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GERAÇAO DA SUA EPOCA

No documento o Preparo Do Obreiro Para o Ministerio (páginas 87-96)

O

objetivo desse tema, conjuntamente com

o que trata do ministério no Antigo

Testamento (cujo obreiro de maior

proeminência era o sacerdote) é

demonstrar que os "obreiros" de cada uma das épocas citadas enfrentavam seus desafios, e estes labutaram e trazem grandes lições e ensinamentos para os dias atuais, inclusive, para aperfeiçoamento do nosso ministério (2Tm 3.16).

Sob a premissa deste texto bíblico é possível afirmar que os exemplos (bons e maus) dos sacerdotes servem de lição e nos revelam verdades espirituais.

Por sua vez, no que concerne aos desafios dos apóstolos frente a geração de sua época, acredito que a pessoa e o ministério de Paulo sintetizam os desafios enfrentados pelos apóstolos. Lembrando que Paulo era considerado apóstolo e também esteve à frente da Igreja Primitiva, exercendo o ofício episcopal cuidando das igrejas.

14 Em razão da palavra de Deus ser atual e apta para instruir em todos os tempos não é coincidência que os desafios enfrentados por Paulo sejam reproduzidos em nossa sociedade. Por este motivo a análise de cada desafio ligado com os desafios da atualidade é uma excelente oportunidade para o ensino da Palavra de Deus e orientações dos obreiros sobre como devem se preparar para a obra do ministério.

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Portanto, é oportuno, estudarmos os desafios enfrentados por Paulo e através deste estudo demonstrarmos que, efetivamente, tais desafios são encontrados pelos obreiros dos dias atuais. Eis alguns desafios enfrentados por Paulo:

1 ) De s a f io Da s Do u t r in a s En g a n o sa s E Fr a u d u le n t a s

( IT m 1 .3 ,4 )

Sete anos antes de Paulo escrever esta epístola, advertira os presbíteros de Éfeso de que os falsos mestres procurariam distorcer a verdadeira mensagem de Cristo (At 20.29).

Agora que isso já estava acontecendo, Paulo exorta Timóteo a confrontá-los com coragem. Este jovem pastor não devia transigir com esses falsos ensinos que corrompiam tanto a lei quanto o evangelho.

Ele devia travar contra eles o bom combate mediante a proclamação da fé original, conforme o ensino de Cristo e dos apóstolos (2Tm 1.13,14). A expressão "outra doutrina" vem do grego heterose significa "estranha", "falsificada", "diferente".

2 ) De s a f iop e lop e r ig o d a sb la s f ê m ia s (1 Tm 1 .1 8 -2 0 )

A ação de Paulo provavelmente significa que esses dois homens foram excluídos do rol de membros da igreja. A salvação e a união com o corpo de Cristo (a igreja) nos protegem do poder de Satanás. Ser desligado da igreja, por outro lado, deixa a vida da pessoa aberta aos ataques destrutivos e satânicos (Jó 2.6-7; ICo 5.5; Ap 2.22).

A disciplina eclesiástica visa trazer a pessoa de volta ao arrependimento, à fé verdadeira e à salvação em Cristo. Veja 1 Coríntios 5.5: "seja entregue a Satanás para destruição da carne,

para que o espírito seja salvo no Dia do Senhor Je s u f.

Isso significa (em um caso como esse de Corinto), a igreja remover a pessoa imoral da sua comunhão e entregá-la ao

domínio de Satanás, expondo-a as influências destrutivas do pecado e demoníacas: Tal disciplina tem dois propósitos:

a) que o culpado, ao experimentar problemas e sofrimentos

físicos, arrependa-se e seja finalmente salvo (Lc 15.11-24);

b) que a igreja livre-se do "fermento velho" (isto é, das

influências pecaminosas), para assim tornar-se o pão novo "da sinceridade e da verdade". A mesma ação pode ser adotada pela igreja hoje, ao procurar salvar a quem abandonou a vida cristã e voltou ao mundo (cf. lTm 1.20).

