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Check-up Virtual: O impacto da auto-avaliação na Mudança de Hábito ALEXANDRE CAMPOS MORAES AMATO, FERNANDO CAMPOS MORAES AMATO, MARCOS GALAN MORILLO, MARISA CAMPOS MORAES AMATO.

Check-up MED São Paulo SP BRASIL.

As pessoas melhoram hábitos de vida quando se conscientizam de quanto eles interferem diretamente em sua saúde. O Check-up Virtual (CKV), do site www.

checkup.med.br, criado em 2000, é questionário de auto-avaliação (AHA modificado), que retorna ao usuário seu risco cardiovascular com informações de como diminuí-lo. Analisamos com outro questionário (survey monkey) seu impacto na saúde.

Foram realizados até hoje 45.159 CKV. No período de 10/05 a 08/07 estudamos 12.084 questionários. Excluídos os inválidos, restaram 10.664. Destes, 7,5% (800) permitiram o uso de seus dados em pesquisa clínica, puderam ser acionados e preencheram corretamente. O motivo que levou a visita ao site do CKV, 17,4% (151) por sintoma em sua saúde; 2,9% (25) de parente; 1,3% (11) de conhecido; 46,1%

(399) preocupação com a saúde; e 42,6% (369) curiosidade. 95,3% (774) acreditam que aprenderam sobre saúde. Dos 74,5% (605) consideram que melhoraram seus hábitos; 70,7% (574) melhoraram a dieta; 25,9% (210) aumentaram atividade física;

10,8% (88) aumentaram sua quantidade; 25,6% (53) pararam de fumar. A maneira de lidar com o estresse melhorou em 57,1% (464). Procuraram saber ou controlar sua pressão arterial 72,7% (590); o colesterol 72,8% (591) e a glicemia 65,9% (535);

32% (260) diminuíram o peso. Diagnósticos realizados por causa do questionário, 38,4% (71) obesidade; 15,7% (29) diabetes; 38,4% (71) hipertensão arterial;

53,5% (99) hipercolesterolemia e 58,9% (109) estresse. 96,6% (776) referem que se conscientizaram da importância de um Check-up Médico. 55,8% (448) fizeram um check-up médico após a realização do CKV. Os resultados desse trabalho foram avaliados pelos próprios beneficiados, que indicaram alta relevância do mesmo, como pudemos observar nas altas taxas de influência positiva observadas.

Obtivemos 70,7% de melhora na dieta, 25,9% passaram a fazer exercício físico e 25,6% deixaram de fumar. Concluímos que o check-up virtual on-line estimulou a Mudança de Hábito.

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Impacto da auto-avaliação, pela internet, na interrupção do tabagismo ALEXANDRE CAMPOS MORAES AMATO, FERNANDO CAMPOS MORAES AMATO, MARCOS GALAN MORILLO, MARISA CAMPOS MORAES AMATO.

Check-up MED São Paulo SP BRASIL.

Introdução: Estima-se que um terço da população mundial adulta, sejam fumantes.

O fumo é responsável por 1 em cada 10 mortes e será de 1 para cada 6 em 2030.

Método: Estudamos 812 pacientes que, realizaram Check-up virtual (CKV) pelo site www.checkup.med.br e aceitaram participar de pesquisa clínica. Comparamos, o grau de estresse, a obesidade, os hábitos alimentares e a prática de atividade física, bem como suas modificações após a realização do CKV pela internet, dos pacientes que fumavam (GF), que deixaram de fumar (GFP), que não deixaram de fumar (GFMP) e dos que nunca fumaram (GNF). Resultado: Dos participantes 25,49% (207) eram fumantes e destes 25,60% (53) deixaram de fumar. Não há diferença significatica entre sexo e idade nos grupos estudados. O grau de estresse é significativamente maior (p=0.0052) no GF comparado com o GNF, assim como os hábitos alimentares são piores (p<0.0001). No GFP e GFNP o grau de estresse não difere significativamente, mas os hábitos alimentares sim com p=

0.0087. Prática de atividade física e obesidade não diferem estatisticamente em nenhum grupo. Quanto à percepção de melhora geral dos hábitos de vida, existe diferença estatisticamente significativa entre GF e GNF (p= 0.0086) e GFNP e GNF (p=0.0025). Quanto à melhora da dieta e aumento ou intodução da prática de atividade física não há diferença entre o comportamento dos grupos. Entre o GFP há aumento de peso em relação ao GNF, com p=0.0164 e entre os GFP e GFNP com p= 0.0094. Conclusão: Pacientes que fumam apresentam maior grau de estresse, piores hábitos alimentares com tendência a praticarem menos atividade física. Ao deixarem de fumar há aumento de peso. A abordagem pela internet, pode ser considerada intervenção leve, porém com grande impacto social e importante relação custo-benefício.

Hipotensão ortostática em idosos regularmente ativos

CHRISTIANE SCHWEITZER, FERNANDA MONTE, MIRELE QUITES, DAIANA CRISTINE BÜNDCHEN, TALES DE CARVALHO, FERNANDA SEGALA.

Udesc Florianopolis SC BRASIL.

