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NÃO-SEDENTÁRIOS: EXISTEM DIFERENÇAS NO TESTE ERGOMÉTRICO?

AUREO DO CARMO FILHO, CLAUDIA CRESCIULO DE ALMEIDA, LUCIANA SANTOS SOUZA, MARIA ANGELA M. DE QUEIROZ CARREIRA, ANDRÉ LUIS CALDAS DE OLIVEIRA, MAURO AUGUSTO DOS SANTOS.

DIAGNÓSTICOS DA AMÉRICA RIO DE JANEIRO RJ BRASIL.

INTRODUÇÃO: Os benefícios da atividade física são inegáveis para a saúde; o aumento da capacidade de exercício é apenas um destes. Objetivo: Comparar o desempenho e as alterações hemodinâmicas entre sedentários e não-sedentários em teste ergométrico (TE) convencional em esteira. MATERIAL E MÉTODOS:

Estudo retrospectivo com 11978 TE realizados sob protocolo de rampa em um serviço privado de medicina diagnóstica do Rio de Janeiro no período de mar/05 a dez/07. Separou-se a amostra em dois grupos distintos, de acordo com o hábito ou não de fazer atividades físicas 2 ou mais vezes por semana (G.I = sedentários; G.II

= não-sedentários). Utilizou-se o teste T para comparação entre variáveis numéricas e o teste do Qui-quadrado para variáveis categóricas, adotando-se o valor de p <

0,05 como estatisticamente significativo. RESULTADOS: O G.I foi formado por 6609 pacientes e o G.II por 5369. O sexo feminino predominou no G.I (55,85%) e o masculino no G.II (59,42%). A idade foi semelhante entre os grupos (46,19±13,59 x 46,02±14,14 anos). Não se observou diferença na incidência de diabetes mellitus, dislipidemia, tabagismo e hipertensão arterial. No G.I observou-se maior incidência de obesidade (21,06 x 13,22%). Não houve diferença na ocorrência de resposta inotrópica hipertensiva (8,90 x 6,07%) e nem no %VO2max atingido (109±24,47 x 105,85±22,90). CONCLUSÕES: O desempenho no TE foi semelhante entre os grupos. O grupo de sedentários mostrou maior incidência de obesidade.

Correlação do torque muscular periférico com variáveis hemodinâmicas e antropométricas em pacientes com insuficiência cardíaca

SBRUZZI, G, PLENTZ, R D M, SIGNORI, L U, PIMENTEL, G L, SILVA, A M V, IRIGOYEN, M C, SCHAAN, B D.

Fundação Universitária de Cardiologia do RS - IC/FUC Porto Alegre RS BRASIL e Universidade de Cruz Alta Cruz Alta RS BRASIL

Introdução: Tem sido descrito na literatura que a força muscular periférica encontra-se diminuída em pacientes com Insuficiência Cardíaca (IC), no entanto, ainda não foram realizados estudos para se avaliar o grau de associação entre essa diminuição e variáveis hemodinâmicas e antropométricas encontradas nesses pacientes.

Objetivo: Avaliar o pico de torque muscular isométrico (PTMI) do quadríceps femoral e a associação com variáveis hemodinâmicas e antropométricas em pacientes com Insuficiência Cardíaca. Delineamento: Estudo observacional. Métodos: Foram avaliados 10 pacientes do gênero masculino com IC (classe funcional III NYHA), fração de ejeção (31,8 ± 5,7 %), idade (61,4 ± 5,6 anos), peso (90,4 ± 12,6 kg), índice de massa corporal (IMC, 29,9 ± 3,0 kg/cm2), circunferência abdominal (106,9

± 10,0 cm), perimetria supra patelar (PSP) a 10 cm (49,3 ± 3,4 cm) e 15 cm (53,7

± 3,0 cm). O PTMI do quadríceps femoral do membro dominante foi analisado através da dinamometria computadorizada, pelo equipamento Multi Joint System3 Pro, da marca Biodex, e a posição do membro testado foi 60º de flexão de joelho.

Cada paciente realizou seis contrações voluntárias máximas e foram medidas a pressão arterial sistólica (PAS) e diastólica (PAD) no repouso (pré) e logo após (pós) a realização de cada movimento máximo assim como a freqüência cardíaca (FC).

O maior valor das seis contrações foi considerado para determinação do PTMI e para os cálculos de correlação. Resultados: Observou-se pico de torque muscular isométrico máximo de 202 ± 45 Nm, o qual não se acompanhou de alteração de PAS (127 ± 32 vs 140 ± 28 mmHg P=0,36), PAD (79 ±12 vs 88 ± 18 mmHg P=0,24) e FC (8,8 vs 101,3 bpm P= 0,02). As variáveis que apresentaram correlação significativa com o PTMI foram: peso (r= 0,76 P=0,01); IMC (r= 0,80 P=0,005); circunferência abdominal (r=0,69 P=0,05) e PSP 10cm (r=0,74 P=0,01). As demais variáveis não apresentaram correlação significativa com o PTMI. Conclusão: Em pacientes com IC o pico de torque muscular isométrico do quadríceps femoral está mais fortemente correlacionado com variáveis antropométricas do que hemodinâmicas.

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Correlação entre função ventricular direita e capacidade funcional em pacientes com cardiopatia chagásica crônica

FRANCILU R BELOTI, MANOEL O C ROCHA, MARCELO M P FILHO, CISLENE T SOUZA, MARIA DO CARMO PEREIRA.

Pós-Graduação em Ciências da Saúde- UFMG Belo Horizonte MG BRASIL.

A cardiopatia chagásica crônica (CCC) constitui a manifestação de maior gravidade da doença de Chagas, com heterogeneidade em sua apresentação clínica. O grau de disfunção miocárdica é um fator prognóstico, mas sem relação direta com a classe funcional. Objetivos: Identificar parâmetros ecocardiográficos que se correlacionam com a capacidade funcional (CF) na CCC. Metodologia: Foram selecionados 65 ptes com cardiopatia chagásica incipiente, definida ao ecocardiograma, na ausência de fibrilação atrial ou marcapasso. Todos os pacientes estavam em tratamento convencional para ICC, em classe funcional I e II da NYHA. Análise da função sistólica e diastólica do VE formam feitas conforme técnica estabelecida, obtendo-se a relação E/E’. Para análise da função do VD, empregaram-se vários parâmetros ao ecocardiograma, incluindo o índice de Tei e o Doppler tecidual (DT).

A capacidade funcional foi analisada pelo teste ergométrico, seguindo o protocolo de Bruce, obtendo-se o VO2 máximo. Resultados: Foram incluídos 39 homens (60%) e 26 mulheres (40%), com idade de 49±9 anos. Doze ptes (18%) apresentavam evidências clínicas de disfunção do VD. A fração de ejeção do VE foi de 43±11%.

Houve correlação entre o VO2 máximo com vários parâmetros de função do VD, como índice de Tei (r=-0,31; p=0,014); onda S do DT (r=0,34; p=0,008) e pressão arterial pulmonar (r=-0,36; p=0,009) e com parâmetros de função diastólica, como E’ (r=0,40, p=0,001), E’/A’ (r=0,25; p=0,017) e E/E’ (r=-0,40; p<0,001). Não houve associação entre índices da função sistólica do VE, como fração de ejeção, e VO2 máximo. Na análise multivariada de regressão linear, a onda S do DT, marcador do desempenho sistólico do VD e a relação E/E’, correlacionaram-se, independentemente, com o VO2 máximo. Conclusão: Este estudo demonstrou que a função do VD, determinada pelo DT, e índices de função diastólica do VE (E/E’) foram os principais determinantes da capacidade funcional em ptes com CCC, independente dos parâmetros de função sistólica.

