativo. Por exem- plo: o olhar estabelece confiança,

manifesta carinho e compreensão; o toque da mão do adulto pode dar segurança ou medo e esses elementos não são desvinculados dos con- teúdos da proposta pedagógica, que, por sua vez, não são conhecimen- tos abstratos, desvinculados de situações de vida, e não são elaborados pela criança unicamente com base em sua transmissão oral no contexto do ensino formal. São interiorizados pela criança em um processo inte- rativo, no qual entram em jogo a iniciativa, a ação e a reação, a pergunta e a dúvida, a busca de entendimento.

Simplificando

Organizando as ideias:

A ludicidade como recurso pedagógico ocupa um espaço no processo ensino e aprendizagem, atendendo às necessidades e aos interesses do educando e do educador no processo de ensino-aprendizagem.

É ncessária a utilização de recursos pedagógicos que consi- derem os diferentes estilos de aprendizagem dos educandos.

A ludicidade auxilia o educador no desafio de ensinar.

Qualquer atividade para a criança e com a criança tem um sentido educativo.

A proposta pedagógica possui conhecimentos abstratos vin- culados a situações cotidianas dos educandos.

A aprendizagem tem como objetivo a linguagem corporal, além da linguagem oral.

A ludicidade na educação é

um dos elementos que vem

sendo discutido por muitos

autores e educadores no

universo acadêmico no

Brasil e no mundo.

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No jogo, o educando desenvolve a iniciativa, a ação e a rea- ção, a pergunta e a dúvida, a busca do entendimento dos conteúdos para além da escola.

São fatores considerados nas atitudes pedagógicas do edu- cador na prática do jogo: definição dos objetivos, escolha de jogos adequados ao momento educativo.

Na ludicidade, o educando se torna sujeito ativo do processo de construção do conhecimento.

Contudo, a questão não se restringe apenas a esses aspectos. As abordagens apresentadas até aqui destacam que, ao se utilizar o lúdi- co como recurso pedagógico, como apontam Lopes(2002) e Almeida (2005), a proposta é ir além do jogo, do ato de jogar para o ato de antecipar, preparar e confeccionar o próprio jogo antes de jogá-lo, am- pliando, desse modo, a capacidade do jogo em si e atingindo outros objetivos, como profilaxia, exercício, desenvolvimento de habilidades e potencialidades e também terapia de distúrbios específicos de aprendi- zagem das crianças.

Assim, na tentativa de se revelar a aprendizagem do educando com os jogos, as brincadeiras e a exploração de brinquedos, é preciso ficar atento à observação do contexto que envolve a ação das crianças durante a prática pedagógica da ludicidade. Essa observação envolve a duração e o envolvimento das crianças nos jogos e evoca a possibilidade de estimular suas potencialidades, como a criatividade, a autonomia, a criticidade e a expressão ao desenvolver diferentes formas de lingua- gem e também os aspectos cognitivos, afetivos e sociais.

Por que o professor de educação infantil e anos iniciais do ensino fundamental precisa estudar para brincar, ao desenvolver propostas pedagógicas com as crianças?

Pare

e

pense

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Para responder a essa pergunta é necessário ressaltarmos dois importantes aspectos. O primeiro é o conhecimento teórico sobre o lúdico, que diz respeito ao entendimento sobre as concepções dos au- tores, à estrutura e à classificação dos jogos, ao papel do educador e à organização dos espaços e dos materiais. O segundo refere-se ao lúdi- co na educação, envolvendo questões relativas ao desenvolvimento e à aprendizagem infantil com base na ação lúdica da criança e da prática como expressão da teoria.

Como vimos anteriormente, as contribuições de Piaget (1976) e Vygotsky (1984) levam os professores a compreender as atividades lúdicas como parte da vida da criança. O entendimento sobre a relação entre jogo de exercício sensório-motor, jogo simbólico, jogo de regras e o jogo de construção como um processo contínuo e ao mesmo tempo inter-relacionado, propicia a compreensão sobre os processos de desen- volvimento e aprendizagem infantil.