A hipotensão ortostática (HO) é definida como uma queda na pressão arterial sistólica (PAS) de 20mmHg ou mais e/ou uma queda na pressão arterial diastólica (PAD) de 10mmHg ou mais quando se assume a posição ortostática. Pode ser assintomática, sendo pouco pesquisada em indivíduos regularmente ativos. Objetivo: Avaliar a freqüência de HO em idosos praticantes de exercícios físicos regulares a partir das posições supina e sentada na PAS e PAD. Foram analisados 44 idosos, em uso de medicamentos, que participavam do Programa de Reabilitação Cardiopulmonar e Metabólica do CEFID-UDESC, há pelo menos 6 meses. As medidas de pressão arterial (PA) foram efetuadas em membros superiores pelo método auscultatório, sendo utilizados esfigmomanômetros de coluna de mercúrio, segundo as recomendações da diretriz brasileira sobre hipertensão arterial de 2006. As medidas foram efetuadas antes e após mudanças da posição supina para ortostática (no 1º e 3º minutos) e da sentada para ortostática (no 1º e 3º minutos). As medidas da PA foram realizadas sempre no período da manhã, quando os exercícios físicos não eram realizados. Foi observado que 29 indivíduos (65,9%) apresentaram HO em pelo menos uma das medidas realizadas da PAS ou PAD. Em relação à freqüência de ocorrências de queda de PA por sujeito, observou-se que 7 indivíduos (15,9%) tiveram uma ocorrência, 11 sujeitos (25%) apresentaram duas, 4 (9,1%) tiveram queda da PA em 3 momentos, 5 indivíduos (11,4%) tiveram 4 ocorrências e 2 sujeitos (4,5%) em 5 momentos. Em relação às mudanças de posição e ao tipo de medida com maior freqüência, observou-se maior número de casos de HO na PAD, quando o indivíduo saiu da posição supina para ortostática após 3 minutos (n=14), seguido da PAD de supina para ortostática após 1 minuto (n=13) e PAS de supina para ortostática após 1 minuto (n=11). CONCLUSÕES: 1. Existe uma alta prevalência de HO em idosos participantes de programa de reabilitação cardiopulmonar e metabólica com ênfase em exercícios físicos. 2. A HO foi mais freqüente na PAD e da posição supina para ortostática. 3. O estudo ressalta a importância de medir a PA em diferentes posições para melhor conhecimento e orientação do paciente.

Efusão pleuro-pericárdica após ablação por cateter de fibrilação atrial MARTHA VALÉRIA TAVARES PINHEIRO, DANIELLE ZAHER DESETA, ANA INES DA COSTA SANTOS, FERNANDO GODINHO TAVARES, ALEXANDRE FRANCISQUINI, OLGA FERREIRA DE SOUZA, MAURICIO IBRAHIM SCANAVACCA.

Rede Labs dòr RJ RJ BRASIL.

Fundamentos: Síndrome pós-pericardiotomia(PP) caracteriza-se por reação inflamatória pericárdica que se desenvolve dias a meses após agressão mio e/ou pericárdica.Pode ocorrer febre, dor torácica anterior, atrito pericárdico. Os marcadores laboratoriais de inflamação alteram-se e há comumente derrame pericárdico(DP) evidenciado ao ecocardiograma. Até o momento não existe referência de tal síndrome após ablação por cateter para tratamento de fibrilação atrial. Objetivo: Relato de 5 casos de síndrome de derrame pleuro-pericárdico após ablação por cateter com aplicações de radiofreqüência (RF) em uma série de 208 pacientes consecutivos em 5 anos. Evolução: Todos os pacientes (pts) tinham como sintoma dor pleurítica e cansaço 24h pós-procedimento. Apresentavam ex. físico normal, exceto em 2 pts:

um apresentou creptações bibasais e o outro, pulso irregular, denotando recorrência de FA, e atrito pericárdico. Em 24h houve reversão ao ritmo sinusal com o uso de amiodarona IV. Ecocardiograma 24-48h: DP, leve a moderado,em 2 casos e normal nos demais. RX tórax 48-72h: derrame pleural. A angio RNM das veias pulmonares não demonstrou estenose. Os pts apresentaram melhora clinica com uso de AINES,exceto 02 que melhoraram após uso de corticoterapia. Conclusão:

Uma reação inflamatória, manifesta por efusão pleuro-pericárdica, foi identificada após procedimento de ablação por cateter com aplicações de RF para TTO de FA.

Trata-se, no entanto, de complicação rara (2,4%), que pode ter recrudescimento tardio e responde plenamente a corticoterapia.

Viabilidade da reabilitação cardiopulmonar metabólica em pequenos municípios

LEANDRO GIACOMELLO.

Instituto Hospitalar Beneficente Nossa Senhora das Mercês Iporã do Oeste SC BRASIL.

