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A história dos hiperm ercados brasileiros se inicia com a rede JUMBO pert encent e ao grupo Pão de Açúcar no ano de 1971 na cidade de Santo André localizada na região do ABC Paulista. O Jum bo hiperm ercados nascia com o conceito de oferecer m aior diversidade de produtos além dos alim entares e de prim eira necessidade para a casa, encontrados nos superm ercados. Assim , seções com venda de eletro- dom ésticos, utilidades para o lar, brinquedos e m aior diversidade nas seções de peixaria, frios, açougue e padaria foram feitas. O Jum bo trazia ainda um novo conceito, o da localização periférica com m aior área de vendas.

Prim ordialm ente, os hiperm ercados Jum bo deveriam se localizar em grandes avenidas das cidades, pois sua função era a de oferecer produtos a todas as pessoas com diferentes extratos de rendim ento. Além disso, nessa etapa de sua im plantação no país, j á estava consolidado e em pleno processo de difusão o uso do aut om óvel e por est a razão, os hiperm ercados apresent avam grandes parques de estacionam ento com m ais de 200 vagas. É um período no país onde há a entrada m aciça de em presas de bens não duráveis e do processo de desconcentração industrial no Estado de São Paulo. Além disso, a estrutura fam iliar passa por m odificações ocasionadas pela saída da m ulher de casa rum o ao m ercado de t rabalho.

Em 1972 inaugura- se na cidade de São Paulo o prim eiro hiperm ercado, denom inado Jum bo Aeroport o ( hoj e é um a loj a Ext ra Hiperm ercados). Até final da década de 1970 São Paulo vai ganhar m ais hiperm ercados de várias redes com o o Carrefour, Atacadão, Eldorado e Jum bo.

A entrada da rede francesa Carrefour no Brasil ocorreu em 1975 e a partir de então, out ras m odificações passaram a ocorrer nos hiperm ercados brasileiros. O Carrefour quando chega ao Brasil em m eados de 1970 inaugura duas lojas, um a na Marginal Pinheiros e a outra na Marginal Tietê, am bas com

m ais de 10.000 m2 de área de vendas e m ais de 50.000 it ens em

com ercialização, um a novidade para os padrões brasileiros, j á que as loj as do Jum bo possuíam área inferior. O Eldorado foi outra em presa que abriu lojas em São Paulo de grandes dim ensões, um a na Rua Pam plona no m eio do Jardim Paulista e a outra em Santos no litoral.

Os hiperm ercados passaram adotar o padrão periférico de localização, isto é, fora das áreas centrais, por necessitarem de grandes áreas para const rução da loj a além do est acionam ent o e depósit os.

Pellegrini (2000, p.53) quando define os hiperm ercados destaca m ais suas características estruturais, afirm ando que são

t odos os est abelecim ent os de aut o- serviço com diversificação de produtos tanto de base alim entar com o não alim entar em um a superfície m aior de 2.500 m2, podendo alcançar at é 15.000 m2 de

As m aiores diferenças entre superm ercados e hiperm ercados estão relacionadas ao padrão de localização, ao tam anho da área de vendas e aos tipos de m ercadorias vendidas.

Os hiperm ercados cum prem m etodicam ente a cobertura dos espaços periurbanos ainda m al servidos e se im põem com o locom ot ivas ( âncora) dos cent ros com erciais de novos lot eam ent os6 1.

Barata Salgueiro (1995, p. 63) acrescenta afirm ando que

O hiperm ercado não é exactam ente um superm ercado em ponto grande, pois o aum ento da dim ensão corresponde tam bém ao alargam ent o do sort ido. Trat a- se de est abelecim ent os de sort idos vast os e profundos, pelo que est as unidades vendem m uit os outros artigos para além dos de alim entação, lim peza e higiene.

Quando com param os os superm ercados aos hiperm ercados, surgem algum as sem elhanças e diferenças.

