• Nenhum resultado encontrado

ORDEM MUNDIAL

No documento O Caminho para a Ruína.pdf (páginas 101-111)

A Nova Ordem Mundial não é nova. As civilizações criaram modos de organização mundial por milênios porque a alternativa à ordem é o caos. A ordem raramente inclui liberdade ou justiça. A ordem, sobre- tudo, acaba com a desordem e atenua a violência. É assim que a ordem consegue legitimidade. A próxima ordem mundial está surgindo.

O que é novo é que a ordem mundial já não está mais circunscrita a um “mundo” definido, como nos impérios romano ou chinês. A próxi- ma ordem mundial abrangerá todo o globo e todas as suas civilizações de uma vez.

A ordem mundial romana compreendia a Europa ao sul do Danú- bio e a oeste do Reno, e a maior parte da Turquia moderna, do norte da África e do Levante. Baseava-se na conquista, no dever cívico, no serviço militar e no culto superficial aos deuses aprovados pelo Estado. Como qualquer outra ordem mundial, Roma tinha uma burocracia es- pecializada e uma arrecadação de impostos eficiente. Roma, geralmen- te, considerava desnecessário destruir o que conquistava. Se os reinos e culturas na periferia de Roma estivessem dispostos a se submeter à ordem romana, eles eram livres para manter a maioria dos costumes e religiões locais. Os tratados de amizade e comércio propostos pelas embaixadas romanas, envolvendo tributo, paz e direitos comerciais ex- clusivos, eram suficientes para manter as legiões romanas à distância. Era uma abordagem carrot-and-stick (cenoura e bastão, em tradução brasileira). O comércio era a cenoura, e as legiões eram a vara. Essa ordem mundial foi a maior exportação de Roma.

A queda de Roma foi seguida na Europa Ocidental pela Idade das Trevas, durante a qual a instituição unificadora da civilização foi a Igre- ja Católica. No entanto, o alcance da Igreja foi atenuado e ficou aquém

de uma ordem mundial. O surgimento do império de Carlos Magno, no século IX d.C., chamado Renascimento Carolíngio, foi uma nova or- dem mundial parcialmente bem-sucedida. Carlos Magno uniu a força militar à religião, com maior ênfase na educação, na alfabetização e na reforma monetária, para conseguir uma ordem unificada que incluísse a metade ocidental do antigo Império Romano e os territórios no norte e no centro da Europa, que nunca haviam sido condenados por Roma. Essa nova ordem mundial teve um curto sucesso, após a morte de Car- los Magno, em 814, mas durou menos de setenta e cinco anos antes de se desintegrar em uma nova desordem.

Após o fim desse primeiro renascimento, a Europa continuou como um remendo dos reinos feudais e dos Estados principescos até o Renas- cimento dos séculos XIV a XVI. O Sacro Império Romano foi, em gran- de parte, apenas uma fachada, exceto pelo meio século, de 1506 a 1556, quando as coroas de Borgonha, Habsburgo e do Sacro Império Romano foram unificadas por novas conquistas durante o reinado de Carlos V.

O legado de Carlos V não se mostrou mais durável do que o de Carlos Magno. O imperador abdicou de seus tronos. Seus domínios se tornaram reinos separados. Agora, a guerra tradicional sobre a terra, os títulos e riquezas tinha o elemento adicional de profunda divisão religiosa entre príncipes católicos e aqueles que apoiavam os cultos protestantes.

As guerras religiosas do final do século XVI culminaram na Guerra dos Trinta Anos, no início do século XVII. De 1618 a 1648, a Europa devorou-se em sua primeira demonstração de guerra geral desde a an- tiguidade. Populações morreram de fome e foram massacradas, e as cidades destruídas de formas não vistas desde os tempos pagãos. O que acabou com tal desolação foi a chamada Paz de Vestfália, da qual emer- giu o moderno sistema estatal de soberania e diplomacia que tivemos desde então.