Fundamento: Conforme Tales de Carvalho (Arq. Bras. Card., Janeiro 2006;

86:74-82), “A comprovada repercussão clínica e econômica da Reabilitação Cardiopulmonar e Metabólica (RCPM), obriga a implementação de políticas no sistema de saúde público e privado, que tornem o método disponível a todos os pacientes que preencherem os critérios de indicação...”, acreditando nisso, resolveu-se mudar mais um paradigma, que é o de oferecer os benefícios da RCPM à população que reside longe dos grandes centros. Objetivo: Desenvolver RCPM, de acordo com as Diretrizes da SBC, num município com menos de 10 mil habitantes. Material e Métodos: Seguindo as Diretrizes da SBC, sobre RCPM, desenvolveu-se um Programa de Reabilitação Cardiopulmonar e Metabólica, denominado Pró-Iporã, com parceria público-privada, da Prefeitura Municipal de Iporã do Oeste e do Instituto Hospitalar Beneficente Nossa Senhora das Mercês, realiza-se, desde março de 2007, as fases 1,2 e 3 nas dependências do Instituto Hospitalar e acompanha-se os pacientes em fase 4, por intermédio de cartilhas e avaliações trimestrais. Para tanto, conta-se com Fisioterapêuta, Educador Físico, Nutricionista, Psicólogo, Enfermeira e Téc. de Enfermagem, supervisionados por Cardiologista. As atividades são realizadas das 7:30 às 9:30hs, de segunda a sexta-feira. Resultados: Ao longo de 12 meses, desde a abertura do Pró-Iporã, foram atendidos 106 pacientes, destes 15 participaram na fase 1, 42 na fase 2, 95 na fase 3 e 12 (25,4%) desistiram. Admitiram-se pacientes de ambos os sexos, com idade de 21 a 84 anos. Dos encaminhamentos, 75,5% por cardiologista e 24,5% por médicos do Programa de Saúde da Família. Em março de 2008, têm-se 8 pacientes em fase 2, 37 pacientes em fase 3 e 31 estão na fase 4. Dados do Instituto Hospitalar Beneficente Nossa Senhora das Mercês, revelam que a incidência de internações por causas cardiovasculares, teve um decréscimo, desde a implantação do Pró-Iporã, de primeira para terceira causa, dentre todas as internações. Conclusão: Os resultados benéficos da RCPM são incontestáveis, provamos ser viável promover RCPM, de acordo com as Diretrizes da SBC, de modo bem estruturado e com baixo custo, em pequenos municípios.

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Efeitos precoces do tratamento hipolipemiante sobre os fatores de risco lipídicos e não lipídicos em pacientes com síndrome metabólica e recente síndrome coronariana aguda

CARLOS M C MONTEIRO, OLIVEIRA, L, IZAR, M C O, HELFENSTEIN, T, SANTOS, A O, FISCHER, S C P M, BRANDÃO, S A B, PINHEIRO, L F M, CARVALHO, A C, FONSECA, F A H.

Universidade Federal de São Paulo São Paulo SP BRASIL.

Este estudo comparou os efeitos precoces do tratamento hipolipemiante habitual em pacientes com Síndrome Metabólica (SMET), após recente Síndrome Coronariana Aguda (SCA). Foram randomizados 116 pacientes, durante seis semanas, para receberem atorvastatina 10 mg/dia e fenofibrato 200 mg/dia, isolados ou combinados, ou placebo destes fármacos. Os parâmetros lipídicos foram reduzidos significativamente com o tratamento farmacológico. O HDL-C aumentou nos grupos do fenofibrato isolado ou associado com a atorvastatina, mas as metas do LDL-C (<70 mg/dL), HDL-C, triglicérides, colesterol não HDL e a relação ApoB/ApoA foram atingidas apenas em aproximadamente metade dos pacientes tratados. Outros parâmetros laboratoriais como a PCR-us, fibrinogênio, FvW, dímero-D e TBARs foram reduzidos com o tratamento, porém não houve modificação do PAI I e fator VII. A obtenção precoce de um melhor perfil nos fatores de risco lipídicos e não lipídicos podem contribuir no processo de estabilização de uma SCA, e os achados do presente estudo sugerem que uma terapêutica hipolipemiante mais agressiva seja necessária para obter benefícios adicionais e atingir as metas lipídicas atuais.

Dislipidemia em pacientes hipertensos atendidos pela liga de hipertensão da Universidade Federal do Maranhão

MARCELO BARBOSA, NATALINO SALGADO FILHO, PAULA IARA DE SOUSA VELOSO, ALLISON NÓBREGA DOS SANTOS, CAROLINE PATRICIA COSTA DA SILVA, RENATO PALÁCIO DE AZEVEDO, FABIANE BARBOSA CASTRO.

Liga de Hiperetensão Arterial Sistêmica São Luís MA BRASIL e Hospital Universitário Presidente Dutra São Luís MA BRASIL

Fundamento: A dislipidemia é o aumento anormal da taxa de lipídios no sangue.

Representa um importante fator de risco para o desenvolvimento de lesões ateroscleróticas, que apresenta altos índices de mortalidade. Objetivo: Analisar o perfil lipídico dos pacientes atendidos na Liga de Hipertensão do Hospital Universitário Presidente Dutra. Delineamento: Estudo observacional, transversal.