O impacto do remodelamento miocárdico pré-existente na função ventricular no pós-operatório da correção de Tetralogia de Fallot. Estudo de correlação clínica e anatomopatológica

MARIA CECILIA KNOLL FARAH, CLAUDIA REGINA PINHEIRO DE CASTRO, LEA M MACRUZ DEMARCHI, VITOR COIMBRA GUERRA, MARIA ANGÉLICA BINOTTO, ARLINDO DE ALMEIDA RISO, MIGUEL LORENZO BARBERO MARCIAL, ANTONIO AUGUSTO BARBOSA LOPES, VERA DEMARCHI AIELLO.

Instituto do Coração (InCor) HC FMUSP São Paulo SP BRASIL.

Investigou-se prospectivamente o remodelamento miocárdico em crianças submetidas à correção cirúrgica de Tetralogia de Fallot (TF) objetivando detectar fatores associados à disfunção ventricular sistólica e diastólica no pós-operatório (PO). Pacientes e métodos: 23 pacientes (14 masculinos, idades entre 12 e 186 meses; média=39,6, mediana = 23meses). O Doppler Tecidual (aceleração isovolumétrica – AVI, velocidades miocárdicas sistólica-S’ e diastólica precoce-E’) foi realizado antes da cirurgia, nos primeiros três dias e entre 30 a 90 dias PO. Além das bandas infundibulares, foram obtidas biópsias da via de entrada dos ventrículos direito (VD) e esquerdo (VE). Estas foram avaliadas quanto ao grau de hipertrofia miocárdica, colágeno intersticial (picorsirius) e capilaridade (imuno-histoquímica-Fator VIII). Níveis séricos de troponina T foram mensurados e ECG realizados antes a após a cirurgia. Resultados: Os cardiomiócitos do VD mostraram hipertrofia e o colágeno esteve aumentado em ambos os ventrículos. A área ocupada por capilares não diferiu entre as diversas regiões. Houve diminuição do AVI do VD na terceira avaliação (p=0,006), e correlação significativa com o diâmetro dos cardiomiócitos do VD (r=-0,59; p=0,006). As velocidades de E’ do VD diminuíram nos dois períodos PO (p<0,001) e tiveram correlação negativa com a fração de colágeno intersticial (r= -0.525; p=0,004). Os níveis de Troponina T aumentaram após a cirurgia- 27,7

±18,6ng/ml e15,9+11,3ng/ml no segundo e terceiro PO e se correlacionaram de modo positivo com os tempos de circulação extracorpórea, de anóxia (p=0,019 e 0,018, respectivamente) e de uso de droga vasoativa no PO (r=0,552, p=0,006). A duração do QRS aumentou no PO e os pacientes com aumento superior a 40ms apresentaram maior porcentagem de colágeno intersticial no VD. Conclusão: O remodelamento miocárdico presente antes da cirurgia influenciou a função sistólica e diastólica do VD no período PO da correção da TF.

Abordagem cirúrgica da anomalia de ebstein: técnicas e evolução pós-operatória

PRISCILLA CRISTINA CARVALHO PEREIRA, ALICIA CRISTINA SUÁREZ LÓPEZ, PAULO CHACCUR, PAULO PAREDES PAULISTA, SERGIO CUNHA PONTES JUNIOR, ANA LUIZA PAULISTA GUERRA, CARLOS AUGUSTO CARDOSO PEDRA, MYLVIA DAVID CHIARADIA, THAIS TEIXEIRA COSTA, MARIA VIRGINIA TAVARES SANTANA.

Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia São Paulo SP BRASIL.

Objetivo: Análise retrospectiva da evolução clínica no pós-operatório imediato e a curto prazo da correção cirúrgica na Anomalia de Ebstein (AE). Materiais e Métodos: Avaliados no período de Janeiro de 1997 a Fevereiro de 2007, 43 pacientes portadores da AE, 22 do sexo masculino e 21 do sexo feminino, com idades entre 7 dias de vida a 63 anos (n=16,45). Foram analisados: idade do diagnóstico, raios-X de tórax, eletrocardiograma, ecocardiograma (ECO), e cateterismo cardíaco. Neste grupo, 24 foram submetidos a cirurgia, 54,2% (13p) do sexo masculino e 45,8%

(11p) do feminino, por apresentarem: cardiomegalia 16,7% (4p), ICC 4,2% (1p), arritmias 8,3% (2p) e cianose 12,5% (3p); sendo que 58,3% (14p) dos pacientes com idade entre 7 dias de vida a 12 anos. Complicações: no pós-operatório imediato (POI), no primeiro (1°PO) e segundo dia (2°PO) da correção, analisou: presença de parada cardiorespiratória, insuficiência cardíaca congestiva (ICC), arritmias, re-intervenção cirúrgica e óbito. Resultados: POI observou-se que 20,8% (5p) evoluíram assintomáticos, enquanto que 16,7% (4p) apresentaram ICC e bloqueio atrioventricular total; já no 1°PO e 2°PO, 25% (6p) evoluíram com ICC e 50%

(12p) assintomáticos. ECO de controle pós-operatório evidenciou 34,7% (9p) com insuficiência tricúspide (IT) leve, seguidos de 29,2% (7p) com IT moderada. Re-intervenção cirúrgica: 20,8%(5p) dos pacientes, dos quais 40% (2p), deveu-se a IT moderada à grave. Das técnicas cirúrgicas realizadas: plastia valvar tricúspide 54,2%

(13p), implante de prótese valvar 41,7% (10p) ou oclusão da valva tricúspide com derivação cavo-pulmonar total 4,2% (1p), não ocorreu óbitos no período analisado.

Conclusão: O momento adequado da indicação cirúrgica da AE continua sendo o fator prognóstico para uma sucedida correção. A adoção de novas técnicas cirúrgicas são essenciais para evitar re-intervenções, melhorando a qualidade e expectativa de vida.

Existe diferença entre crianças e adultos portadores da taquicardia reentrante nodal av incomum (TRNi) durante o estudo eletrofisologico (EEF) e a ablação por radiofrequencia (AR)?

EDUARDO MACHADO ANDREA, JACOB ATIE, WASHINGTON ANDRADE MACIEL, NILSON ARAUJO DE OLIVEIRA JUNIOR, LEONARDO REZENDE DE SIQUEIRA, HECIO AFFONSO DE CARVALHO FILHO, LUIS GUSTAVO BELO DE MORAES, CLAUDIO MUNHOZ DA FONTOURA TAVARES, LARA PATRICIA MONTEIRO DA FONSECA.