Sob o sistema vestefaliano, os Estados passaram a existir dentro de fronteiras reconhecidas. A soberania de cada Estado foi reconhecida

pelos outros. Princípios de não interferência foram acordados. As dife- renças religiosas entre os Estados foram toleradas. Os Estados pode- riam ser monarquias ou repúblicas. O interesse do Estado permanente, ou a razão de ser, era o princípio organizador das relações internacio- nais. A guerra não foi eliminada, mas foi mitigada pela diplomacia e a política de equilíbrio de poder. O objetivo do equilíbrio de poder era evitar que um Estado se tornasse tão poderoso que pudesse conquistar outros e destruir a ordem mundial.

Ao longo dos séculos XVIII e XIX, a França foi a ameaça contra a qual o equilíbrio de poder foi mantido. No final do século XIX e início do século XX, a Alemanha e a Rússia se tornaram as principais ameaças. A Grã-Bretanha e, mais tarde, os Estados Unidos serviram como o primeiro principal contrapeso à França, e depois ao poder alemão e russo.

O sistema vestefaliano desmoronou absolutamente nos horro- res da Primeira e Segunda Guerras Mundiais. O período entreguerras, 1919-1939, foi palco de esforços para construir uma outra ordem mun- dial baseada em organizações multilaterais, como a Liga das Nações. Esses esforços fracassaram devido ao legado de um vingativo Tratado de Versalhes, de 1919. Esse tratado tornou a Alemanha revanchista e a vingança inevitável.

Após a Segunda Guerra Mundial, surgiu outra ordem mundial: o mundo bipolar da hegemonia dos EUA e da Rússia sobre seus respec- tivos impérios. Os Estados Unidos agiram por meio de alianças como a OTAN, apoiada por ouro, armas nucleares e poder marítimo. A Rússia atuou por meio de um império terrestre, a União das Repúblicas Socia- listas Soviéticas e os Estados representativos, incluindo Cuba, Coreia do Norte e Vietnã do Norte.

Esse condomínio do pós-guerra incluía elementos do sistema ves- tefaliano, tais como o Estado, a soberania e a diplomacia, agora com- plementados por versões mais robustas das instituições multilaterais fracassadas do período entreguerras. As Nações Unidas, o Fundo Mo- netário Internacional, o Banco Mundial e, mais tarde, o G20 eram uma

nova meta estrutura multilateral imposta ao sistema estatal para man- ter a paz, promover o crescimento e suscitar a estabilidade monetária. Essa visão é intencionalmente ocidental. Em outros lugares, os mongóis, a China e o Islã desenvolveram suas próprias ordens mundiais. O Império Mongol, que, em seu auge, incluiu a China, durou através dos séculos XIII e XIV. Os mongóis acumularam o maior império contínuo antes de se dissolverem em canatos menores e culturas locais. A ordem mundial da China baseava-se na divindade do imperador e numa cultura fechada, que excluía a influência estrangeira, tida como bárbara. Os ca- lifados islâmicos baseavam-se na submissão à vontade de Alá, revelada pelo profeta Maomé e registrada no Alcorão. Ao contrário da China, o Islã não se isolou do mundo; ele conquistou o mundo com grande suces- so. No oitavo século, o Califado Omíada se estendeu da Espanha ao Rio Indo, enquanto o próprio Islã, eventualmente, espalhava-se para mais longe, desde a África Oriental até a Indonésia e além.