Pacientes: Amostra aleatória de 407 pacientes atendidos no ambulatório da Liga de Hipertensão. Métodos: Análise dos dados dos pacientes presentes em seus prontuários com auxílio do programa de bioestatística Epi Info 3.4. Resultados:

De um total de 407 pacientes atendidos na liga, 51,9% apresentaram dislipidemia, sendo 72,7% do sexo feminino. Dos pacientes com níveis alterados de colesterol, 54,2% apresentaram colesterol total (CT) aumentado, enquanto 39,2% apresentaram triglicerídeos elevados. Quanto ao LDL-c, apenas 9,3% dos pacientes apresentaram valores acima do normal. No sexo masculino, os níveis de HDL-c mostraram-se baixos em 22,7% dos pacientes enquanto nas mulheres, esses níveis sobem para 79,7%, perfazendo uma média de 59,7% dos pacientes com HDL-c alterado. Cerca de 53% dos pacientes com dislipidemia estão em uso de beta-bloqueadores e 48,9% apresentaram antecedentes mórbidos pessoais de doença cardiovascular.

Hiperuricemia associada foi encontrada em 18,9% e glicemia de jejum alterada em 32% dos pacientes com dislipidemia. Conclusões: Percebe-se a grande prevalência de dislipidemias no grupo estudado. As principais alterações laboratoriais encontradas no perfil lipídico foram os níveis de CT e HDL-c, o último principalmente nas mulheres. Nota-se também um grande uso de beta-bloqueadores, que podem contribuir em parte com a alteração dos níveis lipídicos e de lipoproteínas plasmáticas. As associações entre as outras alterações laboratoriais concomitantes à dislipidemia não ficaram bem esclarecidas neste estudo.

Característica de um ambulatório especializado em pacientes diabéticos e hipertensos em área rural do estado do Rio de Janeiro

LUCIANA STUDART RODRIGUES DOS REIS, ERIKA MARIA MACEDO, BARBARA PETRONETTO FAFA, MAÍZA DA SILVA COSTA, CAROLINA COZER GOMES, ARNALDO PEREIRA S. MORAES, RAPHAEL BRANDAO MOREIRA, INDIANARA VALGAS SILVA, HENRIQUE MILLER BALIEIRO, RICARDO ROCCO.

Faculdade de Medicina de Valença Valença RJ BRASIL.

Fundamentos: O Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2) e a hirpertensão arterial (HAS) constitui um problema de saúde pública por sua alta prevalência e associação com grande morbimortalidade. Objetivos: Estudar as características de pacientes de área rural com HAS e DM2 em ambulatório especializado na cidade de Valença-RJ.

Métodos: Foi realizado um estudo, longitudinal, prospectivo, entre setembro de 2007 e janeiro de 2008 incluindo 192 pacientes. Foram feitos avaliações previamente estabelecidas referentes a anamnese e exame físico para definir a característica da população. Resultados: Dos 192 pacientes estudados, 132 (69%) declararam cor não preta, 128 (67%) eram do sexo feminino. Tempo de doença maior que 10 anos foi observado em 189 (98%). Verificou-se história familiar positiva para DM em 109 (56%). A HAS estava presente em 156 (81%). A circunferência abdominal estava alterada em 123 (64%) e índice de massa corporal (IMC) <30 em 69 (36%) pacientes. Quanto ao uso de hipoglicemiantes orais verificamos seu uso em 129 (67%), sendo 16 (12%) em uso de metformina, 35 (27%) em uso de glibenclamida, 78 (60%) em uso associado e 30 (15%) pacientes em uso isolado de insulina NPH.

Conclusão: Em pacientes acompanhados em ambulatório especializado em DM2 e HAS de área rural verifica-se maior prevalência de não pretos, sexo feminino, pacientes com mais de 10 anos de doença, hipertensos não controlados e utilização de combinação de anti hiperglicemiantes orais.

Comparação das medidas da pressão arterial aferida através de esfigmomanômetro aneróide e digital por técnico de enfermagem JOÃO PAULO HANEL RORATO, DOUGLAS MONTIELLE SILVA NASCIMENTO, ELIANE CONSUELO ALVES RABELO, RAFAEL INAGAKI, CELMO CELENO PORTO, ARNALDO LEMOS PORTO.

Hospital Santa Helena Goiânia GO BRASIL e Faculdade de Medicina - UFGO Goiânia GO BRASIL

Fundamentos: A medida indireta da pressão arterial (PA) por esfigmomanômetro aneróide é a técnica de aferição mais difundida no Brasil, a precisão da medida da PA depende das condições do paciente, do método empregado, e do observador (Vilaplana J Ren Care. 2006 Oct-Dec). Delineamento: Estudo prospectivo do tipo caso-controle. Objetivo: Comparar em dois momentos a aferição da PA por um técnico de enfermagem, primeiro por esfigmomanômetro aneróide (EA) e depois por esfigmomanômetro digital (ED). Material e Métodos: Foi realizada aferição da PA em 217 funcionários do Hospital Santa Helena (Goiânia-GO) com EA calibrado.