Instituto Estadual de Cardiologia Aloysio de Castro Rio de Janeiro RJ BRASIL e Clinica Sao Vicente Rio de Janeiro RJ BRASIL

Fundamento: A TRNi é definida com tipo rápido-lenta (condução anterógrada ventricular rápida e condução retrógrada atrial lenta). A TRNi é de apresentação clínica rara e incomum durante o EEF, de forma que pouco sabe-se da diferença entre crianças e adultos. Objetivo: Avaliar a existência de diferenças eletrofisológicas da TRNi entre crianças e adultos submetidos a AR. Pt e Método: De 1742pt com TRN submetidos a EEF e AR, 18pt (1%) apresentaram TRNi rápido-lenta. Foram dividido em 2 grupos: GI – pt com idade igual ou inferior a 18 anos (crianças) e GII – pt com idade superior a 18 anos. GI - 4pt de 119 crianças (3%), 3pt do sexo feminino (F), idade variando de 15 a 18 anos (média 16); e, GII – 14pt de 1623 adultos (0,9%), 11pt F, idade variando de 19 a 94 anos (média 53,4). Em 1 de 18pt com TRNi apresentou documentação eletrocardiográfica (ECG). Todos os pt não apresentavam cardiopatia ou patologias associadas. O EEF e AR foram feitos pelo método convencional. Resultados: Em 13/18pt (72%) a TRN comum também induzida no EEF. O GI – 3/4pt (75%) apresentou múltiplas vias nodais retrógradas, e o GII – 12/14pt (86%). A AR foi sucesso em 18/18pt (100%) com aplicações em regiões posterior e média do triangulo de Koch(TK). Em 7/18pt (38%) foram feitas aplicações somente na região posterior. Não houve complicções durante o procedimento como também os pt ficaram assintomáticos no acompanhamento médio foi de 4 anos (1,5 a 8 anos). Não se observou nenhuma característica eletrofisológica nem clínica entre os grupos. Conclusões: (1) A AR da via lenta da TRNi foi sucesso em 100%, (2) Ausência de recidiva a médio e longo prazos, (3) A documentação ECG da TRNi é rara, (4) a região do TK mostrou ser o local de início da ativação atrial retrógrada em 38% dos pt.

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Como prevenir a febre reumática? O que sabem os pais e responsáveis de escolares de Duque de Caxias e do Rio de Janeiro?

REGINA E MULLER, MARIA F M P LEITE, DIEGO LUCAS SAMPAIO, ROBERTA S M THURLER, FERNANDA R P SILVA, ROBERTA B LANNES, MARCELLY A FARIA, FABIANA F D NASCIMENTO, MARIA J L M SILVA, REGINA M A XAVIER, MELISSA C YAAKOUB, ANA L T SCHILKE.

Instituto Nacional de Cardiologia - Programa PREFERE Rio de Janeiro RJ BRASIL e Universidade UNIGRANRIO Duque de Caxias RJ BRASIL

Fundamento: A febre reumática (FR) é causa frequente de cardiopatia grave em crianças e adolescentes no Brasil. Pode ser evitada com o diagnóstico/ tratamento adequado das amigdalites bacterianas (AB). Falta de conhecimento e condutas médicas inadequadas têm sido relatado em nosso meio. Objetivo: Avaliar o grau de conhecimento sobre FR e a atitude em relação às AB de seus filhos.

Delineamento: Estudo corte transversal. Material: Inquérito com responsáveis de 2 Colégios Aplicação, o 1º em Duque de Caxias (Gr.A), região metropolitana, o 2º na Lapa (Gr.B), centro RJ. Métodos: Aplicação questionário múltipla escolha.

Análise estatística-significância &-0,05. Resultados: n=142 (Gr.A) e 44 (Gr.B).

Não houve diferença nas questões sobre conhecimento: 55,6% (A) X 63% (B) não sabiam que AB pode levar a cardiopatia, e só 39,4% (A) x 36,3% (B) conheciam os sintomas da FR. Houve diferença na atitude: 67,6% (A) x 87,9% (B) levam o filho com dor de garganta ao médico (p=0,054); 13,3% (A) x 2,3% (B) tratam por conta própria com antibióticos; 25,3% (A) x 15,91% (B) com outros remédios e gargarejos.

Razões para procurar o médico: febre alta- 81,7%(A) x 100%(B) p 0,0049; pus na garganta– 54,9%(A) x 52,2%(B) ns; caroços no pescoço- 38,7%(A) x 43,1%(B) ns;

recusa alimentar– 20,4%(A)x .38,6%(B) p 0,024. No Gr.A 39,4% x Gr.B 70,4% levam o filho ao médico todas as vezes que tem AB (p-0,0006). Conclusões: Há muita desinformação o diagnóstico e prevenção da FR em nosso meio. Responsáveis dos escolares do bairro da Lapa procuraram mais auxílio médico que os do município de Duque de Caxias - dificuldade de acesso? Redução real na prevalência de FR só será alcançada com informação adequada sobre sua prevenção para a população.

É possível o estudo ecocardiográfico trans-torácico prever a reestenose em pacientes submetidos à valvuloplastia mitral por balão?

RENATO KAUFMAN, SERGIO M LAMY, VITOR M P AZEVEDO, MARCO AURELIO SANTOS, BERNARDO R TURA, ROGERIO B M CHAVES, M CRISTINA C KUSCHNIR, VINICIUS S LEAL, MÁRCIA C C M PINHEIRO, ARN M R SANTOS, REGINA M A XAVIER, CLARA WEKSLER.

Instituto Nacional de Cardiologia Rio de Janeiro RJ BRASIL.

Fundamento: A estenose mitral reumática é uma doença de alta morbidade e mortalidade acarretando alto custo no tratamento, com repercussões sociais. O tratamento habitual é a troca valvar cirúrgica, porém a valvuloplastia mitral por balão tem se mostrado uma alternativa segura e de baixo custo para o tratamento desta doença. Todavia, existem poucos e conflitantes critérios ecocardiográficos para este procedimento visando o prognóstico. Objetivo: Avaliar diferenças ecocardiográficas pré e pós-procedimento, focando a reestenose, em pacientes com estenose mitral reumática submetido à valvuloplastia mitral por balão. Material e métodos: Este é um estudo retrospectivo de 111 pacientes consecutivos com estenose mitral reumática submetido à valvuloplastia mitral por balão, dos quais 10 apresentaram reestenose. Foram analisados 14 parâmetros ecocardiográficos imediatamente antes do procedimento e repetidos no seguimento. A análise estatística foi realizada através do teste exato de Fisher, teste t de Student e análise de variância para medidas repetidas. Na análise multivariada foi empregado o modelo de regressão de Cox. Foi utilizado valor de alfa=0,05 e beta=0,80. Resultados: Noventa e dois pacientes (82,9%) eram mulheres, com idade média de 36,3±11,9 anos. No pré-procedimento a área mitral calculada foi de 8,1±1,6mm2, e o gradiente AE/VE médio foi de 15,0±3,4mmHg. Apenas o gradiente AE/VE médio foi diferente entre grupos (estenose vs não reestenose): 14,8±3,0 vs 17,1±5,5mmHg – p=0,038. No seguimento de 5 anos somente o gradiente AE/VE foi maior e manteve-se maior no grupo da reestenose. O modelo de regressão de Cox confirmou o gradiente AE/VE como marcador independente de reestenose (p<0,0001). Conclusão: O gradiente AE/VE é o principal marcador prognóstico para reestenose nos pacientes submetidos à valvuloplastia mitral por balão em pacientes com estenose mitral reumática.