Apesar da longevidade e do alcance geográfico da China e do Islã, essas ordens mundiais não sobreviveram além do início do século XX, devido ao atraso tecnológico, ao imperialismo ocidental e ao advento da guerra total. O último grande califado islâmico, o Império Otomano, finalmente entrou em colapso em 1922, após a Primeira Guerra Mun- dial. Os restos otomanos foram esculpidos por diplomatas europeus, primeiro pelo acordo secreto Sykes-Picot, de 1916, e depois pelo Trata- do de Versalhes, de 1919. A ordem imperial chinesa entrou em colapso em 1912 com a queda da dinastia Qing, seguida por uma república fali- da, despotismo, a invasão japonesa e a revolução comunista. Sem alter- nativas robustas para enfrentar o Ocidente, China e Islã tornaram-se insignificantes para o novo mundo bipolar vestefaliano que surgiu de- pois de 1945. Pela primeira vez na história, existia uma ordem mundial que abrangia o globo.

Henry Kissinger oferece uma brilhante visão geral desse processo em seu livro Ordem Mundial. A varredura de Kissinger é tão extensa que se pode dizer que ele identificou um impulso em direção à ordem que permeia as relações internacionais e que se opõe à desordem da

guerra e à devastação, causadas por figuras como Napoleão e Hitler. Em termos mais simples, conquistadores causam desordem enquanto as pessoas e a maioria dos governantes preferem a ordem. O antípoda à desordem é a ordem, de alguma forma, seja em um império, como o romano ou o carolíngio, ou no sistema de estado de Vestfália.

A ordem não pressupõe a democracia. A ordem é uma condição compatível com diversos sistemas de valores. A democracia e a liberda- de são desejáveis e se combinam bem com os modos econômicos capi- talistas. No entanto, esses valores não são universalmente valorizados. Curiosamente, as ordens mundiais fracassadas da China e do Islã res- surgiram no século XXI. A primeira, como uma burocracia comunista centralizada, e a segunda de forma radical, como um reino descentra- lizado de terror. Nem a China nem o Islã promovem a democracia ou a liberdade. Os valores liberais terão de abrir caminho no mundo, se puderem, por meio da cultura e da educação, sem necessitar do auxílio de uma nova ordem mundial.

A desordem sempre se manifestou cineticamente. Os custos da de- sordem são contabilizados em morte e destruição. Desde a da substitui- ção do bronze pelo aço, da invenção da vela e do estribo e da substituição da espada pelas armas, uma constante na luta entre ordem e desordem foi a sua manifestação de maneira física. A riqueza, um complemento essencial para a guerra, também sempre existiu em forma física, como metais preciosos, joias, obras de arte, gado ou posse de terra.

No entanto, as disputas entre os Estados e os atores não estatais se dão, cada vez mais, nos reinos digitais. Os exemplos óbvios são sis- temas de computador hackeados por cyberbrigadas estatais e por gan- gues criminosas. A distinção entre os cyberguerreiros recrutados pelos estados e os criminosos pode parecer, propositalmente tênue, com o objetivo de impedir a retaliações. A negação de serviço distribuído é o modo de ataque mais suave. Mais graves são as tomadas de controle de barragens e redes elétricas, que podem causar inundações e apagões com o toque de uma tecla.

Ameaças ainda maiores são os vírus que atacam sistemas em hi- bernação. Eles podem ser escondidos em sistemas operacionais de bol- sas de valores, aguardando a ativação, como parte de um ataque maior. Tais vírus também funcionam para dissuadir nações que estão infecta- das a realizar um ataque. Um desses vírus, plantado pela inteligência militar russa, foi descoberto dentro do sistema operacional do mercado de ações da NASDAQ, em 2010. O vírus foi desativado, mas ninguém sabe quantos vírus digitais desconhecidos estão à espera.

Os vírus podem apagar contas de clientes sem deixar rastro. Usa- dos ofensivamente, eles podem criar uma inundação descontrolada de ordens de venda das ações de grande porte, como as da Apple ou da Amazon.

A doutrina militar apela aos ataques para se juntar aos multipli- cadores de força. Um atacante vai esperar pelo dia em que as ações já estejam abaixo de 5%, estabelecer 900 pontos no Dow Jones Industrial Average e, em seguida, lançar um ataque para ampliar o momentum da queda. O resultado pode ser um declínio da Dow de 5 mil pontos e um fechamento de emergência da Bolsa de Valores de Nova York. Essa quase instantânea perda de riqueza causa mais dano à moral cívica do que um bombardeio convencional.