A principal sem elhança diz respeito à natureza da form a, isto é, o capital é com ercial e significa a busca m axim izada do lucro a partir da concentração territorial e financeira. Buscam at ender aos consum idores de form a a oferecerem preços m ais com pet it ivos do que os encont rados no com ércio tradicional. Significam facilidades para o abastecim ento urbano, pois oferecem

sob um m esm o t et o um a diversidade de produtos, econom izando despesas de

transporte para am bas às partes.

Quanto às diferenças, prim eiram ente encontram os as de ordem estrutural, isto é, possuem dim ensões diversas. Os superm ercados são m enores concentrando suas vendas em produtos alim entícios, higiene, lim peza, bazar e pequenos utensílios para o lar. Já os hiperm ercados oferecem grande quantidade de produtos não alim entícios com o audio/ vídeo, livraria, eletro- eletrônicos,

produt os m ais sofist icados para a decoração da casa com o plant as, m óveis,

produt os para veículos com o óleos, pneus, peças e por est a razão possuem área

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METTON, A. L’expansion du commerce periphérique in France. In Annales de Geographic, Paris, nº 506, XCI, 1982, p. 473.

de vendas bem m aiores. Os hiperm ercados têm interesse de vender toda a sorte de m ercadorias, para todas as faixas etárias, classes sociais e preferências pessoais. Outra diferença é o núm ero de check- outs. Enquant o os superm ercados cont am em m édia de 10 a 20 est ações de pagam ent o, os hiperm ercados possuem de 40 a 60, além de um a área com plem entar de pequenas lojas, oferecendo principalm ente restaurantes de fast food, agências de viagens, agências bancárias, chaveiros, bancas de jornais, etc.

A respeito da localização as diferenças são bem m arcantes, pois os superm ercados possuem raio de at uação inferior, e com o são m enores, sua difusão pelo espaço urbano é m ais sim plificada, podendo estar localizados tanto

no centro histórico das grandes cidades com o na periferia e bairros residenciais.

Podem ser encont rados t ant o em grandes avenidas com o em pequenas ruas ou praças. Já os hiperm ercados, com o possuem área de venda m aior, necessitam de locais m uito am plos para perm it ir a const rução de est acionam ent o com no m ínim o 700 vagas, j á que o autom óvel além de ter propiciado seu aparecim ento é um dos elem entos que garante a reprodução do capital, porque a localização fundam ental desta form a com ercial são os grandes eixos viários m etropolitanos. Além disso, possuem depósit os m aiores, pois com ercializam at é 10 vezes m ais it ens do que os superm ercados.

O hiperm ercado parece- se com um a grande fábrica de m ontagem , de tal m aneira que, em vez de estarem ligados à cadeia de trabalho por um a lim it ação racional cont ínua, os agent es, ou pacient es, m óveis e descent rados, dão a im pressão de passarem de um a part e a out ra da cadeia, segundo circuit os aleat órios, cont rariam ent e às prát icas de t rabalho. m as t rat a- se mesmo assim , de fact o, de um a cadeia, de um a disciplina program ática, cuj as inserções se apagaram por detrás de um verniz de t olerância, de felicidade e de hiper- realidade. O hiperm ercado é já, para além da fábrica e das inst it uições t radicionais do capit al, o m odelo de t oda a form a fut ura de socialização num espaço- tem po hom ogêneo de t odas as funções dispersas do corpo e da vida social ( t rabalho, t em pos livres, alim ent ação, higiene, t ransport es, m édia, cult ura) : ret ransição de t odos os fluxos cont radit órios em t erm os de circuit os int egrados; espaço- tem po de toda sim ulação

operacional da vida social, de t oda um est rut ura de habit at de t ráfego6 2.

Pelas palavras acim a percebe- se que o Hiperm ercado é um a grande superfície com ercial onde de tudo pode ser encontrado para os m ais diversos gostos e preferências.

