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6. DESCRIÇÃO DO PROCESSO

6.4 INSPEÇÃO VEICULAR

Antes de colocar o veículo em circulação nas vias públicas, o condutor deverá diariamente verificar a existência e as boas condições de funcionamento dos equipamentos de segurança e de uso obrigatório, dos itens de segurança veicular, através de Check List padrão (Itens 7.5 e 7.6), que deve conter no mínimo os seguintes itens, assim como observadas características abaixo na realização da checagem diária:

a) Triângulo de segurança (Dispositivo de sinalização refletora de emergência):

Figura 1: Triângulo de segurança

I) Deve possuir material refletivo, ter alcance mínimo, de visibilidade noturna de 150 m (cento e cinquenta metros), visibilidade diurna de 120 m (cento e vinte metros) e estabilidade ao vento,

admitindo-se um deslocamento máximo de 5 cm (cinco centímetros), com giro de 10º (dez graus) em torno de um eixo horizontal ou um eixo vertical, em relação a sua posição original, quando submetido a uma corrente de ar de 60 Km/h (sessenta quilômetros por hora), no período de 3 minutos (três minutos);

II) O dispositivo de sinalização de emergência deverá funcionar independentemente do circuito elétrico do veículo;

III) Verificar se o mesmo pode ser montado adequadamente, não podendo possuir emendas ou partes danificadas;

IV) O dispositivo de sinalização refletora de emergência deve ser acompanhado de invólucro protetor ou ficar abrigado de forma segura quando estiver fora de uso;

V) O material empregado na fabricação no dispositivo de sinalização refletora de emergência não poderá sofrer deterioração pela ação de intempéries;

VI) Será obrigatória a gravação identificadora da empresa fabricante e do ano de fabricação do produto, em superfície refletora do dispositivo. Na superfície não refletora deverá haver indicação de como usar o dispositivo em caso de emergência.

b) Lanternas Traseiras: Luz de posicionamento, freio e marcha a ré. Devem funcionar perfeitamente.

Não podem estar desreguladas ou danificadas.

c) Espelhos retrovisores: Deve ser verificado se possuem ajuste e estão em perfeitas condições. Não podem estar trincados, rachados ou quebrados, não podendo possuir emendas.

d) Lavador de para-brisa: Devem estar desobstruídos, funcionando corretamente e seu receptáculo abastecido de água. Não podem estar danificados ou obstruídos.

e) Limpador de para-brisa: Devem estar funcionando corretamente, não podendo apresentar as seguintes situações:

I) Estar rachado, trincado, quebrado ou com emendas;

II) Apresentar os seguintes problemas na varredura:

Estrias: Lâmina de borracha fissurada ou rasgada pela ação do frio, do calor e das intempéries;

Figura 2: Estrias

Empenamento: Poluição sobre o para-brisa ou sobre a lâmina. Lâmina deformada pela pressão elevada demais do suporte do limpador. Lâmina endurecida pelo envelhecimento ou pelo calor;

Figura 3: Empenamento

Movimentos bruscos + Barulho: Lâmina endurecida pelo envelhecimento ou calor. Lâmina deformada pela pressão elevada demais do suporte do limpador. Folga demasiadamente grande entre o limpador e o suporte dele;

Figura 4: Movimentos bruscos e barulhos

Zonas não varridas: Pressão insuficiente do suporte do limpador. Levantamento do limpador em velocidade alta. Pressão do limpador sobre o para-brisa mal distribuída.

Figura 5: Zonas não varridas

f) Velocímetro: Deve estar em perfeito estado de funcionamento;

g) Buzina: Deve estar funcionando perfeitamente, não podendo ter som baixo e nem intermitente, com falhas;

h) Pneus: Devem seguir as seguintes orientações:

I) É proibida a utilização de pneus recauchutados;

II) Profundidade dos sulcos: os sulcos dos pneus devem ter no mínimo a profundidade de 1,6mm.

Devem ser medidos em seus sulcos, onde possua o TWI, conforme a ilustração abaixo:

Figura 6: Indicação do TWI

III) As medidas podem ser tomadas a partir de dois equipamentos:

Profundímetro: Para ser colocado nos sulcos, podendo ser analógico ou digital;

Figura 7: Detalhe do Profundímetro

Cartão de Auto Check-Up: para ser colocado nos sulcos, podendo ser impresso na empresa em papel cartão, conforme manual de aplicação no Anexo D (Item 7.4).

Figura 8: Detalhe do Cartão Auto Check-Up

IV) Banda de rodagem lateral interna ou externa: deve estar em bom estado de conservação, não podendo apresentar desgaste acentuado. Pode ser causado por desalinhamento.

Figura 9: Detalhe do Desgaste no Pneu

V) Pneus calibrados: devem estar calibrados, com a área de contato adequada rente ao solo. Deve-se verificar o pneu frontalmente e lateralmente;

Figura 10: Calibração dos pneus e ponto de contato sobre o solo

Figura 11: Carros e motos com 2 sulcos. Caminhões com 3 sulcos

i) É proibida a utilização de pneus de especificações diferentes no mesmo veículo, com exceção do estepe – roda sobressalente (por exemplo: pneus de larguras e tamanhos diferentes no mesmo veículo);

j) Extintor de incêndio:

Figura 12: Extintor

 Quanto ao uso de Extintor de Incêndio, devemos nos atentar quanto a: RESOLUÇÃO Nº 556, DE 17 DE SETEMBRO DE 2015;

 Torna facultativo o uso do extintor de incêndio para os automóveis, utilitários, camionetas, caminhonetes e triciclos de cabine fechada;

 É obrigatório o uso do extintor de incêndio para caminhão, caminhão-trator, micro-ônibus, ônibus, veículos destinados ao transporte de produtos inflamáveis, líquidos, gasosos e para todo veículo utilizado no transporte coletivo de passageiros;

 Os extintores de incêndio deverão atender às seguintes exigências:

I. Nos veículos automotores previstos, deverão ter a durabilidade mínima e a validade do teste hidrostático de cinco anos da data de fabricação, e ao fim deste prazo o extintor será obrigatoriamente substituído por um novo; (redação dada pela Resolução nº 223/07).