As ameaças digitais não acabaram com a violência física. Os re- centes acontecimentos na Ucrânia, na Síria e na Líbia mostram que a destruição física e a terrível violência permanecem como meios para alcançar objetivos políticos ou religiosos. A recomendação de Kissinger para utilização da diplomacia e somente raramente recorrer à guerra, se necessário, ainda é relevante.

No entanto, a guerra virtual, especialmente no espaço financeiro, pas- sou da fantasia à sofisticada realidade numa velocidade impressionante.

Quais são as perspectivas de ordem e desordem, guerra e paz, numa era digital?

pós-soberana e pós-nacional. Essa ordem considera a soberania e o equilíbrio de poder – o clássico quadro vestefaliano – como obsoletos. À medida que a nova ordem mundial surge, novos arranjos financeiros e novas estruturas governamentais são necessários para apoiá-la. Essa nova ordem mundial oferece uma estrutura dentro da qual o dinheiro mundial e a tributação mundial podem ser implementados.

As mudanças climáticas são uma onda conveniente para as elites surfarem em busca de implementar uma nova ordem mundial. Debater a ciência da mudança climática está fora de questão. Há visões acalo- radas de ambos os lados; algumas ciências são estabelecidas, algumas não. As elites globais tratam o debate como resolvido para mascarar um projeto maior. Para as elites, um problema global, uma vez defini- do, evoca uma solução global. A mudança climática é a plataforma per- feita para a implementação de uma pauta oculta do dinheiro mundial e da tributação mundial.

As iniciativas para combater as mudanças climáticas estão centra- das nas Nações Unidas, em especial, na Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas e em seus protocolos. Tomadas isoladamente, as mudanças climáticas parecem ter pouco a ver com o dinheiro mundial, mas, na verdade, os dois estão intimamente ligados na nova ordem mundial.

Todo o comunicado da cúpula de líderes do G20, desde a série ini- ciada em novembro de 2008, faz referência às mudança climáticas. To- das as reuniões semestrais do FMI e as numerosas declarações do Di- retor-Geral do FMI referem-se às alterações climáticas e à necessidade de abordá-las num contexto global.

As Nações Unidas lançaram um projeto para capturar o sistema financeiro e redirecionar o capital para o que define como desenvolvi- mento sustentável. Em outubro de 2015, a ONU publicou um relatório de 112 páginas intitulado “O Sistema Financeiro de que Necessitamos”. Uma das recomendações do relatório são conselhos para “Dominar o Balanço Geral Público”.

Em 25 de abril de 2016, o conselheiro de projetos da ONU, Andrew Sheng, desnudou o plano mundial da elite com um artigo, em que foi o coautor, intitulado “Como financiar a retomada econômica global”. O artigo afirma:

O investimento em bens públicos globais – ou seja, a infraestrutura necessária para atender às necessidades do mundo em desenvolvimento e para mitigar as mudanças climáticas – poderia estimular a retomada da economia global. Estima-se que serão necessários US$6 trilhões anuais em investimentos em infraestrutura pelos próximos 15 anos apenas para enfrentar o aquecimento global...

Com os Estados Unidos, o emissor da moeda de reserva mais impor- tante do mundo, não dispostos ou incapazes de fornecer a liquidez neces- sária para fechar a lacuna de investimento em infraestrutura, uma nova moeda de reserva suplementar deve ser instituída – cujo emissor precise enfrentar o dilema de Triffin. Isso deixa apenas uma opção: o Direito de Saque Especial do Fundo Monetário Internacional...