Rastreamento da pressão arterial em jovens do sul do brasil: estudo de base populacional

CLAUDIA CESA, ALLANA ANDREOLLA, PAULA DAL BÓ CAMPAGNOLO, SANDRA MARI BARBIERO, FLÁVIA GABE BELTRAMI, TIAGO SANTOS, EVELYN S. R.

VIGUERAS, LUCIA CAMPOS PELLANDA.

Instituto de Cardiologia do RS / FUC Porto Alegre RS BRASIL.

Fundamentação: A verificação da Pressão Arterial(PA), a partir dos 3 anos, deve ser realizada a cada consulta médica. Níveis alterados de PA nesta faixa etária podem estar relacionados ao peso excessivo, hábitos alimentares inadequados e ao sedentarismo, além de causas secundárias tradicionalmente consideradas.

Objetivos: Descrever a prevalência de alterações dos níveis pressóricos e a freqüência de rastreamento da PA pelos serviços de saúde entre escolares de Porto Alegre. Métodos: Estudo transversal de base populacional, por conglomerados com estudantes de 5º a 8º séries. Após consentimento, pais e estudantes preencheram questionários sobre hábitos de vida e histórico familiar (HF). Na escola os alunos fizeram avaliação antropométrica e verificação de PA. Para a classificação foi utilizada a I Diretriz de Prevenção da Aterosclerose na Infância e na Adolescência (Arq Bras Cardiol 85 Supl6:4-36). Resultados: Foram incluídos 809 estudantes, sendo 55,1% meninas. A média de idade foi 12,7±1,6 anos. Foram classificados como normotensos 72.5% (IC95% 0,6255-0,824), limítrofes 16,2% (IC95% 0,102-0,221) e com PA elevada 11,3% (IC95% 0,003-0,112). Entre os parentes foi relatado alterações nos níveis pressóricos em 73,6% dos casos. Em 26,2% houve a mensuração prévia da PA em uma consulta médica. Conclusão: A baixa freqüência de aferição da PA em jovens mostra-se preocupante, dada a importância e a facilidade de execução do exame. A recomendação de rastrear crianças com HF não foi seguida na maioria dos casos. Níveis pressóricos anormais em 27,5% dos jovens indicam que a HAS pode estar crescendo de importância nesta faixa etária.

Alterações do metabolismo pós-prandial de lipídios, carboidratos e marcadores inflamatórios em adolescentes obesos e com sobrepeso

BIANCA COLETTI SCHAUREN, FLÁVIA G BELTRAMI, CAROLINE ABRANTES, TIAGO SANTOS, ALLANA ANDREOLLA, MARIANA BURIN, SANDRA M BARBIERO, CLAUDIA CESA, VERA L PORTAL, LUCIA CAMPOS PELLANDA.

Instituto de Cardiologia do RS / FUC Porto Alegre RS BRASIL.

Fundamento: A obesidade e as dislipidemias vêm crescendo na infância e adolescência. Como há poucos estudos nesta faixa etária, o metabolismo pós-prandial dos lipídeos pode ser uma ferramenta para identificar risco aterogênico.

Objetivo: Descrever o comportamento do metabolismo pós-prandial de adolescentes com e sem sobrepeso após sobrecarga alimentar. Delineamento: Estudo prospectivo do tipo exposto-controle. Pacientes: Foram estudados 62 adolescentes, de ambos os sexos, com idades entre 11 a 18 anos, sem histórico prévio de diabetes ou dislipidemias selecionados pelo Ambulatório de Cardiologia Pediátrica Preventiva do IC-POA. Métodos: Foram realizadas a aplicação de um questionário semi-estruturado, a avaliação cardiológica e nutricional, além das coletas de sangue de jejum, 4hs e 6hs pós sobrecarga oral de uma dieta hiperlipídica contendo 1000,0 Kcal, 57,8% de lipídios (AGS 30,4%, AGMI 32,7%, AGPI 26,5% e CT 288mg), 27,4%

de CHO e 14,7% de PTN. Resultados: A faixa etária média foi de 13,8 anos sendo 56,5% (35) do sexo feminino. A análise das medidas de triglicérides e insulina demonstrou uma resposta mais lenta aos níveis basais após as 4 horas pós prandiais nos adolescentes com excesso de peso, além de níveis basais mais elevados de PCR e fibrinogênio embora sem significância estatística. Não houve diferença entre os grupos em relação ao Colesterol total, LDL e HDL. Conclusões: O grupo com excesso de peso apresentou uma resposta pós-prandial de recuperação mais lenta de forma semelhante a adultos com intolerância à glicose. Estes achados sugerem que estes adolescentes apresentam uma resposta potencialmente mais aterogênica do que seus pares eutróficos. Isto porque as lipoproteínas permanecem mais tempo em circulação, sendo mais sujeitas à oxidação e alterações desfavoráveis, o que poderia constituir-se em um marcador de risco precoce.

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O Ecocardiograma Fetal deve ser utilizado como triagem para detecção de cardiopatias congênitas? Experiência de um hospital geral

GLAUCIA M P TAVARES, SAMIRA S MORHY, DENISE A L PEDREIRA, MARCELO L C VIEIRA, ANA C T RODRIGUES, TATIANA WILBERG, ZILMA V S RIBEIRO, CELIA T NAGAMATSU, EDGAR BEZERRA LIRA F, ADRIANA CORDOVIL, ALEXANDRE F CURY, CLAUDIO H FISCHER.

Hospital Israelita Albert Einstein São Paulo SP BRASIL.

Objetivo: Na literatura a maioria dos RNs com cardiopatia congênita são filhos de gestantes sem indicação formal para ecocardiograma fetal (EF). Por esta razão, a inclusão deste exame na rotina de pré-natal tem aumentado consideravelmente. O objetivo deste trabalho é avaliar os diagnósticos obtidos com base nas indicações médicas mais frequentes do EF, e estudar o impacto do método como critério de triagem, em um hospital geral. Método: Foram levantados os registros de todos os EFs realizados no período de 18/01/01 a 31/01/08, e analisados as indicações médicas para os exames e os resultados ecocardiográficos, assim como: idade materna, idade gestacional e número de gestações. Resultados: Foram realizados 302 exames no período, sendo observada uma distribuição crescente no decorrer dos anos. 47% das indicações foram fetais, 24% maternas, 24% como rotina de pré-natal e 5% mistas. No ano de 2007 houve aumento significativo de exames em relação a 2001 (636%), sendo que a indicação como rotina de avaliação pré-natal foi de 51%. Foram observados 84 % de exames normais e 39 casos com alterações cardíacas.Dentre as cardiopatias observadas, as mais freqüentes foram CIV (6) e DSAV (3), e a arritmia mais comum as extrassístoles (7). Dos anormais, em 29 (74%) a indicação foi devido a alterações fetais (cardíacas e/ou extra-cardíacas), em 4 (10%) foi materna, em 3 (8%) foi avaliação de rotina pré-natal,e em 3 (8%) foi mista. A idade materna variou de 20 a 44 anos (média 33;67% entre 30 a 40 anos), a gestacional entre 17 a 41 semanas (média 29; 47% entre 23 a 29 semanas), 51%

eram primigestas. Conclusões: As solicitações de EF vêm crescendo no decorrer dos anos, principalmente como rotina de avaliação pré-natal. O EF pode ser utilizado como critério de triagem, porém, os resultados positivos foram observados mais freqüentemente nos casos em que houve indicações por alterações fetais.

