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A motivação é como o próprio nome do subcapítulo indica, um factor crítico para a organização funcionar da melhor maneira possível, no que diz respeito aos recursos humanos nela existente.

E é-o porquê? Porque em qualquer organização, os recursos humanos são o recurso mais importante. São os trabalhadores da linha de montagem, os chefes de produção, os gestores, empregados de limpeza, seguranças, funcionários administrativos, e outros que põem a empresa a funcionar, que desempenham a quase totalidade das tarefas. Não adianta ter a uma empresa, sofisticadas ferramentas de produção se não houver quem as manuseie e controle.

Ora todos os trabalhadores e colaboradores internos da organização, necessitam de estar empenhados naquilo que fazem, para o poderem fazer da melhor maneira possível. Necessitam de ser encorajados pelos seus superiores e estes por sua vez necessitam de se auto encorajar para realizarem as suas tarefas. Mas falando numa relação entre empregador e trabalhador, é evidente que o primeiro necessita de encorajar e incentivar o segundo de maneira a que ele tenha um bom desempenho na organização e acima de tudo um desempenho regular.

Esse processo de encorajamento e incentivo por parte do empregador, pressupõe que este consiga levar os seus subordinados a fazerem o que ele quer. Pode definir-se então de forma simples aqui a motivação como o processo em que as pessoas fazem o que deve ser feito, de livre vontade.

Isto adequa-se na perfeição ao mundo da organização, pois se o empregador quer que os seus empregados façam as suas tarefas bem-feitas, deve fazer com que eles o façam de livre vontade, pois se assim não for esses empregados não desempenharão as suas tarefas de bom grado. Um exemplo que encaixa perfeitamente nesta situação, é o das crianças que não querem comer a sopa.

Se os pais querem que ela coma a sopa, não devem fazer como normalmente fazem e colocar à sua frente o prato de sopa, dizendo que só se podem levantar da mesa depois de a terem comido. O que vai acontecer é que ou a criança não come a sopa nem que fique uma hora à mesa sentada a olhar o vazio, ou então a criança vai comer a sopa mas contrariada o que pode ter efeitos negativos.

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Os pais devem portanto motivar as crianças a comer a sopa dando-lhes conselhos e incentivando-as ao máximo.

Ora numa organização em empregadores devem agir da mesma forma para com os seus subordinados, incentivando-os ao máximo através de uma boa comunicação, através do fomento de processos que permitam aos seus subordinados, confiarem nele.

No mercado de trabalho pode até falar-se em motivação positiva ou negativa dependendo do comportamento do empregador. Quer isto dizer que as pessoas têm de sobreviver no seu dia-a-dia. Têm as suas despesas com o carro, casa, luz ou água. Têm de se alimentar e vestir. Têm de tomar conta da sua família dos seus filhos.

Para poderem ter boas condições de vida e proporcionar boas condições à sua família, necessitam de ter Maios para o fazer, o que só pode ser conseguido através do acesso ao capital, ao dinheiro. Para obterem dinheiro as pessoas têm de trabalhar. Quer gostem ou não do sítio onde trabalham, as pessoas necessitam de trabalhar para se poderem sustentar. E se não gostarem do sítio onde trabalham e mudarem de emprego, as pessoas vão estar sempre obrigadas a trabalharem para poderem ser auto suficientes o máximo possível.

Quer isto dizer que a motivação até existe sempre, agora pode é ser uma motivação de cariz mais positivo ou negativo. Tomemos como exemplo um trabalhador que trabalhe numa qualquer fábrica mas que não se sente motivado. Esse trabalhador tem família e sabe que se despedir não arranjará trabalho tão facilmente e desse modo não poderá sustentar aqueles que dependem de si.

Esse trabalhador não se sentindo motivado no seu emprego, sabe que tem de continuar na fábrica para continuar a poder sustentar a sua mulher e os seus filhos. Neste caso, a sua motivação para o trabalho que desempenha é negativo pois ela a motivação quase não existe. Ora em casos destes, compete aos empregadores dar motivação aos seus subordinados. Comunicar com eles, organizar actividades de lazer como jantares ou festas de empresa para ajudar a desanuviar a tensão dentro da empresa, se necessário fazer reestruturações dentro da empresa. Em suma estes são métodos que o empregador pode usar para motivar os seus trabalhadores, para fazer com que estes desempenhem bem a sua tarefa e façam o que tem de ser feito em prol da empresa.

Por isso em geral quando se motiva uma pessoa, espera-se que ela dê o seu melhor em prol de um objectivo comum, neste caso em particular, em prol dos objectivos da organização.

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Muitas vezes os empregadores queixam-se do facto de os seus subordinados não estarem motivados. Ora existem de facto uma série de condicionantes ao difícil processo de motivação. As pessoas em geral tendem a ter tendência para serem motivadas por terceiros mas necessitam ela próprias de ter desenvolvidos, mecanismos que lhes permitam auto motivar-se a elas próprias.

Os trabalhadores de uma organização enquanto pessoas normais não fogem à regra. Os seus superiores necessitam então de os motivar e acima de tudo de os ajudar a desenvolver os mecanismos que lhes permitam ser auto suficientes neste aspecto. Isto é, os empregadores devem cultivar nos seus trabalhadores, os processos que depois lhes permitam manter a motivação no local de trabalho, sendo que depois isso poderá ser um factor importante no dia-a-dia do trabalhador enquanto pessoa, no seu quotidiano.

Vamos agora referir os aspectos que podem influenciar a motivação dos trabalhadores dentro da organização. Dentro desta, existem vários parâmetros que afectam constantemente a motivação dos seus intervenientes. O homem tem tendência para querer ver o seu trabalho reconhecido, para ser alvo de atenção, de maneira a se sentir bem sucedido tanto na nua vida familiar como profissional.

Numa óptica de negócio dentro da organização o trabalhador é motivado pelo dinheiro no entanto sob as condições certas como a necessidade de ter reconhecimento de ter destaque, o homem enquanto trabalhador pode ser dirigido a auto motivar-se para adquirir tudo isso.

É portanto necessário que o empregador, enquanto máximo responsável da organização, cultive uma cultura forte de motivação nos seus subordinados para que estes desempenhem da melhor maneira as suas funções no seio da empresa. Se os trabalhadores por exemplo só estiverem motivados na empresa pelo dinheiro, é bom que o empregador lhes faça ver e lhes incuta um tipo de responsabilidade diferente que os torne auto motivados. Isto é, se o dinheiro for para muitos trabalhadores a única motivação dentro da empresa, o seu superior deve incutir-lhes a cultura de que o que estão a fazer, lhes valerá o reconhecimento de todos. Dos seus colegas, superiores e clientes. Assim o trabalhador fica mais motivado e a sua motivação passará a ser movida por um desejo de reconhecimento.

Os empregadores devem pois ser criativos quando se trata de motivar os seus subordinados. Devem ser activos e não passivos, ou seja devem motivar sempre e não apenas quando surge algum problema. Só assim os membros da organização podem dar o seu melhor pela empresa que é o que se pretende. (Grant, sd: 23-36).

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