Uma expansão complementar do papel do SDR na nova arquitetura financeira global, voltada para tornar o mecanismo de transmissão da polí- tica monetária mais efetivos, pode ser alcançada sem maiores desacordos. Isso ocorre porque, conceitualmente, um aumento dos SDR equivale a um aumento no balanço do banco central mundial (flexibilização quantitativa).

Considere um cenário no qual os bancos centrais integrados aumentam sua alocação de SRD no FMI em, por exemplo, US$1 trilhão. Uma alavanca- gem cinco vezes maior permitiria ao FMI aumentar, quer os empréstimos aos países-membros, quer os investimentos em infraestrutura por meio de bancos multilaterais de desenvolvimento, em, pelo menos, US$5 trilhões. Além disso, os bancos multilaterais de desenvolvimento poderiam alavan- car seu capital por meio de empréstimos nos mercados de capitais...

O FMI e os principais bancos centrais devem tirar proveito desse conhecimento recém-adquirido e proporcionar capital e liquidez contra empréstimos de longo prazo para investimentos em infraestrutura...

co Mundial e a necessidade de coordenação global não poderiam ser mais explícitas.

A transição para essa nova ordem mundial, baseada na riqueza di- gital e no dinheiro mundial, ao contrário da soberania de Vestfália, é um território desconhecido. Estados importantes, como a Rússia e Irã, são ativamente hostis com o Ocidente. As tensões estão aumentando entre os Estados Unidos e a China. Estados mal-intencionados, como a Coreia do Norte, e Estados falidos, como a Venezuela, são exceções ao plano da elite.

A dominação do dólar digital dos EUA possibilita uma hegemo- nia inaceitável dos EUA sob a perspectiva dessas nações conflituosas e desonestas. Lideradas pela China, as economias emergentes estão construindo sistemas de pagamentos digitais alternativos para evitar a dependência dos Estados Unidos. Elas também estão adquirindo a pos- se física de milhares de toneladas de ouro – um ativo não digital que os Estados Unidos não podem hackear ou congelar. Essas acumulações de ouro rivais correspondem, hoje, a menos de 10 mil toneladas; ainda não são páreo para as 22 mil toneladas de ouro detidas coletivamente pelos Estados Unidos, Europa e o FMI. Porém, o ouro continuará seu movimento do oeste ao leste nos anos futuros para igualar a balança.

Um mundo financeiro bipolar pode surgir, no qual Ásia, África e América do Sul, lideradas pela China e pela Rússia, apoiadas pelo Irã e pela Turquia, utilizem um sistema de pagamentos digitais, enquanto os Estados Unidos, a Europa e os antigos países da Comunidade das Nações usam outro. Cada sistema será apoiado por cerca de 20 mil to- neladas de ouro, um inquietante eco das disputas pela paridade de mís- seis na Guerra Fria e até das antigas disputas pelo equilíbrio de poder. No entanto, esse não é o cenário mais provável, devido ao seu po- tencial para a desordem. Os chineses querem juntar-se ao clube Oci- dental em condições de igualdade, e não destruí-lo. Um cenário mais provável é a aplicação de uma técnica chamada de doutrina do choque. Os Estados Unidos, envolvidos no próximo pânico financeiro, já que

não são capazes de defender a posição privilegiada do dólar, irão ra- pidamente recorrer a um FMI reformulado com maior participação da China. Esse novo FMI, sob a direção do G20, trará novamente a liquidez a um mundo em pânico, com a impressão maciça de SDR. Prioridades para as mudanças climáticas serão rapidamente aplicadas. Esquemas tributários globais serão impostos para financiar as infraestruturas que solucionarão a mudança climática. O compartilhamento de infor- mações e a cooperação global deixarão as corporações e os indivíduos ricos sem abrigo. A ação coordenada sob a forma de extração de riqueza global deslocará a antiga prática da concorrência econômica soberana. As elites de poder globais dividirão os espólios.

A pauta das elites está resolvida. As elites agora aguardam um novo choque.

No documento O Caminho para a Ruína.pdf (páginas 101-111)