E em outro momento, aferição da PA em 150 funcionários do mesmo grupo com ED calibrado (padrão ouro). Foram utilizados os testes de U de Man-Whitney com p < 0,05. Resultados: Houve predomínio de mulheres nas amostras (75,1% e 75%

respectivamente), e idade média (35,1 e 36,6 anos respectivamente). Os valores de PA sistólicos obtidos por EE (120,51 ± 16,92) foram significativamente maiores que os obtidos por EA (111,93 ± 14,44 p < 0,001). Os valores de PA diastólicos obtidos por EE (75,87 ± 11,61) também foram significativamente maiores que os obtidos por EA (71,34 ± 12,88 p=0,007). Conclusões: Percebeu-se uma tendência a subestimar a PA quando aferida por EA em relação ao ED. Conclui-se a importância não só de uma boa preparação dos técnicos de enfermagem para realizar aferição mais precisa, mas também a necessidade do emprego de aparelhos e métodos que sofram menor interferência do observador.

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Carga e composição da placa aterosclerótica nas porções proximais do leito arterial de coronariopatas à angiotomografia de 64 coluna de detectores JOAO LUIZ DE A.A. FALCAO, AFONSO AKIO SHIOZAKI, OTÁVIO RIZZI COELHO FILHO, BRENO DE ALENCAR ARARIPE FALCÃO, CARLOS AUGUSTO HOMEM DE MAGALHAES CAMPOS, EXPEDITO E. RIBEIRO DA SILVA, EULOGIO EMILIO MARTINEZ FILHO, PEDRO ALVES LEMOS NETO, CARLOS EDUARDO ROCHITTE.

Instituto do Coração - HCFMUSP São Paulo SP BRASIL.

Fundamento: A carga e a composição da placa aterosclerótica nas porções proximais das coronárias de pacientes portadores de coronariopatia obstrutiva parece se correlacionar com a incidência de eventos futuros. Objetivo: Avaliar a carga e composição da placa aterosclerótica de pacientes coronariopatas com a angiotomografia de coronárias através de um software específico Sure Plaque (Vital Image). Delineamento: Série de casos. Paciente: 20 portadores de coronariopatia obstrutiva em espera para realização de angioplastia eletiva (70% homens) com idade de 57± 10anos. A incidência de fatores de risco foi: hipertensão 75%, diabetes melitus 50%, tabagismo atual 35% e hipercolesterolemia 55%. Métodos: Realizou-se angiotomografia de coronária eletiva (Toshiba Aquillion 64) para avaliação de carga aterosclerótica global e caracterização radiológica da placa no tronco da coronária esquerda (TCE) e 5cm proximais da coronária direita (CD), circunflexa (Cx) e decendente anterior (DA) com o auxílio do software SurePlaque. Resultados: A área média do vaso, a área luminal média e a carga média de placa foram 27,8±8,6 mm2; 15,0± 5,9mm2 e 46,7% para o TCE; 16,9±4,6 mm2; 7,2±2,7mm2 e 57,2%

para DA; 14,0±3,2 mm2; 5,7±1,7 mm2 e 58,2% para a Cx e 20,3±4,9mm2; 9,5±

3,5mm2 e 53,5% para a CD. A placa fibrosa, com densidade entre 30 e 600 HU, predominou (cerca de 85% da composição da placa em todos os segmentos). O componente de placa hipodensa (até 30HU) oscilou entre 5-10% e o componente calcificado entre 5-15% da composição da placa nos respectivos vasos. Conclusões:

A angiotomografia de pacientes coronariopatas de alto risco demonstra elevada carga de placa nos segmentos proximais das coronárias. O componente fibroso (densidade de 50 a 600 HU) predomina na composição das placas aterosclerótica nas porções proximais das arvóre coronária.

O VALOR DA RESSONÂNCIA CARDÍACA NO DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DA PERICARDITE AGUDA

VICTOR HUGO DE LARA MACHADO, ANTONIO CARVALHO LEME NETO, DIRCEU SEILER BARBOSA NETO.

Hospital Santa Cruz Curitiba PR BRASIL.

INTRODUÇÃO: A pericardite aguda, embora causa incomum de dor torácica em unidades de emergências, continua sendo de difícil diagnóstico nos dias atuais. O uso da ressonância cardíaca pode ser de grande valia nestes casos. OBJETIVO:

Relatar um caso de pericardite aguda confirmada pela ressonância cardíaca.

MATERIAIS E MÉTODOS: Paciente feminina de 17 anos, deu entrada na Unidade de Dor Torácica (UDT) com dor precordial de forte intensidade, tipo C, recorrente, com melhora somente com analgésicos opiáceos. Antecedentes de IVAS há 1 semana em uso de amoxicilina. Ao exame físico, PA de 100/60mmHg e FC de 112bpm.

Ausculta cardíaca normal (não foi evidenciado atrito pericárdico). Restante do exame segmentar sem anormalidades. ECG da admissão e posteriores demonstrando alterações inespecíficas e dinâmicas do segmento ST-T nas derivações de V1 a V3 (inversões assimétricas de onda T). Conforme protocolo de UDT, colocada em rota 2, que evidenciou aumentos expressivos de todos os marcadores de necrose miocárdica (Troponina, CPK e Ck/Mb atividade). Rx de tórax e ecocardiograma foram normais. Devido à forte suspeita clínica de pericardite aguda, foi optado pela ressonância cardíaca para esclarecimento diagnóstico. A mesma demonstrou derrame pericárdico discreto com espessamento na face ântero-lateral do pericárdio com realce por meio de contraste devido a áreas de processo inflamatório. Na seqüência, todas as provas de atividades inflamatórias vieram elevadas, sendo a paciente tratada com AINE e analgésicos comuns até normalização da dor e dos marcadores de necrose miocárdica. CONCLUSÃO: A ressonância cardíaca trouxe acurácia e rapidez ao diagnóstico de pericardite aguda, proporcionando um tratamento específico e adequado para a paciente.