Quando se com para os hiperm ercados em funcionam ent o em alguns países da Europa com o França, I tália, Espanha e no Brasil, algum as diferenças sobre a localização surgem . Tanto na França com o na Espanha, as leis sobre o funcionam ento e localização destas loj as são bem severas, perm itindo sua construção em áreas periféricas, localizadas nas saídas da cidade, ou seja, nos entroncam entos rodoviários, ao longo das avenidas m arginais que circundam as grandes m et rópoles, com o é o caso de Paris, Madrid, Barcelona, Milão ou Rom a.

Para m elhor exem plificar apresentam os as figuras 01 e 02 sobre a localização dos hiperm ercados Carrefour em Paris, cidade que possui o m aior núm ero de hiperm ercados dest a em presa em funcionam ent o em t odo o m undo. São loj as construídas desde início dos anos sessenta até hoj e. Dos trinta hiperm ercados, todos localizam - se a m argem do grande anel viário que contorna a cidade, isto é, distam pelo m enos 7 km do seu centro histórico.

As figuras 03 e 04 apresentam m odelos de planta de

superm ercado e de hiperm ercado. A planta do superm ercado tem 1.000 m2 de

área de vendas e 60 vagas de estacionam ento horizontais localizado num a região de alto poder aquisitivo de São Paulo, com grande quantidade de produtos

alim entícios. Já o hiperm ercado t em 10.000 m2 de área de vendas, 700 vagas de

estacionam ento distribuídas entre o subsolo e o segundo andar da loja, além de um a galeria com ercial com 15 lojas incluindo franquias do Mc Donald´ s, Casa do Pão de Queij o, O Boticário e 5 a sec. As m ercadorias estão distribuídas em várias seções com um a grande diversidade em produtos para o lar, para autom óveis, eletro- eletrônicos e têxtil.

Figura 01: Localização dos Hiperm ercados Carrefour em Paris – França em 2001.

Font e: w w w .car r efour .fr

Figura 02: Localização dos Hiperm ercados Carrefour na região da I le de France (Paris) – França em 2001.

Apresentadas as características que auxiliam a diferenciar os superm ercados dos hiperm ercados e t am bém sua função no varej o, vam os ver com o foi o seu processo de difusão pelo t errit ório nacional, sobret udo em São Paulo ao longo dos últ im os 30 anos.

Dentre as em presas selecionadas por nossa pesquisa, apenas a COOP não opera com Hiperm ercados. Para m elhor analisarm os seu processo de im plantação no Brasil e em São Paulo, apresent am os as t abelas 01 a 06 que cont ém o cronogram a de inaugurações de t odas as loj as que se encont ram em funcionam ento hoj e no Estado. Vale ressaltar que os dados dos hiperm ercados JUMBO foram perdidos, segundo a em presa, quando algum as das loj as foram convert idas em Pão de Açúcar Superloj a em 1992, Ext ra em 1990, ou sim plesm ente fecharam por falência. Em 1990, segundo o Pão de Açúcar, eram 32 hiperm ercados Jum bo em funcionam ent o no Est ado sendo 70 em t odo o país. Tabela 01: Ano de I nauguração dos Hiperm ercados Extra do Estado de São Paulo

LOJA ANO LOJA ANO LOJA ANO

São Paulo Gde. São Paulo I nterior

AEROPORTO 1990 ( 72 – Jum bo) * S. BERNARDO 1997 ABOLI ÇÃO –CAMP. 1990

BRI GADEI RO 1990 ( 74 – Jum bo) S. CAETANO 1997 AMOREI RAS –CAMP. 1996

ANHANGUERA 1993 CARAPI CUÍ BA 1998 ( 95 Millo’s) I TATI BA 1998 (Barateiro)