3 ) De s a f io p e la a p o s t a s ia d o s ú lt im o s t e m p o s ( IT m

4 .1 .2 )

O Espírito Santo revelou explicitamente que haverá, nos últimos tempos, uma rebeldia organizada contra a fé pessoal em Jesus Cristo e a verdade bíblica (2Ts 2.3; Jd 3,4). Aparecerão na igreja pastores de grande capacidade e poderosamente ungidos por Deus.

Alguns realizarão grandes coisas por Deus, e pregarão a verdade do evangelho de modo eficaz, mas se afastarão da fé e paulatinamente se voltarão para espíritos enganadores e falsas doutrinas. Por causa da unção e do zelo por Deus que tinham antes, desviarão a muitas pessoas. Muitos crentes se desviarão da fé porque deixarão de amar a verdade (2Ts 2.10) e de resistir às tendências pecaminosas dos últimos dias (Mt 24.5,10-12; 2Tm 3.2.3).

Por isso, o evangelho liberal dos ministros e educadores modernistas encontrará pouca resistência em muitas igrejas (ITm 4.1; 2Tm 3.5; 4.3; 2Co 11.13). A popularidade dos ensinos antibíblicos vem, sobretudo pela ação de Satanás, conduzindo suas hostes numa oposição cerrada à obra de Deus.

A segunda vinda de Cristo será precedida de uma maior atividade de satanismo, espiritismo, ocultismo, possessão e engano demoníacos, no mundo e na igreja (Ef 6.11,12). A proteção do

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crente contra tais enganos e ilusões consiste na lealdade total a Deus e à sua Palavra inspirada, e a conscientização de que homens de grandes dons e unção espirituais podem enganar-se, e enganar os outros com sua mistura de verdade e falsidade.

Essa conscientização deve estar aliada a um desejo sincero do crente praticar a vontade de Deus (Jo 7.17) e de andar na justiça e no temor de Deus (SI 25.4,5,12-15). Os crentes fiéis não devem pensar que pelo fato da apostasia predominar dentro do cristianismo nesses últimos dias, não poderá ocorrer reavivamento autêntico, nem que o evangelismo segundo o padrão do Novo Testamento não será bem-sucedido.

Deus prometeu que nos "últimos dias" salvará todos quantos invocarem o seu nome e que se separarem dessa geração perversa, e que Ele derramará sobre eles o seu Espírito Santo (At 2.16-21,33,38-40; 3.19).

4 ) De s a f io p e loa p e g o à s c o is a sm at e r ia is (1 Tm 6 .9 ,1 0 )

Uma das declarações mais surpreendentes feitas por nosso Senhor foi a que diz ser muito difícil um rico entrar no reino de Deus. Este, porém, é apenas um dos seus ensinos sobre o assunto da riqueza e da pobreza.

Esta sua perspectiva é repetida pelos apóstolos em várias epístolas. Predominava entre os judeus daqueles tempos a ideia de que as riquezas eram um sinal do favor especial de Deus, e que a pobreza era um sinal de falta de fé e do desagrado de Deus. Os fariseus, por exemplo, adotavam essa crença e escarneciam de Jesus por causa da sua pobreza (Lc 16.14).

Essa ideia falsa é firmemente repelida por Cristo (Lc 6.20; 16.13; 18.24,25). A Bíblia identifica a busca insaciável e avarenta pelas riquezas como idolatria, a qual é demoníaca (ICo 10.19,20; Cl 3.5).

Por causa da influência demoníaca associada à riqueza, a ambição por ela e a sua busca frequentemente escravizam as

pessoas (Mt 6.24). As riquezas são, na perspectiva de Jesus, um obstáculo, tanto à salvação como ao discipulado (Mt 19.24; 13.22).

Transmitem um falso senso de segurança (Lc 12.15ss.), enganam (Mt 13.22) e exigem total lealdade do coração (Mt 6.21). Quase sempre os ricos vivem como quem não precisa de Deus. Na sua luta para acumular riquezas, os ricos sufocam sua vida espiritual (Lc 8.14), caem em tentação e sucumbem aos desejos nocivos (lTm 6.9), e daí abandonam a fé (lTm 6.10).

