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Política Geral de Transmissão e Execução de Ordens

Na execução de ordens de Clientes não profissionais considera-se que o melhor resultado possível (“melhor execução”) se traduz pela menor contrapartida pecuniária global, determinada pelo preço do instrumento financeiro e por todos os custos relativos à execução, compensação e liquidação da ordem, suportados pelo Cliente.

O Banif compromete-se a assegurar aos seus Clientes a execução das suas ordens nos termos da presente Política, a qual garante, de modo consistente, uma execução que combine o melhor preço ao custo mais reduzido (menor contrapartida pecuniária global).

Este compromisso não se traduz numa obrigação de obter sempre o melhor resultado possível na execução de cada uma das ordens consideradas individualmente (ou seja, não pode ser entendido pelo Cliente como uma obrigação de resultados), mas de empregar todos os esforços razoáveis para as executar de acordo com a Política (obrigação de meios).

Na execução de ordens de Clientes profissionais considerar-se-á igualmente que a menor contrapartida pecuniária global constitui o melhor resultado possível (“best execution”), excepto se contratualmente for acordado um critério diverso, o qual prevalecerá.

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3.1. Critérios e factores na obtenção da melhor execução

Sem prejuízo das especificidades associadas a cada tipo de instrumento financeiro e canal usado pelo Cliente para transmitir a ordem ao Banif (adiante melhor detalhadas), no processo de determinação da melhor execução o Banif avaliará essencialmente três critérios e factores (abaixo enunciados) tendo em vista:

 Optar entre a execução directa da ordem pelo Banco ou da sua transmissão a outros intermediários financeiros; e/ou

 Seleccionar os locais de execução ou os intermediários a quem serão transmitidas as ordens dos Cliente.

3.1.1. Rapidez e probabilidade de execução

Com este critério são ponderados os diferentes cenários de execução considerando a frequência de ofertas de preço e os volumes transaccionados de modo a maximizar a probabilidade e a rapidez de execução das ordens dos Clientes, minimizando os custos associados à baixa ou à falta de liquidez (custo de oportunidade da não execução das ordens ou da demora na sua execução).

É igualmente avaliada a profundidade do mercado (“market depth”) considerando que este é um factor relevante para avaliar a resiliência do mercado a ordens de grande dimensão. De facto, a capacidade do mercado para absorver o impacto de ofertas de volume elevado sem oscilações significativas nas cotações constitui um mecanismo de protecção das ordens dos pequenos investidores — que assim ficam menos expostas a oscilações bruscas e consideráveis nas cotações (“picos” de volatilidade). A existência de regras de negociação que imponham limites ou restrições a variações de cotações são, neste contexto, valorizadas.

3.1.2. Preço e custos totais associados

O objectivo é avaliar a regularidade com que as ordens são executadas aos melhores preços, considerando para o efeito os dados disponíveis sobre a qualidade de execução (“market quality”), designadamente a regularidade com que as ordens são executadas às melhores ofertas de compra ou venda disponíveis (“Best Bid and Offer”) e o intervalo entre as ofertas de compra e venda (“spread bid–ask”).

Um factor muito relevante são igualmente os custos associados à execução das ordens dos Clientes, quer os custos directos, quer os indirectos.

Nos custos directos incluem-se todo o tipo de comissões cobradas pelas entidades que intervêm na execução das ordens (comissões bancárias, comissões de corretagem, comissões da bolsa, etc.), bem como os custos associados à fase pós-execução (comissões de compensação e de liquidação das operações).

Nos custos indirectos são analisados os custos do acesso e da sua manutenção a determinado mercado, sistema ou plataforma de negociação, avaliando-se, designadamente, qual o custo estimado do acesso directo (através da aquisição da qualidade de membro de mercado) e o do acesso através de outros intermediários financeiros. Nesta avaliação são igualmente tidos em consideração os custos tecnológicos associados a uma eventual alteração da forma ou local de execução das ordens de Clientes.

