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História da inflação brasileira

No documento Análise de Investimentos (páginas 25-31)

TÓPICO 1 – FUNDAMENTOS DE ANÁLISE DE INVESTIMENTOS

3.1 INFLAÇÃO

3.1.1 História da inflação brasileira

Para entendermos melhor o histórico da inflação brasileira, temos que analisar dois cenários: antes e após a implementação do Plano Real, em 1994.

FIGURA 5 – HISTÓRIA DO DINHEIRO BRASILEIRO

FONTE: <https://escolinhadahora.blogspot.com/2011/02/pequena-historia-do-dinheiro-brasileiro.html>. Acesso em: 22 fev. 2019.

No ano de 1980, a inflação já apresentava sinais preocupantes de descontrole, a variação anual do IPCA apontou registros de aumento de 99,7%.

Nos anos seguintes, entre quedas e elevações estrondosas, a variação anual do IPCA chegou a 1972,9% em 1989 e atingiu seu ápice de 2.477,15% em 1993, logo antes do Plano Real.

FIGURA 6 – HISTÓRICO DA INFLAÇÃO DESDE O PLANO REAL

FONTE: <https://f.i.uol.com.br/folha/mercado/images/1801043.png>. Acesso em: 6 abr. 2019.

Observando a figura anterior, é possível se ter uma ideia de como a nova moeda (que substituiu o Cruzeiro Real) ajudou no controle inflacionário.

A inflação influencia diretamente na análise de investimento, podendo conduzir a erros. Por isso, torna-se essencial o conhecimento e o acompanhamento de indicadores econômicos financeiros para uma análise mais precisa.

FIGURA 7 – VARIAÇÃO ANUAL DO IPCA (DEPOIS DO PLANO REAL)

FONTE: <https://f.i.uol.com.br/folha/mercado/images/1801046.png>. Acesso em: 6 abr. 2019.

Observe na figura anterior, que a inflação encerrou no ano de 2017 em 2,95%, ou seja, abaixo da meta estabelecida pelo governo que é de 4,5%.

4 INDICADORES ECONÔMICOS

A ADVFN – Advanced Financial Network (2019) relacionou os principais indicadores econômicos do Brasil utilizados para o cálculo de taxa de juros, inflação, aluguéis e demais valores contratuais.

Os dados são obtidos diretamente das fontes dos dados: Banco Central do Brasil (BCB), Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Os indicadores econômicos permitem a análise do desempenho econômico e as previsões de desempenho futuro. O primeiro indicador econômico que abordaremos é o INPC.

INPC – Índice Nacional de Preços ao Consumidor

Produzido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) é um dos principais indicadores brasileiros da variação mensal dos preços. O INPC mede a variação do custo de vida das famílias com chefes assalariados e com rendimento mensal compreendido entre 1 e 5 salários mínimos mensais, o que representa aproximadamente 50% das famílias brasileiras.

O INPC é calculado de 1979 pelo IBGE e é muito utilizado pelo Governo como parâmetro para o reajuste de salários em negociações trabalhistas.

Taxa Selic

A Taxa SELIC é a taxa básica de juros da economia brasileira. Esta taxa básica é utilizada como referência para o cálculo das demais taxas de juros cobradas pelo mercado e para definição da política monetária praticada pelo Governo Federal do Brasil.

Criado em 1979 o Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (SELIC) é um sistema informatizado destinado ao registro, custódia e liquidação de títulos públicos federais.

Somente as instituições credenciadas no mercado financeiro têm acesso ao SELIC. Este sistema opera basicamente com títulos emitidos pelo Banco Central e pelo Tesouro Nacional, tais como: Letra do Tesouro Nacional e Nota do Tesouro Nacional.

Comumente a Taxa Selic é utilizada em operações de curto prazo entre os bancos, que, quando querem tomar recursos emprestados de outros bancos por pequenos prazos (geralmente um dia), oferecem títulos públicos como garantia, objetivando reduzir o risco, e, consequentemente, a remuneração da transação (juros).

Quem estabelece a meta para a taxa SELIC é o Comitê de Política Monetária (COPOM).

DICAS

O Comitê de Política Monetária (Copom) é o órgão decisório da política monetária do Banco Central do Brasil (BC) e o responsável por estabelecer a meta para a Taxa Selic. O Copom foi constituído em 20 de junho de 1996, com o objetivo de estabelecer um ritual adequado ao processo decisório de política monetária e aprimorar sua transparência.