Follow-up de crianças e adolescentes portadoras de cardiopatia reumática num centro terciário no Rio de Janeiro

REGINA E MULLER, M CRISTINA C KUSCHNIR, M JOSÉ L MERCÊS SILVA, FABIANA F D NASCIMENTO, MELISSA C YAAKOUB, REGINA M A XAVIER, CLARA WEKSLER, VANESSA B P ESPÍNDOLA, M VIRGÍNIA P DUTRA, ELOANE G RAMOS.

Instituto Nacional de Cardiologia Rio de Janeiro RJ BRASIL e FIOCRUZ- Instituto Fernandes Figueira Rio de Janeiro RJ BRASIL

Fundamento: A cardiopatia reumática (CR), seqüela da febre reumática é responsável por 233.000 mortes/ano (OMS 2004) e mantém-se sem controle em países em desenvolvimento (Carapetis, Lancet Jul 9, 2005). Objetivo: Investigar a mortalidade e morbidade de crianças e adolescentes com CR acompanhadas em um centro terciário para doenças cardiovasculares. Delineamento: Estudo observacional longitudinal de base hospitalar. Paciente (pt): 3-18 anos na 1ª consulta, com CR, acompanhados por no mínimo 2 anos. Diagnóstico: Critérios Jones e/ou ECO-2D Doppler com lesão típica mitral e/ou aórtica. Métodos: Revisão de prontuários. Banco dados ACCESS 2000, análise estatística EPI-INFO, &- 0,05.

Resultados: 139 pt, idade média 1ª consulta- 11,2a (3-18a), 52,5% sexo fem. CF II-IV (NYHA)- 47,4%. Apresentação: 1º surto- 45,3%, recidiva -14,4%; crônico- 40,3%.

Relato≥2 surtos anter.-13%. Profilaxia penicilina benzatina (PB) irregular- 10,8%;

sem profilaxia– 15,1%. Follow-up médio - 9,9anos (2-21a). Mortalidade- 6 pts (4,3%). Final estudo: acomp. regular- 71%, irregular-11%, abandono- 14%. CF II-IV (NYHA)- 10,2%. Profilaxia PB regular- 73,8%. Recidivas: 32,3%. Tto cirúrgico: 42,4%

(59pt), 86 proced: V.Mitral: prót. mecânica- 27, prót. biológica- 6, plastia- 16; V.Ao:

prót. mec.- 18, prót. biol.- 4, plastia- 2. V.Tric-plastia-13. Reop: 2ª cirurgia- 8,6%; 3ª cirurgia- 1,4%. Endocardite infec- 8,6%. Anticoagulação: 29,5%. Conclusão: A CR, persiste com alta morbi-mortalidade, demandando atendimento terciário e cirurgia de troca/ plastia valvar com freqüência. A profilaxia secundária com penicilina benzatina deve ser mantida até a vida adulta. Um programa de profilaxia secundária da febre reumática se faz necessário para o controle dessa doença no Brasil.

Evolução a longo prazo da valvoplastia mitral com a técnica de Inoue versus a do balão único. Fatores de risco para óbito e eventos maiores

EDISON CARVALHO SANDOVAL PEIXOTO, IVANA P BORGES, RODRIGO T S PEIXOTO, RICARDO T S PEIXOTO, PAULO S OLIVEIRA, MARIO SALLES NETTO, PIERRE LABRUNIE, RONALDO A VILLELA, MARTA M LABRUNIE, MAURICIO B F RACHID.

Cinecor Evangélico Rio de Janeiro RJ BRASIL e Universidade Federal Fluminense Niterói RJ BRASIL

Fundamento: O balão de Inoue (BI) é mundialmente utilizado. A técnica do balão único (BU) obtém resultados semelhantes a custo menor. Objetivo: Estudar comparativamente a evolução a longo prazo das técnicas. Delineamento: Estudo prospectivo não randomizado. Pacientes: De 523 procedimentos de valvoplastia mitral por balão (VMB), foram estudados, entre 1990 e 2007, e seguidos a longo prazo 309 pacientes com evolução de 51±33 (1 a 174) meses, com as 2 técnicas em estudo. Métodos: Foram 256 procedimentos com BU com evolução de 55±33 (1 a 174) meses e 53 com BI com evolução de 34±27 (2 a 118) meses (p<0,0001).

Foram utilizados os métodos do: Qui-quadrado ou exato de Fischer, t de Student ou Mann-Whitney, curvas de sobrevidas de Kaplan-Meier e análise univariada e multivariada de Cox. Resultados: Houve predomínio de mulheres no GBI e GBU respectivamente 39 (73,6%) e 222 (86,7%) pacientes, (p=0,0162) e idade, fibrilação atrial, área valvar mitral (AVM) pré-VMB e escore ecocardiográfico (Escore) foram semelhantes, sendo a AVM pós-VMB respectivamente de 2,03±0,50 e 2,02±0,37cm² (p=0,8929) e a AVM no final da evolução de 1,70±0,41 e 1,54±0,51 cm² (p=0,0883). Sucesso, reestenose, nova insuficiência mitral grave, nova VMB em 1 (1,9%) e 12 (4,7%), (p=0,7048), cirurgia valvar mitral 3 (5,7%) e 27 (10,5%), (p=0,4015), óbito 2 (3,8%) e 11 (4,3%), (p=1,0000) e eventos maiores (EM) em 5 (9,4%) e 45 (17,6%), (p=0,2074) foram semelhantes no GBI e GBU. No grupo total, predisseram independentemente: 1-óbito: idade (p=0,011; HR=4,566) e Escore (p<0,001; HR=9,804) e 2- EM: Escore (p=0,038; HR=2,123) e AVM pós-VMB (p<0,001; HR=6,803) e esteve próximo ao significado, ritmo (p=0,053; HR=1,905).

Conclusões: Os resultados imediatos e a evolução a longo prazo foram semelhante no GBI e no GBU. Predisseram independentemente óbito: idade ≥50 anos, Escore

≥8 pontos e EM: Escore ≥8 pontos e AVM pós-VMB <1,50 cm².

AVALIAÇÃO PÓS-OPERATÓRIA TARDIA DO TRATAMENTO CIRÚRGICO DA REGURGITAÇÃO VALVAR AÓRTICA, DE ACORDO COM A FRAÇÃO DE EJEÇÃO: PAPEL DA ECOCARDIOGRAFIA

LEONARDO FLORENCIO SANTOS, CRISTIANO RANGEL, LUCIANO MARTINS DE HOLANDA, SERGIO CUNHA PONTES JUNIOR, ANTONINHO SANFINS ARNONI, ZILDA MACHADO MENEGHELO, MERCEDES MALDONADO ANDRADE, RODRIGO B. M. BARRETTO, JORGE EDUARDO ASSEF, LEOPOLDO SOARES PIEGAS.

Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia São Paulo SP BRASIL.