Geralmente os ricos exploram os pobres (Tg 2.5,6). O cristão não deve, pois, ter a ambição de ficar rico (lTm 6.9-11). O amontoar egoísta de bens materiais é uma indicação de que a vida já não é considerada do ponto de vista da eternidade (Cl 3.1).

O egoísta e cobiçoso já não centraliza em Deus o seu alvo e a sua realização, mas, sim, em si mesmo e nas suas possessões. O fato de a esposa de Ló pôr todo seu coração numa cidade terrena e seus prazeres, e não na cidade celestial, resultou na sua tragédia (Gn 19.16,26; Lc 17.28-33; Hb 11.8-10).

Portanto, quem possui riquezas e bens não deve julgar- se rico em si, e sim administrador dos bens de Deus (Lc 12.31-48). Os tais devem ser generosos, prontos a ajudar o carente, e serem ricos em boas obras (Ef 4.28; lTm 6.17-19).

Cada cristão deve examinar seu próprio coração e desejos: sou uma pessoa cobiçosa? Sou egoísta? Aflijo-me para ser rico? Tenho forte desejo de honrarias, prestígio, poder e posição, o que muitas vezes depende da posse de muita riqueza?

5 ) O De s a f io Da Cr e d ib il id a d e

"Quem deu crédito à nossa pregação?" (isaías 53.1).

Esta frase, emprestada do seu contexto original, pode ser representativa de uma realidade bem atual. Quem tem dado o devido crédito à nossa pregação? Pessoas existem que não confiam mais no poder do evangelho, que não confiam mais nas igrejas, que

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não confiam mais nos pastores, que não acreditam mais nos valores do evangelho... Vivemos uma profunda crise de credibilidade.

Os incrédulos se multiplicam na medida em que se multiplicam os escândalos entre nós. O pastor de hoje precisa ter credibilidade! Para isso ele precisa mais que palavras. Nenhuma pregação substituirá o seu viver! A igreja primitiva experimentou crescimento por alcançar crédito diante do povo.

Parafraseando Atos 2.47 - "Louvando a Deus, e conquistando a credibilidade de todo o povo. E cada dia acrescentava-lhes o Senhor os que iam sendo salvos."

5 .1 ) Ou t r o sd e s a f io sd op r e se n t esé c u lo

Durante o decorrer da história cristã, ser cristão tem sido um desafio constante. Os fiéis sempre encontraram dificuldades: a perseguição na era apostólica, a perseguição promovida por vários imperadores romanos, a inquisição... Muitas vidas foram ceifadas por causa da fidelidade a Jesus.

Embora não tenhamos um número exato, alguns acreditam que mais de 70 milhões de pessoas já morreram por causa da fé em Cristo. Outra luta que tem marcado o cristianismo é a luta contra as heresias.

Essa é uma perseguição quase invisível, que produz efeito a longo prazo, e é uma das formas preferidas de Satanás para atacar a igreja. Tanto as perseguições físicas, quanto a tentativa diabólica de enfraquecer a igreja por meio de falsas doutrinas, estão presentes nos dias atuais, observando-se as devidas proporções. a) O De s a f io Do Cr e s c im e n t o

Um grande desafio para Igreja é o crescimento em quantidade e qualidade, com transformações nas Vidas e na Sociedade. Jesus em Mateus 5.13-14 diz para sermos o sal da terra e a luz do mundo.

As estatísticas revelam o nosso crescimento, mas a nação fica cada vez pior na política, na religião, na fome, no desemprego, no desrespeito, na vergonha e na desmoralização das autoridades e dos pastores.

De que adianta 25% da nação ser evangélica se continua aumentando a corrupção, o escândalo e a imoralidade? Isso é o resultado de um Evangelho distorcido, que pergunta o que a sociedade pode fazer pelos evangélicos, ao invés de perguntar o que nós podemos fazer pela sociedade.