II. Nos veículos automotores previstos, deverão ter durabilidade mínima de três anos e validade do teste hidrostático de cinco anos da data de fabricação."

 A partir de 1º de outubro de 2015, os veículos automotores obrigados a utilizar o extintor de incêndio só poderão circular equipados com extintores de incêndio com carga de pó ABC;

 A partir de 1º de outubro de 2015, os proprietários de automóveis, utilitários, camionetas, caminhonetes e triciclos de cabine fechada, que optarem pela utilização do extintor de incêndio, deverão utilizar extintores de incêndio com carga de pó ABC;

 Devem estar com seus lacres intactos, não podendo apresentar fissuras, ferrugem, amassados, rachaduras e despressurização (verificada no manômetro presente em alguns extintores);

 Não pode estar dentro de saco ou sacola;

 Não pode estar fora do suporte apropriado, devendo ser de fácil acesso.

k) Cinto de segurança:

Figura 13: Cinto de segurança

I) Devem ter cintos de segurança graduável e de três pontos disponível para todos (condutor e passageiro (s) que estejam utilizando o veículo, com exceção dos cintos dos assentos centrais para carros serem sub-abdominais;

II) Devem estar em perfeito estado de conservação, não podendo conter rasgos de qualquer espécie ou tamanho. As conexões devem estar funcionando perfeitamente e não podem possuir rachaduras, fissuras ou partes quebradas;

III) É proibida a fixação de qualquer dispositivo ou equipamento no sistema do cinto de segurança.

l) Roda sobressalente: (Estepe)

Figura 14: Estepe

I) A roda sobressalente compreende o aro e o pneu, devendo estar em perfeito estado, calibrado e sem desgastes;

II) O pneu da roda sobressalente pode possuir especificação diferente dos demais pneus;

III) Deve ser feita a medição dos sulcos.

m) Película refletiva:

Figura 15: Película refletiva

I) Deverá exibir em sua construção uma marca de segurança comprobatória de laudo realizado para o coeficiente de retrorrefletividade, com a gravação das palavras APROVADO DENATRAN, com 3mm de altura e 50mm de comprimento em cada segmento da cor branca do retrorrefletor.

II) Nos veículos, cujas carrocerias sejam lisas nos locais de afixação e que garantam perfeita aderência, os dispositivos de segurança poderão ser auto adesivados e opcionalmente colados diretamente na superfície da carroceria.

III) Os veículos com carroceria de madeira ou metálicos com superfície irregular, cuja superfície não garanta uma perfeita aderência, deverão ter os dispositivos afixados primeiramente em uma base metálica e deverão atender os seguintes requisitos:

Base metálica: Largura, espessura e detalhes das abas que deverão ser dobradas de modo a selar as bordas horizontais do retrorrefletor (mm).

Figura 16: Faixa Refletora

IV) Para veículos de carga com PBT superior a 4536 kg:

 Os Dispositivos Refletivos de Segurança devem ser afixados nas laterais e na traseira da carroçaria, o mais próximo possível da borda inferior;

 Esses Dispositivos devem estar alinhados ao longo do comprimento e da largura do veículo;

 Para veículos com carroçaria tipo furgão, a posição dos dispositivos, nos cantos superiores e inferiores da traseira e laterais, poderá ser ajustada para evitar os obstáculos, de modo que demonstre a forma e dimensões da carroçaria dos veículos.

Figura 17: Disposição das Faixas Refletoras

 Nos veículos com carroçaria tipo tanque, os dispositivos de segurança, deverão ser aplicados no alinhamento central do tanque ou afixado horizontalmente na borda inferior das laterais e traseira, acompanhando o perfil da carroçaria;

Figura 18: Disposição das Faixas Refletoras

Figura 19: Disposição lateral das Faixas Refletoras

 Para veículos com carroçaria para transporte de postes, a posição dos dispositivos, nas laterais da prancha da carroceria e da traseira, de modo que demonstre a forma e dimensões da carroçaria do veículo.

 Em quaisquer outros tipos de veículos, cuja condições estruturais dificultem a aplicação do dispositivo refletivo de segurança, deverá ser afixada estrutura auxiliar, na carroçaria do veículo, que permita a aplicação do dispositivo;

 A aplicação dos dispositivos nos pára-choques traseiros, dos veículos de carga com PBT superior a 4.536 Kg, deverá ser de forma que a parte vermelha fique voltada para as extremidades do pára-choque;

 Somente será admitida a adaptação (cortes) do dispositivo de segurança, nos locais onde haja um impedimento físico, como nos casos dos cantos e extremidades das laterais e traseira das carrocerias;

Figura 20: Disposição das Faixas Refletoras

 Os dispositivos refletivos, devem estar aparentes na sua totalidade, mesmo nos veículos que utilizem lonas (encerados) para cobertura da carga. A lona deve ser colocada de forma que os dispositivos fiquem aparentes, ou ser também demarcada com dispositivo refletivo flexível;

 Outro exemplo de sinalização em carroçaria de madeira:

Figura 21: Disposição das Faixas Refletoras

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