Fundamentos: Estudos demonstram que pacientes com regurgitação valvar aórtica grave (RVAo), mesmo com fração de ejeção (FE) reduzida, podem ser beneficiados com o tratamento cirúrgico, muito embora alguns destes apresentem evolução tardia subótima. O ecocardiograma (Eco) auxilia, entre outras, na indicação cirúrgica e no acompanhamento evolutivo. Objetivo: Analisar por meio de variáveis clínicas e ecocardiográficas a evolução tardia de pacientes (p) submetidos ao tratamento cirúrgico da RVAo com FE normal e discretamente reduzida. Métodos: Foram estudados 25p com RVAo tratados cirurgicamente. Os p foram divididos em 2 grupos, de acordo com a FE observada pelo Eco pré-op: Grupo A (GA) (FE<55%) e Grupo B (FE>55%). Avaliou-se o quadro clínico e variáveis ecocardiográficas prévias e posteriores à cirurgia, com o seguimento clínico e ecocardiográfico de 128±30 meses e 104±45 meses, respectivamente. Resultados: A caracterização dos dois grupos, antes da cirurgia, demonstrou valores semelhantes, quanto a idade, sexo, etiologia reumática, CF III/IV, diâmetros de átrio esquerdo e diastólico final do ventrículo esquerdo. O GA apresentou no pré-op diâmetro sistólico final maior ( 55±9 vs 46±7 mm, p<0,05) e FE menor (49±6 vs 62±6, p<0,05). Na avaliação pós-op, observou-se no GA redução do diametro sistólico final do ventriculo esquerdo (55±9mm vs 39±9mm, p<0,05) e melhora da FE (49±6 vs 58±6, p=0,03). A comparação da FE no pós-op entre os grupos A (58±6) e B (66±9) não mostrou diferença significativa (p=ns). Conclusão: A correção cirúrgica da RVAo associou-se em longo prazo a um remodelamento negativo do ventrículo esquerdo, observando-se que os p com FE discretamente reduzida apresentaram após a correção cirúrgica valores de FE semelhantes àqueles tratados cirurgicamente com FE normal.

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ABRANGÊNCIA DE INFORMAÇÕES EM PRONTUÁRIOS PARA A CONSTRUÇÃO DO EUROSCORE DE PACIENTES SUBMETIDOS A REVASCULARIZAÇÃO DO MIOCÁRDIO EM QUATRO HOSPITAIS PUBLICOS DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO, DE 1999 A

MARCIO ROBERTO MORAES DE CARVALHO, CARLOS HENRIQUE KLEIN, NELSON ALBUQUERQUE DE SOUZA E SILVA, GLAUCIA MARIA MORAES OLIVEIRA, THAIS MENDONÇA LIPS DE OLIVEIRA, ANA LUISA MALLET, CLAUDIA RAMOS MARQUES DA ROCHA, DANIELLE BRANDÃO E SOUZA.

Universidade Federal do Rio de Janeiro Rio de Janeiro RJ BRASIL e Escola Nacional de Saúde Pública Rio de Janeiro RJ BRASIL

Introdução: O EuroScore (ES) é uma ferramenta padronizada que tem sido utilizada para definir risco de pacientes submetidos a cirurgia de revascularização do miocárdio (RVM). É importante avaliar a abrangência e a qualidade dos dados registrados em prontuários que são necessários para construir o ES dos pacientes.

Objetivo: Avaliar a abrangência dos dados registrados nos prontuários de pacientes submetidos a RVM, no município do Rio de Janeiro (MRJ), no período de 1999 a 2003, em hospitais públicos. Métodos: Foram selecionadas amostras aleatórias de pacientes que realizaram RVM em quatro hospitais públicos do MRJ, entre1999 e 2003, cada uma com 150 prontuários. Foi avaliada a abrangência de informação das variáveis necessárias para a construção do ES, de modo retrospectivo, com a utilização dos prontuários. Resultados: Foram encontrados no hospital A, 144 prontuários (96,0%), no B, 134 (89,3%), no C, 145 (96,7%) e no D, 121 (80,7%), com total de 544. Não foi possível identificar a idade em 1 prontuário e o sexo em 3.

Foi possível identificar a existência ou não de DPOC em 68,9% dos prontuários, de arteriopatia extra-cardíaca em 70,8%, de disfunção neurológica em 69,1%, de RVM prévia em 90,8%, de creatinina sérica > 2,0mg/dl em 91,4%, de estado pré-operatório crítico (arritmias TV ou FV, uso de inotrópicos) 21%, de angina instável em 78,9%, de disfunção do ventrículo esquerdo em 96,9%, e de infarto agudo há menos de 90 dias em 66,4%. Conclusão: O sucesso da cobertura retrospectiva dos prontuários foi da ordem de 91%. Houve adequada abrangência das informações relacionadas a identificação demográfica dos pacientes. Já a cobertura relativa a exames pré-operatórios e cirurgias prévias foi apenas razoável, enquanto que dados de estados mórbidos dos pacientes foram registrados de forma deficiente.

Ausência do benefício da sinvastatina sobre níveis de PCR-US e desfechos em pacientes submetidos à intervenção coronária percutânea

PAULO M P ANDRADE, JOSE C E TARASTCHUK, RONALDO R L BUENO, PAULO R F ROSSI, MARCOS A A PEREIRA, GILMAR J SANTOS.

Serviço de Hemodinâmica do Hospital Universitário Evangélico Curitiba Pr BRASIL.

Fundamentação Teórica: Pré-tratamento com sinvastatina é preditor de sobrevida após intervenção coronária percutânea (ICP) entre pacientes (p.) com proteína C reativa ultra-sensível (PCR-US) elevada. Sinvastatina 40mg pode diminuir desfechos e repetidas angioplastias. Objetivos: Verificar a influência do pré-tratamento com sinvastatina sobre níveis de PCR-US e incidência de desfechos tardios. Material e Métodos: Foram estudados, prospectivamente, 76 p. submetidos à ICP, e à análise de PCR-US (baixo risco valores menores do que 1 mg/l). Os p. foram divididos em 2 grupos: Grupo 1, em uso de sinvastatina pré-procedimento, n=54, dose média 31,5mg (63% utilizando sinvastatina manipulada), idade 62,35±11,01 anos e 66,6% homens. Grupo 2, sem sinvastatina, n=22, 62,40±9,05 anos, 68,18%

homens. Após 6 meses, foram pesquisados os desfechos: óbito, IAM, cirurgia cardíaca, nova ICP, evidência de isquemia em exame não-invasivo ou recorrência de angina. Trinta variáveis clínicas e angiográficas foram avaliadas. Resultados: A incidência de desfechos foi de 15,7%. Constatou-se que no Grupo 1 os p. estavam mais frequentemente fora da meta de LDL colesterol (53,7% X 22,7%, p=0,02), utilizavam mais clopidogrel (29,62 X 4,54%, p=0,01) e tinham mais depressão (27,77% X 4,54%, p=0,02). Não se observou demais diferenças significativas, inclusive prevalência de PCR-US, entre os grupos. Apesar de maior incidência de desfecho no Grupo 1 (20,37% X 4,54%), não houve significância estatística (p=0,08).

