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4.1.1. Liderança e tomada de decisão

Assumindo um compromisso público com a igualdade de género, propõe-se que a igualdade comece nas posições de liderança e nos processos de tomada de decisão - identificadas no diagnóstico como as áreas onde se encontram os maiores desequilíbrios de género - uma vez que a liderança e a tomada de decisão irão ter também um peso preponderante nos restantes níveis de ação. Neste sentido, perspetiva-se:

1. Incentivar e fomentar o equilíbrio de género na composição dos órgãos de gestão (Di-reção do ISPUP, Conselho Fiscal, Comissão Científica Internacional, Comissão de Ética e Coordenação do ITR/EPIUnit) promovendo uma distribuição equitativa de homens e mulheres nestes órgãos, nunca abaixo dos 40% para os grupos sub-representados, de acordo com a Lei 26/2019 de 28 de março (considerando os órgãos com um número de elementos superior a 4); Meta: Promover o alcance desta distribuição, o mais equitativa possível, sempre que se realizarem reeleições para cada um deste órgãos (Responsável pela implementação: Direção ISPUP)

2. Assegurar que os órgãos de gestão do ISPUP estão comprometidos com a igualdade de género como prioridade, sendo sensibilizados para o tema e envolvidos no processo, aumentando assim o seu interesse no Plano de Igualdade de Género do ISPUP e garan-tido o seu apoio no que às atividades proposta diz respeito; Meta: Promover reuniões semestrais (durante o primeiro ano e anuais posteriormente) para apresentação do plano e monitorização da implementação do mesmo (Responsável pela implementa-ção: Grupo de trabalho GEP)

3. Integrar a dimensão de género nos estatutos e documentos oficiais do ISPUP, adotando a igualdade de género como prioridade em todas as políticas, medidas e orientações normativas; Meta: Rever os estatutos e documentos oficiais durante o primeiro ano de vigência do plano (Responsável pela implementação: Direção ISPUP)

4. Promover a utilização de linguagem de género inclusiva na comunicação interna e ex-terna. Meta: Rever os procedimentos de comunicação com os vários departamentos do instituto durante o primeiro semestre após publicação do plano (Responsável pela implementação: Departamento da Comunicação)

13 5. Convidar role models de mulheres na ciência e em cargos de liderança para partilha de testemunhos e de estratégias ao lidar com dificuldades próprias da desigualdade de gé-nero; Meta: Organizar anualmente um momento de partilha por ano (Responsável pela implementação: Grupo de trabalho GEP)

4.1.2. Recrutamento, retenção e progressão na carreira

O ISPUP segue os princípios da igualdade e da não-discriminação baseada no género em todos os processos de seleção e recrutamento de recursos humanos. Existe uma orientação para estimular homens e mulheres a concorrerem para as áreas em que estão sub-representados, contudo é necessário:

1. Assegurar o equilíbrio de género na constituição dos júris de recrutamento; Meta: Sen-sibilizar os investigadores para a temática e assegurar a monitorização (Responsável pela implementação: Direção do ISPUP (sensibilização) e Departamento RH/Tesoura-ria (monitorização))

2. Apoiar e facilitar a participação em ações de formação para promoção de competências de negociação e liderança para os grupos sub-representados; Meta: Flexibilizar os pro-cedimentos para participação dos membros ISPUP em ações de formação (Responsável pela implementação: Direção do ISPUP)

3. Introduzir procedimentos adequados para a avaliação de desempenho dos(as) colaboradores(as) e funcionários(as) considerando os períodos de licença parental.