O papel da cintilografia miocárdica com MIBG-I¹²³ no diagnóstico de miocardiopatia adrenérgica em paciente portadora de DAC

ADRIANA J SOARES, ADRIANA P GLAVAM, RICARDO GUERRA GUSMAO O, RENATA C FREITAS, CARLOS E DUARTE, MAURICIO R PANTOJA, SAMSON ROZENBLUM.

Hospital Barra D’or Rio de Janeiro RJ BRASIL e Cintilab Rio de Janeiro RJ BRASIL

Fundamento: A miocardiopatia adrenérgica é uma causa rara de disfunção ventricular aguda pós-estresse. Os sintomas podem assemelhar-se ao IAM, porém a disfunção é transitória e não está associada à lesão coronariana. Objetivo: Demonstrar o papel da cintilografia com MIBG-I¹²³ e da cintilografia de perfusão miocárdica (CPM) com Tc-99m tetrofosmin como métodos auxiliares no diagnóstico de miocardiopatia adrenérgica. Relato de caso: paciente feminino, 87 anos, hipertensa e coronariopata.

Apresentou queda da própria altura com fratura de costelas e dor torácica intensa.

Internada com suspeita de pneumonia e atelectasia. ECG e exames de admissão sem alterações. No 4º dia evoluiu com insuficiência respiratória e choque, troponina=24, BNP=1220, ECG: zona inativa e alterações da RV ântero-septal, eco com acinesia apical e disfunção sistólica global de VE grave; suspeitado de IAM. Após melhora clínica, o eco evolutivo demonstrou função ventricular normal, levando a suspeita de miocardiopatia adrenérgica. Foram realizadas CPM para pesquisa de isquemia/fibrose e cintilografia com MIBG-I¹²³ para análise da neurotransmissão cardíaca. Métodos:

As cintilografias foram realizadas numa gamma câmara VG Millenium GE com 2 colimadores de alta resolução/baixa energia. Num dia foi injetado 20 mCi de Tc-99m tetrofosmin para CPM com gated-SPECT e análise da perfusão, função ventricular, FEVE, VSF,VDF. No dia seguinte foi injetado 5 mCi de MIBG-I¹²³, com imagens planares e tomográficas precoces e tardias para cálculos da relação coração/mediastino (H/M) e taxa de washout. Resultados: A cintilografia com MIBG-I¹²³ demonstrou ausência de captação nos segmentos apicais, H/M = 1,64 (precoce) e 1,22 (tardia), e taxa de washout = 76%, revelando denervação adrenérgica cardíaca significativa. A CPM demonstrou ausência de defeito perfusional, FEVE=63%, VSF=60mL, VDF=22mL, afastando a hipótese de IAM. Conclusão: As cintilografias miocárdicas com MIBG-I¹²³ e com Tc-99m tetrofosmin podem auxiliar, de forma conjunta não-invasiva, no diagnóstico de cardiopatia adrenérgica, confirmando a denervação adrenérgica e afastando isquemia/fibrose em pacientes com história de coronariopatia.

Aneurisma de tronco de coronária esquerda: diagnóstico raro e tratamento controverso

JOSE C E TARASTCHUK, RONALDO R L BUENO, PAULO M P ANDRADE, PAULO R F ROSSI, MARCOS A A PEREIRA, GILMAR J SANTOS, MILITINO C JUNIOR.

Serviço de Hemodinâmica do Hospital Evangélico Curitiba Pr BRASIL.

Introdução: O aneurisma de tronco de artéria coronária esquerda é uma entidade rara, porém potencialmente grave por suas complicações. Em 50% das vezes, tem como causa aterosclerose coronariana. Não há um consenso quanto ao melhor tratamento para aneurisma de tronco de coronária esquerda, devendo este ser individualizado. Os pacientes podem ser mantidos com tratamento clínico com uso de anticoagulante ou antiagregante plaquetário. Em caso de indicação cirúrgica, faz-se revascularização completa com ou sem ligadura distal do aneurisma.

Descrição de caso: Paciente feminina, 74 anos, branca, do lar, antecedentes de hipertensão arterial e tabagismo, que ao ser encaminhada para realização de cinecoronariografia (investigação de insuficiência cardíaca), apresentou lesão de 60% em coronária direita , tronco de coronária esquerda com aneurisma de grandes proporções sem imagem de trombo ou placa aterosclerótica. Paciente submetida à cirurgia de revascularização miocárdica com ponte de artéria mamária interna esquerda para descendente anterior e ponte safena para primeiro ramo marginal e coronária direita, sem ligadura do aneurisma. Já em acompanhamento ambulatorial sem intercorrências após 65 dias da cirurgia.