Quando subdividiu-se conforme PCR-US e uso de sinvastatina, verificou-se maior ocorrência de desfechos no sub-grupo PCR-US elevada em uso de estatina (91,66%, p=0,08). Conclusão: Nesta amostra de p. em que 63% usavam formulações de estatina, observou-se maior prevalência de p. fora da meta de LDL colesterol no grupo em uso de sinvastatina. Apesar de não haver significância estatística, também no grupo em uso desta medicação, observou-se maior incidência de desfechos e PCR-US elevada. Isto alerta para o risco do uso de estatinas manipuladas ou de bioequivalência não testada.

Prevalência de Síndrome Metabólica nos Pacientes do Ambulatório de Prevenção Secundária de Doença Arterial Coronariana (DAC) do Instituto de Cardiologia do Rio Grande Do Sul (IC/FUC)

MARCIA BOPP, SANDRA MARI BARBIERO.

Instituto de Cardiologia do RS / FUC Porto Alegre RS BRASIL.

Fundamentação: A síndrome metabólica (SM) é considerada um fator importante no desenvolvimento de doenças cardiovasculares(DCV). Evidências mostram que o sobrepeso e a obesidade predispõem ao desenvolvimento de resistência insulínica, bem como de outras características da SM. Objetivo: Avaliar a prevalência de síndrome metabólica (SM) nos pacientes atendidos no ambulatório de prevenção secundária de doença arterial coronariana (DAC) do Instituto de Cardiologia do Rio Grande do Sul (IC–FUC), bem como verificar o excesso de peso através do índice de massa corporal (IMC) e a prevalência de obesidade abdominal na doença cardiovascular (DCV). Metodologia: A amostra final foi composta por 151 indivíduos (26 a 84 anos), cujos dados foram retirados da primeira consulta que apresentou os exames sanguíneos de jejum, medidas da pressão arterial (PA), circunferência abdominal (CA), peso e estatura, associando o sexo e a idade. Para avaliação de SM foi utilizado o conceito do NCEP ATP III. Resultados: O sexo masculino representou 64,9% da amostra. Foi encontrado um índice de sobrepeso de 50% e de obesidade de 21,3%, estando a CA aumentada presente em 30,8% dos indivíduos. A prevalência de diabetes foi de 26% e a tolerância à glicose prejudicada de 31,9%; HAS foi encontrada em 100% dos indivíduos, sendo que do total da amostra 98,7% encontravam – se em uso de anti – hipertensivo oral. Os níveis aumentados de TG (≥ 150 mg/dl) e diminuídos de HDL – c estavam presentes em 94,6% e 56,1% dos indivíduos, respectivamente. Atendendo aos critérios do NCEP-ATP III para diagnóstico de SM, a sua prevalência foi de 61,5%. Conclusão: Verificou-se que a prevalência de SM em pacientes portadores de DCV é elevada, tendo como característica também, alta prevalência de sobrepeso, obesidade e CA aumentada.

Trabalho retirado da programação científica

pelo autor.

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Validação de pontos de corte da circunferência da cintura natural - CCn como preditores da síndrome metabólica em etnia negra

MARIA CECÍLIA COSTA, INES LESSA, PAULO JOSE BASTOS BARBOSA, SIMONE JANETE OLIVEIRA BARBOSA, FRANCISCO JOSE GONDIM PITANGA.

Instituto de Saúde Coletiva - UFBA Salvador BA BRASIL e Escola de Nutrição - UFBA Salvador BA BRASIL

Introdução: A OMS referendou pontos de corte da CCn de 88 cm para mulheres e 102 cm para os homens para medir risco metabólico. Esses pontos são inadequados para uso em diferentes grupos étnicos. Objetivo: Validar os melhores pontos de corte da CCn como preditores da síndrome metabólica em população negra. Metodologia:

Realizado inquérito domiciliar (corte transversal) em amostra probabilística de 2.305 adultos, negros por auto-referência, Salvador – BA, 2007. Foram medidos: estatura, peso, CCn, pressão arterial e dosadas lípidas séricas e glicemia. Para análise da sensibilidade e especificidade dos diferentes pontos para identificar diabetes, hipertensão e dislipidemias foi utilizado a curva ROC. Definiu-se como critério para seleção dos pontos de corte da CCn aquele, cujos valores de sensibilidade e de especificidade fossem mais próximos entre si. Resultados: De modo geral os pontos de corte mostraram-se semelhantes por sexo e variaram a depender de qual estava sob análise. Os melhores pontos da CCn obtidos para homens (H) e mulheres (M), em cm, e suas áreas sob a curva ROC foram, respectivamente, em relação a: 1) hipertensão, 89 e 0,7090 (H) e 90 e 0,7047(M); 2) aos triglicerídeos, 89 e 0,7667 (H) e 91 e 0,6867(M); 3) ao HDL-c, 88 e 0,6585 (H) e 88 e 0,5899 (M); 4) ao colesterol, 90 e 0,7141 (H) e 91e 0,6975 (M); 5) à disglicemia, 91 e 0,7476 (H) e 92 e 0,6564 (M); 6) ao diabetes, 89 e 0,9118 (H) e 90 e 0,92689 (M);

7) ao sobrepeso e obesidade, 89 e 0,7815 (H) e 88 e 0,7290 (M); 8) dois ou mais componentes da síndrome metabólica, 89 e 0,7815 (H) e 88 e 0,7290 (M). Todos os limites inferiores dos IC 95% da área sob a curva ROC foram superiores a 0,50 e todos os limites superiores foram inferiores a 1,00. Conclusão: Os pontos de corte da CCn discordam dos referendados pela OMS, confirmando que a distribuição da gordura corporal, de fato, difere entre grupos étnicos e interfere na medida do risco metabólico. Palavras-chave: Circunferência da cintura; síndrome metabólica;

negros. Projeto financiado pelo CNPq – Processo nº. 09804/2006-1.

Gênero masculino, velocidade de onda de pulso e síndrome metabólica em jovens acompanhados por 17 anos. Estudo do Rio de Janeiro

M E C MAGALHAES, A A BRANDAO, R POZZAN, E M G CAMPANA, F L FONSECA, O L PIZZI, E V FREITAS, A P BRANDAO.

Universidade do Estado do Rio de Janeiro Rio de Janeiro RJ BRASIL.

FUNDAMENTO: O gênero masculino está associado a um pior perfil de risco cardiovascular em adultos de meia-idade. Em indivíduos jovens, este aspecto não está plenamente esclarecido. OBJETIVO: Avaliar a pressão arterial, índices antropométricos, perfil metabólico e velocidade de onda de pulso (VOP) de jovens acompanhados por 17 anos desde a infância e a adolescência, estratificados pelo gênero. METODOLOGIA: Foram avaliados 103 jovens pertencentes à coorte do estudo do Rio de Janeiro em seguimento de 211,10±12,55 meses, divididos em 2 grupos: G1 (n=55): sexo masculino; G2 (n=48): sexo feminino. Foram feitas 3 avaliações: A1: aos 12,83±1,53 anos (10-15 anos); A2: aos 22,03±2,17 anos (18-32 anos) e A3: 30,22±1,98 anos (26-35 anos). Nas 3 avaliações foram obtidos PA e índice de massa corpórea (IMC). Em A2 e A3 também foram dosados após jejum:

glicose (G), colesterol e frações, e triglicerídeos (Tg). Em A3 acrescentaram-se as medidas da circunferência abdominal (CA) e da VOP (método Complior). A presença de síndrome metabólica (SM) foi definida de acordo com NCEP-ATP III. RESULTADOS: 1) Os grupos não diferiram quanto à idade; 2) G1 apresentou maiores PAS e PAD em A2 (p<0,01) e A3 (p<0,03); 3) G1 apresentou maior peso e altura em A2 e A3 (p<0,01); 4) HDL-c foi menor no G1 (p<0,001) em A2 e A3; G e Tg foram maiores no G1 em A2 (p<0,04); LDL-c foi maior no G1em A3 (p<0,03); 5) G1 mostrou maior variação positiva da PAS e PAD após 17 anos (p<0,01) e maior VOP em A3 (p<0,001) 7) Em A3: G1 mostrou maiores prevalências de HA (41,8% X 14,6% (p<0,01), de HDL-c baixo e de CA aumentada (p<0,001); SM foi identificada em 29.1% da população e o G1 apresentou maior prevalência (43,6%X12,5%, p<0,001); 8) Em análise de regressão logística, gênero masculino e o IMC em A1 mostraram-se positivamente associados à ocorrência de SM (RR=9,68 (p<0,001) e RR=1,31 (p<0,01), respectivamente). CONCLUSÕES: O gênero masculino mostrou-se associado a maiores PA e VOP, menor HDL-c e maior prevalência de SM em jovens acompanhados por 17 anos.

Nível de conhecimento dos fatores de risco de uma população urbana RICHTER, C M, BÜNDCHEN, D C, BELLI, K C, DIPP, T, PANIGAS, C F, PANIGAS, T, VIECILI, P R N.

Instituto de Cardiologia de Cruz Alta Cruz Alta RS BRASIL e Universidade de Cruz Alta - Unicruz Cruz Alta RS BRASIL

Fundamento: Campanhas têm sido feitas alertando e orientando a população aos fatores de risco (FR) cardiovasculares. No entanto, pouco se sabe dos resultados obtidos. Objetivo: Descrever o nível de conhecimento sobre os FR de uma população. Delineamento: Estudo seccional, realizado em Cruz Alta-RS, população urbana de 45.000 habitantes; Casuística: A amostra de 673 (57 ± 14 anos) indivíduos, 58% do sexo feminino, foi adquirida durante o dia do coração (SBC-RS) de 2007; Métodos: Os dados foram obtidos através de entrevista e avaliação, considerando-se a idade, sexo, história de hipertensão arterial sistêmica (HAS), Diabetes Mellitus (DM), Hipertrigliceridemia, hipercolesterolemia, sedentarismo, estresse e tabagismo. Os indivíduos foram estimulados a responder se sabiam e se os FR poderiam interferir na sua saúde. Foram mensurados a Pressão Sistólica (PAS) e Diastólica (PAD); Circunferência Abdominal (CA); e Índice de Massa Corpórea (IMC). Foram dosados o colesterol total (CT), triglicerideos e glicemia.

Os dados foram expressos por média ± DP e em valores percentuais. Resultados:

46 % responderam ser hipertensos, 41 % responderam não ser, 13 % responderam não saber e 5% que a HAS não é prejudicial. A média da PAS foi 133,4 ± 22 mmHg e a PAD foi 80,5 ± 14,7 mmHg; 13 % responderam ter DM, 52 % não, 33 % não sabiam e 10 % que não é prejudicial. A média da glicose em jejum foi de 106 ± 48 mg/dl; 19 % responderam ter hipertrigliceridemia, 26,5 não ter, 54 % não sabiam e 15 % que não é prejudicial. A média foi de 154,7 ± 89 mg/dl; 22 % responderam ter hipercolesterolemia, 26 % não, 51 % responderam não saber e 9 % que não é prejudicial. A média do CT foi de 190 ± 38,5 mg/dl; 52 % responderam ser sedentários e para 10 % que não é prejudicial; 56 % responderam ser estressados e 5 % que não é prejudicial. 13,5 % responderam ser tabagistas e 5 % que não é prejudicial.

O peso foi de 79 ± 14 Kg para homens e de 66,5 ± 13 para mulheres; o IMC foi semelhante para ambos (27,5 ± 5,4 kg/m2); a CA foi 101 ± 1 para homens e 93±1 para mulheres. Conclusão: Importantes e variados percentuais de individuos desconheciam ter algum FR e que percentuais pequenos, mas preocuopantes pareciam ignorar a relação do FRs com sua morbidade.

Perfil de risco de 143 indivíduos submetidos a avaliação periódica de saúde cardiovascular

PIMENTA, L T G, BRANDAO, A A, MAGALHAES, M E C, MESQUITA, E T, RIBEIRO, A C, SANTOS, M A, GASPAR, S R D, TASSI, E M, ALCANTARA, M L.

Hospital Pró Cardíaco Rio de Janeiro RJ BRASIL e Lâmina Medicina Diagnóstica Rio de Janeiro RJ BRASIL

Objetivo: Avaliar a prevalência dos principais fatores de risco (FR) cardiovascular e o risco cardiovascular estimado pelo escore de Framingram (EF) e pela presença de agravantes de risco (AR) em uma população não hospitalar. Método: Estudo observacional e transversal. Cento e quarenta e três indivíduos preencheram questionário com dados gerais e de história clínica e familiar e realizaram exame clínico e laboratorial, incluindo-se PA, peso e altura para cálculo do índice de massa corporal, medidas da circunferência abdominal (CA) e percentual de gordura corporal por bioimpedância. O portfólio de exames incluiu a realização (após jejum de 12h) de hemograma completo, glicose, insulina, HOMA IR e beta, colesterol total, LDL, HDL e triglicérides, TGO, TGP, GGT, ác. úrico, uréia, creatinina, TSH, PCR us, PSA livre e total, sumário de urina, microalbuminúria, pesquisa imunológica de hemoglobina humana nas fezes, etrocardiograma, teleradiografia do tórax, ecocardiograma uni e bidimensional com Doppler, duplex scan de carótidas, índice tornozelo braquial e escore de cálcio. Resultados: 1) A média de idade foi de 47,7 anos (79,7% M); 2) 65,1% tinham sobrepeso/obesidade; 28,7 % dos homens tinha CA > 102 e 9,79%

das mulheres > 88cm; 44,8 % eram sedentários; 13,3 % fumantes; 23,8% tinham HA, sendo que 46,2 % estavam nas metas; 40,0% com dislipidemia, 28,7 % com síndrome metabólica e 5,59% tinham doença arterial coronariana (DAC). O risco de DAC em 10 anos foi estimado pelo EF e depois reavaliado de acordo com a presença de AR. Pelo EF 69,2% dos indivíduos tinham risco baixo (<10%) 25,9%

risco médio (entre 10 e 20%) e 4,9% risco alto (> 20%). Quando considerados os AR, 36,4% passaram a ter risco baixo; 35,7% risco médio e 28% risco alto. O percentual de mudança de estrato de risco após os AR foi de 47% de risco baixo para médio e de 89% do risco médio para alto. Conclusão: A prevalência dos principais FR cardiovascular foi superponível a da literatura. Em relação à estimativa de risco cardiovascular, a utilização dos AR em adição ao EF permitiu avaliar com mais sensibilidade a presença de doença aterosclerótica subclínica e redimensionar o risco estimado pelo EF.