FONTE: <https://br.advfn.com/indicadores>. Acesso em: 23 maio 2019.

IGPM – Índice Geral de Preços – Mercado

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) é calculado mensalmente pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). O índice registra a inflação de produtos agropecuários e industriais vendidos no atacado, de bens e serviços vendidos ao consumidor no varejo e dos custos relacionados à construção civil. O IGP-M é utilizado como referência para o reajuste dos aumentos da energia elétrica e dos contratos de aluguéis.

Este índice tem como objetivo monitorar a variação dos custos para verificar a movimentação dos preços. Isso quer dizer que: quanto maior o valor desses itens em relação ao mês anterior, maior será o indicador. A mesma coisa se dá para o contrário, ou seja, tendo diminuição do valor desses itens de um mês para o outro, menor será o índice.

Na linguagem dos investidores, o aumento no IGP-M significa que seu dinheiro valerá um pouco menos, visto que a maioria dos rendimentos não são corrigidos de acordo com a inflação.

IMPORTANTE

Você costuma acompanhar mensalmente a evolução do IGPM? Se ainda não acompanha, deveria começar a fazê-lo, pois esse indicador afeta diretamente a vida de todo cidadão brasileiro.

IPCA – Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo

Criado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (INPCA) também é conhecido como IPCA, e é o indicador oficial do Governo Federal para avaliação das metas inflacionárias.

Inicialmente o índice IPCA foi constituído com a finalidade de corrigir as demonstrações financeiras das companhias de capital aberto.

Atualmente, o IPCA mede a variação do custo de vida das famílias com chefes assalariados e que tenham seu rendimento mensal entre 1 e 40 salários mínimos mensais.

Os preços utilizados nesse índice são os praticados ao consumidor, para pagamento à vista. A pesquisa é realizada em estabelecimentos comerciais, prestadores de serviços, domicílios e concessionárias de serviços públicos.

INCC – Índice Nacional da Construção Civil

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) é o principal indicador de custo da construção civil no Brasil. Criado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), o índice tem a função de medir a evolução dos custos de construções habitacionais nas sete principais capitais de estados do país.

Consolidou-se como o primeiro índice oficial de custo da construção civil do Brasil e teve sua primeira divulgação realizada em 1950 (porém, sua série histórica retroage a janeiro de 1944). Inicialmente, o indicador cobria apenas a cidade do Rio de Janeiro e sua sigla era ICC (Índice de Custo da Construção). Em fevereiro de 1985, a sigla ICC foi substituída pela sigla INCC (Índice Nacional de Custo da Construção).

Como nas décadas seguintes, a atividade econômica da construção civil se descentralizou-se, o indicador passou a acompanhar os custos de construções em outras localidades.

O INCC é uma estatística contínua, de periodicidade mensal, calculado entre o primeiro e o último dia de cada mês, e é divulgado em três diferentes versões: INCC-DI, INCC-10 e INCC-M.

Além dos indicadores mencionados acima, outros também poderão ser utilizados como: Salário Mínimo, Balança Comercial, PIB (Produto Interno Bruto) etc.

5 FONTES DE FINANCIAMENTO

Pode-se caracterizar as fontes de financiamento como sendo um conjunto de capitais internos e externos à organização utilizados para financiamento das aplicações e investimentos realizados.

Quando há necessidade de uma fonte de financiamento, a primeira grande escolha a ser feita é analisar se o financiamento deverá ser externo ou interno.

Além disso, outras questões também devem ser analisadas, como: a perda ou ganho de autonomia financeira, a facilidade ou possibilidade de acesso às fontes de financiamento, exigibilidade/prazo para a sua restituição, garantias exigidas e o custo financeiro (juros) desse financiamento.

De acordo com o site ValoreBrasil (2017). as principais fontes de investimentos de capital podem ser divididas em quatro grupos:

• Fontes para a fase inicial de um negócio (IDEIA), normalmente startups.

• Fontes de capital próprio (bootstrapping) ou subsidiado (por terceiros ou pela operação da empresa).

• Fontes com participação societária, normalmente os fundos.

• Fontes com capital oneroso, normalmente os empréstimos e financiamentos.

Vejamos cada uma dessas fontes de forma detalhada.

No documento Análise de Investimentos (páginas 25-31)