Saiba

Jean Piaget (1896-1980) estudou biologia na Suíça, e mais tarde dedicou-se à área de Psicologia, Epistemologia e Educação. Escreveu mais de 50 livros que são conheci- dos mundialmente.

Jean Piaget (1896-1980)

O mesmo acontece em relação aos estudos de Vygotsky (1984), no que se refere à zona de desenvolvimento proximal, conceito formu- lado pelo autor para explicar o que um educando é capaz de fazer com o auxílio de pessoas mais experientes. Para o autor, o jogo, nessa pers- pectiva, é um elemento que atua na zona de desenvolvimento proximal,

Ilu st raç ão : M ar ce lo L op es

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As abordagens

enfocadas nesta obra

em relação à ludicidade

na educação passam

também por questões

sociais e culturais que

circundam as relações

humanas e variam ao

longo do tempo.

e o professor é o mediador no processo de construção do conhecimento da criança. Esse conceito possibilita a compreensão sobre o papel das interações sociais no desenvolvimento e na aprendizagem infantil.

Nessa perspectiva, ao pensarmos em proposições práticas para o tratamento do lúdico como recurso pedagógico, deve haver a preocupa- ção com a escolha das atividades, principalmente com o que o jogo pode proporcionar na intervenção do processo de ensino-aprendizagem, e não apenas com o tipo de jogo. Ou seja, devemos fazer o exercício de analisar possibilidades de intervenção tomando por base as necessidades dos alu- nos. Por exemplo: com jogos de expressão, inicialmente, há a preocupação em estimular potenciais como a linguagem, que seria um requisito para qualquer interação da criança com o meio.

Os professores podem con- siderar também que, no contexto escolar, muitos aspectos podem ser trabalhados por meio da confecção e da aplicação de jogos selecionados, com objetivos como: aprender a lidar com a ansiedade, refletir sobre limi- tes; estimular a autonomia, desen- volver e aprimorar as funções neu- ro-sensório motoras, desenvolver a atenção e a concentração, ampliar a elaboração de estratégias, estimular o raciocínio lógico e a criatividade.

Assim, aspectos referentes ao espaço e aos materiais característicos de cada jogo são elementos que podem ajudar a definir qual o jogo mais adequado para a ação educativa a que o professor se propõe.

Tais abordagens apontam as relações sociais que os educandos expressam na escola, nesse sentido, como os professores se sentem de- safiados a encontrar caminhos que identifiquem as necessidades desses sujeitos sociais em relação a metodologias de ensino.

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Nesse contexto, segundo Friedmann (1996), há algumas déca- das pesquisas têm demonstrado que o recém-nascido tem recebido cui- dados e estímulos diferentes das gerações anteriores. Isso ocorre porque houve uma significativa mudança nos hábitos e nas atitudes dos adultos, o que produziu alterações em todo o desenvolvimento infantil.

Esse processo de transformação também foi percebido de forma significativa nas leis que regem a educação básica há uma década. Com base na Constituição Federal de 1988, da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN nº 9.394/1996) e do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA, Lei nº 8.069/1990), muitas mudanças ocorre- ram na educação infantil e nas escolas de ensino fundamental no Brasil. Entre os avanços obtidos com a mudança na legislação, destaca-se a ne- cessidade de formação dos educadores que atuam com crianças de 0 a 6 anos e também nos anos iniciais do ensino fundamental. Tal exigência, no âmbito da formação, submete a educação infantil a outro olhar, uma nova perspectiva, que traz a articulação entre o educar e o cuidar.

A estratégia da LDBEN engloba decisões como a de atribuir à creche e à pré-escola o mesmo objetivo de desenvolvimento integral do ser humano. Entretanto, existem diferenças entre os cuidados com uma criança de 3 meses e os cuidados com outra de 4 anos. A educação de um bebê e a da criança pequena tem dimensões de conteúdos e formas de relacionamento diversas daque- las trabalhadas com as crianças de três a 5 anos. Nessa perspectiva, o brincar contempla diferentes e im- portantes aspectos que contribuem para a educação da criança em uma perspectiva global.