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Importância da aplicabilidade prática da Angiotomografia de Coronárias em paciente com Doença Arterial Coronária - situações especiais

FERNANDO AUGUSTO ALVES DA COSTA, ANTONIO ESTEVES DE GOUVEA NETTO, LEONARDO DE CARVALHO ROCHA, LUIZ A. G. GABURE, WILSON ALBINO PIMENTEL FILHO, TATIANA FRANCO HIRAKAWA, JOANNA BEATRIZ CURADO ELIAS, MARCOS VILELA, LEANDRO MENEZES ALVES DA COSTA, RADI MACRUZ.

Intercor - Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo São Paulo SP BRASIL.

Apresentamos quatro pacientes que apresentavam sintomatologia e exames complementares não totalmente esclarecedores da situação cardíaca real e que a utilização da Angiotomografia coronária (ANGTC) e com sua correlação semelhante ao estudo hemodinâmico, foi fundamental na tomada de decisão de cada paciente.

Caso 1 - homem, 63anos, assintomático com cintilografias miocárdicas normais, porém pelos antecedentes de doença arterial coronária (DAC) na família, foi submetido a ANGTC que mostrou DAC grave, confirmada ao estudo hemodinâmico sendo encaminhado para cirurgia de revascularização do miocárdio (RM). Caso 2 - homem, 54 anos assintomático também com hipercolesterolemia além de antecedentes de DAC na família, indicamos ANGTC, agora também respaldados pela valorização dos fatores de risco agravantes (IV Diretrizes do Depto de Aterosclerose da SBC). O exame mostrou presença de DAC grave no estudo hemodinâmico sendo encaminhado para cirurgia RM. Caso 3 - mulher, 83 anos com lesão de 50% em DA há 7 anos, apresentava cintilografia miocádica recente negativa para isquemia porém, relatando cansaço maior para caminhadas habituais nos últimos três meses(equivalente isquêmico). Solicitamos ANGTC de que mostrou evolução da lesão, confirmada ao estudo hemodinâmico sendo encaminhada para Angioplastia (ATC). Caso 4 - homem 61 anos submetido à ATC de DA há 2½ anos, com cintilografia miocárdica feita há 2 anos e outra recente mostrando a mesma alteração - isquemia transitória de pequena extensão ínfero-latero-posterior. Pelo fato de ter indicação para cirurgia nãocardíaca, foi indicada ANGTC que mostrou alterações confirmadas ao estudo hemodinâmico sendo indicada ATC. Conclusão:

A ANGTC sem sombra de dúvidas afirma-se como um exame de grande utilidade na investigação da DAC.

Correlação entre a proteína C reativa (PCR-t) de admissão e a agregação plaquetária em paciente com síndrome coronariana aguda sem supra de ST FABRICIO BRAGA DA SILVA, GUSTAVO LUIZ GOUVEA DE ALMEIDA JUNIOR, JOSE KEZEN CAMILO JORGE, ALESSANDRA GODOMICZER, GUILHERME LAVAL, RENATO MAX, ELBA SOPHIA, PAULA DE MEDEIROS, LUIZ AUGUSTO MACEDO, JORGE PABLO CHUDYK HUBRUK, MARCOS FERNANDES, BRUNO HELLMUTH.

Casa de Saúde São José Rio de Janeiro RJ BRASIL.

Fundamentos: Vários são os mecanismos envolvidos na gênese das Síndromes Coronarianas Agudas Sem Supra de ST (SCASST). O status trombótico (ST) e a atividade inflamatória (AI) destacam-se dentre os mais importantes. Objetivo:

Correlacionar o ST medido pela antiagregação plaquetária (AP) e a AI medida pela PCR-t na admissão hospitalar em pacientes com SCASST. Material e métodos: Coorte de pc com SCASST. A AP foi medida através da agregometria óptica (LTA) utilizando como agonista o ADP 5 mcmoles, medida 18 horas após a intervenção coronariana. A PCR-t ultra-sensível foi medida na admissão dos pc pelo método de turbidimetria. Resultados: Foram analisados 31pc (61,3%

masculinos; idade=67,2±14 anos e risco TIMI=3,5±0,9). As médias de PCR-t e LTA foram 32,8±13% e 1,8±2,2mg/dl respectivamente. O coeficiente r de Pearson entre PCR-t e LTA foi de 0,406 (p=0,023). Considerando o valor mediano de LTA de 31%, a média da PCR-t abaixo e acima foi respectivamente 1,03±0,9 e 2,7±3 (p=0,05).

Conclusão: Nesta pequena amostra, a PCR-t e a LTA estiveram moderadamente correlacionadas. Estudos adicionais poderão avaliar a dose de antiagregantes plaquetários pelo nível de AI.

Experiência de um hospital terciário no tratamento do infarto agudo do miocárdio com supra-desnivelamento do segmento ST

PORTO, A L, JUNIOR, A L S, DIAS, D A, NETO, D C, OLIVEIRA, P H T, ARAUJO, W E C, BARBOSA, M V C, SALGADO, L M R, PORTO, L B, BRAGA, F M, FABIANA, PORTO, C C.

