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A SEDUC foi criada no ano de 1946, por meio da Lei 1.596, de 05 de janeiro de 1946, com denominação de Diretoria Geral do Departamento de Educação e Cultura. Com a Lei n.º 12, de 09de maio de 1953, sofreu a primeira alteração em sua nomenclatura, recebendo o nome de Secretaria de Educação, Cultura e Saúde. Ainda no mesmo ano, com a Lei n.º 65, de 21 de julho de 1953, recebeu a denominação de Secretaria de Educação, Saúde e Assistência Social. Após dois anos, sob a Lei n.º 108, de 23 de dezembro de 1955, recebe o nome de Secretaria de Educação e Cultura. Nova alteração só ocorreu 46 anos mais tarde, com a Lei 2.032, de 02 de maio de 1991, quando recebe o nome de Secretaria de Estado da Educação, Cultura e Desporto. A denominação atual, de Secretaria de Estado da Educação e Qualidade do Ensino, veio com a Lei 2.600, de 04 de fevereiro de 2000 (AMAZONAS, 2015a).

A partir de 2005, a sede da Secretaria passou a contar com outras estruturas organizacionais de menor porte, distribuídas tanto na capital como pelos municípios do interior do estado, que são resultantes da implementação da Lei Delegada n.º 8 de 05 de julho de 2005. Através da qual se instituíram as Coordenadorias Distritais de Educação para a capital e as Coordenadorias Regionais de Educação para o interior do estado, que atuam implementando e monitorando as políticas desenhadas pela SEDUC/AM. Subordinadas, respectivamente, às Secretarias Executivas Adjuntas da Capital e do interior (FREITAS, 2015).

Em 2007, ocorreram alterações na estrutura organizacional das Coordenadorias através da Lei Delegada n.º 78, de 18 de maio de 2007

(AMAZONAS, 2007). Entretanto, as “competências” permaneceram inalteradas, conforme prevê o inciso XIII, do seu Art. 4º:

XIII – COORDENADORIAS DISTRITAIS E REGIONAIS DE EDUCAÇÃO – coordenação, implementação, assessoramento e acompanhamento das ações desenvolvidas nas unidades escolares, a partir das diretrizes emanadas dos órgãos da Secretaria, bem como representação e intermediação das demandas e propostas das escolas da rede estadual de ensino junto à Instituição; corresponsabilização no processo de elaboração do Projeto Político Pedagógico, Regimento Escolar, Plano de Ação das Escolas e Implementação de Conselhos Escolares, Grêmios Estudantis, participação ativa nas ações referente ao acesso escolar, lotação de pessoal, distribuição da carga horária, cumprimento do calendário escolar, alcance de metas referentes aos resultados educacionais, assim como no processo de avaliação da gestão escolar (AMAZONAS, 2007, p. 2).

O atendimento educacional disponibilizado pela SEDUC/AM perpassa pelas modalidades de ensino fundamental (1º e 2º ciclos), ensino médio e educação de jovens e adultos (fundamental e médio). Além das escolas convencionais, estão presentes nas CDE de Manaus os Centros de Educação de Tempo Integral (CETI), as Escolas de Tempo Integral (ETI), as escolas de educação especial e os Colégios Militares da Polícia Militar (CMPM) que são as escolas administradas pela Policia Militar e que também oferecem as modalidades de ensino fundamental e médio (GEMAE, 2016). Considerando que este trabalho foi delineado com vistas à pesquisa nas escolas estaduais da cidade de Manaus, é imprescindível salientar que as sete CDE possuem sob seu gerenciamento o quantitativo de 231 escolas. Sob a jurisdição administrativa das CDE encontram-se um conjunto de no máximo 40 escolas, conforme distribuição informada na Tabela 2, a seguir:

Tabela 2 - Distribuição das Coordenadorias Distritais de Educação do município de Manaus em 2016

Coordenadoria Distrital de

Educação Quantidade de bairros Zona Territorial Quantidade escolas abrangidas de

01 09 Sul 36 02 13 Sul 36 03 12 Centro-sul 37 04 11 Oeste 34 05 13 Leste 33 06 4 Norte 27 07 7 Norte 28 Total 35 - 231

Fonte: Elaborado pela autora a partir da GEMAE, Amazonas, 2016.

Face ao que é a proposta desta pesquisa, o caso em estudo possui na gestão do programa diversos atores que influenciam internamente e externamente os

espaços de inter-relação, condicionantes ao alcance de possíveis metas ou resultados desejáveis em sua execução. Nesse contexto, como gestora protagonista da conjuntura analisada, apresenta-se a SEDUC, responsável pela administração do PNAE em âmbito estadual, detendo maior importância hierárquica neste cenário.