GUARAPI RANGA 1994 DI ADEMA 1998 ( 86 Barat eiro) S. CARLOS 1998

SP MARKET 1994 I NT. GUARULHOS 1998 SANTOS 1999

ARI CANDUVA 1995 GUARULHOS 1998 ( 92 Millo´ s) P.GRANDE 1999

JOÃO DI AS 1996 COTI A 1999 ( 97 Barat eiro) ARARAQUARA 2000

CI DADE DUTRA 1998 ( 85 – Barateiro) BRAS CUBAS 1999 SOROCABA 2000

I NTERLAGOS 1998 ( 89 – Barateiro) MOGI LAR 1999 ( 93 Shibat a) I TU 2001

PENHA 1998 TABOÃO SERRA 2001

MORUMBI 1999 ( 86 – P. Mend.) MAUÁ 2002

TI ETÊ 1999 ( 86 – P. Mend.)

PRAÇA RAMOS 1999 ( Mappin)

I TAI M 2000 ( Mappin)

GUAI ANAZES 2001

Font e: Ext r a Hiper m er cados

* Os dados ent r e par ênt esis, indicam o ano de inaugur ação da loj a e a qual em pr esa per t encia ant es da aquisição pelo Ex t r a.

Tabela 02: Ano de I nauguração dos Hiperm ercados D’avó do Estado de São Paulo

LO JA ANO LO JA ANO

ORATÓRI O 1986 I TAI M PAULI STA 1996

GUAI ANAZES 199 SUZANO 1999

SÃO MI GUEL 1994 MOGI DAS CRUZES 2001

Tabela 03: Ano de I nauguração dos Hiperm ercados Carrefour do Est ado de São Paulo.

LOJA ANO LOJA ANO LOJA ANO

São Paulo Grande São Paulo I nterior

PI NHEI ROS 1975 SANTO ANDRÉ 1990 CAMPI NAS – D. Ped 1978

TI ETÊ 1975 TAMBORÉ 1992 RI B.PRETO 1987

ANCHI ETA 1983 SÃO CAETANO 1993 SÃO VI CENTE 1989

ARI CANDUVA 1986 OSASCO 1995 CAMPI NAS – Valinhos. 1990

I NTERLAGOS 1987 SÃO BERNARDO 1995 SOROCABA 1990

RAPOSO 1988 GUARULHOS 1996 S. JOSÉ CAMPOS 1992

I MI GRANTES 1989 DI ADEMA 2000 JUNDI AÍ 1996

BUTANTÃ 1994 TABOÃO SERRA 2002 S. J. RI O PRETO 1996

LI MÃO 1996 PI RACI CABA 1999

TATUAPÉ 1996 SOROCABA 2001

MORUMBI 1997 CAMPI NAS - I guat em i 1998 ( 89 Eldorado)

PÊSSEGO 1998 SANTOS 1998 ( 72 Eldorado)

PAMPLONA 1998 ( 74 - Eldorado) * S. J. RI O PRETO – SC 1998 ( 87 L.Am ericanas)

ELDORADO 1998 ( 81 - Eldorado) PRES. PRUDENTE 1998 ( 90 Eldorado)

CENTER NORTE 1998 ( 84 - Eldorado)

Font e: carrefour.com .br

* Os dados ent r e par ênt esis, indicam o ano de inaugur ação da loj a e a qual em pr esa per t encia ant es da aquisição pelo Car r efour .

Tabela 04: Ano de I nauguração dos Hiperm ercados BI G do Estado de São Paulo

LOJA ANO LOJA ANO

TUCURUVI 1993 ( Cândia) SANTOS 1999

MORUMBI 1996 ( Cândia) CAMPI NAS 2000

I PI RANGA 1998 SANTO ANDRÉ 2000

TATUAPÉ 1999 ARARAS 2001

PI RI TUBA 1999 MOGI GUAÇÚ 2001

SANTO AMARO 2000 LI MEI RA 2001

SÃO MI GUEL 2000 PI RACI CABA 2001

CASA VERDE 2000 AMERI CANA 2001

GUARULHOS 1999 CAMPI NAS – S. C. 2002

Font e: BI G Hiperm ercados

* Os dados ent r e par ênt esis, indicam o ano de inaugur ação da loj a e a qual em pr esa per t encia ant es da aquisição pelo BI G.