Hospital Santa Helena Goiânia GO BRASIL e Faculdade de Medicina / UFG Goiânia GO BRASIL

Fundamentos: O tratamento dos pacts com IAM com supra do ST (IAMSST) tem evoluído rápidamente mas ainda podem ocorrer variações de acordo com a unidade de saúde envolvida, refletindo assim particularidades regionais e acarretando diferentes índices de complicações e mortalidade. Objetivo: Analisar os pacientes atendidos em um hospital terciário de Goiânia - GO com quadro de IAMSST no período de 2002 a 2005. Delineamento: Estudo retrospectivo através da análise de prontuários. Material e Métodos: Foram analisados 150 prontuários e registrados o sexo, a idade a conduta terapêutica adotada - tratamento clínico (TC), angioplastia transluminal coronariana (ATC) e cirurgia de revascularização miocárdica (RVM) - Complicações no período intra-hospitalar e o desfecho (alta ou óbito). Os dados foram compilados em uma planilha do Microsoft Excel e analisados com o teste do X². Resultados: 69% dos pcts eram homens e 31% mulheres, com idade média de 61 anos, 52,7% dos pct tinham IAM inferior, 27,3% anterior, 8% antero-lateral, 1,3% posterior/dorsal, 10,7% antero-septal. O tratamento foi TC em 22,7%, ATC primária em 75,3% e RVM em 2%. 87,3% receberam AAS durante a internação, 77,3% Clopidogrel/ Ticlopidina, 74,0% Heparina, 84,0% Nitratos, 54,0% Beta Bloqueador, 37,3% IECA de Bloqueador AT2, 68,7% Estatina, 2,7% Bloqueador de Canais de Cálcio, 28,0% Diurético, 2,7% Digoxina, 5,3% Estreptoquinase.As principais complicações foram: arritmia em 29,3%, AVC em 1,3%, ICC/IVE/IVD em 23,3%, hemorragia em 18,7%, PCR em 18,7. A mortalidade total foi de 16,0%, sendo 26,5% no grupo TC e 12,4% no ATC (X² = 5,187, p= 0,023). Conclusão: A análise dos nossos dados mostra que presença de uma unidade de hemodinâmica permitindo a realização de ATC com recanalização precoce determina uma menor mortalidade. As complicações registradas são semelhantes as observadas na literatura e a medicação utilizada no tto destes pactes não está ainda de acordo com os consensos o que poderia melhorar a evolução destes indivíduos.

Cirurgia cardíaca minimamente invasiva vídeo-assistida em doença valvar mitral, aórtica e defeitos septais congênitos

JERÔNIMO A. FORTUNATO JÚNIOR, ALCIDES JOSÉ BRANCO FILHO, ANDRÉ LUIZ MYLONAS MARTINS, MARCELO LUIZ PEREIRA, DANIELLE DE SOUZA COELHO, JOÃO GUSTAVO GONGORA FERRAZ, RENATA DOMINGOS CORREIA, LIGIA CRISTIANE LABIGALINI, SANDRO LUIZ CHUQUER.

Hospital da Cruz Vermelha Brasileira, Filial do Paraná Curitiba Pr BRASIL.

Fundamento: Cirurgia cardíaca minimamente invasiva (CMMI) é atraente para médicos e pacientes. As pequenas incisões estão associadas a menor trauma cirúrgico, conseqüentemente menor dor e rápida recuperação pós-operatória.

Objetivo: Relatar nossos resultados perioperatórios com CMMI vídeo-assistida, na correção da doença isolada da valva mitral (VM), aórtica (VA) e defeitos septais congênitos (DS). Casuística: 15 pacientes foram submetidos a CMMI após consentimento escrito. 60% homens e média de 38,7+/-16 anos. Utilizamos a CMMI em VA (6/15), VM (6/15) e DS (3/15), com incisões de 6 cm em 2º ou 4º espaço intercostal direito, clampeio trans-torácio e CEC femoral com assistência a vácuo.

Resultados: As médias de tempo nos pacientes foram: CEC 148,3+/-70,5 minutos, clampeio aórtico (CA) 86,6+/-35,6 minutos, 2,5 dias de unidade de terapia intensiva (DUTI) e 5,4 dias de pós-operatório (DPO) até a alta. Os tempos de CEC e CA foram respectivamente: VM 192+/-68,6 e 116,5+/-25, VA 143,5+/-53,9 e 90,3+/-21,6, DS 69+/-8,2 e 39,3+/-18,1. Os maiores tempos DPO ocorreram com cirurgia na VM 2,6+/-1,5 DUTI e 6,6+/-5,1 DPO e os menores nas congênitas 1,3+/-0,6 DUTI e 2,3+/-0,6 DPO. Ocorreu um óbito em paciente com endocardite mitral. A recuperação pós-operatória teve mínima necessidade de analgesia e ótimo efeito estético. Conclusão:

As CMMI foram compatíveis com bons resultados nos tempos cirúrgicos e DPO, independente da patologia envolvida. Cirurgia nos defeitos congênitos representou mínimo tempo de internação, comparável aos procedimentos hemodinâmicos.

Consideramos que as CMMI podem ser indicadas em opção à esternotomia mediana, nos casos de doença valvar isolada ou defeitos septais.