A SEDUC/AM é regida por intermédio do principal dirigente da pasta, que é o Secretário de Estado da Educação do Amazonas. O secretário conta com o adjutório de uma Secretária Executiva, um Secretário Executivo Adjunto de gestão, um Secretário Executivo Adjunto do Interior e uma Secretária Executiva Adjunta da Capital.

Como atores envolvidos apresentam-se, o Departamento de Logística (DELOG), a Gerência de Distribuição de Merenda Escolar (GEDIME), os técnicos da Secretaria (nutricionistas), as Coordenadorias Distritais e Regionais, os supervisores de alimentação escolar, os gestores escolares, os manipuladores de alimentos, o Conselho de Alimentação Escolar (CAE), a Agência de Desenvolvimento Sustentável (ADS), os produtores rurais, o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), os pais e/ou responsáveis dos alunos e os alunos.

O DELOG, por intermédio de seu diretor, tem como principal função coordenar, controlar e avaliar os processos de aquisição de gêneros alimentícios, equipamentos, utensílios e fardamento destinados ao programa, visto que, entre as demais gerências (transporte, suprimentos e compras) sob sua coordenação, na Secretaria, encontra-se a Gerência de Distribuição de Merenda Escolar (AMAZONAS, 2015d).

Este departamento é o responsável por executar a mediação de compras de toda a demanda da SEDUC, corporativamente à Gerência de Compras (GECON), que tem como principal função a realização da aquisição de materiais ou serviços e a instrução de processo para os pregões eletrônicos. Por sua vez, essa gerência operacionaliza os procedimentos burocráticos licitatórios, referente à compra dos gêneros alimentícios, junto à Secretaria de Fazenda (SEFAZ).

Em 2015, a SEDUC/AM apresentou a seguinte estrutura organizacional, conforme o Quadro 2, a seguir:

Quadro 2 - Estrutura organizacional da SEDUC/AM em 2015

1. Ouvidoria 2. Órgãos

c) Conselho de Alimentação Escolar.

d) Conselho Estadual de Acompanhamento e Controle Social do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e Valorização dos Profissionais da Educação.

e) Comissão Interna de Ética.

f) Comissão de Regime Disciplinar do Magistério. g) Comissão de Tomada de Contas Especial.

3. Órgãos de Assistência e Assessoramento a) Gabinete. 1. Assessoria Jurídica. 2. Assessoria de Comunicação. 3. Assessoria Administrativa. b) Secretaria Executiva.

c) Secretaria Executiva Adjunta da Capital. 1. Coordenadorias Distritais de Educação. 2. Centro Cultural Thiago de Mello.

d) Secretaria Executiva Adjunta do Interior. 1. Coordenadorias Regionais de Educação. e) Assessoria Estratégica.

4. Órgãos de

Atividades-meio a) Secretaria Executiva Adjunta de Gestão 1. Departamento de Logística (DELOG).

2. Departamento de Administração de Infraestrutura (DEINFRA). 3. Departamento de Gestão Escolar (DEGESC).

b) Departamento de Planejamento e Gestão Financeira (DPGF). c) Departamento de Gestão de Pessoas (DGP).

5. Órgãos de Atividades-fim

a) Secretaria Executiva Adjunta Pedagógica.

1. Departamento de Políticas e Programas Educacionais (DEPPE). 2. Centro de Formação de Profissional Padre José Anchieta (CEPAN). 3. Centro de Mídias de Educação do Amazonas (CEMEAM).

Fonte: Elaborado pela autora a partir da SEDUC/AM, Amazonas, 2015c.

A SEDUC é responsável ainda pela liberação das verbas, de acordo com o orçamento aprovado para a prestação desse serviço público, no exercício financeiro, possibilitando a licitação. Realiza a formalização e gestão dos contratos de fornecimento, a disponibilização de mão de obra, a manutenção da infraestrutura para a execução na escola como estrutura física da cozinha, dispensa e refeitório.

O panorama da rede de ensino apresenta-se imbricado às condicionalidades das ações dos atores envolvidos na operacionalização do programa. Nesse cenário, a Secretaria Estadual de Educação, como principal responsável pela estruturação dessa política de alimentação escolar, aplica como base a política do governo estadual, estabelecida pelo gabinete do governador, observando a legislação pertinente ao PNAE, do governo federal.

1.3 O Programa Nacional de Alimentação Escolar em âmbito estadual no