Meta: Rever os procedimentos de avaliação e introduzir as mudanças necessárias durante o primeiro ano de vigência do plano (Responsável pela implementação:

Direção ISPUP)

4.1.3. Condições de trabalho

No sentido de garantir um ambiente seguro com zero tolerância para formas de assédio moral, assédio sexual, agressão e violência, sob a coordenação do Grupo de trabalho GEP, pretende-se, durante o primeiro ano de vigência do plano:

1. Elaborar um código de boa conduta para a prevenção e combate ao assédio no trabalho;

2. Divulgar o código de conduta através de um comprometimento público, tornando-o acessível a toda a comunidade do ISPUP;

3. Criar um mecanismo que permita a denúncia de situações de assédio moral, assédio sexual, agressão e violência;

4. Divulgar este mecanismo de proteção, tornando-o acessível e público;

5. Referenciar as vítimas para aconselhamento legal e apoio psicológico, sempre que ne-cessário;

6. Organizar sessões de divulgação e esclarecimento de dúvidas relativas ao código de boa conduta e ao mecanismo de prevenção e combate ao assédio no trabalho, bem como a todos os recursos disponibilizados e procedimentos existentes na decorrência deste tipo de situação;

14 7. Promover ações de sensibilização, de carácter anual, para o tema do assédio no

traba-lho.

4.1.4. Conciliação da vida profissional e familiar

Com o intuito de contribuir para o desenvolvimento de medidas de conciliação entre a vida profissional e a vida familiar considera-se estabelecer, no primeiro ano de vigência do plano, procedimentos que permitam:

1. Facilitar horário flexível para pessoas com filhos e/ou outras pessoas a cargo;

(Responsável pela implementação: Direção ISPUP)

2. Reduzir o horário durante um período de seis meses para pessoas que tenham regres-sado do período de licença parental, promovendo uma adaptação progressiva no re-gresso ao trabalho; (Responsável pela implementação: Direção ISPUP)

3. Criar um espaço cómodo e digno para a promoção do aleitamento materno; (Responsá-vel pela implementação: Direção ISPUP)

4. Ter em conta as responsabilidades familiares dos colaboradores no agendamento de compromissos laborais. Por exemplo, evitar agendar reuniões em horários que impossi-bilitem o apoio à família; (Responsável pela implementação: Direção ISPUP)

5. Implementar a digital break que prevê a restrição do envio de emails e contactos telefó-nicos entre os colaboradores do ISPUP no período compreendido entre as 20h e as 8h, bem como durante os fins de semana, os feriados e os períodos de férias; (Responsável pela implementação: Direção ISPUP)

6. Disponibilizar apoio psicossocial em parceria com os Serviços de Ação Social da Universi-dade do Porto; (Responsável pela implementação: Direção ISPUP)

4.1.5. Dimensão do género na investigação e formação

Tendo por objetivo a integração da dimensão de género na investigação e formação realizadas no ISPUP, perspetiva-se estabelecer, no primeiro ano de vigência do plano, procedimentos que permitam:

1. Recomendar a inclusão da dimensão de género nos planos de estudos dos programas de pós-graduação, mestrado e doutoramento, curso de especialização em Saúde Pública (CESP), desenvolvidos em parceria com o ISPUP, focando questões como a diversidade de género, desigualdades de género em saúde, ou impactos da desigualdade de género na saúde; (Responsável pela implementação: Direção ISPUP)

2. Promover ações de formação e sensibilização sobre a (des)igualdade de género; (Res-ponsável pela implementação: Grupo de trabalho GEP)

3. Promover ações de formação e sensibilização sobre as mulheres na ciência e as suas opções em termos de carreira; (Responsável pela implementação: Grupo de trabalho GEP)

4. Recomendar a inclusão da dimensão de género nos projetos de investigação, bem como, nas dissertações de mestrado e teses de doutoramento; (Responsável pela implemen-tação: Direção ISPUP)

15 5. Divulgar o plano de igualdade de género do ISPUP; (Responsável pela implementação:

Grupo de trabalho GEP)

6. Dialogar com a Universidade do Porto, com quem o ISPUP tem já uma relação próxima, potenciando a troca de boas práticas no que à igualdade de género diz respeito. (Res-ponsável pela implementação: Direção ISPUP & Grupo de trabalho GEP)

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