Tabela 05: Ano de I nauguração dos Hiperm ercados SONDA do Estado de São Paulo

LOJA ANO LOJA ANO

MATARAZZO 1993 MOÓCA 1999

I TAI M PAULI STA 1996 ÁGUA BRANCA 2001

Font e: Sonda Superm ercados

Tabela 06: Ano de I nauguração dos Hiperm ercados Wal Mart do Est ado de São Paulo

LOJA ANO LOJA ANO

PACAEMBU 1998 BAURU 1997

CENTRAL PLAZA 1999 RI BEI RÃO PRETO 1997

ARI CANDUVA 2000 SÃO BERNARDO 1997

OSASCO 1995 SÃO JOSÉ DOS CAMPOS 1998

SANTO ANDRÉ 1995

Font e: Wal Mart Brazil

A partir dos dados apresentados nas tabelas acim a, podem os dividir os trinta anos de operação dos hiperm ercados no Brasil em quatro períodos principais:

Ø 1ª Fase – I m plantação – 1971 a 1985

Ø 2ª Fase – Reestruturação – 1986 a 1992

Ø 3ª Fase – Expansão e Modernização – 1993 a 1997

Ø 4ª Fase – Concentração Territorial e Financeira – 1998 a

2002

A prim eira fase ( 1971- 1985) denom inam os de im plant ação porque, dentre as loj as que estão funcionando hoj e, apenas oito j á existiam nest a época. Est a fase coincide t am bém com o predom ínio do JUMBO, que dom inou t odo o set or de hiperm ercados por m ais de 10 anos no Est ado. As loj as JUMBO funcionaram entre 1971 e 1991 nos seguintes m unicípios de São Paulo: Santos, Guarujá, São José dos Cam pos, Taubaté, Guaratinguetá, Jundiaí, Cam pinas, Piracicaba, São José do Rio Preto, Ribeirão Preto, Bauru, Lim eira, São Bernardo, Mogi das Cruzes, Santo André e São Paulo com m ais de 25 loj as apenas na capital. As loj as Jum bo de Taubaté, São José dos Cam pos, Guaratinguetá, Ribeirão Preto, Santos, Santo André, Piracicaba, Cam pinas e

Jundiaí foram convertidas em Pão de Açúcar Superloj a, ao lado tam bém das loj as do Jabaquara, S.C. Matarazzo, Cerro Cora, Bernardino Faganiello e Paes de Barros na capital.

Os Hiperm ercados Eldorado operavam com quat ro loj as no Est ado e nessa fase, introduziram inúm eras m odificações para o setor, pois foi a prim eira rede a inaugurar num Shopping Center de grandes dim ensões com um a loj a âncora sendo hiperm ercado, em 1981. O sucesso era tão grande que vários eventos culturais ocorriam no estacionam ent o do Shopping Eldorado ent re 1983 e 1985.

O Carrefour nest e período operava com apenas 4 loj as, m as que revolucionaram o setor, pois eram loj as de grandes dim ensões, bem m aiores do que as loj as do Jum bo e do Eldorado. Efet ivam ent e, é com o Carrefour que o m odelo de Hiperm ercado europeu entrou no Brasil.

O segundo período ( 1985- 1992) é m arcado pelo processo de reestruturação da m aior em presa do setor, ou sej a, o Pão de Açúcar, que fechou inúm eras loj as do Jum bo ou converteu as que trabalhavam com certo lucro para Pão de Açúcar Superloja, que era um a loja híbrida, pois tinha dim ensões m edianas entre um superm ercado e um hiperm ercado. As lojas da Rua Brigadeiro Luis Antônio e da Washington Luís, foram convertidas em Extra, que passou a ser o m odelo de hiperm ercado da em presa a partir de então. O ano que m arca a m odificação do m odelo de hiperm ercado Jum bo para Ext ra é 1990, quando foi inaugurado o Extra Abolição na cidade de Cam pinas.