Será difícil alcançamos as almas perdidas se continuarmos com um fervor tão fraco. Hoje 86% dos crentes vão só uma vez por semana à Igreja e só 51% levam a Bíblia. Mais assustador é que 60% dos que se dizem evangélicos não são contra as separações (os casamentos por contrato estão tomando conta...), e 9% são a favor do aborto.

E assim a frieza vai tomando conta da Igreja. b) O De s a f io Da Se c u l a r iz a ç ã o

A secularização em excesso vai formando o seu Império. O relativismo de caráter vai forçando, sem parar, os crentes, e até mesmo o Ministério. As vaidades não são mais corrigidas nas Igrejas. As inovações e os modismos religiosos querem tomar o púlpito das Igrejas, empurrando os Pastores para a retaguarda.

Pensemos no avanço do Liberalismo: o que a Igreja pensa hoje sobre o casamento, sobre a dita opção do sexo (isso não é opção, é decreto Divino), e sobre política na Igreja? Será que atualmente não estamos aplaudindo os erros?

O grande autor de novelas de televisão e deteriorador de costumes, Silvio de Abreu, disse numa entrevista estar chocado com a tolerância do público com os personagens canalhas. Ele acha que o povo não está mais preocupado com a retidão de caráter e entende que o certo é fazer o que a pessoa gosta.

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O Pr. Joanyr de Oliveira, da Assembléia de Deus de Brasília, diz que o grande problema da sociedade hoje, são os Líderes Religiosos se omitindo e os governantes convivendo com a corrupção (SI 42.7; Jr 4.20, Ez. 7.26).

Vemos na abolição da Escravatura, quando a Princesa Isabel assinou a Lei Áurea, que os Evangélicos muito cooperaram. Eles não tinham um representante político e os crentes no país não chegavam a 1%. Sigamos o exemplo desses irmãos e influenciemos a sociedade.

c) O Desafio Do Dis c ip u la d o

O grande desafio na atualidade é alcançar as pessoas com o evangelho genuíno cristológico (Is. 61.1-2; Lc. 4.18-19) na unção do Espírito Santo, sendo dinâmico e incandescido com o amor de Cristo.

O obreiro usando o poder do ministério da oração, se entregando ao Senhor sem reservas, sendo um intermediário para ligar o povo na comunhão.

Alguém disse que a Igreja é como um hospital. E, se é um hospital, precisa ter Geriatria - para cuidar dos velhos, Ortopedia - para cuidar dos atrofiados, e Pediatria - para cuidar das crianças, isto é, dos novos convertidos.

O Pr. Elienai Cabral escreveu nas Lições Bíblicas do l 5 trimestre de 2007 que a existência da Igreja decorre essencialmente de duas atividades conjuntas, que são a Evangelização e o Discipulado. O progresso do trabalho, para alcançarmos essas vidas, depende muito da visão do Pastor da Igreja. O pastor precisa vestir a camisa do Discipulado.

O Discipulado destrói as heresias pelo ensino metódico e sistemático das verdades bíblicas (ITm 4.1; 2Tm. 3.1-2). E o discipulado se constitui um desafio devido aos estragos causados pelo G-12. Esses movimentos querem tirar a Igreja do Templo. Mas a dinâmica neotestamentária da Igreja é no Templo e nas casas (Atos 5.42; 2.46).

5 .2 ) Ma is De s a f io s Do Pr e se n t e Séc u lo

a) Desafio pelo espírito de timidez - complexo de inferioridade

(2Tm 1.7).

b) Desafio de manter a confiança no exercício ministerial (2Tm

1.11,12).

c) Desafio para suportar as aflições e perseguições (2Tm 2.3-4; 8-10;

3.10-14).

d) Desafio para pacificar as contendas e os separatistas (2Tm

2.14,15).

e) Desafio ante a impiedade dos últimos tempos (2Tm 3.1-5,8-9). f) Desafio do interesse do público em ouvir mensagens que lhes

interessem em detrimento da sã verdade (2Tm 4.1-5).

g) Desafio de ser entregue à morte por causa do ministério (2Tm

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