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3.1.3. Factores qualitativos

Particularmente no referente à selecção dos intermediários financeiros a quem são transmitidas as ordens, são avaliados um conjunto de factores qualitativos de que se destacam:

 A sujeição do intermediário financeiro aos requisitos da DMIF ou a requisitos legais equivalentes, comprovados através de uma política de execução de ordens consentânea com esses requisitos e a inexistência de sanções relevantes aplicadas por autoridades de supervisão relacionadas com o incumprimento de regras e princípios da DMIF relativamente a essa instituição;

 A possibilidade de o intermediário financeiro reconhecer, contratualmente, que quando o Banif actuar por conta de Clientes na execução de ordens, beneficiará das condições aplicáveis aos investidores não profissionais, aplicando-se o critério da menor contrapartida pecuniária global;

 Capacidade tecnológica do intermediário financeiro, privilegiando-se a existência de sistemas automáticos para encaminhamento ou execução de ordens aptos a reduzir o período de latência (3) e assegurar o acesso a um amplo conjunto de mercados e sistemas, promovendo por esta via a qualidade da execução;

 A solidez financeira, reputação, experiência, bem como os níveis de serviço demonstrados pelo intermediário financeiro na execução de ordens.

(3) Período de tempo que decorre entre a entrada de uma ordem no sistema e a sua execução, modificação ou cancelamento.

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3.2. Formas de actuação e locais de execução

Considerando os factores e critérios enunciados no ponto precedente, bem como a natureza dos

Tipo de Instrumento Financeiro Canal Função do Banif (*)

Local de Execução Acções, direitos, warrants autónomos,

certificados, ETF’s (Exchange Traded Funds), VMOC’s e outros valores mobiliários equiparados admitidos à negociação em mercados regulamentados ou sistemas de negociação multilateral Títulos representativos de dívida (obrigações,

notes, etc.), incluindo acções preferenciais, admitidos ou não à negociação em mercados regulamentados ou sistemas de negociação multilateral Cliente | Transmissão: o Banif transmite a ordem do Cliente a outros intermediários financeiros para execução.

Ordens transmitidas ao Banif – Banco de Investimento, S.A. (BBI)

Nas ordens transmitidas ao BBI — intermediário financeiro autorizado pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) (4) e membro negociador da NYSE Euronext Lisbon —, a execução das ordens dos Clientes Banif será efectuada de acordo com a Política de Execução de Ordens do BBI, disponível para consulta no sítio da Internet www.banifib.com, a qual foi seleccionada de acordo com os critérios e factores da presente Política, sendo consentânea com a mesma.

Ordens transmitidas ao Saxo Bank A/S (Saxo)

Nas ordens transmitidas ao Saxo — intermediário financeiro autorizado pela autoridade de supervisão do mercado de capitais da Dinamarca, a Danish Financial Supervisory Authority (Finanstilsynet) (5) —, a execução das ordens dos Clientes Banif será efectuada de acordo com a Política de Execução de Ordens do Saxo, disponível para consulta no sítio da Internet www.saxobank.com, a qual foi seleccionada de acordo com os critérios e factores da presente Política, sendo compatível com a mesma.

(4) Esta informação pode ser confirmada em www.cmvm.pt.

(5) Esta informação pode ser confirmada em www.ftnet.dk.

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De acordo com a referida política, o Saxo usa sistemas automáticos de encaminhamento de ordens, sendo que as ordens relativas a instrumentos financeiros admitidos à negociação em mercados regulamentados podem ser encaminhadas, consoante a opção que geralmente assegura a melhor execução possível, directamente para os respectivos mercados (bolsas), para sistemas de negociação multilateral, para outros intermediários financeiros ou “order routing vendors” que tenham acesso a esses mercados.

Ordens transmitidas à Banif – Gestão de Activos S.G.F.I.M., S.A. (BGA)

O Banif encontra-se autorizado a comercializar um conjunto de fundos de investimento geridos pela BGA, sendo as ordens de subscrição e resgate desses fundos enviadas directamente para a BGA.