Neste período, O Eldorado inaugurou m ais três lojas, sendo que duas no interior (Cam pinas – Shopping Center I guatem i e em Presidente Prudente - Prudenshopping) , além da loj a em São Bernardo do Cam po. Em 1989 inaugurou um a loj a em Cam po Grande no Mato Grosso do Sul, expandindo seus negócios para além de São Paulo.

Já o Carrefour inaugurou 10 hiperm ercados em todo o Estado nesta fase, totalizando 14, tornando- se a em presa com m aior núm ero de hiperm ercados em operação em São Paulo.

Nesses vinte prim eiros anos, duas em presas m erecem destaque pelas inovações introduzidas no setor: D’Avó e Cândia. Essas duas em presas operavam com apenas um a e duas loj as respectivam ente, localizadas na periferia de São Paulo, m as com alto índice de faturam ento por m etro quadrado. Possuíam um m ercado consum idor m uit o grande, sobret udo de pessoas com

baixa renda, deste m odo, trabalhavam com a venda de produtos m ais baratos e em grande quantidade, garantindo a rotação do capital. A rede D’avó foi a prim eira a inform atizar todas as suas loj as, iniciando esse processo em 1992.

A t erceira fase ( 1993- 1997) é caract erizada pelo processo de m odernização e inform atização das loj as, conj ugado por um rápido crescim ento no núm ero total de estabelecim entos.

O Extra a fins de 1997 m antinha em funcionam ento 11 hiperm ercados; o Carrefour, 25. Estas duas em presas inauguraram lojas em várias regiões da m etrópole e tam bém no interior.

Nesta fase, vale destacar a chegada da gigante norte am ericana Wal Mart que introduziu no país o conceito de Superstore. Esse tipo de loja caract eriza- se por suas dim ensões, sobretudo pela grande quantidade de objetos para uso pessoal e para casa, com o roupas, sapat os e acessórios de m arcas conhecidas m undialm ente, m esm o padrão de funcionam ento das loj as nos Estados Unidos. A concorrência deste período passa por um aprofundam ento, sendo seu m aior exem plo as loj as de Osasco. Tant o Carrefour com o Wal Mart inauguraram em 1995 hiperm ercados neste m unicípio, sendo um ao lado do outro. Porém , Osasco só foi o início da grande concorrência que se travará no próxim o período.

As loj as passaram por grandes reform as, relacionadas principalm ente com a inform atização dos PDV e a im plantação de sistem as de inform ação no controle dos estoques, pessoas e tam bém da distribuição entre os depósit os e os produt ores. Sist em as de segurança e de m onit oram ent o foram im plantados nos tetos das loj as que passaram a ser alvo de assaltos.

O quart o ( 1998- 2002) e últim o período é caracterizado pela concentração do setor nas m ãos principalm ente de quatro redes no Estado: Extra, Carrefour, Wal Mart e BI G.

A em presa portuguesa Sonae com eçou a operar com hiperm ercados no início dos anos noventa no Rio Grande do Sul, porém só entrou no m ercado paulista em 1998 adquirindo três lojas da rede Cândia, de forte prestígio entre as pessoas de renda m édia- baixa da capital. Em apenas três anos de operação no Estado, o BI G inaugurou 15 hiperm ercados, o que reflete sua força e potencial de crescim ento e investim ento em São Paulo.

A Wal Mart inaugurou 4 lojas, sendo três na capital e um a no interior. O m odelo Superstore, segundo a assessoria de im prensa da em presa,

não se firm ou no m ercado brasileiro e por isso o roteiro de investim entos foi m odificado e a part ir de 2002, a em presa t em est udado novos m eios de se