O trabalho pedagógico na educação infantil, atualmente, re- quer uma abordagem diferente. Isso

A criança é

mentalmente

hiperestimulada

pela agitação da era

tecnológica. Em

decorrência dessa

realidade, surgem

contradições que se

revelam nas discussões

sobre as brincadeiras na

vida da criança.

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ocorre porque a criança, desde cedo, é exposta a um número maior e diversificado de estímulos cerebrais que, por sua vez, provocam reações diferentes. Pesquisas têm evidenciado o aluno como um sujeito que apresenta um desenvolvimento intelectual, afetivo e social precoce. Isso se deve ao fato de ele estar inserido em um contexto familiar e educa- cional diverso do observado em décadas anteriores. Estudos também revelam que a criança, atualmente, apresenta diferentes formas de an- siedade, receios e insegurança. Por vezes é emocionalmente imatura e nas situações de ensino-aprendizagem apresenta curto período de con- centração (Friedmann, 1996). Desse modo, podemos questionar sobre quem é o educador de hoje e que tipo de trabalho ele está executando.

Apesar de a maioria dos professores concordar com os avan- ços da tecnologia, observando as devidas precauções, esses profissio- nais situam os jogos e os brinquedos eletrônicos como parte integrante dos interesses das crianças atualmente. Por outro lado, destacam que, muitas vezes, a ausência de jogos e brincadeiras tradicionais na vida cotidiana escolar e familiar faz com que muitas crianças apresentem dificuldades motoras, afetivas e sociais.

Nessa perspectiva, analisando a escola, a metodologia e o papel do educador, percebemos, ainda, que as possíveis intervenções no pro- cesso de ensino-aprendizagem dos alunos por vezes ficam divididas no que diz respeito às ações pedagógicas que propiciariam ao educando a oportunidade de um pleno desenvolvimento da criança.

Segundo os estudos de Almeida (2004), o processo de cons- trução do saber por meio do jogo como recurso pedagógico ocorre porque, ao participar da ação lúdica, a criança inicialmente estabelece metas, constrói estratégias, planeja, utilizando, assim, o raciocínio e o pensamento. Durante o jogo ocorrem estímulos, obstáculos e motiva- ções, momento em que a criança antecipa resultados, simboliza ou faz de conta, analisa as possibilidades, cria hipóteses e com esse processo constrói o saber. O educador, nesse contexto, possui o papel de media- dor no processo de ensino-aprendizagem.

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Ao encontro dessa proposta, Moyles (2002) descreve que “o brincar é um processo no caminho da aprendizagem, mas um processo vital e influenciável [...]”.

Refletindo:

Nesse sentido, a utilização do lúdico como recurso pedagógico não deve se esgotar em momentos direcionados apenas a brincadeiras, mas o brincar, planejado ou espontâneo, pode fazer parte do currículo em diferentes áreas de conhecimento, como a tecnologia, as ciências, a matemática, as línguas, a educação física, a arte, a geografia, a história, entre outras. É importan- te que o adulto, educador, professor, considere a motivação, as interações, a atenção e a concen- tração, a competição e a cooperação, a reflexão, a autonomia e a diversão, que, segundo a autora, “não podem ser determinados dentro da fron-

teira de um assunto”. Por serem elementos da subjetividade dos educandos, são esses aspectos que definem como o sujeito irá aprender.

Pare

e

pense

> ensinar brincando: a teoria como expressão da prática

É da reflexão sobre as abordagens acerca da ludicidade na educação que resulta a teoria como expressão da prática, sendo então necessário que ocorra um movimento no sentido de vincular as concepções sobre o lú- dico à sua utilização como recurso pedagógico. É quando a brincadeira fica séria, faz sentido e ordena os múltiplos significados do imaginário da criança.

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Nessa perspectiva, o lúdico como recurso pedagógico revela que os educandos, na maioria das vezes, percebem suas capacidades e suas dificuldades. Cabe ao educador identificar tais capacidades de forma a propiciar a integração de todas as áreas de desenvolvimento e aprendi- zagem dos alunos.