Execução de ordens pelo Banif

Para títulos representativos de dívida, designadamente os emitidos por entidades do Banif – Grupo Financeiro, incluindo acções preferenciais, que não se encontrem admitidos à negociação em mercados regulamentados ou sistema de negociação multilateral ou que, encontrando-se admitidos, não apresentem liquidez suficiente para assegurar uma execução nas melhores condições, o Banif decidirá, consoante a opção que no caso concreto assegurar a melhor execução possível, proceder à execução da ordem ou transmiti-la ao Banif – Banco de Investimento, S.A.

Quando a execução for assegurada pelo Banif, a ordem do Cliente pode ser executada:

 Contra a carteira de outros Clientes do Banco; ou

 Contra a carteira própria do Banco ou entidade do Banif – Grupo Financeiro, quando autorizado pelo Cliente.

3.3. Tratamento das Ordens dos Clientes 3.3.1. Princípios Gerais

O Banif dispõe de procedimentos para assegurar que as ordens de Clientes sejam executadas de modo célere e sequencial, mantendo registos completos que permitam reconstituir e auditar o circuito completo da ordem, não obstante poderem ser procedimentos e registos diferenciados em função das características específicas de cada um dos canais usados pelo Cliente para enviar a ordem ao Banif.

Caso a ordem do Cliente seja recusada, este será imediatamente informado dos motivos da recusa.

O Cliente é igualmente informado de quaisquer dificuldades relevantes na execução da sua ordem e que sejam do conhecimento do Banco, para que fique ciente das mesmas.

O Banif dispõe de uma política e de regras internas em matéria de conflitos de interesses que asseguram:

 Um tratamento transparente e equitativo das ordens de Clientes; e

 A prevalência dos interesses inerentes às ordens dos Clientes em caso de conflito destas com decisões de negociar por conta própria ou com ordens recebidas de entidades do Banif – Grupo Financeiro ou de membros dos órgãos sociais ou colaboradores do Banif.

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Caso o Cliente não se oponha, no momento em que dá a ordem ao Banco e por escrito, a sua ordem poderá ser agregada nos termos subsequentes, excepto se for expectável que essa agregação é susceptível de prejudicar o Cliente.

Se o Banif proceder à agregação, numa só ordem, de ordens de Clientes seguirá a seguinte política de afectação de ordens:

 A atribuição das operações na conta dos Clientes será feita com base no preço médio (determinado pela média aritmética simples), arredondado à milésima, por defeito ou excesso, consoante o valor da 4.ª casa decimal seja menor, ou igual ou superior a cinco, respectivamente;

 Nas ordens executadas parcialmente, a quantidade executada será atribuída de modo proporcional à quantidade original das ordens de cada um dos Clientes, independentemente da prioridade de recepção.

Se o Banif proceder à agregação, numa só ordem, de ordens de Clientes com uma decisão de investimento por conta própria seguirá a política de afectação de ordens referida anteriormente, com a seguinte excepção:

 Nas ordens executadas parcialmente, a quantidade executada será atribuída prioritariamente aos Clientes e só depois à carteira própria.

Não obstante o exposto, existe o risco de, ocasionalmente, em resultado da agregação da ordem do Cliente este obter um preço menos favorável do que obteria se a sua ordem fosse executada individualmente.

3.4. Outras considerações

Poderão registar-se atrasos na execução de ordens, inclusive nas ordens colocadas através das plataformas on-line (Banif@st e BanifTrader). Acresce que algumas ordens colocadas nestas plataformas poderão ter que ser executadas manualmente.

Eventuais falhas nos sistemas de comunicação ou outros constrangimentos (por exemplo, falhas nos sistemas de negociação provocadas pelo envio de elevado nº de ordens electrónicas) podem impedir o Banif de utilizar os procedimentos habitualmente empregues.

Não obstante, o Banif irá desenvolver os seus melhores esforços no sentido de assegurar a execução das ordens de forma rápida e expedita.

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