As palavras de Fernández (2001, p. 37) apontam a relação entre a aprendizagem e o brincar de maneira cativante:

Aprender é apropriar-se da linguagem, é historiar-se, re- cordar o passado para despertar-se ao futuro; é deixar-se surpreender pelo já conhecido. Aprender é reconhecer-se, admitir-se. Crer e criar. Arriscar-se a fazer dos sonhos tex- tos visíveis e possíveis. Só será possível que as professoras e professores possam gerar espaços de brincar-aprender para seus alunos quando eles simultaneamente construírem para si mesmos.

É nessa perspectiva que o lúdico é um importante recurso peda- gógico para a definição de ações pedagógicas adequadas a serem estu- dadas em cursos de formação de professores. Com efeito, a utilização de jogos e brincadeiras em diferentes situações educacionais é um meio para estimular as aprendizagens específicas dos alunos.

síntese

A ludicidade na formação dos educadores pode articular a relação entre a teoria e prática. O jogo como recurso peda- gógico tem objetivos educacionais a atingir: o aluno e seu processo de aprendizagem fazem parte da elaboração e orientação desse objetivo para chegar à construção de seu conhecimento.

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A ludicidade na educação aborda as ações do jogo, do brin- quedo e da brincadeira.

O significado atual do jogo na educação, segundo Kishimoto (2008), atende a duas funções: a função lúdica do jogo, expressa na ideia de que sua vivência propicia a diversão, o prazer, quando escolhido voluntariamente pela criança, e a função educativa, quando a prática do jogo leva o sujeito a desenvolver seus saberes, seus conhecimentos e sua apreensão de mundo. O equilíbrio entre as duas fun- ções seria então o objetivo do jogo educativo.

Brincar pode ensinar porque propicia o trabalho com dife- rentes linguagens, o que facilita a significação de conceitos elaborados pelo adulto para os educandos.

O brinquedo, definido por Kishimoto (2008), é entendido sempre como um objeto, suporte da brincadeira ou do jogo, quer no sentido concreto, quer no ideológico.

A brincadeira, definida por Kishimoto (2008), é apontada como uma atividade espontânea da criança, sozinha ou em grupo. Ela constrói uma ponte entre a fantasia e a realidade, o que a leva a lidar com complexas dificuldades psicológicas, como a vivência de papéis e situações não bem compreendi- das e aceitas em seu universo infantil.

O jogo é caracterizado pela presença de regras que sistemati- zam as ações dos sujeitos envolvidos, mas a imaginação coloca à disposição de seus participantes a possibilidade de modificá- -las de acordo com suas necessidades e interesses.

A brincadeira, ao contrário do jogo, caracteriza-se por iniciar pela imaginação e despir-se de intencionalidade na ação. Mas a regra se faz necessária no decorrer da brincadeira para orga- nizar os conflitos sociais e afetivos que possam vir a fazer parte do cenário.

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Embora saibamos que a questão não se esgota aqui, pois, ape- sar das reflexões teóricas a respeito da formação do educador que fizemos, há muito que ser repensado. Podemos sintetizar os elementos que podem auxiliar o professor a apropriar-se do jogo enquanto prática pedagógica: conhecimento sobre o lúdico, observação de situações lúdicas, escolha de brinque- dos e objetos culturais, definição de objetivos, organização do ambiente, avaliação dos objetivos propostos.

indicações culturais

BRASIL. Ministério da Educação. Fundação Joaquim Nabuco. Disponível em: <http://www.fundaj.gov.br>. Acesso em: 10 mar. 2010. Trata-se de um site sobre jogos e brincadeiras populares, com sugestões de atividades.

MOYLES, J. R. A excelência do brincar. Porto Alegre: Artmed, 2006. Essa obra destaca o brincar em diversas culturas e sua relação com o currí- culo escolar.

Atividades de autoavaliação

Leia o conteúdo deste capítulo para responder às questões que seguem. Faça anotações individuais e questionamentos que irão auxiliá-lo na compreensão do tema abordado.

1. O entendimento do jogo como recurso pedagógico passa pela noção de que, se a escola tem objetivos a atingir e o aluno busca a cons- trução de seu conhecimento, qualquer atividade dirigida e orientada visa a um resultado e possui finalidades pedagógicas.

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Considerando a afirmação anterior, identifique qual alternativa aponta o jogo utilizado em sala de aula como um meio para a reali-